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Roteiro de Anamnese e exame fisico
Tipologia: Resumos
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Compartilhado em 24/09/2021
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Nome completo: Data de nascimento: Idade: Sexo: Etnia: Endereço: Naturalidade/Procedência: Nome do informante: Relação da criança com o acompanhante: Referência quanto à qualidade das informações prestadas: Data do exame: Nome dos pais, idade e escolaridade: QUEIXA PRINCIPAL: Registrar a(s) queixa(s) ou necessidades que motivaram o atendimento usando as palavras do informante, quando possível, ou termo/s técnico/s equivalente/s numa ordem que respeite prioridades dos sintomas. Sempre que possível deve-se precisar o tempo da queixa. A queixa principal deve ser a mais objetiva possível. Focar em uma única queixa HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL (HDA): Certificar-se de que os sintomas descritos pela criança ou responsável correspondem àqueles utilizados na terminologia médica (por exemplo: não registrar como "diarreia" o “aumento do número de evacuações”). Registrar seguindo uma cronologia (início, evolução e dias atuais) sempre vinculada ao momento da consulta (p.ex.: registrar “teve uma crise de asma há 4 dias”) Registrar todas as características relevantes dos sintomas, tais como: duração (em cada episódio), intensidade, frequência (periodicidade), fatores de intensificação e alívio (medicação, alimentos, posição, relação com a respiração, esforço, eliminações). Registrar atendimentos anteriores, diagnóstico(s), exames realizados e medicação prescrita e utilizada relacionadas com a queixa atual. Incluir informações atuais sobre: apetite, alimentação desde o início da queixa, ritmo intestinal e urinário, última pesagem, medicação atual, estado de ânimo e febre. É importante perguntar até quando estava sadia. Criança sadia pode-se colocar “sem queixas”; deve-se perguntar sobre a freqüência escolar. INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO: Esta revisão funciona como uma checagem de informações de todos os sistemas que possam ter sido omitidas ou esquecidas previamente. Atenção para não repetir as mesmas perguntas já feitas na HDA. As perguntas que se seguem devem ser adaptadas à idade da criança sendo algumas dispensadas quando a criança for muito pequena. GERAL: febre, choro, irritabilidade, alteração no humor, sono, emagrecimento ou ganho de peso, prostração ou dificuldade de amamentar (RN). Todos esses sintomas podem já estar na HDA, dependendo da queixa. PELE E ANEXOS: alterações observadas nos fâneros, unhas, coloração anormal, equimoses, lesões, palidez, petéquias, prurido, registrando descrição, localização e tempo de aparecimento. o Obs: a pele da criança deve ser sempre bem questionada pois é muito comum associação de patologias com achados em pele ou a criança apresentar lesões isoladas na pele.
SUBCUTÂNEO: Edema, gânglios, nódulos. Registrar descrição, localização e tempo de aparecimento. CABEÇA : Cefaleia, dificuldade visual, dor nos olhos, lacrimejamento, uso de lente corretiva, vermelhidão nos olhos, prurido ocular, dificuldade auditiva, otalgia, otorreia, zumbidos, condições dos dentes e gengivas. APARELHO RESPIRATÓRIO : Dor torácica ventilatório-dependente, dispneia, epistaxe, espirros, hemoptise, obstrução nasal, prurido nasal, rinorreia, rouquidão, sibilância, tosse. APARELHO CARDIOVASCULAR : Alteração do ritmo cardíaco (bradicardia, taquicardia, arritmia), cianose, dispneia (em repouso ou aos esforços), palpitações. APARELHO DIGESTIVO : Vômitos, regurgitação, disfagia, halitose, pirose, dor abdominal, constipação, diarreia, eliminação de vermes, encoprese, sangramento, tenesmo, hábito intestinal (frequência e característica das fezes). APARELHO GENITOURINÁRIO: hábitos urinários (frequência e características da urina), caso a criança use fralda, questionar número de trocas. Alteração da cor da urina, alteração do jato urinário, corrimento vaginal ou uretral, dor ou massas testiculares, disúria, enurese, incontinência, polaciúria, hematúria, nictúria, poliúria. APARELHO LOCOMOTOR : dinâmico e estático: Dor, calor, rubor em articulações