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Sistema de Gestão de Qualidade aplicado a Engenharia Civil
Tipologia: Teses (TCC)
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Não perca as partes importantes!
MARCUS VINÍCIUS CAVALCANTI, Dr Eng. Civil (FACEG) (ORIENTADOR)
MÁRIO DE SOUZA CARROZZINO, Lead Auditor, Eng Mecânico (UGF) (COORIENTADOR)
_________________________________________ CLEBER THOMAZI, MsC Eng Mecânico (FACEG) (EXAMINADOR INTERNO)
WELINTON ROSA DA SILVA, Esp. Eng Civil/Mecânico (FACEG) (EXAMINADOR INTERNO)
DATA: GOIANÉSIA/GO, 12 de JUNHO de 2017.
(dedicatória)
À Deus e a minha família.
Luanna
“A qualidade total e excelência são princípios que promovem a criação de valor e o encantamento dos clientes.” (Paulo Eduardo Dubiel)
Keywords:
Figura 1 - Estrutura da documentação ...................................................................................... 32
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas CBIC Câmara Brasileira da Indústria da Construção Construção FVS Ficha de Verificação de Serviço ISO International Organization for Standardization NBR Norma Brasileira PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PES Procedimento de Execução de Serviço PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PR Procedimento Operacional RE Registros da Qualidade SGQ Sistema de Gestão da Qualidade SiAC Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil SiMaC Sistema de Qualificação de Empresas de Materiais SiNAT Sistema Nacional de Avaliação Técnica
que não detém informações e nem material suficiente que permita a implantação de um SGQ que atenda aos requisitos apresentados pelo PBQP-H. Há uma demanda de mercado por parte dessas empresas que almejam a certificação, interessadas na melhoria de processos, assim como na obtenção de recursos financeiros disponibilizados pelo governo por meio dos agentes financiadores. Segundo dados fornecidos pelo Mistério das Cidades, o número de empresas com certificação vigente no estado de Goiás é de 98 unidades distribuídas pelo estado; contabilizando as empresas que foram certificadas, mas que não estão em situação regular, esse número cresce para 472 unidades^1. Focando na Região de Goianésia e no entorno, mediante levantamento realizado junto ao CREA-GO, existem 47 empresas alocadas, e o número de ART’s registradas na cidade, segue a escala de 2.787 no período de 01-01-2016 à 18-04-2017. Dessas 47 empresas, apenas uma detém certificação no PBQP-H, e uma segunda está em processo de implantação. Isso comprova a escassez de organizações capazes de pleitear obras que exigem certificação; assim como a carência de preparo e instrução na implementação de um modelo SGQ que adeque às suas necessidades, atinjndo seus objetivos e consequentemente a certificação.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Apresentar um plano de implantação de um sistema de gestão baseado no PBQP-H para atender a empresa MILLENIUM ENGENHARIA, construtora caracterizada neste trabalho, que tem interesse em aderir aos planos de financiamento governamental.
1.3.2 Objetivos Específicos
Documentar o plano de gestão; Realizar uma revisão bibliográfica do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) com foco na sistemática do PBQP-H; Caracterizar uma empresa genérica ideal a qual se aplica esse trabalho; Elaborar os documentos necessários para a implementação do SGQ; Estabelecer critérios de auto avaliação;
(^1) Dados disponibilizado no site do Ministério das Cidades: http://pbqp-h.cidades.gov.br/projetos_siac_empresas .php
Para que os objetivos desse trabalho sejam alcançados, foi realizado um projeto de pesquisa que consiste em uma pesquisa bibliográfica (capítulo 2) sobre o tema estudado com a aplicação de uma pesquisa de campo localizada na cidade de Goianésia sobre as empresas certificadas, tendo a caracterização de uma empresa exemplo (capítulo 3). Além de tudo foi criado um projeto de implementação do sistema de gestão da qualidade para a construtora exemplo (capítulo 4). Segue as etapas de desenvolvimento da pesquisa: Realização de revisão bibliográfica; Caracterização de uma empresa modelo; Analise dos processos da empresa modelo; Proposição de documentos para a gestão da qualidade dos processos dentro da empresa; Impressão dos documentos; Aplicação da documentação nos setores da empresa; Análise de resultados; Formalização de toda a documentação do SGQ para a empresa modelo; Proposição de alterações para trabalhos futuros.
1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
Este trabalho está organizado em cinco capítulos. No primeiro capítulo se apresenta a introdução conforme mostrado acima. No segundo capitulo é realizada a revisão bibliográfica, subdivido em qualidade, PBQP-H, sistema de avaliação das empresas em conformidades e norma de desempenho. No terceiro capítulo tem-se a caracterização de uma empresa construtora. No quarto capítulo são apresentados os documentos necessários para a implementação do programa. Por fim, no quinto são apresentadas as conclusões e sugestões para pesquisas futuras, em seguida as referências bibliográficas e os anexos necessários para a complementação desta pesquisa.
