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Guias e Dicas
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Resumo Processos Fisiopatológicos- Imunologia (Facilitado!), Resumos de Imunologia

Explore os fascinantes processos fisiopatológicos da Imunologia com este resumo abrangente. Começando com uma introdução aos princípios da imunologia, você mergulhará nos elementos fundamentais do sistema imunológico, abordando desde a imunidade inata até os conceitos essenciais de inflamação. Descubra como os linfócitos se desenvolvem e são ativados, explore a interação entre antígenos e anticorpos e compreenda a resposta imune contra infecções e vacinas. Analise as reações de hipersensibilidade e os desafios da imunologia na transplantação e na autoimunidade. Este resumo oferece uma visão clara e concisa dos processos que protegem e às vezes desafiam nosso organismo.

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 07/05/2024

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RESUMO 1BIMESTRE PROCESSOS
RESUMO 1 BIMESTRE PROCESSOS
FISIOPATOLÓGICOS- IMUNOLOGIA
FISIOPATOLÓGICOS- IMUNOLOGIA
Terceiro Semestre- Enfermagem
Conteúdo visto:
Introdução a imunologia; Elementos do sistema
imune; Imunidade inata; Inflamação e
Conceitos gerais de Imunologia Básica;
Desenvolvimento e ativação de linfócitos;
Antígenos e anticorpos ; Resposta imune das
infecções; Vacinas; Reações de
hipersensibilidade; Imunologia da
Transplantação; Autoimunidade.
feito por: Helen Silva
INTRODUÇÃO A IMUNOLOGIA
INTRODUÇÃO A IMUNOLOGIA
O sistema imune é uma interação entre
diversos componentes do sistema
imunológico protegendo de agentes
invasores, como vírus, bactérias, fungos,
parasitas ou substâncias estranhas ao corpo,
como alérgenos. Essencial para a defesa do
organismo contra doenças e infecções.
Processo fisiopatológico do sistema imune
Reconhecimento do Antígeno: O sistema
imunológico é capaz de reconhecer e distinguir
entre células e substâncias do próprio corpo e
as que são estranhas. As células do sistema
imunológico expressam receptores específicos
que reconhecem antígenos, que são moléculas
presentes na superfície dos patógenos ou em
substâncias estranhas.
Resposta Inata: A resposta imune inata é a
primeira linha de defesa do corpo contra
infecções. Ela é rápida e não específica,
envolvendo células como neutrófilos,
macrófagos e células natural killer (NK), que
atacam os invasores diretamente ou liberam
substâncias químicas para combatê-los.
Resposta Adaptativa: Se a resposta inata não
for suficiente para eliminar o patógeno, a
resposta adaptativa é acionada. Essa resposta
é mais lenta, mas altamente específica para o
antígeno. Envolve a ativação de células T e
células B. As células T podem ser subdivididas
em células T auxiliares (Th) e células T
citotóxicas (Tc), enquanto as células B se
diferenciam em plasmócitos que produzem
anticorpos.
Produção de Anticorpos: As células B
ativadas se diferenciam em plasmócitos, que
são células especializadas na produção de
anticorpos. Os anticorpos são proteínas que se
ligam aos antígenos específicos e marcam os
invasores para destruição por outras células do
sistema imune ou para inativação direta.
Memória Imunológica: Após o combate inicial
a um patógeno, algumas células do sistema
imunológico permanecem no organismo como
células de memória. Essas células são capazes
de reconhecer rapidamente o mesmo antígeno
se ele entrar novamente no corpo,
proporcionando uma resposta imune mais
rápida e eficaz, conferindo imunidade a longo
prazo contra a doença.
Regulação e Tolerância Imunológica: O
sistema imunológico também precisa ser
regulado para evitar respostas inadequadas,
como alergias ou doenças autoimunes.
Mecanismos de regulação, como células
supressoras e citocinas anti-inflamatórias,
ajudam a manter o equilíbrio entre uma
resposta imune eficaz e a prevenção de danos
ao próprio organismo.
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RESUMO 1⁰ BIMESTRE PROCESSOSRESUMO 1⁰ BIMESTRE PROCESSOS

FISIOPATOLÓGICOS- IMUNOLOGIA FISIOPATOLÓGICOS- IMUNOLOGIA

Terceiro Semestre- Enfermagem

Conteúdo visto:

Introdução a imunologia; Elementos do sistema

imune; Imunidade inata; Inflamação e

Conceitos gerais de Imunologia Básica;

Desenvolvimento e ativação de linfócitos;

Antígenos e anticorpos ; Resposta imune das

infecções; Vacinas; Reações de

hipersensibilidade; Imunologia da

Transplantação; Autoimunidade.

feito por: Helen Silva

INTRODUÇÃO A IMUNOLOGIAINTRODUÇÃO A IMUNOLOGIA

O sistema imune é uma interação entre

diversos componentes do sistema

imunológico protegendo de agentes

invasores, como vírus, bactérias, fungos,

parasitas ou substâncias estranhas ao corpo,

como alérgenos. Essencial para a defesa do

organismo contra doenças e infecções.

Processo fisiopatológico do sistema imune

Reconhecimento do Antígeno: O sistema

imunológico é capaz de reconhecer e distinguir

entre células e substâncias do próprio corpo e

as que são estranhas. As células do sistema

imunológico expressam receptores específicos

que reconhecem antígenos, que são moléculas

presentes na superfície dos patógenos ou em

substâncias estranhas.

