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Este artigo visa apresentar o conceito de hermenêutica e, possíveis contribuições de Hans-Georg Gadamer para a Teoria do Conhecimento. Aqui se entende a “teoria do conhecimento” como aquele que nos ajuda a compreender quando buscamos interpretar determinados textos, que articula a consciência histórica.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Eliomar Osias Rezende Sarmento^1 Prof. MSc. Jeane Torres^2 RESUMO: Este artigo visa apresentar o conceito de hermenêutica e, possíveis contribuições de Hans-Georg Gadamer para a Teoria do Conhecimento. Aqui se entende a “teoria do conhecimento” como aquele que nos ajuda a compreender quando buscamos interpretar determinados textos, que articula a consciência histórica. O motivo do trabalho presente foi o propósito de entender melhor o contexto histórico e a importância da hermenêutica em Gadamer, sempre com intuito de compreender os fundamentos filosóficos da Teoria do Conhecimento em Gadamer e, por fim, apresentar caminhos, fatos ou situações que demonstrem a linha que norteiam a epistemologia da Teoria do Conhecimento em Gadamer. O objetivo geral do nosso artigo é demonstrar a hermenêutica em Gadamer como um caminho da pesquisa científica, seja na experiência da filosofia, da arte ou da própria história. A metodologia usada será a partir de pesquisas bibliográficas e artigos voltados ao campo do conhecimento, trazendo esclarecimentos de forma coerente alcançando o objetivo do nosso trabalho. Com o fito de mostrar a contribuição de Gadamer, este artigo argumenta que, por meio dos conceitos gadamerianos de tradição, compreensão e formação, é possível concluir que a hermenêutica pode efetivamente contribuir para uma compreensão mais profunda da consciência histórica e da dimensão estética da experiência histórica, mas como toda teoria do conhecimento este também nos provoca através dificuldades ao lidar com alguns aspectos decisivos da metodologia histórica. PALAVRAS-CHAVE: Conhecimento, Hermenêutica, Consciência. Este artigo desenvolve sobre o conceito da hermenêutica segundo pensamento de Gadamer onde o mesmo explica como método que analisa textos de forma coerente quando buscamos conhecer os textos através de métodos especiais. “Nós interpretamos um texto à luz de nossos preconceitos; e se uma interpretação nossa se choca contra o texto, devemos substituí-la por outra interpretação, a mais adequada. A tarefa hermenêutica possível e infinita”. (REALE, 2008, p.258). Vários motivos levaram a aprofundar o conceito da Hermenêutica segundo pensamento de Gadamer, uma delas foi a complexibilidade da hermenêutica, surgindo assim várias indagações: o que é o conhecimento hermenêutico? Como se adquire? O que temos implícito quando dizemos que conhecemos determinado assunto? Em que consiste a prática científica? Que relação existe entre o conhecimento científico e o mundo real? Quais as consequências práticas e éticas das descobertas (^1) Acadêmico do 3º período curso de Licenciatura em Filosofia-FSDB-UNIDADE LESTE. sarmentoeliomar6@gmai.com (^2) Professora orientadora do curso de Filosofia da Faculdade Salesiana Dom Bosco- Unidade Leste. Mestra em Educação em ciência, Graduada em Filosofia. jeanetorres3@gmail.com
científicas? Estes são alguns dos problemas com os quais nos deparamos frequentemente. Diante desses questionamentos, este trabalho realiza um apanhado geral acerca da Teoria do Conhecimento a partir de hermenêutica de Gadamer, de modo que se torne mais fácil a sua compreensão. O objetivo geral do nosso artigo é, então, demonstrar a hermenêutica em Gadamer como um caminho da pesquisa científica, seja a experiência da filosofia, da arte ou da própria história. Desta forma, para facilitar a nossa pesquisa traçaremos os caminhos ou objetivos específicos para haver uma coerência dentro do artigo. Primeiramente será apresentado o contexto histórico, o significado e a importância da hermenêutica em Gadamer para o fenômeno do conhecimento. Prosseguindo adentramos na compreensão dos fundamentos filosóficos da teoria do conhecimento de Gadamer, fazendo conexões com suas principais ideias. E, por fim, apresentamos exemplos de fatos ou situações que demonstrem conhecimentos a partir da Teoria do conhecimento em Gadamer.
