Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Pulpopatias e periapicopatias, Resumos de Odontologia

Esse documenta resume as principais lesões periapicais inflamatórias, como pericementite, abscesso periapical, cisto periapical, granuloma periapical, osteomielites, osteites, osteorradionecrose, entre outros.

Tipologia: Resumos

2019
Em oferta
30 Pontos
Discount

Oferta por tempo limitado


Compartilhado em 05/10/2019

Pamelalolis
Pamelalolis 🇧🇷

4.8

(79)

28 documentos

1 / 10

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Pâmela Bolsoni Pozzatti
1
PULPOPATIAS E PERIAPICOPATIAS
Os maxilares são singulares dentre outros ossos do corpo, pois a presença de dentes
cria uma via direta para que agentes infecciosos e inflamatórios invadam o osso por
meio de cáries e doenças periodontais.
Em condições normais, o metabolismo ósseo representa um equilíbrio entre
reabsorção óssea osteoclástica e produção óssea osteoblástica. Essa é uma relação
complexa e interdependente na qual os osteoblastos medeiam a atividade de
reabsorção dos osteoclastos. Assim, quando ocorre desequilíbrio, favorecendo a
reabsorção estamos diante de pulpopatias e periapicopatias, as quais ocorrem na
presença de inflamação pulpar e resulta em perda de cemento, de ligamento
periodontal e de osso alveolar.
Principais causas: cárie profunda, traumatismo,etc.
Características clínicas gerais
Os quatro sinais clínicos da inflamação rubor, tumefação, calor e dor;
Lesões agudas: lesões de início recente e rápido, e essas lesões causam dor forte, geralmente acompanhada
por febre e tumefação.
Lesões crônicas: têm um curso prolongado com um início mais longo e dor menos intensa. A febre pode ser
de baixo grau, e a tumefação pode ocorrer gradualmente. Algumas infecções crônicas de baixo grau podem
não produzir qualquer sintoma clínico significativo.
Lesão inflamatória periapical:
Quando a fonte de inflamação inicial é uma polpa necrótica e a lesão óssea está restrita à região do dente.
Têm sido denominadas periodontite apical aguda, periodontite apical crônica, abscesso periapical,
granuloma periapical e cisto periapical.
1-A necrose pulpar pode ocorrer como resultado da invasão bacteriana por cárie ou traumatismo.
2- A Lesão inflamatória periapical é caracterizada pela periodontite apical(pericementite), um processo
inflamatório que pode representar histologicamente tanto um abscesso periapical quanto um granuloma
periapical.
3-Periodontite apical: Metabólitos tóxicos da polpa necrótica saem do periápice para estimular uma reação
inflamatória no ligamento periodontal periapical e no osso circundante. Essa reação consiste em infiltrado
inflamatório composto predominantemente por linfócitos associados a neutrófilos polimorfonucleares.
4-Dependendo da gravidade da resposta, os neutrófilos podem reunir-se para formar pus, resultando num
abscesso periapical. Esse resultado é classificado como inflamação aguda.
5-De outra maneira, numa tentativa de reparar a periodontite apical, o organismo estimula a formação de tecido
de granulação juntamente com um infiltrado inflamatório crônico composto predominantemente de linfócitos,
células plasmáticas e histiócitos, dando origem ao granuloma periapical.
6-O epitélio aprisionado (restos epiteliais de Malassez) pode proliferar para formar um cisto radicular ou
periapical.
7-Se o osso medular circundante se envolver na reação inflamatória pela disseminação de organismos
piogênicos (bactéria que estimula uma resposta inflamatória), o abscesso periapical localizado pode se
transformar em osteomielite.
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
Discount

Em oferta

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Pulpopatias e periapicopatias e outras Resumos em PDF para Odontologia, somente na Docsity!

Pâmela Bolsoni Pozzatti

PULPOPATIAS E PERIAPICOPATIAS

Os maxilares são singulares dentre outros ossos do corpo, pois a presença de dentes cria uma via direta para que agentes infecciosos e inflamatórios invadam o osso por meio de cáries e doenças periodontais.