Resposta Inata: A resposta imune inata é a

primeira linha de defesa do corpo contra

infecções. Ela é rápida e não específica,

envolvendo células como neutrófilos,

macrófagos e células natural killer (NK), que

atacam os invasores diretamente ou liberam

substâncias químicas para combatê-los.

Resposta Adaptativa: Se a resposta inata não

for suficiente para eliminar o patógeno, a

resposta adaptativa é acionada. Essa resposta

é mais lenta, mas altamente específica para o

antígeno. Envolve a ativação de células T e

células B. As células T podem ser subdivididas

em células T auxiliares (Th) e células T

citotóxicas (Tc), enquanto as células B se

diferenciam em plasmócitos que produzem

anticorpos.

Produção de Anticorpos: As células B

ativadas se diferenciam em plasmócitos, que

são células especializadas na produção de

anticorpos. Os anticorpos são proteínas que se

ligam aos antígenos específicos e marcam os

invasores para destruição por outras células do

sistema imune ou para inativação direta.

Memória Imunológica: Após o combate inicial

a um patógeno, algumas células do sistema

imunológico permanecem no organismo como

células de memória. Essas células são capazes

de reconhecer rapidamente o mesmo antígeno

se ele entrar novamente no corpo,

proporcionando uma resposta imune mais

rápida e eficaz, conferindo imunidade a longo

prazo contra a doença.

Regulação e Tolerância Imunológica: O

sistema imunológico também precisa ser

regulado para evitar respostas inadequadas,

como alergias ou doenças autoimunes.

Mecanismos de regulação, como células

supressoras e citocinas anti-inflamatórias,

ajudam a manter o equilíbrio entre uma

resposta imune eficaz e a prevenção de danos

ao próprio organismo.

ELEMENTOS DO SISTEMA IMUNEELEMENTOS DO SISTEMA IMUNE

Anatomia funcional das respostas imunes

Órgãos Linfoides Primários: São

responsáveis pela produção e maturação

das células do sistema imunológico. A

medula óssea é o principal órgão linfóide

primário, onde os linfócitos B são

produzidos e amadurecem. O timo também

é um órgão linfóide primário, onde os

linfócitos T amadurecem.

Órgãos Linfoides Secundários: Os locais

onde as células do sistema imunológico se

encontram e interagem com antígenos

(substâncias estranhas). Isso inclui os

linfonodos, que são pequenos órgãos em

todo o corpo, o baço, localizado no

abdômen, e tecidos linfoides associados às

mucosas, encontrados em órgãos como o

intestino. Nestes órgãos, as células imunes

encontram e respondem aos invasores,

montando uma resposta imune

adaptativa.

Circulação entre Sangue e Linfa: As

células do sistema imunológico podem

circular entre o sangue e a linfa através

de vasos sanguíneos e linfáticos. Isso

permite que as células imunes migrem para

os locais onde são necessárias, como

tecidos inflamados ou infectados, para

combater os invasores.

Migração e Interação Celular: As células

do sistema imunológico, como linfócitos,

macrófagos e células dendríticas, podem

migrar entre os órgãos linfoides e os

tecidos periféricos para interagir com

antígenos e outras células imunes. Esta

migração é essencial para coordenar uma

resposta imune eficaz.

Ativação e Resposta Imune: Quando as

células do sistema imunológico encontram

um antígeno, elas se ativam e iniciam uma

resposta imune específica. Os linfócitos B

produzem anticorpos que se ligam aos

antígenos, marcando-os para destruição

por outras células imunes. Os linfócitos T

podem destruir células infectadas pelo

antígeno.

Memória Imunológica: Após uma infecção,

algumas células do sistema imunológico

permanecem no corpo e mantêm uma

memória do antígeno. Isso permite que o

sistema imunológico responda mais

rapidamente se encontrar o mesmo

antígeno novamente, fornecendo

imunidade de longo prazo.

Células do sistema imune

Linfócitos B:

Produzem anticorpos.

Neutralizam antígenos e marcam para

destruição.

Linfócitos T:

Destroem células infectadas por vírus ou

outras ameaças.

Existem linfócitos T citotóxicos (CD8+) e

auxiliares (CD4+).

Natural Killer (NK):

Identificam e matam células infectadas por

vírus ou cancerosas.

Parte do sistema imunológico inato.

Hematopoiése

A hematopoiese é o processo pelo qual as

células sanguíneas são produzidas e

desenvolvidas na medula óssea. Começa

com as células-tronco hematopoiéticas, que

têm a capacidade de se diferenciar em uma

variedade de tipos celulares. Essas células-

tronco se dividem e se diferenciam em

células progenitoras multipotentes , que são

capazes de se desenvolver em diferentes

linhagens celulares sanguíneas, incluindo a

mieloide, linfoide e eritroide.

Linhagem mieloide: as células

progenitoras se diferenciam em vários tipos

de células sanguíneas, como eritrócitos

(glóbulos vermelhos), leucócitos granulares

(neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e

plaquetas.

Linhagem linfoide: As células progenitoras

dão origem aos linfócitos B, linfócitos T e

células natural killer (NK), que

desempenham papéis fundamentais no

sistema imunológico.

Linhagem eritroide: As células

progenitoras se diferenciam em eritrócitos

(hemácias), que transportam oxigênio no

sangue.

