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Qualidade radiográfica, Notas de estudo de Radiografia

Qualidade radiográfica

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 05/11/2009

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Professora: Andréa de Castro Domingos Vieira
Qualidade da Imagem Radiográfica
A qualidade da imagem radiográfica refere-se à precisão na representação das
estruturas anatômicas. Uma imagem que reproduz com fidelidade a anatomia da região
radiografada é considerada uma imagem de alta qualidade. Por outro lado, quando é difícil
para os olhos humanos interpretarem uma certa imagem, diz –se que sua qualidade é baixa.
Quando falamos em qualidade da imagem radiográfica devemos lembrar dos
seguintes fatores:
Densidade
Contraste
Resolução
Detalhe
Nitidez ou Definição
Ampliação ou Magnificação
Distorção
Velamento
Uma radiografia ideal para o diagnóstico é aquela que possui:
Densidade média
Contraste médio
Detalhe acentuado
Grande nitidez
Densidade
Refere-se aos diferentes graus de escurecimento do filme radiográfico. Podemos
definir densidade como a quantitatização da prata negra metálica presente na película
radiográfica após o processamento.
A densidade radiográfica varia de acordo com os seguintes fatores:
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Professora: Andréa de Castro Domingos Vieira

Qualidade da Imagem Radiográfica

A qualidade da imagem radiográfica refere-se à precisão na representação das estruturas anatômicas. Uma imagem que reproduz com fidelidade a anatomia da região radiografada é considerada uma imagem de alta qualidade. Por outro lado, quando é difícil para os olhos humanos interpretarem uma certa imagem, diz –se que sua qualidade é baixa. Quando falamos em qualidade da imagem radiográfica devemos lembrar dos seguintes fatores:

 Densidade  Contraste  Resolução  Detalhe  Nitidez ou Definição  Ampliação ou Magnificação  Distorção  Velamento

Uma radiografia ideal para o diagnóstico é aquela que possui: Densidade média Contraste médio Detalhe acentuado Grande nitidez

Densidade Refere-se aos diferentes graus de escurecimento do filme radiográfico. Podemos definir densidade como a quantitatização da prata negra metálica presente na película radiográfica após o processamento. A densidade radiográfica varia de acordo com os seguintes fatores:

Miliamperagem por segundo A densidade é diretamente proporcional à miliamperagem e ao tempo de exposição. Estes dois últimos fatores são considerados um fator único denominado mAs. Quanto maior o mAs, mais fótons de raios x atingirão o filme e mais prata metálica será depositada em sua emulsão. Este é o principal fator energético relacionado à densidade radiográfica.

Quilovoltagem A quilovoltagem é chamada de “poder de penetração dos raios x” e também influencia a densidade, apesar de a miliamperagem estar mais diretamente ligada à mesma. Quando é preciso utilizar um tempo de exposição muito pequeno, por exemplo quando o paciente não consegue parar de se movimentar, é melhor alterar a densidade através do KV que do mAs. Aumentando-se a quilovoltavem, o grau de escurecimento da radiografia também aumentará, desde que todos os outros fatores sejam mantidos constantes.

Distância foco/filme Quanto menor a distância foco/filme, maior a quantidade de raios x que chegarão ao mesmo, originando, portanto, uma maior densidade. A densidade é inversamente proporcional ao quadrado da distância foco/filme. Portanto, dobrando-se a distância, reduz –se a densidade em um quarto. Diminuindo-se a distância pela metade, aumenta-se quatro vezes a densidade.

Natureza do objeto Quanto maior o número atômico, a espessura e a densidade física do objeto, maior será sua capacidade de absorver os fótons de raios x. As imagens formadas serão radiopacas, possuindo, portanto, baixa densidade radiográfica.

Ecrans Ecrans muito sensíveis ou rápidos requerem menos mAs para causar uma alteração de densidade na radiografia.

Fog ou Véu O fog ou véu é causado pela radiação secundária e representa um escurecimento (aumento de densidade indesejável) da radiografia. Aumenta a densidade e reduz o contraste de uma radiografia, podendo prejudicar a realização do diagnóstico.

Contraste

  • Contraste da radiografia – corresponde às diferenças de densidade entre as diversas partes da radiografia. Refere-se aos diferentes tons de preto, branco e cinza visualizados em uma radiografia.

