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Guias e Dicas
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Tabela de medidas caseiras, Manuais, Projetos, Pesquisas de Nutrição

Tabela que pode ser usada para criação de cardápios

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 16/09/2019

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL UNIJUI
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA
CURSO DE NUTRIÇÃO DCVida
MARÍLIA FERNANDES
TABELA DE MEDIDAS CASEIRAS E ÍNDICES DOS ALIMENTOS
IJUÍ
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Baixe Tabela de medidas caseiras e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Nutrição, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL – UNIJUI

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA

CURSO DE NUTRIÇÃO – DCVida

MARÍLIA FERNANDES

TABELA DE MEDIDAS CASEIRAS E ÍNDICES DOS ALIMENTOS

IJUÍ

MARÍLIA FERNANDES

TABELA DE MEDIDAS CASEIRAS E ÍNDICES DOS ALIMENTOS

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição, do Departamento Ciências da Vida

  • DCVida da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul como requisito parcial para a obtenção do título de nutricionista.

Orientadora: Me. Eilamaria Libardoni Vieira

Coorientadora: Me. Pâmela Fantinel Ferreira

IJUÍ,

TABELA DE MEDIDAS CASEIRAS E ÍNDICES DOS ALIMENTOS¹

Marília Fernandes²

RESUMO

As medidas caseiras são ferramentas de trabalho de acadêmicos e profissionais na área de nutrição, utilizadas para confecção de fichas técnicas e planejamentos alimentares, proporcionando agilidade e facilitando o entendimento de quem realiza a leitura destes. O índice de parte comestível é utilizado para o dimensionamento entre a compra e a produção dos alimentos. O índice de cocção é utilizado para cálculos de cardápios a fim de informar o rendimento do alimento quando pronto. Objetivou-se elaborar um referencial contendo tabelas de medidas caseiras, índice de parte comestível e índice de cocção, composta de alimentos in natura , ingredientes culinários e processados encontrados na região Noroeste do Rio Grande do Sul. O estudo caracterizou-se por uma pesquisa experimental quantitativa e subjetiva, realizada no laboratório de Nutrição e Dietética da UNIJUÍ. As medidas caseiras utilizadas foram colher de cafezinho, café, chá, sobremesa, sopa e servir; xícara de chá e xícara de café. Foi realizado o peso de alguns alimentos por unidades, classificando em pequena, média e grande. Cada medida caseira com o alimento foi pesada três vezes, realizando posteriormente uma média aritmética e desvio padrão. O índice de parte comestível foi obtido através da divisão do peso bruto do alimento pelo peso líquido. O índice de cocção foi realizado pesando o alimento em seu estado inicial e peso final após a cocção, dividindo o peso final pelo inicial. Foi realizada a construção de tabelas de medidas caseiras, índice de cocção e índice de parte comestível para utilização por acadêmicos e profissionais nutricionistas.

Palavras-chave : alimentação coletiva, pesos e medidas, planejamento alimentar.

(^1) Artigo resultante do Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Nutrição. ² (^) Aluna do Curso de Nutrição.

HOME MEASURES AND FOOD INDEXES TABLE

ABSTRACT

The home measures are working tools for Nutrition students and professionals, used on technical files and diet planning, providing agility and facilitating the understanding for readers. The Edible Portion Index helps to quantify amounts of food between purchase and production. The Cooking Index is useful to calculate the menu aiming to inform the yield after cooking. The objective was to elaborate a reference, which contains tables of homemade measures, Edible Portion Index and Cooking Index, composed of natural food, culinary ingredients and processed food found in the Northwest region of Rio Grande do Sul. The study was characterized by an experimental quantitative and subjective research, performed in UNIJUÍ Nutrition and Dietetics laboratory. The home measures used were coffee spoon, teaspoon, dessertspoon, soupspoon and rice spoon; cup of tea and cup of coffee. The weight of some unitary food was classified as small, medium and large. Each home measure for the food was weighed at three times, afterwards performing an arithmetic mean and standard deviation. The Edible Portion Index was obtained by dividing the initial weight of the food by the net weight. The Cooking Index was calculated by weighing the food in its initial state and final weight after cooking, dividing the final weight by the initial weight. A Home Measures, Edible Portion Index and Cooking Index Table was built for Nutrition students and professionals use.