Sistema linfático

O sistema linfático é uma rede de vasos,

gânglios e órgãos que auxilia na defesa do

corpo contra infecções, no transporte de

fluidos e na absorção de nutrientes. Os vasos

linfáticos coletam e filtram a linfa, um líquido

que circula pelos tecidos corporais, enquanto

os gânglios linfáticos e órgãos como o baço e o

timo ajudam na produção de células

imunológicas e na eliminação de agentes

patogênicos. Assim, o sistema linfático atua na

imunidade e na manutenção do equilíbrio

interno do organismo.

Sistema imune cutâneo

O sistema imune cutâneo refere-se às defesas

presentes na pele contra microrganismos

invasores. Isso inclui células de defesa como

as células de Langerhans na epiderme,

secreções antimicrobianas de glândulas

sudoríparas e sebáceas, além da resposta

inflamatória em caso de lesões. Essas defesas

protegem a pele contra infecções e contribuem

para a cicatrização de feridas.

Sistema imune mucoso

O sistema imune mucoso é um conjunto de

defesas presentes nas membranas mucosas

do corpo, como as do trato respiratório e

gastrointestinal. Ele protege contra infecções

por meio da produção de muco, que prende e

remove patógenos, e da ação de células

imunes especializadas, como linfócitos e

células dendríticas, que combatem os

invasores. Além disso, as membranas mucosas

contêm anticorpos como a IgA, que

neutralizam patógenos.

IMUNIDADE INATAIMUNIDADE INATA

A imunidade inata ou resposta inata é o

sistema de defesa natural do corpo contra

patógenos. Esse sistema está sempre pronto

para nos proteger contra doenças.

Características: A imunidade inata é

constituída por mecanismos de defesa

presentes desde o nascimento e não requerem

exposição prévia aos agentes patogênicos para

serem eficazes. Ela atua de forma rápida, logo

após a entrada do patógeno no corpo.

Barreiras físicas: Incluem a pele , que é uma

barreira física que impede a entrada de

microrganismos, e as membranas mucosas ,

que revestem cavidades do corpo, como o trato

respiratório e gastrointestinal, e produzem

muco para capturar e eliminar patógenos.

Componentes celulares: Envolve células

especializadas , como macrófagos, neutrófilos,

células dendríticas e células natural killer (NK),

que patrulham o corpo em busca de

patógenos. Os macrófagos e neutrófilos, por

exemplo, engolfam e destroem os invasores,

enquanto as células dendríticas apresentam

fragmentos dos patógenos às células T para

iniciar uma resposta imune adaptativa.

Componentes moleculares: Incluem proteínas

antimicrobianas, como a lisozima, que

destroem a parede celular bacteriana , e o

complemento, um conjunto de proteínas que

atuam em cascata para marcar e destruir

patógenos. Além disso, a imunidade inata

envolve receptores de reconhecimento de

padrões (PRRs), que reconhecem padrões

moleculares associados a patógenos (PAMPs) e

desencadeiam respostas imunes.

Resposta inflamatória: A imunidade inata

desencadeia uma resposta inflamatória em

caso de infecção ou lesão, que visa eliminar

patógenos, limpar detritos celulares e iniciar

o processo de cicatrização.

Processo fisiopatológico imunidade inata

Detecção do patógeno: Receptores

especiais nas células imunes reconhecem

padrões moleculares associados a

patógenos.

Produção de citocinas: A detecção dos

patógenos desencadeia a produção de

citocinas, que sinalizam para outras células

imunes e promovem uma resposta

inflamatória.

Recrutamento de células de defesa: As

citocinas recrutam células de defesa

adicionais para o local da infecção.

Fagocitose: Macrófagos e neutrófilos são

ativados para engolfar e destruir os

patógenos por meio de fagocitose.

Resposta inflamatória: Uma resposta

inflamatória localizada ocorre, envolvendo

a dilatação dos vasos sanguíneos e a

migração de células imunes para o local da

infecção.

Ativação do sistema complemento: O

sistema complemento é ativado para

auxiliar na eliminação dos patógenos.

Sistema complemeto

O sistema complemento é uma parte

importante do sistema imunológico, composto

por uma série de proteínas plasmáticas que

atuam em conjunto para ajudar a combater

infecções e promover a inflamação.

O sistema complemento pode ser ativado de

diversas maneiras, incluindo a via clássica, a via

alternativa e a via das lectinas. Uma vez ativado,

ele desencadeia uma cascata de eventos

bioquímicos que levam à opsonização

(marcação de patógenos para facilitar a sua

fagocitose), inflamação, lise celular direta e

modulação da resposta imune adaptativa.

Exposição a antígenos: Antígenos são

substâncias que o sistema imunológico

reconhece como estranhas e

potencialmente prejudiciais. Exposição a

substâncias como urtiga, níquel e látex

pode desencadear uma resposta

inflamatória em pessoas sensíveis a esses

antígenos.

Reações aos tecidos próprios: Algumas

condições autoimunes, como artrite,

esclerose múltipla e psoríase, ocorrem

quando o sistema imunológico ataca

erroneamente os tecidos do próprio corpo,

desencadeando uma resposta inflamatória

crônica.

Combinação de qualquer uma das

causas acima: Muitas vezes, a inflamação

pode ser desencadeada por uma

combinação de fatores, como lesão física

seguida de infecção secundária.