ou músculos, parestesias ou paralisias de grupos musculares especiais, dinâmico e estático. SISTEMA NERVOSO: Alteração da marcha ou do equilíbrio, convulsões, desmaios, dislalias, paralisias, paresias, parestesias, perda de memória, vertigens. EXAME PSÍQUICO: Agitação, alteração do humor, ansiedade, depressão, nervosismo, tensão. COMPORTAMENTO: Chupar dedo, dificuldade de relacionamento, enurese, encoprese, fobia escolar, gagueira, masturbação, perversão do apetite, problemas de sono, problemas sexuais, roubo, uso de drogas (álcool, tabaco, outras drogas). ANTECEDENTES PESSOAIS: GESTAÇÃO: Planejamento e aceitação da gravidez; Duração; Pré-natal (número de consultas); Intercorrências (sangramento, infecção urinária, hipertensão, diabete, convulsões, obesidade, cirurgia, rubéola, outras doenças, radiografia nos primeiros 3 meses); Uso de ferro, vitaminas, medicamentos, drogas ilícitas, fumo, álcool; Exposição a animais; Resultados de sorologias, tipagem sanguínea e outras intercorrências; Ganho excessivo ou insuficiente de peso durante a gravidez; Número de gestações prévias, abortos, natimortos. PARTO: Tipo (se cesariana, informar indicação); Utilização de anestesia ou analgesia; Local; Sofrimento fetal; Condições de nascimento; Apgar (primeiro e quinto minutos); Manobras de reanimação; Dados antropométricos ao nascer: Peso, comprimento, perímetro cefálico, perímetro torácico. PERÍODO NEONATAL (0 a 27 dias): Perguntar se a criança saiu de alta junto com a mãe; Questionar problemas respiratórios, cianose, icterícia, problemas alimentares, infecção, convulsão, necessidade de tratamento especial (incubadora, oxigênio, medicação, fototerapia, cateterismo de vasos umbilicais, ventilação mecânica), tempo de hospitalização, condições de alta, peso na alta; Manobras de ressucitação; Triagem neonatal realizada na maternidade. PATOLÓGICOS Doenças relevantes, hospitalizações, cirurgias, acidentes registrando datas ou idade da criança à época. Patologias crônicas e uso de medicamentos por longo prazo; Uso de hemoderivados; Alergias a alimentos, medicamentos, picada de insetos, outras. Registrar se recebe acompanhamento médico regular, data da última consulta e resultado de exames anteriores; Perguntar sobre Testes de triagem: visão, audição, pressão arterial;
A caderneta de saúde da criança apresenta uma tabela com os marcos do desenvolvimento por idade e pode ser consultada para guiar essa parte da entrevista. Idade de aquisição, em ordem cronológica, dos seguintes marcos: firmar a cabeça, sorriso espontâneo, segurar objetos, sentar-se sem apoio, engatinhar, andar sem apoio, aparecimento de habilidades motoras (tanto a motricidade grosseira como a fina); Qualquer perda ou ganho deve ser anotado para avaliar a relação com doença orgânica ou psicosocial; Deve-se comparar com os dados dos pais e irmãos; Aquisição de linguagem gestual e falada (primeiras palavras e frases); Desenvolvimento do controle esfincteriano (fecal e miccional, noturno e diurno); Correr sem dificuldade, subir escadas, linguagem de adulto, beber em copo, usar colher, vestir-se. Rendimento escolar. Desenvolvimento socioafetivo (relacionamento com os membros da família, com outros familiares, amigos e no ambiente escolar). Personalidade: humor, desobediência, hiperatividade, irritabilidade, medo, preguiça, temperamento difícil ou destrutivo, timidez, tristeza; Descrever como é o sono e se há alterações. Hábitos alimentares, fumo, álcool ou uso de drogas de adição a depender da idade. Perguntar ao informante se a criança é feliz, sociável, se tem problemas de comportamento, pesadelos; Se for adolescente perguntar se namora, se já teve intercurso sexual, avaliando se é necessário sigilo sobre estas questões. A erupção dentária deve ser perguntada; A idade em que começou a se vestir, tomar banho só, andar de bicicleta e como é o desempenho escolar; Devem ser perguntados quando foram adquiridos os controles de diurese e dejeção. Recém- nascido Motor: membros fletidos, postura tônico-cervical (durante o 1º trimestre); Adaptativo: fixa a visão; Social: prefere a face humana. 1º mês Motor: PTC; levanta o queixo em PRONA; Adaptativo: acompanha objeto em 90o(parcialmente); Social: sorri. 