Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Valorizando a Vida: A Fisioterapia na Educação para a Saúde, Notas de estudo de Enfermagem

Dissertação de Mestrado em Educação

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 10/03/2010

karina-cardoso-3
karina-cardoso-3 🇧🇷

1 documento

1 / 72

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JUIZ DE FORA
VALORIZANDO A VIDA
A Fisioterapia na Educação para a Saúde
KARINA CARDOSO
Juiz de Fora
2006
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b
pf3c
pf3d
pf3e
pf3f
pf40
pf41
pf42
pf43
pf44
pf45
pf46
pf47
pf48

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Valorizando a Vida: A Fisioterapia na Educação para a Saúde e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JUIZ DE FORA

VALORIZANDO A VIDA

A Fisioterapia na Educação para a Saúde

KARINA CARDOSO

Juiz de Fora

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JUIZ DE FORA

VALORIZANDO A VIDA

A Fisioterapia na Educação para a Saúde

Karina Cardoso

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Educação do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em Educação, área de concentração: Educação na diversidade, linha de pesquisa: Racionalidades pedagógicas. Orientadora: Profa. Dra. Maria Queiroga Amoroso Anastacio

Juiz de Fora

O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta. A vida não é rigorosa, ela propicia erros e acertos. Os erros podem ser transformados em acertos quando com eles se aprende. Não existe a segurança do acerto eterno. A vida é generosa, a cada sala que se vive, descobrem-se tantas outras portas. E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas. Mas a vida também pode ser dura e severa. Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida [...]. Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens! IÇAMI TIBA

Aos meus pais Tarcísio e Beatriz e meus irmãos Rogerio e Rodolfo, que sempre estiveram comigo, acreditando, dando força e se orgulhando a cada conquista. Bruna e Davi, meus sobrinhos queridos que sempre me mostraram esperança em seus sorrisos. Às minhas pacientes, minhas mães e amigas do Grupo Valorizando a Vida, fonte de inspiração para a pesquisa.

RESUMO

Este trabalho tem como proposta investigar de que modo a atuação de um profissional de fisioterapia, integrante de uma equipe do Programa Saúde da Família, pode contribuir para a Educação para a Saúde. Realizou-se uma pesquisa de cunho qualitativo em que se procurou identificar, através do depoimento de alguns participantes de um projeto denominado “Valorizando a Vida”, coordenado pela fisioterapeuta, quais as contribuições percebidas por essas pessoas em suas vidas. As análises desenvolvidas mostraram que a vivência das atividades e a pertença ao grupo têm contribuído na Educação para a Saúde, especialmente no que se refere a novos conceitos de saúde e transformações bio-psico-sociais.

PALAVRAS-CHAVE: Educação. Saúde. Fisioterapia. Qualidade de vida. Programa Saúde da Família.

ABSTRACT

The purpose of this dissertation is to examine how the performance of one physiotherapist, member of the “Family Health Program”, can contribute to Health Education. A qualitative data analysis was conducted, in which it was identified, through testimonials of the “Valuing Life Program” members, coordinated by this author, the contributions perceived in these people’s lives. The analysis showed that the participation in activities carried through by the group have contributed to improving Health Education, especially concerning new Health concepts and bio- psico-social changes.

KEY WORDS: Education. Healt. Physiotherapy. Quality of life. Family Health Program.

APRESENTAÇÃO

Nasci em São João Del Rei, Minas Gerais, a única menina entre três filhos de um casal de hábitos simples, de vida sofrida e trabalhadora. Sempre diferente de todos e muitas vezes mal interpretada por uma insistência em realizar os sonhos, busquei satisfazer o desejo de sempre querer aprender mais, ir além. Assim, com a força que existia em mim associada ao apoio encontrado em amigos e familiares insisti até ingressar no colégio tradicional de São João Del Rei, Instituto Auxiliadora, unidade integrante da rede Salesianas, onde completei o ensino fundamental e ensino médio. Durante esse período tive muitos sonhos profissionais, tais como odontologia, arquitetura, direito e comunicação, entre outras que não me recordo, mas foi no último ano que optei por Fisioterapia, sem saber ao certo o que era e qual o objetivo do curso. Ingressei na Unilavras, instituição ligada a UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais), no curso de Bacharelado em Fisioterapia no ano de 1998, na cidade de Lavras - MG. A primeira filha a sair de casa, morar sozinha, o grande sonho realizado, o êxtase da adolescência não permitia pensar nas dificuldades que encontraria. No segundo ano de faculdade, a saudade de casa, a falta de conhecimento e prática sobre a profissão quase me fizeram desistir do curso. Mas graças aos bons mestres que tive, e o incentivo que recebi, resolvi dar a volta por cima e me dedicar intensivamente ao estudo e ao término do curso. O terceiro e o quarto anos foram extremamente importantes, pois tive meus primeiros contatos com os pacientes, senti na pele a beleza da profissão que viria a exercer para o resto da vida. Pude também notar uma facilidade em apresentar os seminários e trabalhos. Auxiliar colegas na elaboração de pesquisas bibliográficas, nas explicações das teorias e práticas fisioterapêuticas me mostrava o encantamento da educação, o desejo de docência despertava em mim a audácia de futuramente buscar um curso de mestrado. Ao realizar estágio no Hospital Monte Sinai, em Juiz de Fora - MG, passei um