Características da inflamação

Resposta biológica aos danos teciduais

(localizada): A inflamação é uma resposta do

sistema imunológico a danos nos tecidos,

podendo ser causada por lesões, infecções,

agentes químicos, entre outros.

Primariamente, é uma resposta protetora: A

inflamação é uma reação do corpo para

proteger o tecido danificado ou combatendo a

invasão de agentes patogênicos.

Favorece a eliminação dos tecidos lesados: A

inflamação pode ajudar a limpar os tecidos

danificados, removendo células mortas e

detritos celulares.

Favorece a eliminação de microrganismos e

substâncias estranhas: Ela ajuda o sistema

imunológico a combater e eliminar

microrganismos invasores, como bactérias,

vírus e fungos, além de auxiliar na remoção de

substâncias estranhas ao organismo.

Favorece a restauração dos tecidos

injuriados: A inflamação desencadeia

processos que promovem a cicatrização e a

regeneração dos tecidos danificados, ajudando

na sua recuperação.

Além disso, a inflamação também pode

apresentar características patológicas,

como:

Inflamação crônica: Quando a resposta

inflamatória persiste por um longo período

de tempo, podendo causar danos aos

tecidos saudáveis.

Autoimunidade: Quando o sistema

imunológico ataca erroneamente tecidos

saudáveis do próprio corpo,

desencadeando uma resposta inflamatória.

Alergia, hipersensibilidade: Resposta

inflamatória exagerada a substâncias

geralmente inofensivas, como pólen,

alimentos ou medicamentos.

Respostas locais à injúria

As respostas locais à injúria são os formas que

o corpo utiliza para lidar com danos teciduais

em uma área específica do organismo. Essas

respostas visam proteger o tecido danificado,

promover sua reparação e restaurar a função

normal.

A inflamação envolve uma série de eventos,

como vasodilatação, aumento da

permeabilidade vascular, migração de

leucócitos para o local da lesão e liberação

de mediadores inflamatórios.

Além da inflamação, o corpo ativa o sistema de

coagulação para evitar a perda excessiva de

sangue, promove a proliferação celular e a

regeneração do tecido danificado , inicia o

processo de cicatrização com a deposição de

tecido de granulação e forma uma cicatriz para

fortalecer o tecido.

Durante esse processo, células fagocíticas,

como os macrófagos, são responsáveis por

remover detritos celulares, microrganismos

mortos e outros materiais estranhos do local

da lesão. Essas respostas são coordenadas e

integradas para promover a recuperação do

tecido danificado e restaurar sua função

normal.

Sinais da inflamação:

Mediadores da inflamação

Fatores da Coagulação:

Proteínas do plasma sanguíneo que

participam da cascata de coagulação.

Contribuem para a formação do coágulo

sanguíneo no local da lesão, ajudando a

interromper o sangramento.

Plaquetas:

Pequenos fragmentos celulares presentes

no sangue.

Participam da formação do coágulo

sanguíneo, agregando-se e liberando

fatores de crescimento e mediadores

químicos que estimulam a inflamação e a

reparação tecidual.

Moléculas Inflamatórias:

Incluem citocinas, quimiocinas e

prostaglandinas, entre outros.

São liberadas por células danificadas,

células imunes e tecidos inflamados.

Desencadeiam e amplificam a resposta

inflamatória, aumentando a permeabilidade

vascular, a migração de leucócitos e a

produção de mediadores inflamatórios

adicionais.

Células Imunes:

Neutrófilos, macrófagos, mastócitos,

linfócitos, entre outros.

Participam ativamente da resposta

inflamatória, combatendo agentes

infecciosos, removendo detritos celulares e

modulando a inflamação.

Produzem e respondem a mediadores

inflamatórios, amplificando a resposta

inflamatória local.

Consequências da inflamação:

Integração Imunidade inata e adaptativa

Imunidade Inata:

Ativada inicialmente em resposta a padrões

moleculares associados a patógenos

(PAMPs) ou danos teciduais (DAMPs).

Envolve células como neutrófilos,

macrófagos e células dendríticas.

Reconhece e responde de forma rápida e

não específica aos agentes agressores.

Libera mediadores inflamatórios, como

citocinas e quimiocinas, que recrutam

outras células imunes e promovem a

resposta inflamatória.

Desempenha um papel central na defesa

imediata contra infecções e na resposta

inicial à lesão tecidual.

Imunidade Adaptativa:

Ativada posteriormente, após a imunidade

inata, em resposta à apresentação de

antígenos específicos.

Envolve linfócitos T e B.

Reconhece e responde de forma específica

a antígenos específicos.

Produz uma resposta imune mais lenta,

porém mais potente e direcionada.

Contribui para a resolução da inflamação e

a cicatrização tecidual através da produção

de anticorpos, supressão da resposta

inflamatória e ativação de células efetoras.

Encerramento da resposta inflamatória

Remoção do Estímulo Incitador: A primeira

etapa é a remoção da causa da inflamação, seja

ela uma infecção, lesão ou agente irritante

Morte e Fagocitose de Leucócitos: Os

leucócitos, como os neutrófilos, que migraram

para o local da inflamação, passam por

apoptose (morte programada) e são

fagocitados pelos macrófagos para remover

células mortas e detritos.

