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troca dos cabos da ponte pensil são vicente, Resumos de Engenharia Civil

resumo informando como foi realizado a troca dos cabos e tabuleiro da ponte pensil localizada em são vicente litoral de São Paulo

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 03/06/2020

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caio-fabio-de-lima-santos-rodrigues 🇧🇷

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ATIVIDADE COMPLEMENTAR DE APRENDIZADO 02 CAIO RA:03693
Ponte Pênsil de São Vicente troca dos cabos e restauração da ponte
A Ponte Pênsil de São Vicente, localizada entre os Morros dos Barbosas e Japuí
na cidade de São Vicente (SP), é responsável pela ligação da ilha ao continente
e é considerada um marco na construção de pontes pênseis no Brasil: ela foi a
terceira da nossa história e um marco do desenvolvimento do litoral paulista. A
ponte foi inaugurada em 21 de maio de 1914. A proposta da ponte foi idealizada
pela Comissão de Saneamento de Santos em 1910 com o propósito de servir de
suporte à instalação de uma tubulação para conduzir o esgoto coletado nas
cidades de Santos e São Vicente para lançamento no Oceano Atlântico, na
Ponta de Itaipu, localizada na cidade de Praia Grande. Boa parte da população
da região no início do século XX era vítima de doenças ocasionadas pela
ausência de saneamento básico, como febre amarela, cólera, leptospirose e
peste bubônica, entre outras. O projeto do sistema de esgotamento sanitário foi
criado pelo engenheiro sanitarista Saturnino de Brito. Em 1910, uma comissão
sob o comando do engenheiro Miguel Presgrave contratou a empresa Trajano e
Medeiros & Cia para elaboração do projeto em consórcio com uma empresa de
Dortmund, da Alemanha. O engenheiro alemão August Kloenne criou o projeto
da ponte, que previa um vão de 180 m entre torres, com 6,4 metros de largura e
5 metros de altura acima da maré máxima. A suspensão seria constituída por 16
cabos de aços, ancorados em quatro blocos de ancoragem e apoiados em quatro
torres metálicas revestidas de concreto. Em 2013 teve início um novo projeto de
recuperação da ponte, elaborado pela empresa Engeti e baseado nos dados,
conclusões e recomendações apresentados pelo IPT ao DER Departamento
de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo, órgão responsável pela
conservação da ponte. Foi recomendada a troca dos cabos de aço, por estarem
com capacidade resistente reduzida. A troca de cabos de aço já foi realizada em
pontes na China, na África e na Escócia, mas acontecerá pela primeira vez no
Brasil: os cabos antigos serão substituídos por novos fabricados na Itália. Antes
da execução dos serviços a vistoria em campo na ponte detectaram grande
corrosão dos elementos metálicos do tabuleiro onde alguns tinha grande perca
de seção chegando a 20% ocasionados pelo respingo da maré dos barcos e jet-
ski que passam em baixo da ponte, no qual danifica a durabilidade da estrutura
da ponte, havia também cantoneiras que acumulavam aguas e cabos de
sustentações danificados que deixava cada vez mais deteriorada a ponte. Havia
também trincas e fissuras nas torres ocasionada pela movimentação da treliça
que estava dentro dela, entre outras patologias. O maior problema para
execução das trocas dos cabos foi a proibição de implantar quaisquer
escoramentos que auxiliasse na troca dos cabos, e por ter um prazo curto para
execução desta obra de 1 ano e meio, o jeito foi criar uma ponte provisória
suspensa para suportar o tabuleiro ao ponto de remover os cabos existentes e
trocar os cabos e para que os mesmos fossem tencionados novamente
trabalhando com um novo tipo de selas e presilhas e pendurais.
Também foram suspensos o trafego de veículos pela ponte e retirada todo tipo
de madeiramento existente que estava apenas acrescentando carga a ponte.
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ATIVIDADE COMPLEMENTAR DE APRENDIZADO 0 2 – CAIO – RA:

Ponte Pênsil de São Vicente – troca dos cabos e restauração da ponte A Ponte Pênsil de São Vicente, localizada entre os Morros dos Barbosas e Japuí na cidade de São Vicente (SP), é responsável pela ligação da ilha ao continente e é considerada um marco na construção de pontes pênseis no Brasil: ela foi a terceira da nossa história e um marco do desenvolvimento do litoral paulista. A ponte foi inaugurada em 21 de maio de 1914. A proposta da ponte foi idealizada pela Comissão de Saneamento de Santos em 1910 com o propósito de servir de suporte à instalação de uma tubulação para conduzir o esgoto coletado nas cidades de Santos e São Vicente para lançamento no Oceano Atlântico, na Ponta de Itaipu, localizada na cidade de Praia Grande. Boa parte da população da região no início do século XX era vítima de doenças ocasionadas pela ausência de saneamento básico, como febre amarela, cólera, leptospirose e peste bubônica, entre outras. O projeto do sistema de esgotamento sanitário foi criado pelo engenheiro sanitarista Saturnino de Brito. Em 1910, uma comissão sob o comando do engenheiro Miguel Presgrave contratou a empresa Trajano e Medeiros & Cia para elaboração do projeto em consórcio com uma empresa de Dortmund, da Alemanha. O engenheiro alemão August Kloenne criou o projeto da ponte, que previa um vão de 180 m entre torres, com 6,4 metros de largura e 5 metros de altura acima da maré máxima. A suspensão seria constituída por 16 cabos de aços, ancorados em quatro blocos de ancoragem e apoiados em quatro torres metálicas revestidas de concreto. Em 2013 teve início um novo projeto de recuperação da ponte, elaborado pela empresa Engeti e baseado nos dados, conclusões e recomendações apresentados pelo IPT ao DER – Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo, órgão responsável pela conservação da ponte. Foi recomendada a troca dos cabos de aço, por estarem com capacidade resistente reduzida. A troca de cabos de aço já foi realizada em pontes na China, na África e na Escócia, mas acontecerá pela primeira vez no Brasil: os cabos antigos serão substituídos por novos fabricados na Itália. Antes da execução dos serviços a vistoria em campo na ponte detectaram grande corrosão dos elementos metálicos do tabuleiro onde alguns tinha grande perca de seção chegando a 20% ocasionados pelo respingo da maré dos barcos e jet- ski que passam em baixo da ponte, no qual danifica a durabilidade da estrutura da ponte, havia também cantoneiras que acumulavam aguas e cabos de sustentações danificados que deixava cada vez mais deteriorada a ponte. Havia também trincas e fissuras nas torres ocasionada pela movimentação da treliça que estava dentro dela, entre outras patologias. O maior problema para execução das trocas dos cabos foi a proibição de implantar quaisquer escoramentos que auxiliasse na troca dos cabos, e por ter um prazo curto para execução desta obra de 1 ano e meio, o jeito foi criar uma ponte provisória suspensa para suportar o tabuleiro ao ponto de remover os cabos existentes e trocar os cabos e para que os mesmos fossem tencionados novamente trabalhando com um novo tipo de selas e presilhas e pendurais. Também foram suspensos o trafego de veículos pela ponte e retirada todo tipo de madeiramento existente que estava apenas acrescentando carga a ponte.

Para equipar com a nova ponte provisória foi inserido os blocos de fundação com 10 estacas raiz cada uma pegando 100t, com um solo extremamente heterogêneo. Após o destenciona mento simultâneos dos cabos provisórios e o existente foi refeito um bloco de ancoragem novo para sustentar o novo sistema de fixação com o cabo anterior, os novos cabos importados tiveram seus ensaios das amostras dos cabos, realizados em laboratórios italianos, no qual veio já tencionados para a obra. Também foram feitas a recuperação da torre existente com drenos, restauração das estruturas metálicas e substituição dos rebites que foram forjados em obras detalhadamente e inserção de guarda-corpo para pedestre e implantação de novo sistema de tabuleiro. E em 30 de outubro de 2015 ela foi reinaugurada na qual teve suas provas de cargas perfeitamente aceitas e com certeza mais uma grande obra para a engenharia.