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Tipologia das Embarcações
Após conhecer os tipos de navegação e afretamento de navios, é hora de conhecer os principais tipos de embarcações utilizadas tanto para o transporte como para apoio as atividades na zona costeira ou fora dela. O mercado do transporte marítimo se utiliza de diversos tipos de navios, variando de acordo com a natureza do produto a ser transportado (KEEDI, 2015).
Navios : São as principais embarcações de transporte marítimo, sendo esse um dos únicos “modos” de transporte que possibilita a movimentação de mercadorias entre continentes distintos.
- (^) Navios de carga geral ( breakbulkvessel ): são os chamados navios convencionais, muito utilizados no passado para transporte de qualquer tipo de carga (não sendo especializado em nenhuma), podem ser utilizados para cargas que não necessitem de controle de temperatura ( dry cargo vessel ), cuja carga é acondicionada em seus porões, embalada ou não, ou cargas que necessitem de controle de temperatura ( reefervessel ) que são dotados de equipamentos de refrigeração em seus porões. Este tipo de navio vem perdendo espaço no mercado, devido à modernização dos mecanismos de transporte, como a aplicação de containers na unitização e consequente surgimento de navios próprios para estes containers;
Fonte: The Load Star
- Navios Especializados ( bulk vessel ): São navios que possuem as mesmas características do navio de carga geral, porém são especializados em um tipo de
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carga especifico, por exemplo: soja, milho, minério entre outros. São comumente chamados de navios graneleiros, haja vista que na grande maioria das vezes são utilizados para esse fim. Ainda podem ser classificados como: ▲ General purpose : uso geral, podendo ser usado para diversos tipos de granel. Capacidade entre 25.000 a 50.000 toneladas;
- Handysize : mineraleiros com capacidade entre 25.000 e 50. toneladas. Suas dimensões atendem às restrições de navegação dos canais do Panamá e de Suez;
- Panamax : dimensões projetadas para maximizar a capacidade de transporte, porém atendem as restrições do canal do Panamá. Carregam de 50.000 a 75.000 toneladas;
- Cape siz e: projetados para maximização de carregamento, não atendendo as restrições dos canais do Panamá e Suez. Apresentam capacidade superior a 75.000 toneladas.
Navios Roll-on/Roll-off (RO/RO): também se tratam de navios especializados, porém nesse caso em cargas rolantes, são navios geralmente utilizados para transporte de veículos, onde a carga entra e sai do navio rodando, com acesso através de rampas construídas em seu casco, geralmente na popa (traseira) ou em sua lateral. Diferente do navio graneleiro esse navio tem seu compartimento de cargas dividido em vários decks de alturas diferentes para acomodar diversos tipos de mercadorias, possuem vários decks de cargas e o acesso entre eles é efetuado por elevadores ou rampas permitindo que a mercadoria circule entre elas.
Fonte: Retail News
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São navios que variam sua atividade conforme a necessidade e demanda a eles imputada, essa capacidade ocorre devido a sua flexibilidade operacional.
- (^) Navios tanque: utilizados para granéis líquidos, sobretudo petróleo e seus derivados. Antigamente, mais precisamente nos anos 70, quando o acesso através do canal de Suez foi fechado, utilizavam-se grandes petroleiros, como o VLCC ( VeryLargeCrude Carrier ), com capacidade acima de 150. toneladas, e o ULCC ( Ultra LargeCrude Carrier ), com capacidade superior a 300.000 toneladas. Hoje não existe mais esta restrição de acesso, e os navios mais utilizados são de menor capacidade (50.000 a 150.000 toneladas) e maior agilidade;
Fonte: Anges Marine
- Navios gaseiros: são navios específicos para transporte de gás liquefeito. Sua principal característica é a presença de tanques de formato arredondado acima de seu convés;
Fonte: Logística e o mundo
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- Navios químicos: possuem características similares aos dos navios petroleiros. São destinados à movimentação de produtos químicos especiais, tais como: enxofre líquido, soda cáustica, entre outros.
Fonte: Santos Shiplovers
- Navios Curral (Cattle-Carrying Ship) : Muito comentado nos últimos anos meses e extremamente criticado, devido ao modo como a “carga” é acomodada, são navios utilizados para o transporte de animais vivos.
Fonte: Navios e Portos Os tipos de navios apresentados referem-se aos mais comuns meios de transporte aquaviários de carga entre continentes, não que sejam as únicas embarcações que operam nas regiões costeiras dos países.
Não se pode desconsiderar que existem navios que também exercem conceitos logísticos de transferência de um continente a outro, porém não transportando cargas, mas sim pessoas, portanto não se podem deixar de conceituar tais navios.
Navios de cruzeiros (transatlânticos): Geralmente são navios que fazem rotas turísticas dentro dos limites náuticos de um mesmo país, embarcando e
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Fonte: Blog do Rocha Para esse tipo de cargas utilizam-se navios na maioria das vezes navios conhecidos com “ tramps ”, que são navios sem rotas pré-definidas e sua utilização geralmente se dá por afretamentos por tempo, onde o embarcador permanece com a embarcação em seu poder pelo prazo acordado no contrato.
Porém dependendo das dimensões da mercadoria há a necessidade de se utilizarem embarcações especializadas para efetuar a movimentação, são navios semissubmersíveis que são capazes de carregar e descarregar mercadorias em alto mar (figura 02).
Esses navios além de transportar mercadorias que não podem ser movimentadas em navios convencionais (figura 03) ainda são usados como apoio nos resgates de embarcações e plataformas de petróleo, por exemplo que necessitem de manutenção ou presentem problemas.
Figura 02 – Embarcação semissubmersível em operação
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Fonte: Estadão – Caderno mar sem fim O exemplo demonstrado é o Blue Marlin um navio que transporta outros navios, plataformas entre outros tipos de cargas, podendo transportar até 75 mil toneladas e possui 17 mil cavalos de potência.
Figura 03 – Blue Marlin transportando navios
Fonte: Estadão – Caderno mar sem fim
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS E WEBGRAFICAS
KEEDI, Samir. Transportes, unitização e seguros internacionais de carga: prática e exercícios. 6. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2015.
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