mês tendo contato com um quadro patológico de paraplegia súbita, um desafio que a vida me proporcionou e através dele descobri minha verdadeira paixão pela Fisioterapia, essa arte que movimenta e reabilita! Formei-me em Reeducação Postural Global (RPG) pela Escola de Sensações Somáticas e Reeducação Postural, em agosto de 2001, aprendendo a extrema importância que o cuidado e a atenção ao corpo têm em nossas vidas, e principalmente, conscientizando-me da magnitude da minha profissão, ao simplesmente tocar as pessoas para cuidar. Graduei-me em dezembro de 2001, e ao retornar para São João Del Rei percebi que minha vida e minhas escolhas exigiam um horizonte mais amplo, onde insisti em morar em Juiz de Fora. Comecei a trabalhar na área de Fisioterapia Respiratória, mas esse não era meu destino. Por muitas vezes fui tomada por um sentimento de frustração ao trabalhar com pessoas à beira da finitude e não conseguir mudar essa realidade. Por outro lado, encantava-me receber o sorriso e gratidão de meus pacientes reabilitados e aqueles que consegui conscientizar e transformar atitudes que os levavam as efetivas mudanças em suas vidas, sempre buscando a qualidade. Em Juiz de Fora, conheci a liberdade, o amor, a felicidade, e também muitos momentos de desespero, pois essa relação saúde/doença começava a transtornar meu interior que a todo instante era sedento de transformações individuais e coletivas ao perceber que milhares de vezes as mudanças não dependiam apenas de mim, mas também da compreensão e aceitação das pessoas aos aprendizados. Em 2003, um folder e um grande incentivo me fizeram ir até o CES/JF me informar sobre o mestrado em Educação e associá-lo à minha profissão. Escrevi o pré-projeto e assim me inscrevi para a seleção do mestrado. Minha idéia inicial era mostrar como disciplinas importantes como ética e psicologia eram necessidade dos últimos períodos do curso de Fisioterapia, uma vez que é neste momento que os acadêmicos necessitam praticar essas teorias e, no entanto, por obedecer a regras que não são muito bem explicadas, essas duas cadeiras fazem parte dos primeiros períodos do curso, época em que a imaturidade acadêmica não entende a fundamentação e o sentido das mesmas na atuação profissional. Fui aprovada e em Agosto iniciei o curso, com muita satisfação, medo e coragem. As disciplinas do curso me deram outra idéia de projeto, pois tinha uma questão dentro de mim desde a faculdade que dizia respeito à formação prioritariamente técnica dos profissionais

melhorias no grupo. Desse modo estava propondo lançar mão dos princípios da Pesquisa qualitativa ao decidir por analisar as respostas encontradas que por sua vez me surpreenderam positivamente e me mostraram a necessidade e importância de desenvolver a pesquisa com o desejo de ir encontrando respostas para as questões levantadas sobre o papel da Fisioterapia como canal para a melhoria da qualidade de vida, numa atuação mais preventiva do que reabilitadora.

