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Watchmen e a Literatura: Com quantos quadros pode-se fazer um Clássico Literário?, Notas de estudo de Literatura

“A literatura é a arte da palavra” assim diria um aluno de Letras caso o questionasse o que é Literatura. A questão, porém, vai um pouco mais longe do que isso. De acordo com uma série de teóricos, a Literatura é tudo aquilo que é a expressão de um homem sobre seu meio que tem traços individuais e coletivos. Porém, quando o senso comum é questionado sobre isso, questões como lombada quadrada e muitas palavras é o que prevalecem no imaginário popular – mas e as histórias em quadrinhos, onde entr

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 20/07/2012

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT
ISABELLE KEPE DE SOUZA PINTO
WATCHMEN E A LITERATURA:
Com quantos quadros pode-se fazer um clássico
literário?
Santos
2011
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0 0 1 FCENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT

ISABELLE KEPE DE SOUZA PINTO

WATCHMEN E A LITERATURA:

Com quantos quadros pode-se fazer um clássico

literário?

Santos 2011

ISABELLE KEPE DE SOUZA PINTO

WATCHMEN E A LITERATURA:

Com quantos quadros pode-se fazer um clássico

literário?

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Monte Serrat como exigência parcial para a obtenção do Título de Licenciatura em Letras Português/Inglês. Orientadora: Wilma Pasta.

Santos 2011

ISABELLE KEPE DE SOUZA PINTO

WATCHMEN E A LITERATURA:

Com quantos quadros pode-se fazer um clássico

literário?

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Monte Serrat como exigência parcial para a obtenção do Título de Licenciatura em Letras Português/Inglês. Orientadora: Wilma Pasta.

BANCA EXAMINADORA:


Nome do examinador:

Titulação:

Instituição:


Nome do examinador:

Titulação:

Instituição

Local: Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE Data da aprovação: ___/____/ 2011

DEDICATÓRIA

A todos da geração nerd. Aos excluídos, aos underdogs, aos eternos losers. Aos meninos e meninas lendo suas Histórias em Quadrinhos, sozinhos no intervalo da escola. Dedico a você, fã de quadrinhos, para que saiba que (assim como eu) não está sozinho.

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a minha família. Meus pais, Denice e Elcio , por compreender mesmo sem entender o tema dessa monografia; minha mãe pelo o apoio e carinho e meu pai por suas palavras duras, porém, precisas. Aos meus irmãos Danielle e Leandro - ela, por ser a primeira a entender a razão de tudo e pela paciência e ele pela distração nos momentos mais difíceis e admiração silenciosa. Obrigada a vocês quatro pelo o interesse, sacrifícios feitos por mim, o amor mesmo que não dito em palavras. A admiração pelos meus irmãos, tão vitoriosos, e a aceitação de meus pais foi o que moveu essa graduação e consequentemente essa monografia. Essa vitória é nossa. Agradeço aos

fusão. A você (sim, você!), pessoa especial, que eu me esqueci de agradecer por algum motivo e só vou lembrar dez minutos antes da minha apresentação para a banca, meus agradecimentos.

A todos vocês, meus verdadeiros super heróis.

(...) O que acontece entre

aqueles quadros dos gibis

é um tipo de mágica que apenas as histórias em quadrinhos conseguem criar.

(Scott Mccloud)

consider as Literature in their imaginary conception – but where are the Comics if you take this in consideration? It’s about an underrated gender and how it can be an Literature Classic that this monograph will talk about; using bibliographic research and experts in the areas of “classic” literature and in the marginalized comics, the undergrad came to the conclusion that, as we’re talking about an subjective piece of art, Watchmen can and cannot be Literature – it depends on who reads it. Still, it should be respect as a part of it because it shows elements that can make it be a part of the Literature and, in the end, be considerate a Literature Classic.

Key words: Literature, society, Comics, Graphic Novel, Watchmen.