Dissipação dos Mediadores Pro-

inflamatórios: Os mediadores inflamatórios,

como citocinas e quimiocinas, têm uma meia-

vida curta e são naturalmente degradados ou

clivados para reduzir a resposta inflamatória.

Remoção de Neutrófilos Ativados: Os

neutrófilos ativados podem ser removidos por

interrupção da migração, apoptose ou

fagocitose pelos próprios macrófagos.

Restauração da Barreira Vascular: Os

processos que aumentaram a permeabilidade

vascular durante a inflamação são revertidos

para restaurar a integridade da barreira

vascular.

Remoção de Detritos e Fluidos Extravasados :

Os macrófagos fagocitam detritos celulares,

proteínas e fluidos extravasados dos tecidos

inflamados.

Inativação e Saída dos Macrófagos Ativados :

Os macrófagos ativados retornam a um estado

quiescente ou migram para fora do local da

inflamação após completar suas funções.

Sepse

A sepse é uma condição médica grave e

potencialmente fatal que ocorre como

resultado de uma resposta exagerada do

organismo a uma infecção. Quando o sistema

imunológico responde a uma infecção, podem

ser liberadas substâncias químicas no sangue

para combater o agente infeccioso. No entanto,

em alguns casos, essa resposta imunológica

pode ser desregulada, levando a uma

inflamação generalizada em todo o corpo,

resultando em danos aos tecidos e órgãos.

A sepse é frequentemente associada a sinais e

sintomas de infecção, como febre, frequência

cardíaca elevada, frequência respiratória

aumentada e confusão mental. Nos casos

mais graves, a sepse pode levar ao choque

séptico , uma condição em que a pressão

arterial cai drasticamente, colocando em risco a

vida do paciente.

A sepse pode causar danos aos tecidos e

órgãos devido à inflamação generalizada e à

resposta imunológica desregulada. Além

disso, o tratamento agressivo necessário para

controlar a sepse, como o uso de

medicamentos vasoativos para manter a

pressão arterial, pode ter efeitos colaterais ou

complicações.

O tratamento da sepse geralmente envolve

administração de antibióticos para tratar a

infecção subjacente, bem como terapia de

suporte para manter a função dos órgãos vitais.

O diagnóstico precoce e o tratamento

agressivo são necessários para melhorar as

chances de sobrevivência em pacientes com

sepse.

DESENVOLVIMENTO E ATIVAÇÃO

DESENVOLVIMENTO E ATIVAÇÃO

DE LINFÓCITOS

DE LINFÓCITOS

Desenvolvimento dos Linfócitos :

Linfócitos B:

Originam-se na medula óssea.

Passam por processos de maturação,

incluindo rearranjos genéticos para a

produção de anticorpos específicos.

Após maturação, alguns linfócitos B migram

para os órgãos linfoides secundários, como

os linfonodos, onde esperam por encontros

com antígenos.

Linfócitos T:

Originam-se na medula óssea, mas migram

para o timo, onde passam por maturação.

No timo, os linfócitos T são educados para

reconhecerem e responderem a antígenos,

mas sem atacar as próprias células do

corpo (tolerância imunológica).

Após a maturação, os linfócitos T migram

para os órgãos linfoides periféricos, como

os linfonodos e o baço.

O desenvolvimento e a ativação de linfócitos

são processos fundamentais no sistema

imunológico, responsáveis por defender o

organismo contra agentes patogênicos,

como vírus, bactérias, e outros

microrganismos invasores. Os linfócitos são

um tipo de glóbulo branco (leucócito) que

desempenha um papel central na resposta

imune adaptativa.

Ativação dos Linfócitos :

Ativação de Linfócitos B:

Os linfócitos B são ativados quando seus

receptores de antígenos reconhecem

antígenos específicos.

Isso geralmente ocorre em órgãos linfoides

secundários, como os linfonodos.

A ativação dos linfócitos B leva à sua

proliferação e diferenciação em células

produtoras de anticorpos, chamadas de

plasmócitos.

Antígenos são moléculas reconhecidas pelo

sistema imunológico como estranhas ,

desencadeando uma resposta imune. Essas

moléculas podem ser proteínas,

polissacarídeos, lipídios, ou até mesmo células

ou fragmentos de células. Já os Anticorpos ,

também conhecidos como imunoglobulinas,

são proteínas produzidas pelo sistema

imunológico em resposta à presença de

antígenos. Eles se ligam aos antígenos

específicos e os neutralizam ou marcam para

destruição por outras células do sistema

imunológico.

Estruturas antigênicas

ANTÍGENOS E ANTICORPOSANTÍGENOS E ANTICORPOS

As estruturas antigênicas referem-se aos

componentes moleculares de um organismo,

como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, que

são reconhecidos pelo sistema imunológico

como estranhos ou "não-self". Esses

componentes desencadeiam uma resposta

imune adaptativa, na qual o sistema

imunológico produz anticorpos específicos e

células T para combater o patógeno.

Classes de estruturas antigênicas :

Antígenos Proteicos : São proteínas presentes

na superfície de um organismo, como proteínas

de membrana ou enzimas. Exemplos incluem a

proteína spike do vírus SARS-CoV-2, que é

reconhecida pelo sistema imunológico durante

a infecção pelo COVID-19.

Antígenos Polissacarídicos : São carboidratos

complexos encontrados na superfície de

muitos patógenos bacterianos. Por exemplo, a

cápsula de polissacarídeo de algumas

bactérias, como Streptococcus pneumoniae, é

um importante alvo para a vacinação.