1. ORIGEM DA HERMENÊUTICA DE GADAMER Hermenêutica, segundo Gadamer (2002, p. 349) significa atividade filosófica da qual “o diálogo são esquemas pré-formados de discurso, ao qual entendemos espontaneamente e que nos leva a uma infinitude não só do diálogo, mas consequentemente do ato de compreender. Assim, se obtém a universalidade do que é dito e compreendido através da linguagem”. O termo hermenêutico deriva do verbo grego hermeneuein e do substantivo hermeneia , que significam, em sua extensão semântica, algo que “é tornado compreensível”, “levado à compreensão”. Muitos autores correlacionam o termo ao Deus grego Hermes, o mensageiro dos deuses, a quem se atribui a origem da linguagem e da escrita, que tinha o dom de permitir às divindades falarem entre si e também aos homens. De uma forma ou de outra, o fato é que o termo está diretamente associado à ideia de compreensão de algo antes ininteligível. Hermenêutica na teologia bíblica é a compreensão das Escrituras, para entender o sentido como revelação (AUTOR, ANO). A hermenêutica está presente na filosofia e na área jurídica, cada um com seu significado. Na filosofia, é a ciência que estuda a arte e a teoria da interpretação surgida na Grécia Antiga. Dessa forma, faz diversas abordagens acerca de assuntos em diversas áreas tais como literatura, religião e direito. Na filosofia, a hermenêutica é fundamentada por Hans- Georg Gadamer, na obra titulada Verdade e Método II (Vozes, 2002) em que trata do modo de explicar e analisar textos de forma coerente, através de métodos especiais. Hans-Georg Gadamer (1900-2002) foi um dos grandes filósofos contemporâneo alemão do século XX. Interprete refinado e arguto, sobretudo da filosofia antiga, mas também de Hegel e dos historicistas, assim fundou a hermenêutica contemporânea, a filosofia da compreensão por meio da
entende como pré-conceito ou pré-julgamento, em outras palavras, como aquilo que torna possível qualquer tipo de discriminação. O preconceito não é uma forma distorcida de pensamento que precisa ser antes de vermos o mundo corretamente. Para Gadamer ( idem ), os preconceitos estão presentes em todos os entendimentos. Contra as reivindicações do Iluminismo de que a razão é separada da perspectiva histórica e cultural, representa um teste para verdade. Para Gadamer ( idem ), a verdade não é um método, mas simplesmente aquilo que acontece no diálogo. Atos de interpretação são dialógicos, uma conversação constante, dentro da tradição. Basicamente, o autor alega que os significados nunca podem ser completos. Se todo o entendimento é diálogo, então é tanto uma conversa com o passado quanto com o futuro. Portanto, o questionamento de Gadamer do método racional rejeita a opinião de que a razão existe por trás da linguagem. Os produtos culturais (incluindo a arte) e o mundo natural não são objetos para investigação racional, mas sim vozes dentro da fábrica de uma conversação interminável. Para Gadamer, existe basicamente somente uma cultura ou tradição e deveria ser sempre possível, para suas partes discrepantes, encontrarem um idioma comum e alcançar um entendimento, não importando quão limitado e provisional tal entendimento possa ser. (Compreender Gadamer, 2007). 1.2. FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA HERMENÊUTICA Schleiermacher, no início do século XIX, fundamentou a Hermenêutica dando importância com pensamento diferente. Avaliou, a partir da distinção entre os contextos (em que a mesma se daria) e os métodos científicos (que proporcionariam direção objetiva ao entendimento), que era aplicável não só ao conhecimento científico, mas a todos os domínios em que se fizesse necessária uma compreensibilidade através da palavra (SCHLEIERMACHER, 1998). Para este autor a hermenêutica reduzia-se à técnica da boa interpretação de um texto falado ou escrito ( idem ). Dilthey (1911) sugere que a hermenêutica é o alicerce de sustentação epistemológica das ciências do espírito. Ainda que limitadamente às humanidades, teve o mérito de assentar a Hermenêutica dentro do mundo histórico, divergindo daqueles que achavam ser possível importar métodos das ciências naturais para interpretar fenômenos vivenciais. Já Heidegger inova completamente os estudos sobre a hermenêutica quando afirma que as coisas correntes no mundo não são compreensíveis a partir da apropriação intelectiva do homem via dicotomia sujeito/objeto, mas a partir da perspectiva de que são fenômenos que, independentemente