Keywords: collective feeding, weights and measures, food planning.

INTRODUÇÃO

As medidas caseiras ou usuais são ferramentas utilizadas pelo nutricionista no planejamento de cardápios e planos alimentares, bem como para a avaliação quantitativa das refeições realizadas pelo paciente, fazendo a conversão de gramas ou mililitros para utensílios comuns nos domicílios ou serviços de alimentação. São instrumentos que facilitam a compreensão do sujeito em relação à proporcionalidade dos alimentos ao serem consumidos. Para a construção de fichas técnicas de preparações é obrigatório apresentar o peso e a medida caseira de cada ingrediente, para que se possa porcionar o ingrediente sem a necessidade de, a todo o momento, executar a pesagem do mesmo. Dessa forma é possível proporcionar agilidade durante as preparações de receitas.

O índice de parte comestível é comumente utilizado em Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) por profissionais nutricionistas para que no momento de elaborar um cardápio, ou mesmo de realizar a compra do alimento, se possa contabilizar a quantidade necessária deste sem as aparas, parte não comestível, descartada, que influencia diretamente no peso total.

O índice de cocção é utilizado para cálculos de cardápios a fim de informar o rendimento do alimento quando pronto, para que seja possível levar à cocção a quantidade correta do alimento in natura ou minimamente processados, evitando excessos ou faltas.

As tabelas encontradas na literatura brasileira apresentam informações insuficientes quanto à metodologia aplicada nos estudos de pesquisa, ou marca dos utensílios utilizados, levando a diferenças importantes nos resultados quando comparados à realidade residencial de cada individuo, já que dependendo da marca dos utensílios domésticos os valores de capacidade mudam, porque não existe regulamentação que preconize a fidelização às referências sugeridas pela da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para fabricação de utensílios domésticos (BRASIL, 2003). A necessidade de medir não é recente, mas sim nos remete a origem da sociedade. Porém nem sempre foi simples e fácil. Por um extenso período, cada população possuiu sua maneira de realizar medidas, a partir de diferentes unidades e sem precisão; como, por exemplo, baseadas em partes do corpo humano: palmo, pé, polegada, braço e côvado, o que ocasionava uma grande dificuldade para o comércio e imigrantes, já que não existiam regras ou padrões determinados (BRASIL, 2016). Após essa época, houve a percepção da necessidade de normas regulamentadas sobre unidades de medidas, o que resultou na origem de regras e referências, a serem seguidas por toda a população nacional, já que cada país determinou seus padrões. Na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 359, a ANVISA, a partir de 2003, prevê a necessidade de informar aos consumidores de produtos embalados o tamanho da porção recomendada e a medida caseira correspondente, descrito na base da tabela de informações

