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Técnicas de Amostragem de Materiais Particulados: Um Estudo Prático em Engenharia Química, Trabalhos de Práticas e Gestão de Laboratórios

utilização de diferentes técnicas de amostragem para a homogeneização de uma amostra.

Tipologia: Trabalhos

2019

Compartilhado em 22/09/2019

aliceaguiar
aliceaguiar 🇧🇷

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Marabá PA
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS
FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS E MEIO AMBIENTE
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II
TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM DE MATERIAIS PARTICULADOS
Alice Lima Aguiar 201740609011
Carla Cibele Deodato Gomes 201640609028
Matheus Abner Da Fonseca Oliveira 201740609006
Victória Caroline Silva Vital 201740609009
Orientador(a): Prof.ª Ruthinéia Jéssica Alves do
Nascimento
Data do experimento: 26/08/2019
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Marabá – PA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS

FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS E MEIO AMBIENTE

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II

TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM DE MATERIAIS PARTICULADOS

Alice Lima Aguiar – 201740609011

Carla Cibele Deodato Gomes – 201640609028

Matheus Abner Da Fonseca Oliveira – 201740609006

Victória Caroline Silva Vital – 201740609009

Orientador(a): Prof.ª Ruthinéia Jéssica Alves do

Nascimento

Data do experimento : 26/08/

RESUMO

Amostragem é uma técnica ou conjuntos de procedimentos necessários realizados

quando se pretendem caracterizar ou selecionar uma determinada amostra, consisti

em descrever a representatividade de um material. Este trabalho consiste em obter

uma quantidade de amostra representativa para os próximos ensaios a partir de

técnicas de amostragem, utilizando à areia como material de analise. Ao final do

experimento foram constatados que as técnicas utilizadas apresentaram erros

significativos na separação de massas, com erro de aproximadamente 3% em uma

das técnicas.

Palavra-chave: amostragem, técnicas, caracterização.

1. INTRODUÇÃO

O Brasil é considerado um dos principais países do mundo, no setor de

mineração. Detentor das maiores empresas da área, a mineração tem um papel

fundamental na economia do país. (LOPES, 2015).

Para manter a qualidade da produção mineral existem algumas regras que

são seguidas para que o padrão dos minerais exista, a fim de não prejudicar o

negócio por variações não-aceitáveis. Esse processo é chamado de amostragem.

O processo de amostragem consiste na retirada de quantidades moduladas

de material (incrementos) de um todo que se deseja amostrar, para a composição da

amostra primária ou global, de tal forma que esta seja representativa do todo

amostrado. (GÓES; LUZ; POSSA, 2004)

Ainda segundo Góes et al. em seguida, a amostra primária é submetida a

uma série de etapas de preparação que envolvem operações de cominuição,

homogeneização e quarteamento, até a obtenção da amostra final, com massa e

granulometria adequadas para a realização de ensaios (químicos, físicos,

mineralógicos etc).

Uma amostra é considerada representativa quando as propriedades do

universo estimadas com base nessa amostra, inserem uma variabilidade

estatisticamente aceitável. (OLIVEIRA; AQUINO)

A amostragem é usualmente realizada em quatro etapas, descritas como a

seguir:

I. Elaboração do plano de amostragem – este fundamenta-se na

determinação da qualidade necessária para a amostragem, participando das

definições do universo, do objetivo e da sequência de operações utilizadas. O

sistema de amostragem a ser utilizado depende de diversos fatores, dentre os

quais podem ser destacados o tamanho das partículas, a massa específica, a

umidade, etc.

II. Obtenção da amostra – consiste na determinação da sequência e do

número de coletas das amostras, que depende do tipo e da precisão

requerida para a amostragem, das características dos fluxos, etc.

III. Preparação da amostra – trata-se do conjunto de operações necessárias à

adequação da amostra ao método de determinação do parâmetro de

qualidade. Dentre essas atividades, podem ser ressaltadas a secagem, a

redução de tamanho, a homogeneização, o quarteamento, etc.

IV. Determinação de um parâmetro de qualidade – inserem-se as análises dos

parâmetros que irão determinar a qualidade do universo. Dentre eles podem

ser citados os teores de diversos elementos, a umidade, a distribuição

granulométrica, etc.

Segundo Góes et al os erros são uma importante variável. O estudo dessas

técnicas tem por objetivo minimizar os erros cometidos nas etapas de amostragem

propriamente dita e de preparação da amostra primária.

Os erros mais comuns praticados na preparação de amostra são

exemplificados a seguir:

a) perda de partículas pertencentes à amostra, como por exemplo o material

retido nos amostradores;

b) contaminação da amostra na preparação, por material estranho, como por

exemplo, o resultante do desgaste dos instrumentos/equipamentos utilizados, da

não limpeza prévia dos mesmos (ferrugem, minério estranho, poeira etc). Quando a

contaminação por ferro na amostra é crítica, utiliza-se gral de ágata ou moinho com

discos ou bolas de porcelana;

c) alteração de uma característica a ser analisada, como por exemplo, quando

o parâmetro de interesse é a umidade, e o operador deixa a amostra exposta a uma

fonte de calor ou de umidade;

d) erros não intencionais do operador, como misturar sub-amostras de

diferentes amostras, etiquetar erradamente, etc

e) erros intencionais, como alterar o teor ou outro parâmetro importante

("salgar" a amostra).

