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Aborda-se no documento o que é a Síndrome Metabólica, quais problemas pode acarretar, sua ligação com a resistência insulínica, consequências de fatores intrauterinos e estresse psicossocial, prevenção primária, diagnóstico clínico, tratamento a síndrome metabólica, plano alimentar, metas do tratamento, tratamento medicamentoso, exemplo de caso clínico e a relação entre religião e as doenças crônicas.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular. Está relacionado a deposição de gordura e resistência à insulina. Associado a fatores altamente inflamatórios, além de aumentar o risco de ter todas as doenças crônicas.
Aumento de insulina em jejum, mesmo sem o paciente se alimentar.
Aumenta a reabsorção de sódio (↑ Pressão) Aumenta atividade simpática (↑ Pressão) Aumenta ação trófica sobre os vasos arteriais (↑ Pressão) Aumenta chance de diagnóstico a diabetes, se já não estiver com a doença.
Associação de tolerância à glicose prejudicada/ Diabetes e/ou resistência a insulina, além de 2 ou mais fatores como:
HAS ( > 140/90 mmHg) [HAS + resistência insulínica + outro fator listado = SM] Aumento de TG ( > 150 mg/dL) Diminuição de HDL-C ( < 35 mg/dL homens e 39 mg/dL mulheres)
Obesidade Central (CQ > 0,9m homens e 0,85m mulheres) IMC > 30 kg/m² Microalbuminúria [Nefropatia associada = Microalbuminúria, porque o rim perde a seletividade]
Se tiver mais fatores, porém não listados, ter cuidado, pode não ser síndrome metabólica.
➢ Aumento de LDL não entra no diagnóstico de SM ➢ Circunferência Cintura-Quadril, atualmente, é pouco utilizada pois caso o paciente esteja com CC mostrando riscos, se ele tiver o quadril largo, quando fizer a relação Cintura-Quadril não vai demonstrar risco. Circunferência cheia de falhas, e por isso é melhor apenas utilizar Circunferência Abdominal. ➢ Nefropatia (Diabética, por causa do estado hiperglicêmico) – doença no rim, alteração dos capilares. O Rim faz filtração e os vasos ficam sobrecarregados por causa do aumento do débito cardíaco. Se o tecido do rim não funciona, perde a seletividade e acaba liberando proteína e outros componentes.
Excesso de gordura no corpo
Lípidos se acumulam em diversos órgãos e tecidos (causam alterações bioquímicas e levam a SM) Aumenta inflamação ⇒ modifica DNA, altera receptores de insulina, afeta células pancreáticas HAS ( > 140/90 mmHg) [HAS + resistência insulínica + outro fator listado = SM] >> Aumento de TG ( > 150 mg/dL) >> Diminuição de HDL-C ( < 35 mg/dL homens e 39 mg/dL mulheres) >> Obesidade Central (CQ > 0,9m homens e 0,85m mulheres) >> IMC > 30 kg/m² >> Microalbuminúria [Nefropatia associada = Microalbuminúria, porque o rim perde a seletividade] Se tiver mais fatores, porém não listados, ter cuidado, pode não ser síndrome metabólica. ➢ Aumento de LDL não entra no diagnóstico de SM ➢ Circunferência Cintura-Quadril, atualmente, é pouco utilizada pois caso o paciente esteja com CC mostrando riscos, se ele tiver o quadril largo, quando fizer a relação Cintura-Quadril não vai demonstrar risco. Circunferência cheia de falhas, e por isso é melhor apenas utilizar Circunferência Abdominal. ➢ Nefropatia (Diabética, por causa do estado hiperglicêmico) – doença no rim, alteração dos capilares. O Rim faz filtração e os vasos ficam sobrecarregados por causa do aumento do débito cardíaco. Se o tecido do rim não funciona, perde a seletividade e acaba liberando proteína e outros componentes. ## ○ Obesidade Excesso de gordura no corpo >> Lípidos se acumulam em diversos órgãos e tecidos (causam alterações bioquímicas e levam a SM) >> Aumenta inflamação ⇒ modifica DNA, altera receptores de insulina, afeta células pancreáticas Pacientes não obesos podem apresentar aumento da gordura corporal na região abdominal
Concentração normal do hormônio é menor que a resposta nos tecidos periféricos.
