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Reflexões Sustentáveis em Arquitetura: Rogers, Montaner e a Sustentabilidade, Provas de Urbanismo

Este texto aborda a importância da sustentabilidade na arquitetura e urbanismo, com referências a rogers e montaner. Discutem-se os desafios e consequências da falta de uma política adequada, a importância de uma participação mais intensa de profissionais e sociedade, e a necessidade de adoção de práticas sustentáveis. Além disso, analisam-se os impactos negativos da construção impermeabilizada e verticalização em ambiente urbano.

Tipologia: Provas

2011

Compartilhado em 02/06/2011

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franklin-costa-12 🇧🇷

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TEMA
Rogers indica caminhos para uma “Arquitetura Sustentável”, Montaner escreve
sobre a “Beleza da Arquitetura Ecológican apontando para a desconstrução do
edifício ou a substituição de algumas de suas partes, integrando em um processo
global de Reciclagem”, quais seriam os comentários possíveis sobre a questão da
“Sustentabilidade” em Arquitetura e Urbanismo?
REFLEXÃO
A questão sustentabilidade nos remete a uma necessária reflexão sobre o panorama
político no qual estamos inseridos. Nosso país, apesar de vasta extensão territorial e
rico em recursos naturais, abriga uma cultura carente em sua maioria da
compreensão do que seja a utilização racional de tais recursos.
Hoje sofremos as consequências da falta de energia elétrica, com os recentes
“apagões”, os absurdos, porém necessários, racionamentos de água, frutos de um
desmando institucional, bem como da ausência de uma política apropriada ao
diversos setores da energia e do abastecimento.
A população, principalmente, nos grandes centros, já tão sofrida, é obrigada a pagar
o preço da negligência de governos irresponsáveis, que não usam de forma
apropriada os recusos financeiros para os necessários investimentos.
Da mesma forma, observamos as constantes e impunes agressões a nossa flora, com
desmatamentos, sem nenhum critério, a serviço do “grande capital”, que absorve
tudo o quanto lhe interessa, descartando os lixos, frutos de suas ações criminosas,
para que seja digerido sob forma de Escassez para uma ampla população que
assiste a tudo aterrorizada, sem uma perspectiva clara de futuro.
Ao mesmo tempo, não sei se, por ausência de uma participação de profissionais mais
intensa, (vide Lei 8666), bem como da sociedade organizada, aceitamos sob a
roupagem da “Necessária Tecnologia”, a importação de materiais e técnicas
construtivas, pagando ao exterior, altíssimos “Royalt’s”, deixando todo o nosso
potencial criativo e imaginário, como utopias enfraquecidas diante de Alucobond’s,
ACM’s, Glasing’s, e tantos outros descaminhos de uma arquitetura tropical.
Artigas nos mostra, que é possível o resgate de uma construção baseada no
“Disponível”, na casa sobre troncos de árvores, ao mesmo tempo em que se
contrapõe à técnica formal. Neste contexto, é mais do que urgente uma reflexão
sobre a adoção da sustentabilidade, como política possível, estabelecendo um diálogo
constante com os diversos setores da sociedade.
Faz-se necessária a implementação, mais do que na atualidade, nas escolas e nas
praças de um discurso insistente, para que todos saibam que todos os recursos com
os quais a natureza nos privilegia, devem ser utilizados a partir de uma conciência
coletiva, de regras e critérios, a fim de garantir o SUSTENTO das gerações futuras.
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TEMA

Rogers indica caminhos para uma “Arquitetura Sustentável”, Montaner escreve sobre a “Beleza da Arquitetura Ecológican apontando para a desconstrução do edifício ou a substituição de algumas de suas partes, integrando em um processo global de Reciclagem”, quais seriam os comentários possíveis sobre a questão da “Sustentabilidade” em Arquitetura e Urbanismo?