LISTA DE FIGURAS

1 ISABELLE KEPE DE SOUZA PINTO........................................................................... 1

1.1 Santos................................................................................................................... 1

SUMÁRIO

1. I ntrodução 14

2. O que é literatura e sua relação com a sociedade 15

3. D a comédia aos super-poderes: uma breve história das

história s em quadrinhos 15

4. “ Q uem vigia os vigilantes?” e como essa não é aquela história

em quadrinhos que seus pais liam 15

5. W atchmen como material literário – das razões para uma

análise 15

5.1 Os vigilantes e o enredo

5.2 Um herói, um psiquiatra

5.3 A (ausência de) espaços textuais

5.4 A influência temporal em “The abyss gazes also”

6. C onsiderações finais 15

F ontes de pesquisa 15

pode-se traçar um paralelo do movimento dos quadrinhos e suas Eras (Ouro, Prata Bronze) e os Períodos Literários clássicos. O capítulo 4 trata-se de um resumo da obra Watchmen; suas personagens importantes para seu desenvolvimento e breve explicação do que acontece na graphic novel de Moore & Gibbons. Finalmente, no capítulo 5 há uma explicação das razões pelas quais a obra especifica foi escolhida e. em seguida, a análise literária dela – em especifico, o sexto capítulo de Watchmen, “The Abyss Gazes Also”.

2. O que é literatura e a sua relação com a sociedade.

A combinação entre texto e imagem a ser lida numa ordem pré- estabelecida não é uma invenção do nosso século. O homem pré-histórico já usava o recurso pictográfico para expressar-se, desenhando imagens em cavernas dele e seus semelhantes em momentos de seu cotidiano. As histórias em quadrinhos - um dos tipos de arte seqüencial mais conhecidos - têm um inicio incerto e um princípio muito parecido com dos homens das cavernas - e rapidamente atinge as massas. Todavia, de que forma é dada essa apreciação? Será que o público aceita as histórias em quadrinhos como uma forma válida de arte e não como entretenimento barato? A resposta para essas perguntas é negativa. Para a maioria, as histórias em quadrinhos são fracas em geral, com um material “de consumo infantil, com desenhos ruins, barato e descartável” (MCCLOUD, 2004, p. 3). Segundo Mccloud, teórico das histórias em quadrinhos, quando mais novo sua opinião também era essa - para ele, os quadrinhos eram revistas “coloridas, cheias de arte sofrível, aventuras idiotas e sujeitos de colante. Claro que eu [Scott Mccloud] só lia livros de verdade. Me achava velho para quadrinhos” (MCCLOUD, 2004, p. 2). Concordando com Mccloud, “histórias em quadrinhos não recebem muito respeito. Bem, talvez tenham um pouco de respeito hoje em dia, mas ainda não recebem tanto quanto merecem” (MESKIN, 2009, p. 150). Essa espécie de preconceito é visto não só no público, mas também em diversos escritores do gênero. Um dos pioneiros do ramo, Topffer não encara sua invenção ao menos como um trabalho, mas sim, um hobby. Segundo um trecho datado de 1845 o autor

comenta que suas histórias “(...) atraem sobretudo crianças e classes inferiores” (MCCLOUD, 2004, p.205).Essa desvalorização acontece pela diferenciação do valor permanente de um periódico e de um livro. Por tradição, periódicos como as histórias em quadrinhos levam a conotação de descartáveis e que têm um valor baixo e, de outro lado, livros trazem a premissa de algo que vá durar mais (MCCLOUD, 2005). Deve-se pensar então se “papel liso e lombada quadrada são garantias de mérito literário (...)” (MCCLOUD, 2005, p. 29). Vive-se num século de desvalorização das histórias em quadrinhos, o que fez grandes autores de obras aclamadas não usarem essa nomenclatura e preferirem termos como “ graphic novel ” - a conotação de ser “história em quadrinhos” é tão negativa que os profissionais da área usam termos mais amplos para se designar, tais como “artistas comerciais” ou “ilustradores” (MCCLOUD, 2004). A inconsistência dos quereres dos artistas dos quadrinhos também é um problema a ser enfrentado. Nem sempre os artistas concordam com suas metas - enquanto alguns se focam no desenvolvimento de suas idéias, outros procuram a fama e o dinheiro ao produzir suas histórias (MCCLOUD, 2005). Esse fenômeno também pode ser visto no mercado dos livros. Porém, mesmo com todas essas dificuldades citadas acima, estes autores ainda têm uma série de objetivos em comum, sendo um deles de que as histórias em quadrinhos sejam consideradas literatura (MCCLOUD, 2005). De acordo com Mccloud, isso significa que os quadrinhos possam “[...] constituir um corpo de obras digno de estudo e representando significativamente a vida, os tempos e a visão de mundo do autor” (MCCLOUD, 2005, p. 10). Porém, antes mesmo de responder se as histórias em quadrinhos podem ser ou não literatura, deve-se pensar primeiro o que é literatura e o que constitui esse tipo de arte. Entender o que é exatamente literatura sempre foi um desafio; chegar ao ponto em que há somente um conceito a ser dito (e repetido) mostrou-se ser algo difícil. De fato, ao encarar a literatura tão somente como arte, foi-se esquecendo de forma gradativa de conceituar o que é literatura. Analisa-se num primeiro

logo, essa constitui a primeira conceituação daquilo que viria a ser a literatura escrita;