Portanto é necessário que se tenha uma visão sistêmica da qualidade e entenda que gerir a qualitativamente uma organização significa envolve uma diversidade de variáveis, preocupações e atitudes, que devem ser tomadas no decorrer do processo.
2.2 SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
Os conceito de sistemas de qualidade abrange a estrutura organizacional, com definição de responsabilidades, procedimentos, processo s e recurso s par a implementação da gestão da qualidade. (THOMAZ, 2001, pág. 46). De acordo com Roman (2006), os SGQ são uma forma organizada e sistemática de buscar a melhoria de resultados, atendimento aos requisitos de clientes internos e externos, conjunto de regras mínimas para orientar a execução de atividades da empresa para atender aos objetivos fixados e integração entre todos os setores da empresa. Os sistemas de gestão da qualidade são aplicados nas mais diversas áreas do mercado, tendo em comum o objetivo de melhorar a gestão dos processos de uma organização. Dentre os sistemas disponíveis no mercado, a ISO 9001, tem grande aplicação no universo da qualidade, segundo Dino (2016)^2 , cerca de 14.000 empresas possuem certificados válidos no Brasil e no mundo possuem 1.138.155 empresas certificadas. A adoção de um sistema de gestão da qualidade é uma decisão estratégica para uma organização que pode ajudar a melhorar seu desempenho global e a prover uma base sólida para iniciativas de desenvolvimento sustentável. (ABNT ISO 9001, 2015). Atualmente estão presentes no setor construtivo, três sistemas de gestão estão em evidência: Sistema de Qualificação de Empresas de Materiais (SiMaC), voltado ao tratamento de não-conformidade técnica de materiais e componentes da construção civil; Sistema Nacional de Avaliação Técnica (SiNAT) direcionado à compatibilização de procedimentos para a avaliação de novos produtos para a construção, quando não existem normas técnicas prescritivas específicas aplicáveis ao produto; e Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras (SiAC) com o objetivo de avaliar a conformidade do sistema de gestão da qualidade das empresas de serviços e obras. (PBQP-H, 2017). Com o propósito de direcionamento desta pesquisa, este trabalho abordará os requisitos disponibilizados no referencial normativo SiAC, sendo estes necessários para implementação de um SGQ em uma empresa construtora.
(^2) Revista Exame, Mudanças na ISO 9001 exigem atenção de empresas e consumidores.
A nova atualização do referencial disponibilizada no primeiro semestre de 2017, ainda está em processo de adequação por parte das empresas construtoras, porém ainda não há como ser mensuradas pela ausência de empresas certificadas, e posicionamento de órgãos regulamentadores a respeito da aplicação da mesma.
2.3 HISTÓRICO DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE QUALIDADE
Desde a Antiguidade, a qualidade possui diferentes formas de acordo com o tipo de negócio. Do século XVIII ao XIX, os artesãos relacionavam a qualidade de um produto ao fato de atender às necessidades de seus clientes. (CESÁRIO, 2015). Cesário (2015), ainda afirma que devido a Revolução Industrial, os artesãos perderam clientela, assim, a mão de obra de trabalhos manuais foi substituída por trabalhos mecânicos, sendo necessário inspecionar todos os processos, dando início ao modelo do Taylorismo^3 , de produção em série. Embora tenha sido disseminada a prática, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), foram encontrados vários defeitos em produtos bélicos, mesmo havendo pessoas responsáveis pela supervisão da qualidade destes produtos. Diante dos defeitos encontrados nos produtos bélicos, viu-se a necessidade de criar sistemas de medidas, técnicas de amostragem, controle estatístico do processo e normas específicas. Com a verificação do processo por amostragem, foi possível acabar a função do conferente, diminuindo custos indiretos da empresa. Então, segundo Campos (2015), durante a Segunda Guerra Mundial, foi difundido pelo mundo os conceitos de controle estatístico da qualidade, principalmente nas indústrias bélicas. Porém, só após a guerra é que surgiram novos conceitos de Gestão de Qualidade, tendo em vista que entre os anos de 1945 e 1950 associações de profissionais da área da qualidade foram criadas tanto nos Estados Unidos, quanto no Japão_._ Em 1959, o Departamento de Defesa dos EUA passou a exigir que os fornecedores das forças armadas americanas possuíssem Programas de Qualidade, por meio da adoção da MIL STD Q-9858 – Quality Program Requirements (Requisitos de Programas de Garantia da Qualidade). De forma paralela, os países que desenvolviam tecnologia nuclear continuavam a desenvolver normas para operação segura das instalações nucleares, com exigências muito parecidas (ROMAN, 2006).
(^3) Trabalhadores deveriam ser organizados de forma hierarquizada e sistematizada; ou seja, cada trabalhador desenvolveria uma atividade específica no sistema produtivo da indústria.