O erro fundamental é o único erro que não pode ser evitado, pois

teoricamente a massa ideal da amostra seria aquela que englobasse todo o seu

universo. Para que se possa trabalhar com uma amostra de massa menor,

normalmente é necessário diminuir a sua granulometria.

Para a obtenção da amostra final é necessário dividir a amostra primaria em

alíquotas de menor massa. A operação realizada com esse objetivo é denominada

quarteamento. Essa operação pode ser feita manualmente ou com o auxílio de

quarteados mecânicos.

Para determinar a eficiência das técnicas de amostragem, utilizam-se dois

parâmetros:

III. Realizou-se a técnica de pilha longitudinal, tomando-se o material e

distribuindo-o ao longo de uma linha sobre o balcão ou a lona. A primeira

fração do minério foi distribuída da esquerda para a direita, a segunda da

direita para a esquerda sobre a primeira da forma mais igualitária possível;

IV. Quarteou-se então a pilha da seguinte forma: dividindo-a em segmentos, o

quarteamento foi feito formando-se duas novas pilhas com as seções

alternadas, a primeira tornando-se as porções de índices pares e a outra, as

de índices ímpares;

V. Após pesar os sacos plásticos, colocou-se em um as porções ímpares e no

outro as porções pares e então pesou-se na balança analítica;

VI. As amostras foram reservadas para as próximas práticas.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Utilizando-se da técnica de amostragem de pilhas longitudinais, a qual foi

dividida em segmentos e uniformizada dando forma a uma pilha formada tem a

seção em tronco de pirâmide, seguida pela aplicação do método de quarteamento.

Ao final do processo obteve-se duas amostras de diferentes massas, sendo

observado numericamente e graficamente na Tabela 1 e na Figura 1 a seguir.

Tabela 1 – Massas obtidas por quarteamento pilhas longitudinais.

Etapa de

Quarteamento

Massa inicial

(mi)

Massas Ímpares

(m 1 )

Massas Pares

(m 2 )

Pilhas longitudinais 1000g 513,6g 485,4g

Figura 1 – Gráfico da distribuição das massas ao final das pilhas longitudinais.

A diferença de massa entre as amostras está relacionada a imprecisão

durante a separação dos lotes ímpar e par mediante às sucessivas passagens e

separações.

Com a massa do lote par, a amostra foi distribuída a um Quarteador tipo

Jones, onde há calhas alternadas homogeneizando e separando em dois lotes,

como segue a Tabela 2 e a Figura 2 a seguir.

Tabela 2 – Massas obtidas no divisor de rifles ou quarteador tipo Jones.

Etapa Massa inicial

(m i

m 1 m 2

Quarteador do tipo

Jones

485,4g 243,2g 242 ,0g

0

200

400

600

800

1000

1200

Massa Inicial Massa Ímpar Massa Par

Massas obtidas das pilhas longitudinais

Figura 3 – Gráfico dos erros de perda e de separação de massa nas pilhas longitudinais e

Quarteador tipo Jones.

4. CONCLUSÃO

De acordo com os dados apresentados no tópico de Resultados e

Discussões, podem-se notar erros significativos nas técnicas de amostragem

utilizadas para a obtenção da amostra final, que teoricamente deveriam ser iguais.

A técnica de pilhas longitudinais teve o seu erro de erro de perda de separação

(ESM) com diferença de 2,57% do que o Quarteador de Jones e o erro de perda de

massa (EPM) também se mostraram mais expressivo na técnica de pilhas

longitudinais, o que pode ser explicado pelo Quarteador de Jones ser uma um

equipamento do qual não necessita do manuseio humano durante a sua distribuição,

ocasionando assim, uma separação mais precisa.

0,00%

0,50%

1,00%

1,50%

2,00%

2,50%

3,00%

EPM ESM

Erros de perda e de separação de massa nas

etapas de quarteamento

Pilhas longitudinais Quarteador do tipo Jones

5. REFERÊNCIAS

LOPES, Marcos. Homogeneização e quarteamento na mineração. Técnico e

mineração , [ S. l. ], 28 abr. 2015. Disponível em:

https://tecnicoemineracao.com.br/homogeneizacao-e-quarteamento-na-mineracao/.

Acesso em: 8 set. 2019.

GÓES , M. A. C. de; LUZ , A. B. da; POSSA, M. V. AMOSTRAGEM. CETEM,

Rio de Janeiro, 2004.

OLIVEIRA, Maria L. M. de; AQUINO, José A. de. PARTE I INTRODUÇÃO. In :

OLIVEIRA, Maria Lúcia M. de; AQUINO, José Aury de. MINERALIS : PARTE I

INTRODUÇÃO. [ S. l. ]: CETEM, ?. cap. CAPÍTULO 1 - AMOSTRAGEM.

STOPA, I. S. Análise das principais técnicas de amostragem manual para

amostrar binárias diferentes em granulometria e densidade. Ouro preto, 2017.