Antígenos Lipídicos : São lipídios específicos

presentes em membranas celulares de alguns

microrganismos. Exemplos incluem

lipopolissacarídeos (LPS) encontrados na

parede celular de algumas bactérias gram-

negativas.

Antígenos de Ácidos Nucleicos : São ácidos

nucleicos (DNA ou RNA) presentes em vírus e

em alguns microrganismos. Durante a infecção

viral, os ácidos nucleicos virais são

reconhecidos pelo sistema imunológico como

antígenos, desencadeando uma resposta

imune.

Antígenos de Superfície Celular : Além das

proteínas e carboidratos mencionados acima,

outras moléculas presentes na superfície

celular, como glicoproteínas e glicolipídios,

também podem atuar como antígenos.

Reações cruzadas

Reação Cruzada : Ocorre quando

anticorpos reagem com duas moléculas

diferentes, compartilhando epítopos

(regiões reconhecidas pelo sistema

imunológico).

Toxóide para Imunizações : Toxinas

tratadas para serem não tóxicas, usadas em

vacinas para criar imunidade contra toxinas.

Reatividade Cruzada : Anticorpos podem

ligar-se a epítopos não idênticos, além de

reconhecerem epítopos compartilhados.

Antígenos Heterófilos: Reação cruzada

entre espécies diferentes devido a áreas

estruturais semelhantes em antígenos.

Imunoglobulinas

Imunoglobulinas (Ig) São proteínas produzidas

pelos linfócitos B do sistema imunológico em

resposta à presença de antígenos (substâncias

estranhas ao corpo). As imunoglobulinas atuam

na resposta imunológica, reconhecendo e

neutralizando antígenos, ou marcando-os para

destruição por outras células do sistema

imunológico.

Estrutura: As imunoglobulinas têm uma

estrutura básica composta por duas cadeias

pesadas e duas cadeias leves, que se

combinam para formar uma forma Y. Existem

diferentes classes de imunoglobulinas, como

IgG, IgM, IgA, IgD e IgE, cada uma com funções

e distribuições específicas no corpo.

Funções :

Neutralização : Inibem a atividade de

antígenos, impedindo que infectem as

células hospedeiras.

Opsonização : Marcam os antígenos para

reconhecimento e destruição por células

fagocíticas.

Ativação do Complemento : Iniciam uma

cascata de reações que levam à destruição

do antígeno.

Ativação de Células Assassinas :

Estimulam células NK (células assassinas

naturais) a destruir células infectadas.

Resposta Alérgica : Estão envolvidas na

resposta alérgica, principalmente a classe

IgE.

Produção Artificial: Além de serem produzidas

naturalmente pelo corpo, as imunoglobulinas

também podem ser produzidas artificialmente e

administradas como tratamento em casos de

imunodeficiência, alergias graves, e outras

condições.

Resposta imunológica humoral

É uma parte da resposta imune adaptativa que

envolve a produção e ação de anticorpos,

também conhecidos como imunoglobulinas,

para combater infecções causadas por

patógenos como bactérias, vírus, fungos e

parasitas.

Antígeno Reconhecimento: Quando um

patógeno invade o corpo, o sistema

imunológico reconhece seus componentes

específicos, chamados antígenos, como

estranhos.

Ativação de Linfócitos B: Os linfócitos B, um

tipo de glóbulo branco, são ativados em

resposta à presença do antígeno. Esses

linfócitos começam a se multiplicar e

diferenciar-se em células chamadas células

plasmáticas.

Produção de Anticorpos: As células

plasmáticas são responsáveis pela produção e

secreção de anticorpos específicos para o

antígeno invasor. Cada anticorpo é projetado

para se ligar especificamente ao antígeno que

o desencadeou.

Ação dos Anticorpos: Os anticorpos circulam

no sangue e nos fluidos corporais, procurando

e se ligando aos antígenos correspondentes.

Uma vez ligados, os anticorpos podem

neutralizar o patógeno diretamente, marcá-lo

para destruição por outras células do sistema

imunológico (opsonização), ou desencadear a

ativação do sistema complemento, que pode

resultar na destruição do patógeno por meio da

formação de MAC (Complexo de Ataque à

Membrana).

Memória Imunológica: Após a resolução da

infecção, alguns linfócitos B diferenciados em

células de memória permanecem no

organismo. Essas células de memória

"lembram" do antígeno e permitem que o

sistema imunológico responda mais

rapidamente e de forma mais eficaz se o

mesmo patógeno invadir novamente.

Parasitas - Resposta Imune:

A resposta imune contra parasitas varia

dependendo do tipo de parasita e da fase

da infecção.

A resposta imune inclui componentes do

sistema imunológico inato e adaptativo.

O sistema imunológico inato pode envolver

a ativação de células fagocíticas, como

macrófagos e neutrófilos, para fagocitar o

parasita.

A resposta imune adaptativa inclui a

ativação de células T e B específicas para o

parasita.

As células T podem ajudar na eliminação

do parasita e também na modulação da

resposta imune.

As células B produzem anticorpos

específicos contra o parasita, que podem

ajudar na opsonização e na neutralização

do parasita.

Parasitas - Resposta Imune - Leishmania:

A resposta imune contra Leishmania é

complexa e pode variar dependendo da

espécie do parasita e do hospedeiro.