nutricionais localizada no rótulo dos alimentos, entendendo como porções a quantidade média que deve ser consumida por pessoas sadias maiores de 36 meses em cada momento de consumo (BRASIL, 2003). Para quantificar os alimentos pode-se utilizar as medidas caseiras a partir de utensílios comuns presentes no dia a dia das residências e unidades de produção de refeições. É possível utilizar colheres de café, chá, sobremesa, sopa e de servir; xícaras de chá e de café; copos e conchas, normalmente utilizados para preparar ou servir refeições (VARGAS, 2007). A ANVISA descreve como “medida caseira utensílios comumente utilizados pelo consumidor para medir alimentos, de forma a regulamentar essas medidas e porções correspondentes em gramas ou mililitros” (BRASIL, 2003). Os utensílios normalmente utilizados para realizar as medidas caseiras são: colheres (de café, chá, sobremesa, sopa, servir), conchas (grande, funda, média rasa), xícaras (chá ou café), pratos e copos. O nutricionista elabora o planejamento alimentar considerando a composição do alimento na forma crua e cozida. Recomenda-se que este seja feito com base no peso líquido do alimento que confere maior precisão para o cálculo dietético. Depois de elaborado o planejamento, a previsão dos gêneros necessários depende de que se conheça a alteração no peso decorrente da perda nos processos de pré-preparo e cocção (DOMENE, 2011). O alimento pesado em sua forma in natura com cascas, sementes, talos e ossos, é definido segundo as literaturas como Peso Bruto (PB), que é empregado para dimensionar pedidos de compra e cálculo de custo. Porém, a fração aproveitável do alimento no estado cru, obtido a partir do pré-preparo do alimento que consiste em retirar as aparas (cascas, sementes, talos e ossos), é definido como Peso Líquido (PL) (PHILIPPI, 2014; DOMENE, 2011). O PB e o PL são duas informações obtidas da pesagem dos alimentos que normalmente andam juntas, pois facilitam o preparo dos cardápios e dão origem a outros cálculos importantes para os nutricionistas. O índice de parte comestível (IPC) é um fator que prevê perdas inevitáveis do alimento durante a etapa de pré-preparo, onde representa o mesmo sem as aparas, valor este calculado pela razão entre o PB pelo PL do alimento. O cálculo permite realizar o dimensionamento entre a compra e a preparação, a multiplicação do IPC pelo valor per capita ou peso bruto, por meio deste é possível compreender a quantidade necessária de alimento com base em seu peso líquido (ORNELAS, 2013). O índice de cocção (ICc), é calculado através da divisão do peso cozido (Pcoz) pelo PL. Indica perdas ou ganhos durante o preparo dos alimentos, amplamente utilizado quando se trata de rendimento de preparações coccionadas. Apresenta variações para um mesmo alimento, as quais são determinadas pelo método de cocção adotado (calor seco, calor úmido, calor misto) e também sofre alterações em diferentes preparações devido ao acréscimo de outros ingredientes além do alimento principal (BENETTI et al, 2013).

As colheres podem possuir três tipos de medidas, nivelada, que se obtém colocando o alimento na colher e passando o lado “cego” da faca que deve encostar-se às bordas da colher, retirando todo o excesso presente. A rasa que é a medida com mais produto do que a nivelada e se obtém através da colocação do ingrediente sem retirar o excesso, mas com menos conteúdo que uma colher cheia. A colher cheia é representada pelo acúmulo do ingrediente, similar a uma pequena montanha (MONEGO, 2013).

Assim, o objetivo deste trabalho foi a construção de um material referencial contendo tabelas de medidas caseiras, índice de parte comestível e índice de cocção, composta de alimentos in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários e alimentos processados encontrados na região noroeste-missões, que foram utilizados em aulas práticas no laboratório de nutrição e dietética da UNIJUÍ, ou proveniente de doações ou aquisição por parte da autora do artigo.