do subjetivo humano, possuem a potencialidade de se apresentar como são (HEIDEGGER,1924). A hermenêutica, assim, se torna um modo de existência, algo anterior e mais profundo do que a atividade interpretativa, e passa a ser compreendida, pois, como fenomenologia da existência. A fundação da hermenêutica contemporânea é atribuída a Gadamer no qual contrapõe toda definição que havia no século XIX sobre o tema, afirmando ser a Hermenêutica uma disciplina filosófica que, além de possuir um foco epistemológico, também estuda o fenômeno da compreensão por si mesmo, isto é, tem como preocupação não apenas o fenômeno em tese, mas também a operação humana do compreender (Compreender Gadamer, 2007). Ao proceder ao que ficou conhecido como giro hermenêutico inaugurou a Hermenêutica como Hermenêutica Filosófica. Gadamer atribuiu ao fenômeno do compreender nova conotação. Para ele, a compreensão não apresenta uma estrutura tipicamente circular (se assim fosse o intérprete sairia do movimento do mesmo modo que entrou), e, sim, espiral. Segundo seu entendimento, a análise do texto, com as pré-compreensões do intérprete, tem como resultado um primeiro significado que precisa ser continuamente revisto à base de penetrações mais profundas no texto, até que, naturalmente, com o passar do tempo, sejam descobertos novos sentidos que superam as pressuposições anteriores, um elemento continua dialeticamente a determinar-se e formar-se no outro ( idem ). O intérprete deve deixar que o texto lhe diga algo (alteridade do texto) e não querer que se adapte aos próprios preconceitos, porque o texto adquire vida autónoma e sequer depende daquilo que o autor tencionou dizer (efeitos do texto). Gadamer jamais negou o método como aferição da verdade, muito embora quisesse ser o atingimento da verdade impossível. Contudo, acreditando estar a Hermenêutica posicionada antes de qualquer método científico, presumia que a aferição da verdade necessariamente dependeria da situação hermenêutica do intérprete aplicador do método. A hermenêutica filosófica tem como “gesto filosófico de base” o reconhecimento das condições históricas em que se insere a compreensão, entendendo a historicidade como finitude; a crítica das ideologias parte de um gesto crítico, desafiador, contra as dissimulações da dominação e da violência que ocorrem no âmbito da comunicação. O filósofo questiona se não conviria sua proposta é voltar à “problemática do texto, da exegese e da filologia”. Isso significa negar o fundamento dialógico da hermenêutica tal qual Gadamer propunha. O texto ganha “autonomia”, isto é, transcende-se o destinatário original. Uma série ilimitada de leituras se torna possível e é nesta liberação que se insere uma “instância crítica” no ato da interpretação (COIMBRA,2010).
todo fenômeno hermenêutico o ‘primado’ da questão, isto é, o texto interpretado é interpelado pela questão que lhe é posta e seu sentido depende disso. Da mesma forma, o interprete também é tocado pela questão apresentada pelo texto. Gadamer concorda que entender um texto é entender a questão que este nos apresenta. Essa tarefa pressupõe a aquisição do ‘horizonte hermenêutico’, o horizonte da questão da qual o texto é uma das respostas possíveis. Em outras palavras, compreender a questão que está em jogo em um texto não se limita a entender a questão do autor no ato da escrita. As tendências de sentido ultrapassam em muito essa problemática historicista. O sentido de um texto normalmente ultrapassa o que um autor tinha em vista. Gadamer (2005) chama a atenção para o papel fundamental da temporalidade histórica no estabelecimento do sentido dos textos. Este carácter