INTRODUÇÃO

Para iniciar essa pesquisa é importante realizar uma breve discussão em torno do histórico do tema central que se aplica à educação para a saúde como alternativa de melhora da qualidade de vida das pessoas envolvidas no Programa Saúde da Família, especificamente do grupo Valorizando a Vida, em São João Del Rei - MG. As profundas crises no setor saúde ocorridas no Brasil ao longo do tempo se relacionam diretamente com a definição do modelo de assistência à saúde que predominou no país desde o início do século XX marcado pelo serviço de natureza hospitalar, focalizado prioritariamente nas ações curativas, com uma visão quase estritamente fisiopatológica, biologicista do processo saúde-doença (SILVA JUNIOR, 1998). Os problemas de saúde são vistos de forma fragmentada, sob uma ótica individual ou mesmo sub-individual, ou seja, identificando o indivíduo isoladamente ou até mesmo o dividindo em partes passíveis de intervenção cada vez mais especializada. Os profissionais de saúde são reconhecidos pelas pessoas como capazes de “julgar” os problemas de saúde, identificar se há alguma “doença” e propor medidas para tratamento e alteração daquilo que limita o modo de viver e, assim, restabelecer a “saúde”. A eles atribui-se autoridade para decidir o que é normal e o que é patológico (PEREIRA, 2003). A prática médica foi identificada com a prática científica e os médicos tornaram-se os detentores de um saber que pode ser verificado “cientificamente”. Assim, esses profissionais tiveram seu poder fortalecido na sociedade, ocorrendo uma desqualificação dos outros saberes e práticas curadoras tradicionais, como a medicina chinesa, a homeopatia, o saber popular, entre outros, ao identificá-los como não-científicos e, por isso, ineficazes (LUZ, 1988). A realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986, sistematizou as diretrizes e o ideário do novo sistema de saúde: um sistema único, baseado nos princípios de universalidade, integralidade, equidade, descentralização,

população. Surgiu com o propósito de alterar o modelo assistencial de saúde, centrado na doença, no médico e no hospital, que privilegiava a parte curativa em detrimento da preventiva. Veio ao indivíduo e à comunidade como resposta às necessidades de uma atenção integral desenvolvida por equipe multiprofissional, promovendo intensa participação da comunidade. A inclusão da família como foco de atenção básica de saúde pode ser ressaltada como um dos avanços, como contribuição do PSF para modificar o modelo biomédico de cuidado em saúde, ultrapassando o cuidado individualizado, focado na doença; priorizando aquele modelo que contextualiza a saúde, produzida num espaço físico, social, relacional, resgatando suas múltiplas dimensões. Proposto como uma estratégia para suprir as necessidades do processo de reorganização da rede de atenção básica ou primária, o PSF, por essa potencialidade seria também uma estratégia de reorganização de todo o sistema. Dentre os aspectos relevantes da estratégia abrange-se a territorialização com a adstrição de clientela, a criação de vínculo equipe-usuário e o aumento da oferta de serviços de saúde e de suas áreas de abrangência. A reforma do modelo assistencial pretendia que o acesso aos serviços de saúde deixasse de ser centrado na existência de doença, de um diagnóstico de lesão orgânica, do atendimento hospitalar, da demanda espontânea aos serviços, para usar mais racionalmente os cuidados em unidades básicas e na rede ambulatorial. Tratava-se, pois, da substituição de uma prática de alto custo, simplista, limitada e sem continuidade de cuidados, por uma visão racionalizada do trabalho, amparada por uma melhor capacidade de resolver problemas e que busca antecipar-se à doença, tanto pela educação quanto pela promoção de saúde, tornando-a, portanto, mais econômica e efetiva. A proposta de organização das práticas de saúde centradas na família e na comunidade pressupõe a restituição da biografia aos indivíduos, valorizando seus vínculos culturais e sociais, num movimento dialético que, enquanto os reafirma como sujeitos do processo saúde-doença, valoriza seus vínculos como membros de grupos que vão da família à sociedade. Além disso, os próprios profissionais de saúde devem situar-se numa posição diferente: não mais um conjunto de individualidades encerradas em seu próprio saber e, segundo este, hierarquizadas; mas uma equipe interdisciplinar solidária e disposta ao intercâmbio de conteúdos e tarefas (BRASIL, 1997).

A atenção básica do PSF (BRASIL, 1997) redireciona o modelo de atenção. Essa organização é baseada nos princípios do SUS, que são:

  • Universalidade: todos os brasileiros têm direito à saúde;
  • Integralidade: a assistência à saúde deve abranger ações de promoção, prevenção, cura e reabilitação;
  • Descentralização: as decisões devem estar o mais próximo possível da população;
  • Hierarquização: a organização dos serviços de saúde deve ser feita em níveis de complexidade;
  • Regionalização: os serviços de saúde devem estar organizados dentro de uma área definida;
  • Controle social: a população deve participar do planejamento e das decisões dos serviços de saúde. O PSF é um modelo de assistência à saúde que desenvolve ações de prevenção, de promoção e cura. A atenção está centrada na saúde e não na doença, onde o indivíduo é tratado como sujeito integrado à família, ao domicilio, à comunidade. Busca-se, assim, um vínculo entre as famílias e os profissionais da equipe. Cada equipe do Programa de Saúde da Família poderá ser responsável pela cobertura de área geográfica onde habitem de 2.400 a 4.500 pessoas. As equipes mínimas são compostas por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e quatro a cinco Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Outros profissionais de Saúde, tais como psicólogos, dentistas, fisioterapeutas, assistentes sociais, dentre outros poderão ser incorporados à equipe básica. São atribuições da equipe da saúde da família:
  • Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis;
  • Identificar os problemas de saúde mais comuns e situações de risco às quais a população está exposta;
  • Programar as atividades e reestruturar o processo de trabalho;
  • Executar, de acordo com a qualificação de cada profissional, os procedimentos de vigilância à saúde e vigilância epidemiológica, nos diversos ciclos da vida;
  • Valorizar a relação com o paciente e com a família para criação de vínculo de confiança;
  • Resolver a maior parte dos problemas de saúde detectados, e quando isso não for