  • Já na Era Medieval e Renascimento o termo “literatura” sofre uma série de modificações até torna-se algo que acreditavam ser de certa forma, acumulativa e intocável - as obras são arquivadas pela História. Atualmente sabemos que esse conceito é sem validade;
  • Temos ainda a Era Clássica que tem a literatura sob o prisma de Aristóteles sobre a Arte; portanto, ela é vista aqui como uma imitação da realidade. Ainda sim, é frisado também como uma arte possível de ser ensinada por meio de fórmulas, e métodos. Quanto ao valor literário, era obviamente julgado com sua obediência ou não as regras previamente estabelecidas;
  • A literatura na era romântica deixa de ser a imitação do real e agora é a exteriorização dos problemas e mistérios da mente humana com todas as suas problemáticas; um fenômeno que tem como função vital uma forma de individualismo;
  • No Entre-Séculos a Arte é vista como um ato supremo da humanidade que tem como função eternizá-la da maneira mais verdadeira e profunda possível. Esse conceito é criado a partir da poesia, que é explorada amplamente nessa época, tornando-se tão elevada a ponto de ser quase uma religião aos que a cultuavam. (COELHO, 1986)

Finalmente, em nosso século, encontramos uma crise na maioria das instituições sociais: a família, política, economia e até a ideologia em si se perde nessa confusão do homem contemporâneo; logo, a literatura não seria excluída, o que explica essa confusão ao definir definitivamente o que ela é. Uma abordagem diferente dos autores já citados (e consequentemente reiterando a afirmação acima sobre a confusão de conceituação literária para o homem contemporâneo), Eagleton menciona Literatura como uma “escrita imaginativa no sentido de ficção - uma escrita que não é literalmente verdade” (1996, p. 1). Todavia, o teórico lembra que o que o senso-comum pensa sobre o assunto não se encaixa nessa frase, e começa,

portanto a questionar a relação de “fato e ficção” na literatura. Cabe aqui, portanto, abrir parênteses e relembrar o que são essas duas palavras no contexto inserido; “fato” seria aquilo que a sociedade prevê como real - um acontecimento que aconteceu ou, quem sabe, há de acontecer e torna-se um fato. Já a ficção trata-se da imaginação, obras cujo enredo saia da criação imaginativa do autor. O problema começa a surgir nesse momento, segundo Eagleton. O autor questiona que, se a literatura baseia-se na escrita tão somente de ficção, muitas obras escritas sob o prisma de fatos teriam que ser excluídas da categoria e complementa com o exemplo “(...) Superman comic and Mills and Boon novels are fictional but not generally regarded as literature, and certainly not as Literatura” 1 (1996, p.2). Definir literatura de tal forma objetiva e quase como uma equação matemática rememora a antiga Escola de Crítica Formalista - comumente conhecida como o Formalismo Russo. Não cabe aqui comentar sobre seus criadores ou suas razões de fundação, mas sim, uma frase especificamente dita por Roman Jakobson e citada na obra de Eagleton: “a literatura é uma violência organizada contra a fala do comum” - o que expressa o pensamento de maioria dos simpatizantes com a Escola. Que deve ser comentada aqui, portanto, pela sua grande importância para a criação dos conceitos literários de uma época e como meio de comparação com a atual. O Formalismo Russo via a literatura como forma, não conteúdo; um meio especial de usar da língua, diferente do falante cotidiano (EAGLETON, 1996). Num exemplo prático, Eagleton comenta que para os formalistas “(...) Animal Farm for the Formalists would not be an allegory of Stalinism (...) Stalinism would simply provide a useful opportunity for the construction of an allegory. 2 ” (EAGLETON, 1996, p.3)

A temática seria, portanto, apenas um ‘degrau’ a ser pisado até a chegada do objetivo maior: a forma e a linguagem

(^1) (...) os quadrinhos do Superman e os romances de Mills e Boon são ficcionais e geralmente não são considerados como literatura, certamente não como Literatura. 2 Animal Farm não seria uma alegoria do Stanlismo, pelo contrário (...) o Stanlismo simplesmente daria uma oportunidade ú�l para a construção de uma alegoria.