Em infecções cutâneas, as células T

desempenham um papel importante na

resolução da infecção, especialmente as

células T citotóxicas (CD8+).

No entanto, em casos de infecção visceral,

a resposta imune pode ser desregulada,

levando a uma replicação descontrolada do

parasita.

A resposta imune humoral, envolvendo

anticorpos, parece ter um papel limitado na

eliminação de Leishmania.

Parasitas - Resposta Imune - Schistosoma:

A resposta imune contra Schistosoma

envolve uma mistura de respostas imunes

inatas e adaptativas.

Macrófagos e células dendríticas são

ativados para fagocitar os ovos do parasita.

Parasitas

Fungos

A resposta imune adaptativa,

particularmente células T helper (CD4+), é

crucial para controlar a infecção.

A produção de citocinas pró-inflamatórias,

como interferon-gama, é importante para

combater o parasita.

Fungos - Resposta Imune:

A resposta imune contra fungos é

desencadeada quando o sistema

imunológico detecta a presença de

componentes fúngicos, como os beta-

glucanos da parede celular dos fungos.

O sistema imune inato desempenha um

papel inicial na defesa contra fungos,

incluindo a ativação de células fagocíticas,

como os neutrófilos e macrófagos, que

fagocitam os fungos.

Os padrões moleculares associados a

patógenos (PAMPs) dos fungos são

reconhecidos pelos receptores de

reconhecimento de padrões (PRRs) das

células do sistema imunológico, como os

receptores Toll-like (TLRs) e os receptores

tipo lectina (CLR).

As células dendríticas desempenham um

papel crucial na apresentação de antígenos

fúngicos às células T, ativando uma

resposta imune adaptativa específica.

As células T, especialmente as células T

helper (CD4+), secretam citocinas que

ajudam a coordenar a resposta imune,

incluindo a ativação de outras células

imunes e a promoção da fagocitose de

fungos.

As células B também são ativadas e

produzem anticorpos específicos contra

antígenos fúngicos, que podem ajudar na

opsonização e na neutralização dos fungos.

Uma resposta imune robusta e coordenada

é crucial para controlar infecções fúngicas,

especialmente em indivíduos

imunocomprometidos, onde infecções

fúngicas podem ser mais graves e

persistentes.

Ativação do sistema imunológico:

As células imunes capturam os

componentes da vacina.

As células dendríticas e macrófagos

apresentam esses componentes às células

T e B do sistema imunológico.

Resposta celular:

As células T identificam e destroem as

células infectadas pelo patógeno.

Impede a propagação do patógeno no

organismo.

Resposta humoral:

As células B são ativadas e produzem

anticorpos específicos contra os

componentes do patógeno na vacina.

Os anticorpos circulam no sangue,

marcando o patógeno real para destruição

pelas células imunes ou neutralizando sua

capacidade de causar doença.

Memória imunológica:

Após a exposição à vacina, o sistema

imunológico cria uma "memória" das

características do patógeno.

Permite uma resposta rápida e eficaz se a

pessoa for exposta ao patógeno real no

futuro.

Resposta imune as vacinas

As vacinas podem ser classificadas de acordo

com sua composição e método de preparação:

Vivas Atenuadas : Feitas com formas vivas

enfraquecidas do patógeno. Ex: vacina

MMR (sarampo, caxumba, rubéola,

dengue).

Inativadas ou Mortas : Contêm formas

mortas do patógeno ou seus componentes.

Ex: vacina contra gripe sazonal.

Subunidades : Contêm apenas partes

específicas do patógeno, como proteínas.

Ex: vacina contra HPV.

Toxoides : Feitas a partir de toxinas tratadas

para torná-las não tóxicas. Ex: vacina contra

tétano.

Conjugadas : Uma forma de vacina de

subunidades onde o antígeno é conjugado

a uma proteína. Ex: vacina contra Hib.

VACINAS

VACINAS

As vacinas representam uma das maiores

conquistas da história da saúde pública, sendo

importante na redução da mortalidade

infantil e no aumento da expectativa de vida

em todo o mundo. Elas têm sido essenciais

para controlar e, em alguns casos, erradicar

doenças graves.

Além da erradicação de doenças, as vacinas

também têm sido eficazes na prevenção de

infecções virais e bacterianas. Essas doenças,

que costumavam ser comuns e causavam

grande sofrimento e mortes, foram controladas

em grande parte devido à ampla

disponibilidade de vacinas.

Classificação vacinas

Por que repetir as vacinas?

Repetir vacinas é necessário para manter a

imunidade ao longo do tempo, garantir

proteção duradoura e fortalecer a resposta

imunológica. As doses de reforço, conhecidas

como efeito "booster", são essenciais para

estimular o sistema imunológico a produzir

mais anticorpos e células de defesa,

aumentando a proteção contra doenças

infecciosas.

Hipersensibilidade Tipo IV (Tardia ou

Celular): É uma resposta imune mediada por

células T que pode ocorrer horas ou dias após a

exposição ao alérgeno. Exemplos incluem

dermatite de contato e reações de

hipersensibilidade a medicamentos.

Sensibilização Inicial: Ocorre após a

exposição inicial ao alérgeno. Células T

específicas para o antígeno são ativadas e

se diferenciam em células T efetoras.