Causado pelo sedentarismo, excesso de gordura e predisposição genética (associação entre elas) A resistência leva a outras doenças crônicas, e essa associação gera intimidade com o diagnóstico de SM
Apesar de não fazer parte dos critérios de diagnóstico, várias condições clínicas e fisiopatológicas estão ligadas a SM:
Síndrome de ovários policísticos Acantose nigricans (manchas escuras nas dobras, só melhora quando há redução de resistência a insulina) Doença hepática gordurosa não-alcoólica (pode levar a deficiência do órgão, e o acúmulo de gordura hepática libera fatores inflamatórios que levam a resistência insulínica) Microalbuminúria ** (pode ter diversas causas) Estados pró-inflamatórios e de disfunção endotelial
Hiperuricemia – aumento de ácido úrico no sangue; apresenta inflamação e deve estar com a alimentação tão inadequada que alterou o ácido úrico.
SOP, toda fisiopatologia está relacionada a resistência insulínica; necessário mudar o estilo de vida do paciente e ajustar a dieta para tratar a Hiperinsulinemia de jejum.
❖ Fatores Intrauterinos DM Gestacional – Bebê cuja mãe cursou com DM Gestacional, obviamente não nasce com diabetes, mas ele recebe tanta glicose por causa da hiperglicemia materna que nasce enorme (bebê GIG, grande para idade gestacional). Esse bebê tem chance de aumentada devido ao grande acúmulo de tecido adiposo na vida intrauterina, de ter risco a doenças crônicas, principalmente obesidade e DM2.
Assim como o excesso de peso na gestação leva a alterações no futuro desse bebê, o que nasce com baixo peso também tem alterações a longo prazo para desenvolver alguma possível DCNT futura. A mãe não se alimenta bem, bebê entra em desnutrição na vida intrauterina e modifica DNA dele, adquirindo gene poupador – a partir do momento que normaliza a ingestão do alimento, mesmo que seja a quantidade energética necessária para aquele bebê, ele não está consumindo em excesso, mas o metabolismo dele tem
Microalbuminúria ** (pode ter diversas causas) >> Estados pró-inflamatórios e de disfunção endotelial >> Hiperuricemia – aumento de ácido úrico no sangue; apresenta inflamação e deve estar com a alimentação tão inadequada que alterou o ácido úrico. SOP, toda fisiopatologia está relacionada a resistência insulínica; necessário mudar o estilo de vida do paciente e ajustar a dieta para tratar a Hiperinsulinemia de jejum. ❖ Fatores Intrauterinos DM Gestacional – Bebê cuja mãe cursou com DM Gestacional, obviamente não nasce com diabetes, mas ele recebe tanta glicose por causa da hiperglicemia materna que nasce enorme (bebê GIG, grande para idade gestacional). Esse bebê tem chance de aumentada devido ao grande acúmulo de tecido adiposo na vida intrauterina, de ter risco a doenças crônicas, principalmente obesidade e DM2. >> Assim como o excesso de peso na gestação leva a alterações no futuro desse bebê, o que nasce com baixo peso também tem alterações a longo prazo para desenvolver alguma possível DCNT futura. A mãe não se alimenta bem, bebê entra em desnutrição na vida intrauterina e modifica DNA dele, adquirindo gene poupador – a partir do momento que normaliza a ingestão do alimento, mesmo que seja a quantidade energética necessária para aquele bebê, ele não está consumindo em excesso, mas o metabolismo dele tem a tendência de guardar e aí tem aversão a entrar estado de privação
Circunferência Abdominal Níveis de Pressão Arterial (PA) Peso e estatura (IMC) Exame de pele (por causa da Acantose nigricans) Exame cardiovascular ➔ pode solicitar exames bioquímicos para verificar níveis de inflamação
Glicemia de jejum (verificar resistência insulínica) Dosagem de HDL-C e TG Outros exames para melhor avaliar risco cardiovascular global: Colesterol Total LDL-C Creatinina Ácido Úrico Microalbuminúria Proteína C Reativa (ajuda a observar inflamação) TOTG (melhor para avaliar resistência insulínica e fazer diagnóstico de DM) Eletrocardiograma (avaliação cardiovascular)
O objetivo das organizações de saúde seria a prevenção, reduzindo o risco da doença aterosclerótica (principal base de risco cardiovascular) e prevenir aparecimento de DM.
