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Tipologia: Notas de estudo
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A Psicologia Escolar e Educacional tem, progressivamente, identificado a relação entre fenômenos psicossociais e escolarização. Dentre esses fenômenos, encontra-se o racismo como processo estrutural construído histórica e socialmente que impacta o cotidiano de grande parte da população brasileira. Podem-se observar relações entre racismo e: evasão escolar, saúde mental do estudante, motivação escolar, relações interpessoais na escola, dentre outros processos da trajetória escolar. Escolha um desses processos da trajetória escolar. Escolha um desses processos e: a) discuta a relação entre racismo e o processo escolhido; b) desenvolva uma proposta de intervenção da(o) psicóloga(o) escolar e educacional sobre o processo escolhido levando em consideração aspectos relacionados ao fator étnico-racial. De acordo com Rodrigues (2018), o fracasso escolar atinge grande parte das crianças negras dos anos iniciais por diversos fatores, como vulnerabilidade social, aspectos econômicos e até mesmo baixo capital cultural. Entretanto, apesar ser um fenômeno multifatorial, há uma tendência a deslocar o problema para a pobreza e não considerar as questões raciais. Apesar da pluralidade cultural ter forte presença na escola, não há democracia racial. Percebe-se a tentativa de tornar a pluralidade invisível por meio da não discussão e da conivência, principalmente de professores, frente a atos discriminatórios, de injúria racial e racismo sobre crianças negras no ambiente escolar. Além disso, a própria escola auxilia a produção do fracasso escolar e o mantém, visto que tem como lógica a exclusão daqueles que apresentam comportamento marginal e a seletividade dos que seguem o modelo de referência. Soma-se a esses elementos o fato que as crianças ainda são compreendidas por meio de uma visão eurocêntrica, que desconsidera a realidade brasileira e principalmente as influências da cultura negra. Apesar dos avanços da discussão étnico-racial nas escolas, ela não é suficiente visto que, na maior parte das vezes, ocorre apenas em datas comemorativas, reforçando estereótipos e invisibilizando as situações de racismo. Assim, as relações de dominação e desrespeito com as crianças negras permanecem e se manifestam como brincadeiras, piadas e apelidos pejorativos, que são naturalizados na escola. Também se percebe práticas discriminatórias sistemáticas em livros didáticos e na atitude ideológica de professores, diretores e funcionários. Dessa forma, a banalização das ofensas raciais e atos de racismo dentro da escola, a ausência de modelos positivos de referência, a ausência de acolhimento e de diálogo que habilite a criança a identificar a situação como uma violência e/ou discriminação faz com que crianças que foram submetidas a estas situações se sintam invisíveis, impotentes, subjugadas e envergonhadas. Tais atitudes contribuem significativamente para a criação ou reforço do sentimento de inferioridade e da baixa autoestima, mantendo relações desiguais que culminam no baixo rendimento de alunos e alunas negras, que tendem a repetir e abandonar a escola mais do que os colegas brancos e pardos.