Reexposição: Na reexposição ao alérgeno,

as células T efetoras liberam citocinas,

como interferon-gama e interleucinas, que

recrutam e ativam células inflamatórias,

como macrófagos e linfócitos.

Resposta Inflamatória Celular: A ativação

das células inflamatórias leva à inflamação

localizada, recrutamento de mais células

imunes e dano tecidual. Os sintomas

podem ser observados após várias horas ou

dias da exposição ao alérgeno.

Hipersensibilidade Tipo III (Reações de

Complexo Imune): Caracterizadas pela

formação de complexos imunes que depositam

nos tecidos e desencadeiam inflamação.

Exemplos incluem vasculite, glomerulonefrite e

artrite reumatoide.

Formação de Complexos Imunes: Os

antígenos solúveis se ligam aos anticorpos

(geralmente IgG) e formam complexos

imunes.

Deposição nos Tecidos: Os complexos

imunes circulam e podem se depositar nos

tecidos, principalmente em áreas com

circulação sanguínea lenta, como os rins,

articulações e pele.

Inflamação e Lesão Tecidual: A deposição

dos complexos imunes desencadeia uma

reação inflamatória, levando a danos

teciduais e sintomas característicos.

Hipersensibilidade Tipo II (Citotóxica):

Envolve a destruição de células pelo sistema

imunológico. Exemplos incluem anemia

hemolítica autoimune e doença hemolítica do

recém-nascido.

Ativação de Complemento: A IgG ou IgM

se liga ao antígeno na superfície celular,

ativando o complemento.

Destruição Celular: O complemento ativa o

sistema de ataque à membrana (MAC),

levando à lise celular. Além disso, as células

fagocíticas podem ser atraídas para

eliminar células marcadas pelos anticorpos.

IMUNOLOGIA DA IMUNOLOGIA DA

TRANSPLANTAÇÃO TRANSPLANTAÇÃO

A imunologia da transplantação são os

processos envolvidos na aceitação ou rejeição

de órgãos transplantados.

Quando um órgão é transplantado de um

doador para um receptor, o sistema

imunológico do receptor identifica o órgão

como estranho e potencialmente perigoso,

desencadeando uma resposta imunológica.

Essa resposta pode levar à rejeição do órgão

transplantado.

Antígenos de histocompatibilidade

Os Antígenos de Histocompatibilidade

(também conhecidos como Antígenos

Leucocitários Humanos - HLA) atuam na

imunologia da transplantação.

Como eles se relacionam com o processo

fisiopatológico da rejeição do transplante:

Reconhecimento do Antígeno: Os HLA são

proteínas presentes na superfície das células

que ajudam o sistema imunológico a

diferenciar entre células próprias e

estranhas. Quando um tecido ou órgão é

transplantado, o sistema imunológico do

receptor reconhece os HLA do doador como

estranhos se eles não forem compatíveis

com os próprios antígenos do receptor.

Ativação do Sistema Imunológico: A

incompatibilidade entre os HLA do doador e do

receptor desencadeia uma resposta

imunológica. Os linfócitos T reconhecem os

HLA como estranhos e são ativados para

atacar o tecido ou órgão transplantado.

Resposta Imune: Os linfócitos T,

especialmente os linfócitos T citotóxicos

(CD8+), atuam na resposta imune contra HLA

estranhos. Eles reconhecem as células do

tecido transplantado que apresentam HLA

do doador e as destroem.

Imunossupressão: Para prevenir a rejeição do

transplante, os receptores de transplantes

frequentemente recebem imunossupressores

que visam reduzir a resposta imune contra os

HLA do doador. No entanto, como os HLA

também atuam defesa imunológica normal, a

supressão excessiva do sistema imunológico

pode aumentar o risco de infecções e outros

problemas de saúde.

Rejeição do Transplante: A incompatibilidade

nos HLA pode levar à rejeição do transplante.

Se os HLA do doador forem reconhecidos

como estranhos pelo sistema imunológico do

receptor, isso pode desencadear uma

resposta imune direcionada ao tecido ou

órgão transplantado , resultando em rejeição.

Rejeição Hiperaguda: Acontece poucas

horas após o transplante. É caracterizada

pela presença de anticorpos pré-existentes

no receptor que reconhecem os antígenos

do doador, desencadeando uma resposta

imune rápida e grave. Esses anticorpos

podem ativar o complemento e

desencadear a cascata de coagulação,

resultando em danos rápidos ao tecido ou

órgão transplantado.

Rejeição Aguda Acelerada: Acontece

entre o terceiro e o quarto dia após o

transplante. É mediada por anticorpos

induzidos pelo transplante, que são

produzidos pelo sistema imunológico do

receptor em resposta aos antígenos do

doador. Nesse caso, os imunossupressores

que visam células T têm pouco efeito na

prevenção da rejeição. Assim como na

rejeição hiperaguda, a ativação do

complemento e da cascata de coagulação

pode ocorrer.

Rejeição Crônica: Este tipo de rejeição é

mediado por células T e é uma resposta

imune mais prolongada. Caracteriza-se por

uma resposta de hipersensibilidade

retardada, que envolve linfócitos TCD4+ e

TCD8+, macrófagos, neutrófilos e células

NK (células assassinas naturais). A rejeição

crônica pode se desenvolver ao longo de

meses ou anos após o transplante e é

uma causa comum de falha do enxerto a

longo prazo.

tipos de rejeição alográfica em transplantes