Como prevenir as complicações?
Tratar obesidade e estimular atividade física Tratar e prevenir DM
Tratar HA Tratar a Dislipidemia
Tratar o que está diagnosticado e prevenir o que não foi
Plano Alimentar para paciente com SM “realizar plano alimentar para redução de peso associado ao exercício físico” – terapias de primeira escolha, e aí quando o paciente não consegue fazer as modificações no estilo de vida que se parte para terapia medicamentosa.
Reduz Circunferência Abdominal e gordura visceral Melhora sensibilidade a insulina, que leva a melhores níveis plasmáticos de glicose Reduz PA Reduz níveis de TG Aumenta HDL-C
A prática de exercício físico é a ação que mais aumenta HDL-C. O aumento no consumo de CHO, Gordura saturada e Trans aumenta o LDL-C
Ou seja, uma vez que o paciente tenha diagnóstico de SM, fazendo modificações na ingestão alimentar conseguirá melhorar o perfil lipídico em relação ao TG e o LDL.
“Plano alimentar deve er individualizado e prever a redução de peso sustentável de 5-10% do peso inicial”
❖ Passo 1: AVN
Inquérito Alimentar Antropometria Avaliação bioquímica: dosagem de CT, TG, HDL-C e Glicemia Avaliação física: Pressão Arterial e outros História Clínica: doenças e medicamentos
❖ Passo 2: Determinar Necessidades Nutricionais (baseado na AVN) Energia
Para obesos: hipocalórica (fazer desbalanço energético) Não usar dietas < 800 kcal 20-25 kcal/kg atual/dia Reduzir 500-1000 kcal do consumo diário ➔ perda ponderal de 0,5-1 kg/semana (fazer perda gradativa)
❖ Passo 3: Plano Alimentar
Diminuir 600 calorias ao dia (pode chegar até 1000) CHO – 50-60% (normo) Fibras – 20-30 g/dia Gordura Total – 25-35% AG Saturados < 10% da kcal total AG Polinsaturados até 10% da kcal total AG Monoinsaturados até 20% kcal total Colesterol – 200 mg/dia (dislipidemia, hipercolesterolemia) e até 300 mg/dia (SM sem dislipidemia) PTN – 15% do kcal total ou 1 g/kg/dia (normo)
❖ Medicamento (não é a primeira escolha) ❖ Não-medicamentoso
Alimentação Exercício Medidas anti-estresse (buscar fatores psicológicos que indiquem sobre o comportamento do paciente) Cessar fumo Controle da Ingestão alcoólica
Cereais integrais, frutas, legumes, hortaliças e leguminosas Importante recomendar aumento da ingestão de CHO complexos, em foco as fibras, e controle de alimentos com índice glicêmico alto
Fibras
Recomenda-se 20-30 g/dia Em forma de hortaliças, leguminosas, grãos integrais e frutas Aumento da quantidade de fibras ( > 50 g/dia) – pode passar, mas tem que ter cuidado ➔ efeito benéfico: controle glicêmico e lipídico ➔ efeito maléfico: aumento dos gases e da distensão abdominal, e desconforto gastrointestinal, pode alterar palatabilidade da dieta
