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Pesquisa simplificada sobre os usos industrias de algumas espécies (ou grupos de algas) - Enfoque na química.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Vítor Torres Freire – Nº 36 – 3A (Biologia – Profª Rosangela)
As algas, dependendo da espécie, têm a capacidade de produzir as mais diversas substâncias químicas que são utilizadas desde muitos anos atrás até hoje nos mais diversos segmentos da Indústria: fabricação de papel , medicamentos , tintas , cosméticos , aditivos na indústria alimentícia e mesmo alimentos propriamente ditos. Hoje se pesquisam mais as espécies com propriedades antitumorais , antibióticas , antiinflamatórias e antitrombóticas. Há também espécies que apresentam grande resistência aos raios ultravioleta, podendo ser utilizadas na prevenção ao câncer de pele a partir de cosméticos, por exemplo.
Os kelps são algas da divisão Phaeophyta (algas pardas), que podem atingir até 60 m de comprimento. O principal produto derivado dos kelps é o ácido algínico , o qual é usado como estabilizante de diversos materiais e emulsificante de alguns alimentos e tintas, além do revestimento de papel. Esse ácido é encontrado geralmente na forma de sais, como o alginato de sódio ou potássio , e por isso suas cinzas também são usadas como fertilizantes. A Sargassum , por exemplo, é um exemplo de alga que, depois de ressecada e moída, fornece um adubo muito rico em sais minerais diversos: misturadas ao solo, essas algas o enriquecem com as substâncias necessárias à vida das plantas.
Vários povos do orientais comem algas pardas e vermelhas. Podem ser cultivadas ou colhidas de populações naturais, como o kombu. Japão, Coréia e China produzem o nori , que também é amplamente consumida nas Ilhas do Pacífico Norte. As algas marinhas geralmente não são de alto valor nutritivo de carboidratos, entretanto, suprem a necessidade de sais e vitaminas (principalmente C e B). Algumas algas verdes também são consumidas como vegetais na alimentação; a Chlorella , por exemplo, está atualmente sendo investigada: Os japoneses a processam num pó branco sem sabor, mas rico em vitaminas e proteínas, que pode ser misturada com farinha para o preparo de outros alimentos.
As algas vermelhas do gênero Gelidium fornecem uma substância chamada ágar , que é aproveitada como matéria-prima para remédios , laxativos e gomas , além de fazer cápsulas de vitaminas e drogas, moldes dentários e cosméticos. Também é utilizado como um agente anti- dessecante em padarias, na preparação de gelatinas e como conservante de carne e peixes. O ágar é muito utilizado também em laboratórios e em faculdades, como meio de cultura para desenvolvimento de microorganismos para estudo, já que garante um meio estável para o desenvolvimento controlado de bactérias, fungos etc.
Ele é constituído basicamente de uma mistura dos polissacarídeos agarose e agaropectina. A agarose purificada é usada para eletroforese , um método analítico que envolve
correntes elétricas em soluções de experimentos bioquímicos. Outra substância industrialmente importante é o carragenano (também chamado carragenina ou carragena), nome usual para diversos polissacarídeos sulfatados lineares, que também são usados na emulsificação e clarificação de tintas, cosméticos, bebidas, laticínios e outros alimentos; são extraídos basicamente de algumas espécies de algas vermelhas (como a Chondrus crispus ).
Aqui mesmo no Brasil, está em estudo o uso das fucanas A e B , outras famílias de polissacarídeos sulfatados que são extraídos principalmente de algas pardas e que demonstraram serem poderosos anticoagulantes. O principal anticoagulante comercializado hoje é a heparina que foi descoberto na década de 1930, mas que é tão potente que impede a coagulação do sangue até mesmo em casos extremos, o que pode resultar em hemorragias. Diferente da heparina, a fucana mostrou um risco bem menor de hemorragia, mostrando-se um substituto promissor do anticoagulante atual. Além disso, a heparina é derivada de suínos e bovinos e a sua substituição pela alga representaria uma vantagem produtiva.
As diatomáceas são algas do filo Bacillariophyta , que possuem uma espécie de carapaça chamada frústula , feita basicamente de compostos de silício. Quando essas algas morrem, as carapaças podem se associar com espículas de esponjas , também silicosas, originando rochas chamadas diatomitos ou simplesmente terra de diatomáceas. O diatomito é uma rocha de aplicação variada, por exemplo, é usado na fabricação da dinamite , produção de tijolos , isolantes térmicos etc. Possui também propriedades filtrantes e pode ser usado como material abrasivo ou matéria-prima silicosa.
O Japão movimenta US$ 1 bilhão por ano com o comércio de algas marinhas e seus subprodutos, sendo o principal produtor mundial de algas marinhas e o segundo maior, o Chile. O Brasil possui 779 espécies de algas que habitam desde a região dos mangues até grandes profundidades. Para preservar esses ambientes pode se usar a reprodução in vitro e o cultivo das algas comerciais de modo a evitar o extrativismo predatório , que poderia levar até a escassez de algumas espécies, ainda assim, mesmo com tanto, o Brasil utiliza pouco suas riquezas marinhas, mesmo tratando-se do terceiro recurso aquático mais usado no mundo, movimentando de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões por ano.
FONTES (Acesso em 14 ago. 2011) : http://biociencia.org/index.php?option=com_content&task=view&id=74&Itemid= http://www.agencia.fapesp.br/ http://www.meioambienteuerj.com/glossario.asp?idioma=&codigo_categoria= http://www.portalbrasil.net/educacao_seresvivos_plantas_algas.htm