2 meses Motor: PTC; levanta a cabeça em PRONA; Adaptativo: segue objeto em 180°; Social: sorriso social; Linguagem: vocaliza (repete vogal) “cooing”. 3 meses Motor: PTC; levanta a cabeça e tronco em prona, sustentação pendular da cabeça Adaptativo: estende a mão para objetos; Social: contato social; Linguagem: “aah, ngah”. 4 meses *Aparece em prova a Motor: cabeça centralizada, olha para as mãos na linha média, sustenta cabeça; Adaptativo: pega cubital; Social: ri alto. Ao nascer BCG, hepatite B (BB) 2 meses Pentavalente Poliomielite – V1P Pneumocócica – 10 Rotavírus – VORH (4 Ps) 3 meses Meningococo C – MnC 4 meses = 2 meses 5 meses = 3 meses 6 meses Pentavalente Poliomielite – V1P (6 doenças) 9 meses Febre amarela (em áreas recomendadas ou indivíduos que se deslocam) 12 meses Tríplice viral Pneumocócica – 10 Meningococo sorogrupo C – MnC 15 meses Tetraviral Hepatite A DTP (difteria, tétano e coqueluche) Poliomielite – VOP 4 anos DTP Poliomielite – VOP Varicela ADOL HPV + Meningo-C
partir daqui 6 – 7 meses Motor: rola, senta sem apoio por pouco tempo; Adaptativo: pega radial transfere objetos entre as mãos; Social: prefere a mãe; Linguagem: polissílabos vogais. 9 – 10 meses *Mais aparece em prova Motor: senta sozinho sem apoio, pode engatinhar; Adaptativo: segura objetos com pinça entre polegar e indicador, solta objetos se retirados; Social: estranha, acena, bate palmas, brinca de “cadê” (surgimento do sentido de permanência do objeto); Linguagem: polissílabos (“mama, papa”). 12 meses Motor: anda com apoio, levanta sozinho; Adaptativo: apanha objetos com pinça entre polegar e indicador, entrega objetos; Social: interage (vestir, brincar); Linguagem: algumas palavras (“papa, mama, auau, água”) HISTÓRIA FAMILIAR: Evidências podem ser importantes para várias patologias; Deve-se fazer um heredograma, incluindo pais, irmãos, avós, com idades, estado de saúde ou causa de morte; Registrar idade e estado de saúde de pais e irmãos; Existência de consangüinidade. Sequência de filhos (identificando a criança em foco); Doenças familiares (avós, pais, irmãos e tios): alergia, asma, diabetes, cardiopatia, convulsões com ou sem febre, hemofilia, hipertensão arterial, pneumopatia crônica, retardo de desenvolvimento, outras; Presença de pessoas com síndrome genética.
HIGIENE DO SONO: períodos de sono (noturno, matutino e vespertino), despertares noturnos, em que quarto e em que cama a criança dorme, quem coloca a criança para dormir, problemas relacionados ao sono ou a hora de dormir, família dorme no mesmo horário? HIGIENE CORPORAL: número de vezes, horários do banho, produtos utilizados e duração. HIGIENE BUCAL: limpeza da boca (para crianças que ainda não apresentaram erupção dentária), escovação (frequência, técnica e uso de creme dental e fio dental), visitas ao dentista, aplicação tópica de flúor. LAZER/SOCIAL: prática de exercício físico (frequência e tipo de exercício), brinquedos que mais utiliza, brincadeiras que mais gosta, se assiste televisão (quantas horas por dia), com quem brinca, com que frequência passeia, quais são os seus passeios preferidos, tempo de uso de celular/tablet/TV. Acesso a praças e piscina. HÁBITOS DE SEGURANÇA: assento/cinto de segurança no automóvel, grades em piscinas/janelas, uso de boia/colete salva-vidas, aptidão em natação, armas de fogo em casa, conhecimento de normas de conduta do pedestre no trânsito, possibilidade de contato com medicamentos, plantas tóxicas e produtos químicos, esportes perigosos. HISTÓRIA SOCIAL E DE FORMAÇÃO DA FAMÍLIA
Fatores de risco para doença diarreica e parasitoses : ausência de água tratada; ausência de filtro ou geladeira; esgoto não canalizado; Fatores de risco para doenças dermatológicas: presença de insetos; animais domésticos. CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS DA FAMÍLIA Condições econômicas dos responsáveis; Tipo de emprego/trabalho; Bolsa família; Uso de automóvel, bicicleta ou outros meios de transporte; Escola (pública ou privada, tamanho, distância, transporte). ROTEIRO EXAME FÍSICO ANTROPOMETRIA E SINAIS VITAIS: o Comprimento: até 2 anos mede deitado na régua antropométrica graduada até 100cm e a partir dos 2 em pé no estadiômentro; o