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Sulfonamidas farmacologia, Resumos de Farmacologia

Roteiro • Aspecto histórico • Espectro de ação • Indicações clínicas • Farmacodinâmica • Farmacocinética • Interações medicamentosas • Mecanismos de resistência

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 27/10/2020

amanda-alves-10z
amanda-alves-10z 🇧🇷

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Antibacterianos: sulfonamidas - farmacologia
Primeira linha de ATBs: sulfas
Agem nas estruturas próprias das bactérias. Por que temos mais antibacterianos do que
antifúngicos e antivirais? Bactérias: variedade de espécies, estruturas e mecanismos de
patogenicidade.
Vírus: usam nosso aparato.
Roteiro
Aspecto histórico
Espectro de ação
Indicações clínicas
Farmacodinâmica
Farmacocinética
Interações medicamentosas
Mecanismos de resistência
Sulfas/drogas antifóricas ou antimetabólicas
Acido fólico: precursor de DNA, RNA, aminoácidos... relacionado à divisão celular.
Importante para as nós assim como é importante para a bactéria. Entretanto, as bactérias
sintetizam o ácido fólico do início ao fim, diferente de nós, que temos apenas parte das
enzimas necessárias para sintetizar o ácido fólico. Baseado nessas diferenças foi
desenvolvida a classe das sulfas.
Foi descoberto de forma acidental. Século XX: o enxofre era usado de diversas formas
nessa época. Um cara era pesquisador numa indústria de enxofre e estava produzindo um
corante e começou a testar sua ação antibacteriana. Quando testou em animais, percebeu-
se que houve uma eficácia. 1933: Sua filha se acidentou com uma agulha e infectou-se em
laboratório, até que a infecção tomou proporções fatais (sepse estafilocócica). Baseado nos
resultados que teve, usou em sua filha na esperança de salvá-la, e funcionou. Revolucionou
o tratamento.
SO2NH2: sulfonamidas
Redução do prontosil rubrum in vivo – precisa sofrer biotransformação, por isso não há
resposta in vitro, apenas in vivo – animais. Prontosil rubrum >> biotransformação >> sulfanilamida
Antibiótico de amplo espectro: Bactérias (gram positivos e Gram negativas), fungos e
protozoários. Salmonelas, Shigelas, Chlamydia, Estreptococos, Estafilococos, Neisserias,
Paracoccidioides Pneumocystis (fungo), Plasmodium falciparum, Toxoplasma spp. (principal
protozoário afetado).
Mecanismos de ação
Formação do ácido fólico: pteridina + PABA + glutamato. A estrutura da sulfa é muito similar à
estrutura do PABA (estrutura análoga). A bactéria vai usar a sulfa no lugar do PABA, o que provoca
a inibição da sintetase bacteriana. Sulfa tem o poder de inibir a enzima sintetase por inibição
competitiva, pois vai competir pela ligação do PABA – impede que todo o resto da cascata
aconteça. Por impedir a divisão, tem um efeito bacteriostático.
Animais: possuem apenas enzima redutase (precisa adquirir o ácido fólico pré-formado).
Microorganismos: sintetase e redutase.
Pteridina + PABA >> enzima sintetase >> ácido diidropteroico + glutamato >> diidrofolato >>
enzima redutase >> tetraidrofolato >> síntese de purinas >> DNA e RNA
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Antibacterianos: sulfonamidas - farmacologia