Em condições normais, o metabolismo ósseo representa um equilíbrio entre reabsorção óssea osteoclástica e produção óssea osteoblástica. Essa é uma relação complexa e interdependente na qual os osteoblastos medeiam a atividade de reabsorção dos osteoclastos. Assim, quando ocorre desequilíbrio, favorecendo a reabsorção estamos diante de pulpopatias e periapicopatias, as quais ocorrem na presença de inflamação pulpar e resulta em perda de cemento, de ligamento periodontal e de osso alveolar.

Principais causas: cárie profunda, traumatismo,etc.

Características clínicas gerais

 Os quatro sinais clínicos da inflamação – rubor, tumefação, calor e dor;  Lesões agudas: lesões de início recente e rápido, e essas lesões causam dor forte, geralmente acompanhada por febre e tumefação.  Lesões crônicas: têm um curso prolongado com um início mais longo e dor menos intensa. A febre pode ser de baixo grau, e a tumefação pode ocorrer gradualmente. Algumas infecções crônicas de baixo grau podem não produzir qualquer sintoma clínico significativo.

Lesão inflamatória periapical:

 Quando a fonte de inflamação inicial é uma polpa necrótica e a lesão óssea está restrita à região do dente.  Têm sido denominadas periodontite apical aguda, periodontite apical crônica, abscesso periapical, granuloma periapical e cisto periapical.

1-A necrose pulpar pode ocorrer como resultado da invasão bacteriana por cárie ou traumatismo. 2 - A Lesão inflamatória periapical é caracterizada pela periodontite apical(pericementite), um processo inflamatório que pode representar histologicamente tanto um abscesso periapical quanto um granuloma periapical. 3-Periodontite apical: Metabólitos tóxicos da polpa necrótica saem do periápice para estimular uma reação inflamatória no ligamento periodontal periapical e no osso circundante. Essa reação consiste em infiltrado inflamatório composto predominantemente por linfócitos associados a neutrófilos polimorfonucleares. 4-Dependendo da gravidade da resposta, os neutrófilos podem reunir-se para formar pus, resultando num abscesso periapical. Esse resultado é classificado como inflamação aguda. 5-De outra maneira, numa tentativa de reparar a periodontite apical, o organismo estimula a formação de tecido de granulação juntamente com um infiltrado inflamatório crônico composto predominantemente de linfócitos, células plasmáticas e histiócitos, dando origem ao granuloma periapical. 6 - O epitélio aprisionado (restos epiteliais de Malassez) pode proliferar para formar um cisto radicular ou periapical. 7-Se o osso medular circundante se envolver na reação inflamatória pela disseminação de organismos piogênicos (bactéria que estimula uma resposta inflamatória), o abscesso periapical localizado pode se transformar em osteomielite.

Pâmela Bolsoni Pozzatti

 Lesão periapical inflamatória;  Observar espessamento do ligamento periodontal.

Obs :

-Osteomielite envolve uma área maior de osso; -Se a lesão periapical se estender, de modo que a lesão não esteja mais centralizada no periápice, a osteomielite pode ser considerada um possível diagnóstico; -A distinção entre inflamação periapical e osteomielite pode ser feita se forem detectados sequestros ósseos em imagens de raios X. -necrose pulpar deve ser desconfiada quando dente não responde ao teste de vitalidade térmica ou elétrica.

GRANULOMA PERIAPICAL

 Estimulo nocivo proveniente do canal radicular (restos necróticos);  Assintomático;

 Teste de vitalidade negativo;  Radiograficamente não se diferencia dos cistos periapicais;  Patogênese: morte pulpar – tecido necrótico chega ao periapice – formação de granuloma + infiltrado inflamatório cronico- proliferação das células epiteliais – formação da luz do cisto – restos celulares e aumento de proteínas no lúmen - ganho de liquido por pressão – crescimento e expansão do cisto.