dialógico que Gadamer reivindica para a compreensão e para a ciência histórica é fundamental para entendermos o papel ético-social que pretende conferir a todo tipo de conhecimento. Gadamer (2002), denuncia nossa época atual como um momento que a ciência é a palavra de ordem absoluta, um fim em si mesmo. Cada vez mais a ciência é vista como instância suprema de decisão das questões humanas. Em resposta a essa ‘consciência científica exacerbada’, o filósofo propõe o retorno ao diálogo com vistas ao entendimento entre os homens, povos e nações. Sua aposta está num saber, não mais monológico, como na ciência, mas num saber dialógico, uma ‘razão prática’ geral, que venha em auxílio do homem em sua busca por novas perspectivas e possibilidades de futuro. Nesse sentido, a hermenêutica pode ser encarada como a arte do entendimento. Parece especialmente difícil entender-se sobre problemas da hermenêutica, pelo menos enquanto conceitos não claros da ciência, de crítica e de reflexão dominarem a discussão. E isso porque vivemos numa era em que a ciência exerce um domínio cada vez maior sobre a natureza e rege a administração da convivência humana, e esse orgulho de nossa civilização, que corrige incansavelmente as faltas de êxito e produz constantemente novas tarefas de investigação científica, onde se fundamentam novamente o progresso, o planejamento e a remoção de danos, desenvolve o poder de uma verdadeira cegueira. No enrijecimento desse caminho rumo a uma configuração progressiva do mundo pela ciência perpetua-se um sistema resignada e cegamente ou então se rebela revoltosa, e isso significa, não menos cega (GADAMER, 2002). Segundo o próprio autor, esse contexto envolvendo a estranheza e o mal-entendido enquanto elemento universal é o que determina a ideia de uma hermenêutica universal. Segundo o filósofo, a interpretação não tem apenas um sentido cognitivo ou histórico, mas também prático e normativo,
como muito bem o testemunham a hermenêutica jurídica e a teológica, de raiz protestante. Nos dois casos a compreensão não visa o reconhecimento gnosiológico do tema do texto, o tomar posse dele, mas parte, pelo contrário, de outra atitude (COIMBRA, 2010). Começa, então, por corresponder à exigência de sentido do texto, aceita o carácter vinculativo do seu conteúdo, isto, quer dizer; reconhece-o na sua validade de orientação essencial ao modo humano habitar ao mundo. “O esforço da compreensão surge toda vez que não se dá uma compreensão imediata, e assim toda vez que se deve contar com a possibilidade de um mal-entendido” (GADAMER, 2005, p. 247). Compreender nesta perspectiva é aplicar, não mecanicamente, como quem segue regras normalizadas para a produção de algo, mas traduzir o assunto do texto para a própria linguagem da sua situação concreta. O procedimento seguido é o diálogo de horizontes diferentes, que exige a aplicação para que não seja um momento ulterior e eventual da compreensão, mas justamente aquele que determina, desde o princípio, na sua totalidade. Compreender, então, é realizar em ato o compreendido e aplicar. Este tipo de aplicação hermenêutica nada tem a ver com a aplicação mecânica e automática do saber fazer técnico; com efeito, esta última nada acrescenta ao modo de ser e à situação do intérprete, é a pura habilidade automática e eficaz. Nessa perspectiva, na linha da teoria de conhecimento a hermenêutica de Gadamer pretende definir o conceito de aplicação, é questionar a ligação da compreensão do mundo do texto com os modelos da imagem pontual e da percepção. A hermenêutica não tem como objetivo a posse de conhecimentos e coisas, mas pretende simplesmente trazer a consideração dos filósofos algo que foi esquecido: a necessidade de pensar a forma de mediação que efetuam os ideários comuns transmitidos pela tradição histórica e literária (VERDADE E MÉTODO, 1997). Segundo Gadamer (2005), tal mediação, porque faz pensar e transmite práticas de relacionamento e de comunicação, exige execução criativa e pode ajudar a ultrapassar a redução do homem ao agir mecânico dos dias atuais.