 Primeira linha de ATBs: sulfas  Agem nas estruturas próprias das bactérias. Por que temos mais antibacterianos do que antifúngicos e antivirais? Bactérias: variedade de espécies, estruturas e mecanismos de patogenicidade.  Vírus: usam nosso aparato. RoteiroAspecto históricoEspectro de açãoIndicações clínicasFarmacodinâmicaFarmacocinéticaInterações medicamentosasMecanismos de resistência Sulfas/drogas antifóricas ou antimetabólicasAcido fólico: precursor de DNA, RNA, aminoácidos... relacionado à divisão celular. Importante para as nós assim como é importante para a bactéria. Entretanto, as bactérias sintetizam o ácido fólico do início ao fim, diferente de nós, que temos apenas parte das enzimas necessárias para sintetizar o ácido fólico. Baseado nessas diferenças foi desenvolvida a classe das sulfas.  Foi descoberto de forma acidental. Século XX: o enxofre era usado de diversas formas nessa época. Um cara era pesquisador numa indústria de enxofre e estava produzindo um corante e começou a testar sua ação antibacteriana. Quando testou em animais, percebeu- se que houve uma eficácia. 1933: Sua filha se acidentou com uma agulha e infectou-se em laboratório, até que a infecção tomou proporções fatais (sepse estafilocócica). Baseado nos resultados que teve, usou em sua filha na esperança de salvá-la, e funcionou. Revolucionou o tratamento.  SO2NH2: sulfonamidas Redução do prontosil rubrum in vivo – precisa sofrer biotransformação, por isso não há resposta in vitro, apenas in vivo – animais. Prontosil rubrum >> biotransformação >> sulfanilamida Antibiótico de amplo espectro: Bactérias (gram positivos e Gram negativas), fungos e protozoários. Salmonelas, Shigelas, Chlamydia, Estreptococos, Estafilococos, Neisserias, Paracoccidioides Pneumocystis (fungo), Plasmodium falciparum, Toxoplasma spp. (principal protozoário afetado). Mecanismos de ação Formação do ácido fólico: pteridina + PABA + glutamato. A estrutura da sulfa é muito similar à estrutura do PABA (estrutura análoga). A bactéria vai usar a sulfa no lugar do PABA, o que provoca a inibição da sintetase bacteriana. Sulfa tem o poder de inibir a enzima sintetase por inibição competitiva , pois vai competir pela ligação do PABA – impede que todo o resto da cascata aconteça. Por impedir a divisão, tem um efeito bacteriostático. Animais: possuem apenas enzima redutase (precisa adquirir o ácido fólico pré-formado). Microorganismos: sintetase e redutase. Pteridina + PABA >> enzima sintetase >> ácido diidropteroico + glutamato >> diidrofolato >> enzima redutase >> tetraidrofolato >> síntese de purinas >> DNA e RNA

Era muito usada, para tudo. Com o tempo, começou a se desenvolver resistência em diversas espécies. Farmacocinética: uso tópico e oral é o mais frequente, em algumas situações EV. Alta ligação com proteínas plasmáticas >> provoca muitas interações medicamentosas. As 3 diferentes sulfas têm diferenças principalmente farmacocinéticas, que é a via de administração. Ampla distribuição pelos líquidos corporais: LCR, placenta e feto. 40-100 ug/mL: metabolização hepática. Absorção: ... Distribuição: ampla. Excreção: renal, bile, leite materno.  Sulfadiazina: absorção e excreta rápidas, 10 horas de meia vida. Uso tópico: sulfadiazina de prata  Sulfametoxazol – meia vida de 11 horas.  Sulfassalazina Sulfassalazina Indicação: única que pode ser usada na doença de Crohn e retocolite ulcerativa , pois promove ação antiinflamatória. Após administração oral, libera sulfapiridina + ácido 5 aminosalicílico (5 ASA/ mesalazina), e este segundo é o que tem ação AI, por inibir ação de prostaglandinas. Usado principalmente em casos agudos. É um pró-farmaco, que após metabolizado, forma o aminossalicilato. o Pouco absorvidas: ativas na luz intestinal. Sulfadoxina não é mais usada. Com o tempo as sulfas não eram mais tão usadas pela sua menor efetividade. A partir da década de 60, começaram a ser associadas aos diaminopirimidínicos, que terão uma ação sinérgica à sulfa, então começaram a ser usados associados – por seu papel na inibição da redutase bacteriana.  Trimetoprim  Pirimetamina Sulfa + diaminipirimidinicos (trimetoprim e pirimetamina) >> um inibe a sintetase (sulfa) e o outro à redutase. Apesar de nós humanos também termos redutase, a afinidade do medicamento com a redutase da bactéria (trimetoprim) e do protozoário (pirimetamina) é muito maior, chegando a 20.000x mais. Sulfadiazina

  1. São as sulfas mais ativas contra o Toxoplasma gondii (toxoplasmose)sulfadiazina + pirimetamina. Obs : em pacientes com AIDS é utilizada para evitar recaída da toxoplasmose cerebral.
  2. Sulfadiazina argêntica – associada à prata, com efeito bactericida devido à prata. Causa precipitação de proteínas da membrana e lise da parede da bactéria. Indicações:  Pacientes queimados, feridas infectadas, úlceras de pressão (ex: paciente muito tempo acamado)  Infecções ginecológicas vaginais Efeito sinérgico A maioria das bactérias vai sofrer efeito bacteriostático, mesmo com a associação. Menor incidência de resistência bacteriana

Pirimetamina - protozoários