METODOLOGIA Realizou-se uma pesquisa experimental quantitativa e subjetiva no laboratório de Nutrição e Dietética da UNIJUÍ, durante o período de agosto a dezembro de 2016. Os alimentos escolhidos foram alimentos in natura (frutas, hortaliças, ovos, cereais, leguminosas e farinhas), ingredientes culinários (óleo, mel, manteiga, amido) e alguns processados (nata, requeijão, queijo), selecionados ainda disponíveis na região noroeste- missões do estado, foram excluídos os alimentos ultraprocessados, cuja medida já se dá por meio de porções individualizadas. Os gêneros alimentícios utilizados na pesquisa estavam disponíveis no laboratório, adquiridos para as aulas práticas, sendo realizada a pesagem previamente aos horários da aula, também foram utilizados alimentos doados e comprados pela acadêmica conforme a necessidade. Dos utensílios foram utilizados para aferição das medidas. Colheres de: cafezinho (1, ml), de café (3,9 ml), de chá (8,3 ml), de sobremesa (14 ml), de sopa (18 ml) e de servir (30 ml); concha média (175ml); provetas com capacidade de 10 e100 ml; xícara de chá branca padrão laboratório (180ml) e xícara de cafezinho (70 ml); A balança utilizada para as pesagens é semi- analítica, marca Shimadzu série BL 3200H, com precisão de 0,01g, com capacidade máxima de 3200g, display analógico, de alta sensibilidade, que permite realizar leituras estáveis mesmo em condições desfavoráveis. Outros materiais auxiliares como funil, peneira média e grande, faca, panela de fundo triplo e frigideira, disponíveis em várias unidades no laboratório, foram necessários durante a realização dos pesos para a execução correta das técnicas corretas de pesagem. As medidas caseiras selecionadas para determinação foram colher de cafezinho, café, chá, sobremesa, sopa e arroz (nivelada, rasa e cheia); xícara de chá e café (nivelada, cheia, ½, ⅓ e ¼) e concha média (rasa, cheia e ½).

As medidas niveladas foram obtidas com o uso de uma faca encostando-se à borda superior dos utensílios; para a medida rasa e cheia utilizou-se uma imagem de referência segundo MONEGO (2013). Todos os gêneros alimentícios foram pesados três vezes e com os valores obtidos realizada a média aritmética e desvio padrão (PELEGRINI, 2005). As frutas e hortaliças foram classificadas em P (pequena), M (média) e G (grande), de acordo com as variedades disponíveis. O índice de parte comestível dos alimentos foi obtido três vezes, calculado através da divisão do PB pelo PL, após realizada a média aritmética e o desvio padrão, seu resultado anexado em uma tabela de IPC (ORNELAS, 2013). Para o índice de cocção de alguns alimentos foi pesado e registrado o peso líquido, posteriormente realizada a cocção somente em água e o resultado da divisão do peso cozido pelo peso líquido, esse processo como os anteriores foi realizado três vezes para o calculo da média e desvio padrão, os resultados foram anexados a uma tabela de índice de cocção (BENETTI et al, 2013). Para o registro dos pesos coletados foram construídas planilhas no Microsoft Excel, uma para cada grupo alimentar ou alimentos com finalidades semelhantes. Essas foram preenchidas com o peso 1, 2 e 3, em seguida calculada a média aritmética e desvio padrão de cada medida caseira ou unidade. Após alimentadas as planilhas de registro, foi transcrito para tabelas finais o nome do gênero alimentício em ordem alfabética, a medida caseira, a média do peso e o desvio padrão do mesmo. RESULTADOS Os resultados obtidos na pesagem dos alimentos foram distribuídos e agrupados de acordo com o tipo de alimento, formando 14 subdivisões. A classificação foi realizada de acordo com a semelhança dos alimentos entre si, levando em consideração que os alimentos pesados foram selecionados de acordo com a disponibilidade do Laboratório de Técnica Dietética e através de doações. A descrição dos grupos segue na Tabela 1.