enfermeiro para 2500 a 4000 pessoas) gerando uma volumosa demanda espontânea, a exigência de um número mínimo de procedimentos curativos para atender esta população, a complexidade psico-social de inúmeros casos que se apresentam à equipe, as dificuldades em conseguir referir pacientes aos níveis mais complexos de atenção, e a própria dificuldade dos profissionais em lidar com um universo de problemas para os quais não foram adequadamente treinados, são alguns exemplos que nos permitem questionar em que medida, e de que maneira os princípios preconizados estariam sendo efetivamente aplicados. De que maneira estas categorias, formuladas teoricamente, nas agências oficiais, se articulam com o mundo real, nos diversos contextos onde o programa está implantado? Não seriam as pressões da demanda muito intensas, colocando em risco as atividades de educação e promoção da saúde? Ou ainda, não haveria dificuldades nas questões consideradas definidoras da essência do Programa tais como: o planejamento local, em conseqüência de problemas na organização da equipe interdisciplinar, a captação dos grupos de risco e a atuação comunitária numa perspectiva intersetorial? A Organização Panamericana de Saúde (OPAS), num documento sobre saúde no Brasil menciona o PSF como o primeiro item do capítulo de promoção da saúde. De fato, se concordamos que o PSF é uma tentativa de reforma do modelo assistencial, as atividades ligadas à promoção da saúde são essenciais para a caracterização desta proposta. Numa lógica de responsabilização pelo status de saúde de uma determinada população, o serviço deve necessariamente ultrapassar a atenção à demanda e as preocupações unicamente curativas do modelo tradicional, para ir à comunidade e promover a saúde de seus usuários. A detecção da efetiva promoção da saúde no dia a dia do trabalho poderia, portanto traduzir a presença, além da responsabilização, de outros princípios, como o planejamento local, o trabalho por problemas, a intersetorialidade e a interdisciplinaridade. De fato, pode-se dizer que a detecção da promoção da saúde nas atividades do PSF seria decisiva para podermos afirmar que o modelo em questão está ou não sendo implementado. A promoção da saúde, como visto na discussão anterior, é um conceito muito amplo. É preciso, para analisá-la no contexto do PSF, utilizar procedimentos metodológicos que permitam uma focalização sobre alguns de seus aspectos.

I A PESQUISA

No contexto que acabamos de expor procuramos descrever o papel e a importância do Programa Saúde da Família para a construção de um novo conceito de saúde, elegemos para campo de pesquisa, o PSF que começou a ser desenvolvido na cidade de São João Del Rei, mais especificamente a Unidade Guarda-mor. Nesse sentido, faz-se necessário contextualizar o estudo de caso realizado, pois através da mudança de concepção de saúde pública ocorrida na sociedade são-joanense em virtude do pioneirismo da Prefeitura Municipal, pudemos observar a exploração da Fisioterapia como grande aliada da saúde tornando-se um dos pilares da educação para a saúde.

1 A metodologia da pesquisa

O grupo Valorizando a Vida, do PSF Guarda-mor, localizado na cidade de São João Del Rei, Minas Gerais, foi o contexto onde se desenvolveu a investigação do presente estudo, o qual abordarei com mais detalhes posteriormente. O objetivo do estudo em questão é o de descrever de que maneira a vivência neste grupo, desenvolvido por uma fisioterapeuta, baseando-se no princípio de educação para a saúde conseguiu influenciar a vida das pessoas envolvidas no processo. Trabalhar com pessoas em saúde e, a partir deste trabalho, pesquisar, considerando como sujeitos de pesquisas pessoas de faixa etária ampla, níveis sócio-econômico-cultural diversos, objetivos e vivências diferenciadas exigem do pesquisador uma percepção e compreensão especiais. Ao desenvolver a pesquisa foram levados em consideração diversos fatores do comportamento dos sujeitos da investigação, bem como o que se manifestou acerca de suas vivências. A abordagem escolhida foi a qualitativa, pois a investigação qualitativa nos traz pontos distintos e um de seus pontos fortes decorre do fato de que “estuda