Peso: retirar roupas e fraldas. Até 15 kg é na balança “pesa-bebê” e após balança de adulto; o Perímetro cefálico: até completar 2 anos (PC> PT> PA); o Perímetro torácico: na altura dos mamilos, mede ao nascer e durante o 1º trimestre ou em caso de suspeita de alteração torácica; o Perímetro abdominal: na altura da cicatriz umbilical, mede ao nacer, patologias suspeitas, obesidade e sobrepeso; o o Temperatura; o Frequência cardíaca; o Frequência respiratória (60s); o Pressão Arterial (PA): aferida a partir de 3 anos (histórico familiar de doenças cardiovasculares, sobrepeso e obesidade aferir antes). ECTOSCOPIA: Avaliação geral: Descrever a impressão causada pela criança quando adentra o consultório (subjetiva): grau de atividade ou prostração, fácies, desconforto respiratório, irritabilidade e choro, cianose, entre outros sinais; o Bom/Médio/Regular estado geral: Observar se a criança está alerta; o Estado nutricional (eutrófico, desnutrido, obeso); o Coloração das mucosas (coradas, hipocoradas, +/4+); o Estado de hidratação (hidratado, grau de desidratado I, II, III); o Presença ou ausência de cianose (cianótico, acianótico); o Presença ou ausência de febre (febril, afebril); o Presença ou ausência de icterícia (ictérico, anictérico - graduar segundo as zonas de Kramer); o Nível de consciência e atividade (ativo, hipoativo, reativo, letárgico...). o Atitude: posturas atípica, irritabilidade ou choro, apreensão ou cooperação, posição anti- álgica e odor anormal; Registro: BEG, eutrófico, ativo, afebril, mucosas coradas, hidratado, acianótico. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO: Pele: sem roupa coberta com lençol, inspeção e palpação no sentido craniocaudal; o Lesões elementares primárias (manchas ou máculas, pápulas, nódulos, tubérculos, vegetações, verrucosidades, vesículas, bolhas, pústulas, queratose e escamas) e secundárias (crostas, soluções de continuidade) – ESPECIFICAR TIPO DE LESÃO E REGIÃO CORPORAL. o Adolescente: procurar acne na face e dorso; o Icterícia: pele deve ser comprimida para destacar a cor rósea ou acastanhada normal. Um “clareamento” amarelado indica icterícia
tonsilas palatinas em seu tamanho, implantação e aspecto (presença de pus, caseum) e presença de petéquias; Obs. 1: A presença de folículos faríngeos hipertrofiados e hiperemiados, com ou sem vesículas ou lesões ulceradas (aftas) na parede faríngea, pilares amigdalianos, úvula e tonsilas, associados a quadros de dor à deglutição, indica processo infeccioso viral. Obs. 2: A hiperemia faríngea com exsudato purulento amigdaliano (puntiforme, em placas ou pseudomembranoso), associada ou não à petéquias no palato, febre e dor à deglutição, sugere infecção bacteriana. Orelha: caso tenha queixa, examinar primeiro a orelha que não tem queixa e depois a afetada. o Inspeção e palpação: Pavilhão auricular, tragus, conduto auditivo externo, região retroauricular da mastóide e linfonodos regionais, procurando identificar a presença de edema, rubor, calor e dor o Posição e deformidades do ouvido externo, implantação, avaliação da acuidade auditiva. o Otoscopia (canal, membrana timpânica, alterações presentes, movimentação): pavilhão é tracionado para trás e para cima nas crianças maiores e inferiormente nos recém-nascidos, com intuito de retificar o conduto externo, facilitando a introdução do espéculo e promovendo boa visualização do conduto e da membrana timpânica; A MT normal é moderadamente translúcida, de superfície lisa e reflete a luz do otoscópio, podendo ser visualizado uma pequena área triangular no seu quadrante anteroinferior (triângulo luminoso). Deve-se identificar alterações na integridade, forma, cor, mobilidade e vascularização. Triagem Auditiva Neonatal (TAN): realizada na maternidade após o nascimento e não deve ultrapassar o 1º mês. Pescoço: o Simetria, movimentação, abaulamento, retração ou tumoração, traquéia; o A tireoide é palpável como uma massa lisa e sólida que se move para cima com a deglutição; o Flexão e extensão do pescoço. o RN e lactentes faz palpação em decúbito dorsal e as mais velhas sentadas; o Crianças maiores e adolescentes o exame é igual ao do adulto; o Pescoço alado (presente em Síndrome de Turner). o