CISTO PERIAPICAL

 = Cisto radicular;  Origem nos restos epiteliais de malassez localizados no ligamento periodontal como consequência de uma inflamação;  Os cistos periapicais representam uma parede de tecido conjuntivo fibroso revestido por epitélio com um lúmen contendo fluido e resíduos celulares.  A medida que o epitélio descama no lúmen, o teor de proteína é maior. O fluido entra no lúmen em uma tentativa para equalizar a pressão osmótica, ocorrendo uma dilatação lenta.  Lesão muito frequente;  Cisto mais comum dos maxilares – 70%;  Pode estra relacionado a qualquer dente ;  Características clínicas:  Dente de origem, o teste de vitalidade é negativo;  Assintomático;  Tamanhos variados;  Deslocamento dentário;  Mobilidade dentaria em grandes proporções;  Expansão de cortical;

Linfócitos Plasmócitos Histiócitos

Pâmela Bolsoni Pozzatti

ABSCESSO PERIAPICAL

 Acumulo de células inflamatórias agudas no ápice de um dente não vital;  Abscesso agudo: imagem radiolúcida difusa;  Abcesso crônico: imagem radiolúcida uniforme e clinicamente sempre apresenta fistula;  A sua formação pode ser: por alteração periapical inicial ou por evolução de uma lesão periapical inflamatória crônica;  Pode ser sintomático ou não. O Estagio sintomático começa quando o material purulento acumula-se dentro do alvéolo.  Em estagio inicial, há sensibilidade no dente afetado a qual é aliviada com aplicação direta de pressão. Na medida em que progride, há dor intensa, sensibilidade extrema a palpação, extrusão dentaria e tumefação dos tecidos. Ainda, podem estar presentes cefaleia, mal estar, febre e calafrios.  Radiograficamente: imagem radiolúcida mal definida, espessamento do ligamento periodontal, ausência de alterações consideráveis.  O abscesso pode se disseminar para regiões de menor resistência causando: osteomielite, celulite(coleção purulenta dissemina para tecidos moles) , fistula intraoral por canalizar-se através de tecido mole sobrejacente.  Os abscessos consistem em um mar de leucócitos polimorfonucleares frequentemente misturados com exsudato inflamatório, resíduo celular, material necrótico, colônias bacterianas ou histiócitos.  O tratamento do paciente com um abscesso periapical consiste na drenagem e eliminação do foco de infecção.

OSTEOMIELITES

 Ocorre quando há disseminação da inflamação para o espaço medular, não ficando apenas no periápice dental.  Subdivide-se em osteomielite de fase aguda, crônica e com periostite proliferativa (garré)  Se enquadram aqui a osteíte condensante e alveolar, além da osteorradionecrose e osteonecrose.  Principais causas: pericoronarite recorrente, carie, extrações e doença periodontal.  Quando é relacionada a carie, ocorre propagação das bactérias, havendo aumento das células inflamatórias e liberação de citocina que estimula a reabsorção óssea. 1-osteomielite aguda:  A fonte mais comum é a lesão periapical de dente desvitalizado. A infecção também pode ocorrer como um resultado de traumatismo ou disseminação hematogênica.  Sinais cardeais da inflamação bastante evidentes  Podem apresentar: febre, linfadenopatia e tumefação.  No início da doença, nenhuma alteração pode ser identificada. O osso pode estar preenchido por exsudato inflamatório e células inflamatórias e pode não mostrar qualquer alteração na imagem de diagnóstico.  A localização mais comum é o corpo da mandíbula na região posterior. A maxila é um local incomum.  Contorno mal definido com uma gradual transição para o trabeculado normal;  Primeira evidência da forma aguda da osteomielite é uma sutil redução na densidade do osso envolvido, com perda da definição do trabeculado existente. A reabsorção óssea se torna mais

Principalmente neutrófilos

Pâmela Bolsoni Pozzatti

evidente, resultando em uma área focal radiolúcida ou em áreas espalhadas por todo o osso envolvido.  O tempo é insuficiente para permitir que o corpo reaja à presença do infiltrado inflamatório  Tratamento gira em torno da intervenção cirúrgica para: 1) resolver a fonte da infecção, 2) estabelecer a drenagem, 3) remover o osso obviamente infectado e 4) tratamento medicamentoso com amoxilina associada a metronidazol ou clindamicina.