Farinhas Para as medidas caseiras do grupo das farinhas foram pesados os seguintes alimentos: amido de milho, farinha de arroz, aveia, banana verde, milho, tapioca, trigo branca, trigo integral e fécula de batata. As medidas caseiras utilizadas para essas farinhas, amido e fécula de batata, salvo a de tapioca, foi a colher de sopa (nivelada, rasa e cheia), xícara de chá (nivelada cheia, ½, 1/3 e ¼) e xícara de cafezinho (nivelada cheia, ½, 1/3 e ¼). A farinha de tapioca possui a medida caseira de colher de sopa e colher de arroz (rasa e cheia), pois usualmente não é utilizada a medida em xícaras (Apêndice 4).  Fibras alimentares Compondo o grupo das fibras constam a aveia em flocos, chia, linhaça e quinoa, todas apresentando como medidas caseiras colher de cafezinho, café, chá, sobremesa, sopa e servir (nivelada, rasa e cheia), xícara de chá e xícara de café (nivelada, cheia, ½, ⅓ e ¼) e xícara de chá (rasa e cheia) (Apêndice 5).  Frutas No grupo das frutas foi pesado o abacaxi pérola, ameixa black âmbar, damasco desidratado, kiwi, maracujá doce e azedo, melão espanhol e orange foram pesados unidades médias e grandes; a ameixa seca sem caroço, abacate fortuna e margarida, banana caturra e prata, bergamota comum e pokan, goiaba, laranja umbigo e suco, limão cravo, galego e taiti, maçã argentina, fugi, gala e verde, melão cantalupe, pêra willians, pêssego branco, para esses alimentos foram apresentados os valores da unidade pequena, média e grande. A uva passa apresenta a medida caseira de uma unidade média e colher de sopa (cheia e rasa); a uva itália e a uva red apresentam o peso de um cacho e um grão médio (Apêndice 6).  Hortaliças Os legumes, verduras e tubérculos, foram classificados no grupo das hortaliças, dessa forma estão presentes apresentando o peso por unidade pequena, média e grande; abobrinha de pescoço, cabeça de alho e dente de alho, batata branca cozida, beterraba, cebola, cebola roxa, cenoura, pepino salada, pimentão amarelo, verde e vermelho, tomate italiano e tomate longa vida. As hortaliças, alface crespa, crespa roxa, lisa e couve manteiga, foram pesadas as folhas de tamanho pequeno, médio e grande. Alguns itens foram pesados já preparados, levando em consideração as medidas caseiras; colher de sopa rasa e cheia, colher de servir rasa e cheia; beterraba ralada e cozida, cenoura ralada, chuchu picado, pepino cortado em rodelas finas e vagem. O milho verde em espiga foi verificado o peso da espiga com o grão de tamanho médio in natura. A moranga cabotiá caramelizada picada, foi pesada em pedaço pequeno, médio e grande (Apêndice 7).

Leites e Derivados O grupo dos leites e derivados é composto por leite de vaca integral, aferindo a medida caseira de uma xícara de chá cheia e ½, nata (colher de chá, sobremesa, sopa e servir, nivelada, rasa e cheia), requeijão (colher de chá, sobremesa, sopa, nivelada, rasa e cheia) e queijo mussarela (fatia padrão) (Apêndice 8).  Óleos e gorduras Os óleos e gorduras são o grupo do qual permanecem a banha, a manteiga e o óleo de coco, descritos com as medidas caseiras de colher de chá, sobremesa, sopa e servir (nivelada, rasa e cheia). Destes a banha e o óleo de coco também possuem a medida caseira em xícara de chá (nivelada e ½). O óleo vegetal também faz parte do respetivo grupo, representa o óleo de milho, soja, linhaça, girassol, canola e azeite de oliva (não houve diferença significativa entre as medidas caseiras destes óleos para constar cada um separadamente), porém não apresenta as mesmas medidas caseiras dos anteriores, sendo que para este consta colher de sobremesa, de sopa e de servir (rasa) e xícara de chá (rasa e ½) (Apêndice 9).  Oleaginosas As oleaginosas formam um grupo comporto por 5 itens; amêndoa, castanha de caju, castanha do pará, pistache e nozes, todos esses foram aferidos o peso em unidades médias, porém para a castanha do pará foi descrito o peso de unidade pequena, média e grande (Apêndice 10).  Ovos O grupo dos ovos apresenta do ovo de galinha in natura no tamanho pequeno, médio e grande, ovo cozido e frito com pouca gordura (unidade média); ovo de codorna em unidade média in natura e também cozido (Apêndice 11).  Temperos e condimentos Os temperos e condimentos formam um grupo constituído por açafrão, alecrim desidratado, canela em pó, cominho em grão, curry, manjericão, noz moscada em pó, orégano desidratado, páprica doce, sal, sálvia e tomilho desidratado. As medidas caseiras utilizadas para estes alimentos foram colher de cafezinho, café, chá, sobremesa, sopa e servir (nivelada, rasa e cheia), porém os temperos desidratados não possuem a medida nivelada (Apêndice 12).  Índice de Cocção Foi verificado o índice de cocção de dezessete alimentos (Apêndice 13), sendo os seguintes: arroz branco, integral e parboilizado, batata inglesa, beterraba cozida em água e no vapor, cenoura cozida em água, feijão carioca, feijão preto, grão de bico, lentilha, ovo de codorna, ovo de galinha e sassami de frango grelhado.  Índice de Parte Comestível O índice de parte comestível foi calculado de doze alimentos (Apêndice 14), sendo abacate; abacaxi; alho; banana; batata inglesa; beterraba; cebola; cenoura; kiwi; laranja suco; ovo de galinha e tomate.