REFLEXÃO

A questão sustentabilidade nos remete a uma necessária reflexão sobre o panorama

político no qual estamos inseridos. Nosso país, apesar de vasta extensão territorial e rico em recursos naturais, abriga uma cultura carente em sua maioria da compreensão do que seja a utilização racional de tais recursos. Hoje sofremos as consequências da falta de energia elétrica, com os recentes “apagões”, os absurdos, porém necessários, racionamentos de água, frutos de um desmando institucional, bem como da ausência de uma política apropriada ao diversos setores da energia e do abastecimento. A população, principalmente, nos grandes centros, já tão sofrida, é obrigada a pagar o preço da negligência de governos irresponsáveis, que não usam de forma apropriada os recusos financeiros para os necessários investimentos. Da mesma forma, observamos as constantes e impunes agressões a nossa flora, com desmatamentos, sem nenhum critério, a serviço do “grande capital”, que absorve tudo o quanto lhe interessa, descartando os lixos, frutos de suas ações criminosas, para que seja digerido sob forma de Escassez para uma ampla população que

assiste a tudo aterrorizada, sem uma perspectiva clara de futuro. Ao mesmo tempo, não sei se, por ausência de uma participação de profissionais mais intensa, (vide Lei 8666), bem como da sociedade organizada, aceitamos sob a roupagem da “Necessária Tecnologia”, a importação de materiais e técnicas construtivas, pagando ao exterior, altíssimos “Royalt’s”, deixando todo o nosso potencial criativo e imaginário, como utopias enfraquecidas diante de Alucobond’s, ACM’s, Glasing’s, e tantos outros descaminhos de uma arquitetura tropical. Artigas nos mostra, que é possível o resgate de uma construção baseada no “Disponível”, na casa sobre troncos de árvores, ao mesmo tempo em que se contrapõe à técnica formal. Neste contexto, é mais do que urgente uma reflexão sobre a adoção da sustentabilidade, como política possível, estabelecendo um diálogo constante com os diversos setores da sociedade. Faz-se necessária a implementação, mais do que na atualidade, nas escolas e nas praças de um discurso insistente, para que todos saibam que todos os recursos com os quais a natureza nos privilegia, devem ser utilizados a partir de uma conciência coletiva, de regras e critérios, a fim de garantir o SUSTENTO das gerações futuras.

Do ponto de vista da estruturação do edifício dentro do contexto urbano, o mesmo se

aplica, quando observamos no seu processo de implantação as grandes áreas impermeabilizadas que além de impedir que as águas encontrem seu caminho natural, acentua a velocidade com que elas chegam ao leito dos rios e córregos, ampliando o sofrimento dos povos com as já conhecidas enchentes; a sua constante verticalização e adensamento apagando a visão do entorno, e impedindo uma relação mais profunda do indivíduo com a paisagem, além do Monólogo Ditatorial establecido, diante da sua escala monumental e agressiva, nos grandes centros alterando significativamente a temperatura ambiente, pois o sol e o vento tem já seu percurso natural obstuído pelas “razões imobiliárias”. Quer tenhamos ou não uma visão pragmática da expansão territorial da cidade, esta vem como elemento de exclusão social, na medida em que os interesses imobiliários, desprezam por completo a permeabilidade visual dos edifícios sobre pilotis, para que o vento e os olhares encontrem o seu percurso; a valorização da praça como elemento fundamental na democratização das relações humanas, empurrando cada vez mais os homens para guetos, altamente adensados (favelas), desprovidos dos serviçoes essenciais de abastecimento e saúde, gerando uma sociedade angustiada e neurótica, pois vêem os seus iguais, hoje postos à margem de uma participação minimamente digna, reclamarem os seus espaços, nas formas mais alucinantes da criminalidade. Ainda assim, apesar do abandono do processo de “saber pensar a arquitetura”, explicado pela explosão de cursos ofertados, muitas vezes, sem a necessária contextualização dos problemas vividos pela sociedade, por vezes nos deparamos com experiências arquiteturais como o Conjunto Habitacional Zezinho de Magalhães Prado” em Guarulhos, que nos levam a acreditar que é possível estabelecer um diálogo coerente da arquitetura enquanto formas, gerando, formas de vida, e a urbe, que são os seus integrantes buscando sustentar-se de maneira mais solidária e socializada ao longo de sua trajetória histórica.

Franklin Costa