Todos os fatores que influenciam a densidade também têm efeito sobre o contraste, com exceção da miliamperagem e da distância foco/filme.

Quilovoltagem É o principal fator que controla o contraste radiográfico. Quando aumenta-se o KV, produz-se uma imagem com mais tons de cinza, ou seja, com escala de cinza longa. Por outro lado, a diferença entre os tons de preto e os tons de branco é menor, sendo, portanto, menor o contraste. Observe o resumo abaixo: Alto KV – pouco contraste – escala de cinza longa Baixo KV – alto contraste – escala de cinza curta Quando a quilovoltagem é alta, a penetração dos fótons de raios x nos tecidos é maior, o que resulta em uma menor diferença de densidade nas áreas adjacentes da imagem radiográfica (muitos tons de cinza ou escala de cinza longa). Por outro lado, quando a quilovoltagem é baixa, o poder de penetração dos fótons de raios x é pequeno, o que faz com que áreas adjacentes na radiografia tenham uma grande diferença de densidade

(algumas áreas muito escuras e outras muito claras, com poucos tons de cinza), originando uma escala de cinza curta. Ao se alterar o contraste de uma radiografia, altera-se também sua densidade, pois não se pode esquecer que a quilovoltagem também influencia a densidade. Quanto maior o KV, mais rápido os elétrons atingirão o alvo e, portanto, mais fótons de raios x serão formados. Desta forma, a densidade radiográfica aumentará. O contraste, por outro lado, não é influenciado pela miliamperagem. Se o mA é aumentado, deve-se diminuir o KV para que a mesma densidade seja mantida (mas o contraste aumentará). Contudo, a densidade pode ser alterada sem que o contraste seja mudado. Como isto pode ser feito? Sabe-se que o principal fator que controla a densidade é o mAs, embora este não tenha influências sobre o contraste. Portanto, uma alteração do mAs alterará a densidade de uma radiografia, sem influenciar seu contraste. Exemplo: Se duas radiografias de uma mesma região são obtidas com mAs diferentes, uma será escura (alto mAs) e a outra clara (baixo mAs). O contraste permanecerá o mesmo, uma vez que foi alterado o grau de escurecimento geral da radiografia (densidade) e não a diferença entre seus tons de preto e branco (contraste).

Fog ou Véu O fog ou véu é causado pela radiação secundária e representa um escurecimento (aumento de densidade indesejável) da radiografia. Aumenta a densidade e reduz o contraste de uma radiografia, podendo prejudicar a realização do diagnóstico.

Possíveis causas de um contraste radiográfico inadequado:

 Erros no processamento: subrevelação (imagem muito clara), superrevelação (imagem muito escura), contaminação do revelador com o fixador, solução fixadora com exaustão – BAIXO CONTRASTE

Magnificação ou Ampliação

Todas as imagens de uma radiografia são maiores que o tamanho real do objeto. A magnificação refere-se, portanto, à alteração do tamanho do objeto na imagem, mantendo- se sua forma.

Distorção A distorção corresponde a uma magnificação desigual de diferentes partes de um mesmo objeto. Refere-se às alterações na forma e tamanho do mesmo. O mau posicionamento do paciente e seu movimento durante a exposição causam distorção da imagem radiográfica.

Véu, Fog ou Velamento O velamento corresponde a uma densidade extra, indesejável, sobreposta à densidade de uma película. A grande produtora desta densidade indesejável é a radiação secundária. Para minimizá-la são utilizadas as grades anti-difusoras. Estas permitem somente a passagem dos raios menos divergentes, sendo que a radiação dispersa e divergente é absorvida pelas lâminas de chumbo. Outras possíveis causas de velamento são:  Condições de estocagem insatisfatórias, permitindo exposição à radiação espalhada e à altas temperaturas;  Filmes velhos, ou seja, usados depois de expirada a data de validade;  Chassis defeituosos, permitindo a entrada de luz;  Entrada de luz na câmara escura;  Falha na luz de segurança;

Referências

BUSHONG, S.C_._ Radiologic Science for Technologists : physics, biology and protection.

  1. ed. St Louis: Elsevier Mosby, 2004.

FREITAS, A; ROSA, J.E.; SOUZA, I.F. Radiologia Odontológica. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 1994.

WHAITES, E. Essentials of dental radiography and radiology. 3. ed. London: Churchill Livingstone, 2002