alimentares ou avaliação de consumo, mas também para atuantes em UAN, já que para o planejamento de listas de compras esse fator é importante. Os vegetais e frutas são parte significativa dos alimentos classificados in natura, estes devem ser o princípio para uma alimentação saudável, de qualidade, variada em nutrientes e colaboradora para um sistema de produção sustentável (BRASIL, 2014). O óleo vegetal presente no grupo dos óleos e gorduras foi descrito de forma agrupada, pois por meio da pesagem de três tipos de óleo (milho, canola e soja) em uma mesma medida caseira não foi verificado diferenças significativas. Observa-se dificuldade significativa por parte dos acadêmicos de nutrição no momento da produção de um planejamento alimentar, por faltar nessas tabelas variedades de alimentos saudáveis de fácil acesso. Verifica-se também na prática, que os valores referentes ao peso dos alimentos apresentam discrepância, subentende-se que essa diferença possa estar relacionada aos utensílios utilizados já que não existem normas padronizadas para estes.

CONCLUSÃO No presente estudo foram construídas tabelas de medidas caseiras, índice de parte comestível e índice de cocção, com o intuito de ser um material disponível para os acadêmicos e professores do curso de Nutrição e profissionais da área de produção de refeições. Durante as pesquisas de referencial teórico foi possível identificar que as públicações relacionadas a esses temas específicos são poucas, necessitando de maior pesquisas nesta área, pois são conteúdos que são utilizados com frequência durante a vida acadêmica e pelo profissional nutricionista. São necessários estudos complementares com a mesma compreensão, para que se possa acrescentar a tabela e a produção de imagens de porções de alimentos in natura ou minimamente processados e preparações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Regulamento técnico de porções de alimentos embalados para fins de rotulagem nutricional. Resolução RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003. [Acesso em: 2016 mai 15] Disponível em: < http://www.vigilanciasanitaria.sc.gov.br/index.php/download/category/192- rotulagem?download=918:resolucao-rdc-n-359-2003-porcao-e-medida-caseira>.
  2. BRASIL. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Unidades Legais de Medida. 2016. [Acesso: 2016 mai 25] Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/unidLegaisMed.asp.
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  6. PHILIPP ST. Nutrição e Técnica Dietética. 3 ed. São Paulo, 2014.
  7. ORNELAS LH. Técnica Dietética: Seleção e Preparo dos Alimentos. 8 ed (revisada e ampliada). São Paulo: Atheneu; 2013.
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  9. MONTEIRO CA, et al. NOVA. A estrela brilha. Classificação dos alimentos. Saúde Pública. World Nutrition Janeiro-Março, v. 7, n.1-3, p. 28 - 40, 2016. [Acesso em 2016out 30] Disponível em <http://wphna.org/wp-content/uploads/2016/02/WN- 2016 - 7 - 1 - 3 - 28 - 40 - Monteiro- Cannon-Levy-et-al-NOVA-Portuguese.pdf>.
  10. BOSCO, SMD; CONDE, SR. Nutrição e Saúde. Lajeado: Univates; 2013.
  11. MONEGO E, et al. Alimentos Brasileiros e suas Porções: um guia para avaliação do consumo alimentar. Rio de Janeiro: Rúbio, 2013.
  12. PELEGRINI SB, et al. Revisão e Ampliação da Tabela de Pesos e Medidas para a Utilização em Aulas Práticas de Técnica Dietética do Curso de Nutrição. Revista Ciências