(Traduções Livres da Autora)

com suas reações ao leitor; é irrelevante a análise das influências de estilo de época ou sociais; o importante é o que a obra é e não o que ela desperta em quem a lê. Novamente, a ausência do material social para a Literatura. O new criticism anglo-americano retoma com uma série de diferenças do Formalismo Russo (a preocupação com o material intrínseco), mas mantém tantas outras. O leitor ainda não é visto como uma peça importante para o processo de criação do artista. Já na próxima fase, acontece a crítica de base estilística. Vossler e seus seguidores crêem que o objeto da crítica literária é a linguagem e a obra, o texto como centro de tudo. Suas outras características consistem em: a análise parte da intuição; a crítica parte da sensibilidade do crítico; a percepção de que cada estilo exige uma análise crítica diferente; atenção a palavra, seu significado e seu significante. É comum pensar-se na Literatura como material artístico, e portando uma ânsia de imortalidade por meio da arte que leva uma série de autores a escrevê-la com essa ambição. Curioso perceber que, a Literatura vista como Arte é (uma das) linhas de pensamento que todos os períodos têm em comum. De acordo com Coelho, Literatura se encaixa como Arte pelo simples fato de ser “ (...) um ato criador que, por meio da palavra, cria um universo autônomo, realista ou fantástico, onde seres coisas e fatos, tempo e espaço (...)” (1986). Já Souza vai contrário a esse pensamento quando diz que “[a literatura] é um produto cultural (...) e desde que se fez presente tem sido objeto de teorização” (2007, p.10). Com ambas linhas de pensamento aqui vistas, fica aqui claro que, Literatura é uma palavra que está em constante mudança “semântica” - não esta propriamente dita dicionarizada, mas sim, para o homem que vê o mundo ao seu redor mudar a cada segundo e encara a Arte de forma diferente a cada instante. Vale aqui definir o que Arte propriamente diz nesse contexto. Temos como Arte aquilo que expressa algo vital para o homem naquela sociedade e que nutre (intencionalmente ou não) os valores que ele tem para com a sociedade ou o universo num sentido mais amplo. Mais especificamente no momento atual vivido pelo o homem, a Arte é uma espécie de elo entre o mundo fantástico e inteligível e esse que nos rodeia todos os dias. Um mundo diferente do nosso,

onde todas as respostas dos questionamentos mais profundos do homem podem ser encontradas. O artista criador tem como ponto de partida criar esse mundo que tem as diferentes facetas da nossa realidade que nos abriga e tenta dar a ela um sentido por sê-la assim. Logo, a literatura nesta monografia é vista como um objeto de estudo não-pragmático que pode ou não ter uma função artística assim como ser baseado em “fatos reais” (pois a Literatura é a apreensão de uma realidade de um período, sendo uma obra imaginativa ou não) ou ser inteiramente fictícia. Neste momento, o questionamento que paira é qual a função desta na sociedade. “Função” vem do latim functio ; - önis e significa trabalho, função exercida. Como fora previamente dito, a Literatura como um organismo vivo que é composto de diversas ciências em sua estrutura, não pode ser designado por uma série de regras - da mesma forma ocorre dizer qual é a sua funcionalidade. Cândido (1989) comenta a existência de três funcionalidades para a literatura: a psicológica, a formadora e a social. As três comentadas abaixo sobre o prisma deste mesmo autor. A função psicologia tem uma ligação com a necessidade inata que o homem tem para o escapismo da sua realidade por meio da fantasia. Necessidade esta que está presente diariamente na sociedade atual: nas novelas, nas músicas, nos filmes, nos contos, nas colunas de jornal - os devaneios incluem as mais diversas temáticas. A literatura é, obviamente, a mais profunda delas. Sua função formadora está relacionada com a psicológica - os devaneios do homem contemporâneo; e é nessa ligação com o real que a função formadora da Literatura aparece. No caso, como um instrumento de formação do homem. Cândido comenta que é por meio da literatura que os hovens podem entrar em contato com realidades que nunca o teriam caso não lessem (1989). Por fim, sua terceira função seria a função social que é, atualmente, talvez a mais forte delas. Mesmo o mundo ali retratado não sendo o que o leitor participa de forma propriamente dita, é nele que ocorrem fatos tão parecidos com o mundo do leitor e que o fazem pensar na situação das personagens ali retratadas - que, por exemplo, no Realismo são pessoas observadas ali naquele período -