2-Osteomielite crônica:  existe quando a resposta de defesa leva à produção de tecido de granulação, que subsequentemente forma tecido cicatricial denso na tentativa de limitar a área infectada. O espaço morto cercado age como um reservatório de bactérias e as medicações antibióticas têm muita dificuldade em chegar ao local.  As radiografias revelam imagens radiolúcidas mal definidas, disformes e irregulares, que podem conter sequestros ósseos radiopacos centrais e podem ser intercaladas com zonas de radiodensidade.  Pode ser: Primaria ou secundaria.  Primária:  Quando o processo não tem etiologia definida;  Também chamada de osteomielite esclerosante difusa devido o equilíbrio no metabolismo ósseo está propenso ao aumento da formação óssea, subsequentemente produzindo um padrão ósseo esclerótico na imagem – radiopaco  Episódios de dor de variáveis intensidades que duram poucos dias ou algumas semanas, podendo ser totalmente assintomático.  Clinicamente há presença de assimetria facial e a lesão é mais comum em ramo de mandíbula.

Osteomielite crônica

Pâmela Bolsoni Pozzatti

 O tratamento consiste na resolução do foco odontogênico de infecção, com extração ou terapia endodôntica.

OSTEITE ALVEOLAR

 Após a extração de um dente, forma-se um coágulo sanguíneo no local, com a eventual organização do coágulo pelo tecido de granulação, substituição gradual por osso fibrilar grosseiro e, finalmente, substituição por osso maduro. Acredita-se que a fibrinólise prematura do coágulo inicial seja responsável pela condição clínica conhecida como osteíte alveolar.  Associada infecção préoperatória, extração difícil, cirurgiões inexperientes, desenho do retalho cirúrgico (retalho em envelope em vez de retalho triangular modificado), uso de um anestésico local com vasoconstritor e irrigação pós-operatória inadequada.  O sítio de extração acometido é preenchido inicialmente com um coágulo contaminado acinzentado que é perdido e deixa um alvéolo ósseo vazio (alvéolo seco). A detecção do alvéolo vazio pode ser prejudicada pela retenção parcial do coágulo ou pelo tecido inflamado sobrejacente que cobre o sítio. O diagnóstico é confirmado sondando o alvéolo, que revela osso exposto e extremamente sensível.  Desenvolvem-se dor, odor fétido e (com menos frequência) tumefação e linfadenopatia, três a quatro dias após a extração do dente.  radiografia da área afetada para excluir a possibilidade de uma ponta de raiz retida ou de um corpo estranho. As suturas devem ser removidas. O alvéolo é irrigado com soro morno, seguido pela inspeção clínica completa do alvéolo quanto a alguma patologia inesperada. Devem ser prescritos analgésicos orais potentes e o paciente deve receber uma seringa plástica com instruções para manter o alvéolo limpo através da irrigação domiciliar com clorexidina ou soro.

DISPLASIA CEMENTO ÓSSEA

 Divide-se em :  Focal: podendo estar em qualquer dente, em 1 ou 2 dentes e não ultrapassar dois quadrantes;  Periapical: esta especificamente na área de incisivos inferiores;  Florida: quando envolve mais de um dente, estando em pelo menos três quadrantes;  Estagio inicial radiolucido, estagio intermediário uma mistura de radiolucido e radiopaco e quando esta em estagio maduro apresenta-se totalmente radiopaca.  Não possui tratamento, porem pode ficar infectada..

Pâmela Bolsoni Pozzatti

OSTEORRADIONECROSE

 Relacionada com pacientes submetidos a radioterapia devido cancer na regiao de cabeca e pescoço;

 A reparação tecidual desses pacientes é diferente devendo se atentar à realização de procedimentos

invasivos dependendo do tempo de radioterapia, da quantidade de radiação recebida, etc.

 A radioterapia leva a uma menor irrigação da região tratada gerando hipóxia tecidual- comprometimento da

cicatrização, além de danificar as células presentes gerando hipocelularidade de osteoblastos, os quais não são suficientes para recompor reabsorção óssea.

 Caracterizada pela presença de osso exposto por pelo menos três meses após tratamento;

 A lesão pode ser infectada secundariamente por microrganismos;

 Pode estar presente a formação de fistulas, ulceração, fratura, sequestro, exposição do osso afetado, odor

fétido, mal estar e linfadenopatia.

 Radiograficamente, observa-se áreas radiolúcidas, mal delimitadas, com aspecto e roído de traça. Podem ser

observados sequestros ósseos que podem inclusive aflorar na cavidade oral. Além disso, pode haver espessamento do ligamento periodontal.

Pâmela Bolsoni Pozzatti

Referencias:

Patologia oral- Neville

Radiologia oral- White e Pharoah