Segundo a hermenêutica filosófica o processo de conhecer, de pensar e de ensinar não é predeterminado por uma força causadora a priori , nem por uma teleologia que lhe seja externa. Mais importante que a produção de uma certeza, é o processo interativo, experiencial e dialógico de um modo relacional ao procurarem compreender a totalidade a partir da finitude, a qual carrega aquela ânsia inesgotável de buscar compreender o todo, isto é, o desejo natural de conhecer. É importante apresentar que algumas áreas de estudos sejam no ensino superior ou no ensino médio, têm de alguma forma o ‘privilégio’ de não precisar se submeter ao método interpretativo e compreensivo, uma vez que se colocam como ciências empírico-matemáticas. Essas ciências se utilizam de métodos pré- determinados e têm objetos para serem estudados objetivamente. Por outro lado, já as ‘ciências’ sociais, filosofia e história, se submetem a uma espécie de subjetivação do conhecimento, ou seja, aquele que não se verifica através dos sentidos e podem ser experimentados em tempo e espaço, mas através da interpretação. Cada um de nós atribui um significado às nossas vivências construindo a nossa biografia individual, que é o que permite que eu me reconheça quando olho as fotos de minha infância, por exemplo. É também a minha biografia individual que permite que eu estabeleça uma conexão entre a vivência individual e a existência coletiva, o que possibilita que eu compreenda os outros da mesma forma com que compreendo e interpreto as minhas próprias vivências. Por exemplo, se estivesse no lugar de outra pessoa em uma determinada situação teria feito isto ou aquilo. Ao observar o modo de agir de alguém, eu posso compreender não só o que ele está fazendo, mas também o sentido possível, de sua ação, isto é, o que o sujeito pretende ao realizar tal ação. Da mesma forma, quando observo a expressão de alguém, posso inferir se ela está triste, preocupada. Além do agir e da expressividade, a linguagem constitui o principal meio para se compreenderem as manifestações vitais. É através dela que as vivências se exteriorizam permitindo que se tornem comuns, constituindo nosso mundo cultural. Além do agir e da expressividade, a linguagem constitui o principal meio para se compreenderem as manifestações vitais. É através dela que as vivências se exteriorizam permitindo que se tornem comuns, constituindo nosso mundo cultural. Desta forma, podemos entender que estamos no mundo e nele experimentamos as ocorrências da nossa existência, experimentando também uns aos outros. As nossas tradições
históricas não se fecham, separando uns dos outros e do mundo, mas mantendo sempre abertos, a eles ligados pela linguagem e pelo pensamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS Procuramos, neste artigo, explicitar o conceito da Hermenêutica: em primeiro lugar, mostrando surgimento da Hermenêutica, buscando suas origens e sua contribuição dentro da filosofia, mas também apresentando o contexto filosófico da Hermenêutica de Gadamer. O nosso objetivo do trabalho além de apresentar o conceito foi descrever os principais aspectos históricos que motivaram o surgimento Hermenêutica de Gadamer. Este modo de filosofar tematiza a compreensão da experiência humana no mundo, um mundo que, desde já, se oferece interpretado. Por isto, o seu problema central é mostrar que a verdade, enquanto experiência e vivência, é interpretação, é um ato histórico-cultural. Portanto o presente trabalho possibilitou um estudo panorâmico da teoria do conhecimento de Gadamer apresentando abordagens conceituais acerca da importância da teoria do conhecimento e da hermenêutica para os estudos filosóficos, de grande relevância para o processo de nosso ensino aprendizado. De fato a pesquisa nos levou a aprofundar a importância da hermenêutica dentro do ramo de filosofia em vários momentos nos levando a indagar o quanto a hermenêutica se faz presente dentro do contexto histórico e da nossa cotidianidade, colaborando sempre com a arte de relacionamento ou diálogo, assim surgindo uma forma de compreender e interpretar o nosso contexto. Finalmente, com a pesquisa da Hermenêutica, podemos amadurecer para ampliar nosso horizonte conhecimento filosófico em relação aos estudos e convivência com a sociedade, sobretudo, do nosso contexto histórico e atual, por outro lado, o presente artigo nos possibilita e enriquece nosso conhecimento particular. REFERÊNCIAS BASTISTA, Micheline. Hermenêutica filosófica e o debate Gadamer-Habermas. Revista de Cultura e Política. Pernambuco, n°.1, v. 2, p. 101-118, jan./jun. 2012. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/258028596_Hermeneutica_filosofica_e_o_debate_Gada mer-Habermas> Acesso em 28 mai. 2018.
Planejamento para produção de Artigo de Revisão Identificação Componente: Teoria de conhecimento Acadêmico: Eliomar Osias Rezende Sarmento Área de investigação TEORIA DO CONHECIMENTO TEMA DA PESQUISA Teoria do Conhecimento em Gadamer Problemática ou Questões norteadoras (Pergunta que instiga a investigação. Problemática surge das inquietudes percepção e conhecimentos do pesquisador, não há resposta imediata, necessita de análise e discussão para sua possível solução. Questão norteadoras são dúvidas que emergem de outras pesquisas, servem de guias ou orientação para a pesquisa, estão em sintonia com os objetivos específicos) Questões norteadoras: Quais as circunstâncias que motivaram o surgimento do método hermenêutico de Gadamer.
METODOLOGIA Descrever COMO será realizada a pesquisa. Apresente a classificação da pesquisa :