Glâglios: o Examinar linfonodos e descrevê-los: tamanho, consistência, mobilidade, coalescência e a presença de calor, rubor e dor; o Além de examinar detalhadamente os cervicais, também avaliar os inguinais, epitrocleares (braço perto do úmero), supraclaviculares, axilares e occipitais posteriores; o Os linfonodos cervicais são mais facilmente palpáveis quando o examinador se coloca por trás do paciente; Tórax: o Inspeção do tórax: forma, simetria, deformidades, retrações (intercostais, supraesternal ou subcostal), abaulamentos e expansibilidade (assimetria na expansão torácica) o Presença de balancim toracoabdominal (assincronia entre o movimento do tórax e do abdômen durante a respiração); o Respiração predominante abdominal até 6 anos e após, torácica; o Edema na junção constocondral ou na parede torácica; o RN deve-se palpar as clavículas para avaliar se há tocotraumatismo. Mamas: o Hipertrofiadas ao nascimento regredindo até 6 meses; o Telarca em geral assimétrica; o Palpação para identificar nódulos, calor, rubor e dor; o As mamas podem estar ingurgitadas ou com presença de secreção leitosa devido à passagem de hormônios maternos. Aparelho Respiratório:
o Crianças pequenas quando tiver oportunidade e maiores ou adolescentes examinar a região posterior do tórax e pulmões sentada e a anterior em decúbito dorsal; o Avaliar o murmúrio vesicular e a presença de estertores (roncos, creptos, sibilos) ou ausência de ausculta e determinar a área. o Inspeção: tipo de respiração, ritmo e amplitude da respiração, tiragem e utilização de musculatura acessória (local e graduação em leve, moderada ou grave), batimento de asas nasais (componente nasal da respiração) e expansibilidade; O paradoxo toracoabdominal, que corresponde à movimentação do tórax para dentro e do abdome para fora durante a inspiração, é um achado normal em RN. À medida que aumenta a força muscular e diminui a complacência da parede torácica com a idade, a respiração abdominal deixa de ser observada. Se for observada, implica doença respiratória. o Palpação: frêmito toracovocal por palpação colocando-se a mão sobre o tórax quando a criança chorar ou emitir ruídos. Para avaliar a simetria das vibrações transmitidas, deve-se colocar a mão ou as pontas dos dedos de cada lado do tórax e pesquisar. o Percussão: não tem utilidade nos lactentes, exceto em casos extremos. O tórax do lactente é hipertimpânico em toda a sua extensão o que torna difícil detectar anormalidades à percussão. o Ausculta: criança pequena, os ruídos respiratórios são mais intensos e grosseiros do que os dos adultos, pois o estetoscópio fica mais próximo à origem dos sons. Identificar o murmúrio vesicular e os ruídos pulmonares adventícios: sibilos, roncos e estertores. Sempre auscultar de forma simétrica e iniciar pelos ápices; Descrever se o murmúrio está bem distribuído em ambos os hemitórax, se há presença de ruídos adventícios e a localização da alteração; O som traqueal é decorrente da passagem do ar pela traquéia e é audível colocando-se o estetoscópio anteriormente no pescoço sobre a traquéia; O som bronquial é decorrente da passagem do ar pelos brônquios de maior calibre, é audível na face anterior do tórax, proximidade do esterno; O som vesicular é decorrente da passagem do ar pelo parênquima pulmonar, é audível em todo o pulmão. O ronco reflete obstrução das vias respiratórias calibrosas. Traduz uma movimentação de secreções, por isso ele modifica-se com a tosse ou postura. É predominantemente inspiratório. O sibilo traduz a obstrução de fluxo aéreo (broncoespasmo, acúmulo de secreção), reflete o estreitamento da via aérea, são sons musicais, contínuos e leves. Os crepitos também chamados de estertores úmidos, traduzem a abertura dos alvéolos colapsados ou ocluídos com líquido viscoso, são sons que não se modificam com a tosse. São estertores descontínuos que ocorrem próximos ao final da inspiração e costumam ser causados por doenças pulmonares. o Identificar taquipnéia, bradipnéia ou dispnéia inspiratória ou expiratória; o Aparelho Cardiovascular: o Observar a forma; o Ictus cordis: nem sempre é palpável no lactente, sendo afetado por padrões respiratórios, estômago cheio e posicionamento do lactente. Deve-se observar sua localização, diâmetro, e amplitude quando palpável; o Frêmitos: são palpáveis quando há turbulência no interior do coração ou dos grandes vasos e esta é transmitida para a superfície. Com a palma da mão ou a base dos dedos do que com a ponta dos dedos. Grosseiros e vibrantes; o Crianças pequenas: avaliar ritmo pela palpação dos pulsos periféricos (radiais, femorais, tibiais, carotídeos, poplíteos, pediosos); Qualidade do som e a altura do pulso;