0,8-1,0 g/kg/dia Apesar das dietas hiperproteicas e Diminuir 600 calorias ao dia (pode chegar até 1000) >> CHO – 50-60% (normo) >> Fibras – 20-30 g/dia >> Gordura Total – 25-35% >> AG Saturados < 10% da kcal total >> AG Polinsaturados até 10% da kcal total >> AG Monoinsaturados até 20% kcal total >> Colesterol – 200 mg/dia (dislipidemia, hipercolesterolemia) e até 300 mg/dia (SM sem dislipidemia) >> PTN – 15% do kcal total ou 1 g/kg/dia (normo) ## ▣ Tratamento ❖ Medicamento (não é a primeira escolha) ❖ Não-medicamentoso >> Alimentação >> Exercício >> Medidas anti-estresse (buscar fatores psicológicos que indiquem sobre o comportamento do paciente) >> Cessar fumo >> Controle da Ingestão alcoólica ## ▣ Elaboração do Plano Alimentar ### CHO >> Cereais integrais, frutas, legumes, hortaliças e leguminosas >> Importante recomendar aumento da ingestão de CHO complexos, em foco as fibras, e controle de alimentos com índice glicêmico alto Fibras >> Recomenda-se 20-30 g/dia >> Em forma de hortaliças, leguminosas, grãos integrais e frutas >> Aumento da quantidade de fibras ( > 50 g/dia) – pode passar, mas tem que ter cuidado ➔ efeito benéfico: controle glicêmico e lipídico ➔ efeito maléfico: aumento dos gases e da distensão abdominal, e desconforto gastrointestinal, pode alterar palatabilidade da dieta ### PTN >> 0,8-1,0 g/kg/dia >> Apesar das dietas hiperproteicas e low carbs promoverem redução de
insulínica – SEMPRE associada a modificação comportamental
Dieta deve priorizar alimentos com baixo teor de gordura saturada e AG Trans para evitar SM Dieta deve conter alimentos de baixo índice glicêmico e ingestão boa de fibras IMC e CC deve-se manter dentro da normalidade Estimular atividade física Evitar aumento da gordura visceral
Homem, 55 anos Peso atual: 80 kg Estatura: 1,6 m DCT: 23 mm CC: 103 cm Colesterol Total: 250 mg/dL LDL-C: 179 mg/dL HDL-C: 24 mg/dL TG: 282 mg/dL Glicemia de jejum: 112 mg/dL PA: 115/80 mmHg
Sim. O paciente não tem HAS, ele tem hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, cursa com pré-diabetes, CC elevada – risco de doenças cardiovasculares, IMC 31, kg/m² = obesidade.
Desjejum
Salada de frutas com abacate, banana e aveia Pão integral e Iogurte natural
Lanche Fruta: banana, maçã ou pêra com mix de oleaginosas
Almoço Feijão, arroz, vinagrete, frango com legumes grelhados Suco de abacaxi
Lanche Oleaginosas ou 10g de chocolate meio amargo 70%
Jantar Cará com ovo Café Sanduíche Natural: pão integral, peito de frango desfiado com cenoura e cebola
Utilização da dieta do mediterrâneo, aumento da quantidade de fibras, verduras e legumes, bastante proteína vegetal, dieta com poder antiinflamatório.
Algumas religiões fazem restrições alimentares, pode atrapalhar o tratamento, pois se você passa uma recomendação que vai contra a fé do paciente, ele não a seguirá. Por isso, é bom entender e conversar com o paciente, e encontrar outros alimentos que tenham características
semelhantes ao que você queria indicar previamente.
Trazer conforto a pacientes que se levem a crer que a doença é algum tipo de punição, pois gera estresse e o influencia em relação a adesão ou decisão sobre o tratamento (pode afetar alimentação entre outros).