APÊNDICES

APÊNDICE 1

Alimento Medida(g)^ Col. deCafez. Café^ Col.^ Col.Chá Sob.^ Col. Sopa^ Col. Servir^ Col. Medida Xíc. Chá (^) CaféXíc. Açúcar Nivelada 0,40 ± 0,03 1,18 ± 0,05 3,02 ± 0,01 3,55 ± 0,15 7,09 ± 0,14 14,94 ± 0,87 Nivelada 165,81 ± 2,46 62,68 ± 0, Cristal Rasa 0,92 ± 0,03 3,07 ± 0,25 7,31 ± 0,61 9,08 ± 0,67 14,92 ± 0,53 31,39 ± 1,95 Cheia 185,49 ± 1,80 70,78 ± 0, Cheia 1,54 ± 0,12 4,07 ± 0,14 9,25 ± 0,04 12,14 ± 0,24 20,97 ± 0,83 45,02 ± 2,15 1/2 81,47 ± 5,22 31,55 ± 1, 1/3 64,52 ± 3,58 22,65 ± 0, 1/4 42,97 ± 1,82 15,46 ± 1, Açúcar Nivelada 0,39 ± 0,10 1,12 ± 0,07 2,80 ± 0,04 3,90 ± 0,78 6,81 ± 0,39 13,47 ± 0,19 Nivelada 161,06 ± 4,72 71,36 ± 0, Demerara Rasa 1,07 ± 0,04 2,64 ± 0,11 6,39 ± 0,44 8,44 ± 0,72 13,79 ± 1,03 29,58 ± 0,79 Cheia 180,53 ± 2,35 63,42 ± 0, Cheia 1,64 ± 0,04 4,02 ± 0,23 8,93 ± 0,83 11,85 ± 0,40 17,93 ± 2,11 34,99 ± 1,38 1/2 78,06 ± 1,72 30,84 ± 1, 1/3 92,93 ± 2,39 40,53 ± 2, 1/4 112,58 ± 4,36 48,70 ± 0, Açúcar Nivelada 0,22 ± 0,02 0,67 ± 0,05 1,57 ± 0,03 2,59 ± 0,22 4,46 ± 0,06 9,06 ± 0,37 Nivelada 110,75 ± 1,34 41,58 ± 0, Mascavo Rasa 0,85 ± 0,08 1,99 ± 0,08 4,59 ± 0,36 5,22 ± 0,15 9,92 ± 0,24 23,66 ± 1,66 Cheia 125,07 ± 0,90 47,67 ± 0, Cheia 1,18 ± 0,07 2,73 ± 0,26 7,12 ± 0,19 8,13 ± 0,33 14,21 ± 1,14 33,48 ± 2,08 1/2 55,51 ± 4,10 19,08 ± 0, 1/3 35,61 ± 1,63 16,48 ± 0, 1/4 27,21 ± 1,23 11,82 ± 0, Açúcar Nivelada 0,33 ± 0,02 1,09 ± 0,02 2,67 ± 0,09 3,49 ± 0,31 6,02 ± 0,11 13,12 ± 0,08 Nivelada 141,84 ± 1,58 52,59 ± 0, Refinado Rasa 1,02 ± 0,05 2,66 ± 0,06 5,53 ± 0,20 7,55 ± 0,18 13,11 ± 0,58 24,97 ± 0,16 Cheia 162,77 ± 5,18 58,18 ± 0, Cheia 1,52 ± 0,03 3,57 ± 0,03 9,03 ± 0,16 11,38 ± 1,27 19,85 ± 1,14 38,47 ± 1,46 1/2 65,97 ± 7,95 27,02 ± 0, 1/3 45,54 ± 2,48 19,26 ± 1, 1/4 34,27 ± 5,90 12,65 ± 1, Cacau Nivelada 0,16 ± 0,01 0,53 ± 0,09 1,12 ± 0,03 1,39 ± 0,02 2,64 ± 0,09 5,65 ± 0,11 - - - - - em pó Rasa 0,52 ± 0,06 1,18 ± 0,01 2,40 ± 0,06 3,03 ± 0,05 5,49 ± 0,31 12,24 ± 0,36 - - - - - Cheia 0,68 ± 0,03 1,74 ± 0,03 4,03 ± 0,20 4,85 ± 0,09 5,20 ± 0,28 16,09 ± 3,52 - - - - - Mel Nivelada 0,67 ± 0,04 1,87 ± 0,09 4,20 ± 0,39 4,73 ± 0,63 10,01 ± 0,20 - ± - - - - - - Rasa 1,25 ± 0,09 3,40 ± 0,33 6,55 ± 0,40 7,23 ± 0,51 13,11 ± 2,04 - ± - - - - - - Cheia 2,08 ± 0,22 4,46 ± 0,03 7,66 ± 0,69 9,43 ± 0,38 16,74 ± 0,90 - ± - - - - - - Melado Nivelada 0,49 ± 0,23 1,25 ± 0,17 4,83 ± 0,11 5,42 ± 0,24 9,61 ± 0,36 19,67 ± 0,21 - - - - - Rasa 1,81 ± 0,62 4,52 ± 0,49 10,03 ± 0,72 13,59 ± 0,71 24,00 ± 1,44 44,01 ± 2,38 - - - - - Cheia 3,49 ± 0,48 10,10 ± 0,86 22,68 ± 2,56 23,73 ± 2,72 44,07 ± 0,82 79,12 ± 5,62 - - - - -