consultas subsequentes (15 dias, 30 dias e 2 meses); Triagem para luxação congênita de quadril (primeiros meses de vida) e presença de displasia evolutiva do quadril; o Ortolani: Com o bebê relaxado e contido, em uma superfície rígida, flexiona as pernas do bebê em 90° (articulações coxofemorais em flexão e joelhos em flexão). Examinar uma perna de cada vez. É necessário segurar as pernas e as coxas com as mãos e colocar os dedos sobre o trocanter maior e realizar a adução e abdução da articulação. Positivo quando se percebe um “click” com os movimentos; o Barlow: Com os joelhos flexionados, segure as pernas e coxas com as mãos e coloque os dedos sobre o trocanter maior, mantendo as articulações em abdução média. Realize movimentos pressionando o trocanter maior anteriormente (para baixo) de forma suave e sentindo o deslocamento da articulação. O teste é positivo se houver deslocamento do quadril; o Exame Neurológico: o Reflexos primitivos: Moro, sucção, preensão palmar e plantar, cutâneo plantar e tônico cervical que estão presentes nos RN sadios. o Faz parte do exame neurológico a observação da postura do RN que normalmente é de flexão generalizada com lateralização da cabeça até o final do primeiro mês. o Reflexo de Moro: Observado pelo procedimento de segurar a criança pelas mãos e liberar bruscamente seus braços ou elevá-la pelo tronco acima do plano de apoio da maca e soltá- la repentinamente (apoiando-a em seguida para que não caia). O objetivo dessas manobras é produzir uma extensão rápida do pescoço e da cabeça e o reflexo obtido é a abdução seguida de adução e flexão das extremidades superiores (por isso também chamado de reflexo do abraço), flexão do pescoço e choro. Deve ser sempre simétrico. É incompleto a partir do 3º mês e não deve existir a partir do 6º mês; o Sucção: Ao tocar os lábios de um RN/lactente com o dedo ou cotonete, observa-se movimentos de sucção. Esse reflexo desaparece em torno do terceiro mês quando o lactente está acordado persistindo durante o sono até o sexto mês; o Prensão plamar e plantar: preensão palmar é verificado colocando o dedo do examinador na face palmar do bebê tendo como resposta esperada a flexão dos dedos e fechamento da mão. Costuma desaparecer com 3-4 meses; Preensão plantar é verificado pela compressão do polegar do examinador sobre a face plantar, abaixo dos dedos do bebê, a resposta esperada é a flexão dos dedos do pé. Esse reflexo desaparece aos 15 meses; o Reflexo de Babinski ou cutâneo plantar: obtido pelo estímulo da porção lateral do pé. No RN, desencadeia extensão do hálux. A partir do 13º mês, ocorre flexão do hálux. A partir desta idade, a extensão é patológica; o Reflexo de Marcha: Para verificação da marcha reflexa, o avaliador deve segurar e suspender a criança pelo tronco, mas permitindo que ela toque os pés em uma superfície. O reflexo será obtido com a inclinação do corpo da criança após obter o apoio plantar, estando presente já nos primeiros dias de vida e desaparecendo entre a 4ª e 8ª semana de vida da criança; o Reflexo tônico-cervical: Ao realizar a rotação da cabeça do bebê para um lado por 15 segundos, a resposta esperada é a extensão das extremidades do lado para o qual se virou a cabeça e a flexão das extremidades do lado oposto. Aos quatro meses desaparece em sua forma “típica” e aos 6 meses desaparece completamente; o Após 1º ano: sensibilidade, marcha, força, coordenação. A marcha deve ser observada com a criança andando ou de preferência correndo. Observa-se se há assimetrias, fraqueza muscular
(na posição sentada, de pé e nas de transições), quedas inexplicáveis ou incoordenação. Os reflexos tendinosos profundos devem ser testados de forma semelhante aos adultos.