AÇÚCAR, MEL E CACAU DP DP DP DP DP DP DP DP

APÊNDICE 2

Alimento Peso (g) Arroz Branco 12,90 ± 0, Cozido 21,22 ± 4, 23,91 ± 3, 41,21 ± 3,

Arroz Integral 13,67 ± 0, Cozido 23,22 ± 1, 29,53 ± 1, 47,17 ± 2,

Arroz Parboilizado 14,31 ± 1, Cozido 20,87 ± 2, 26,73 ± 1, 45,87 ± 3,

Feijão Vermelho Cozido 133,08 ± 2, (50% grão, 50% caldo) 155,76 ± 9,

Feijão Vermelho Cozido 128,86 ± 4, (apenas caldo) 160,31 ± 10,

Feijão Preto Cozido 143,90 ± 5, (50% grão, 50% caldo) 176,04 ± 4,

Feijão Preto Cozido 135,24 ± 4, (apenas caldo) 170,50 ± 1,

Grão-de-bico Cozido 15,97 ± 1, 25,80 ± 2, 32,94 ± 2, 56,06 ± 2, 135,38 ± 4, 61,02 ± 14,

CEREAIS E LEGUMINOSAS

Medida Colher de Sopa Rasa

Colher de Servir Cheia

Colher de Sopa Rasa

Colher de Servir Cheia

Colher de Sopa Cheia Colher de Servir Rasa

Colher de Sopa Rasa Colher de Sopa Cheia Colher de Servir Rasa

DP

Colher de Sopa Cheia

Colher de Servir Cheia 1/2 Concha Concha Cheia

Colher de Servir Rasa

Colher de Sopa Cheia Colher de Servir Rasa

1/2 Concha

1/2 Concha

1/2 Concha Concha Cheia Colher de Sopa Rasa

Concha Cheia 1/2 Concha Concha Cheia

Colher de Servir Cheia Concha Cheia