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Psicopatologia I - Funções mentais As funções mentais necessárias para a aprendizagem humana são: atenção, sensação, percepção, memória, orientação, consciência, pensamento e linguagem.
Tipologia: Notas de aula
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As funções mentais necessárias para a aprendizagem humana são: atenção, sensação, percepção, memória, orientação, consciência, pensamento e linguagem. a) Atenção: “Funções mentais específicas de concentração num estímulo externo ou numa experiência interna pelo período de tempo necessário”. (OMS/CIF, 2003). Uma maneira importante pela qual a percepção se torna consciente é através da Atenção que, em essência, é a focalização consciente e específica sobre alguns aspectos ou algumas partes da realidade. Assim sendo, nossa consciência pode, voluntariamente ou espontaneamente, privilegiar um determinado conteúdo e determinar a inibição de outros conteúdos vividos. Portanto, reconhece-se a Atenção como um fenômeno de tensão, de esforço, de concentração, de interesse e de focalização da consciência. A Atenção pode ser entendida como uma atitude psicológica através da qual concentramos a nossa atividade psíquica sobre um estímulo específico, seja este estímulo uma sensação, uma percepção, representação, afeto ou desejo, a fim de elaborar os conceitos e o raciocínio. Portanto, de modo geral a Atenção parece criar a própria consciência. Alguns dividem o estado de atenção em 2 tipos: Vigilância e Tenacidade. 1- Vigilância é quando polarizamos nossa atenção em vários objetos da realidade, por exe., quando dirigimos. Devemos ter atenção em vários estímulos (marchas, trânsito, pedestres, conversa com outra pessoa... etc.). 2- Tenacidade é quando polarizamos nossos recursos cognitivos em um só objeto, por ex., quando estudamos, fazemos um cálculo, etc, havendo esmaecimento da consciência para outros estímulos simultâneos de nossa volta. Ambos estados de atenção são importantes e existem em todas as pessoas, porém, nunca simultaneamente. Nas pessoas muito ansiosas, hiperativas e em estado de euforia predomina a Vigilância sobrea Tenacidade. Outra característica importante da atenção é que ela é fortemente influenciada pela ligação afetiva que o sujeito tenha com o objeto de seu interesse. b) Sensação: É a capacidade de captar estímulos por meio de receptores sensoriais e transformá-las em imagens ou sensações no sistema nervoso central. c) Percepção: É um processo de natureza complexa. Ela começa pela análise da estrutura percebida, e recebida pelo cérebro, por meio de componentes ou pistas, e são, subsequentemente, codificadas e inseridas nos sistemas móveis correspondentes. Esse processo de seleção e síntese é de natureza ativa e ocorre sob a influência direta das tarefas com que o indivíduo se defronta. Realiza-se com auxílio de códigos já prontos (especialmente códigos de linguagem) que servem para colocar o aspecto percebido no seu devido sistema e para conferir a ele um processo de comparação do efeito com a hipótese original, ou, em outras palavras, um processo de verificação da
atividade perceptiva, tudo isso com apoio em (LURIA, 1981). A percepção humana é um complexo processo de codificação do material percebido que se realiza com a estrita participação da fala, e que a atividade perceptiva humana, portanto, nunca acontece sem a participação direta da linguagem (LURIA, 1981). É um processo psíquico que permite concentrar a atividade mental sobre um fato determinado. Aspectos a serem considerados:
Atenção Atenção é a concentração da atividade psíquica sobre os estímulos que a solicitam. Dentre as alterações da atenção, destaca-se:
- Hipovigilância: diminuição da capacidade de estar atento a novos estímulos. - Hipervigilância: sensibilidade excessiva para novos estímulos. - Distratibilidade: incapacidade de concentração da atenção, a qual é desviada para estímulos irrelevantes. - Desatenção seletiva: bloqueio dos estímulos que geram ansiedade ou aflição. - Hipotenacidade: dificuldade de manter-se fixado a um mesmo estímulo. - Hipertenacidade: atenção excessiva a determinado estímulo. Sensopercepção É a função mental que possibilita a tomada de conhecimento sobre o ambiente e o próprio corpo. **Dentre as alterações de sensopercepção relacionam-se:
psiquismo;
- Fase de evocação: a vivência é rememorada da fase latente; - Fase de reconhecimento: a memória é identificada e há uma atualização da experiência vivenciada. **As principais alterações de memória são:
Pode ser definida como o grau de clareza do sensório. No estado normal um indivíduo se encontra vigil ou desperto. As alterações patológicas dessa função psíquica são os diversos graus de rebaixamentos do nível de consciência, ou alterações quantitativas, e as mudanças focais do campo de consciência, ou alterações qualitativas. Entre tais alterações estão: turvação da consciência, torpor, coma, estados dissociativos, transe, entre outras.
Pode ser definida como o estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto e envolve nossa capacidade de focar e manter a atenção (tenacidade), de mudar de forma flexível o foco para outro objeto (vigilância), de selecionar informações relevantes, de planejar e tomar decisões. O funcionamento normal da atenção é chamada normoprosexia e as alterações podem ser hipoprosexia (diminuição global da atenção), hiperprosexia (estado de atenção exacerbada), hipertenacidade (concentração exagerada mantida em determinado conteúdo), hipotenacidade (falha na capacidade de focar e manter a atenção), hipervigilância (dificuldade em fixar a atenção) e hipovigilância (dificuldade em variar o foco da atenção). Por exemplo: a distraibilidade é uma estado que envolve a hipotenacidade e hipervigilância.
Pode ser definida como a capacidade de orientar-se quanto a si mesmo (autopsíquica) e ao ambiente (alopsíquica). A orientação autopsíquica mostra se o indivíduo sabe quem é: seu nome, profissão, idade, etc e a alopsíquica envolve a capacidade de se localizar no tempo e no espaço: onde estamos, que horas são, que dia é hoje, etc. Prejuízo na
intenção ou propósito envolve a influência dos desejos, impulsos e temores sobre a vontade do indivíduo. A fase de deliberação diz respeito a ponderação consciente desta vontade pelo indivíduo, que analisa o que seria positivo ou negativo em sua decisão. A fase de decisão é o momento culminante do processo volitivo, quando o indivíduo opta e inicia a ação. A fase de execução constitui a etapa final do processo volitivo, na qual os atos ocorrem com a finalidade de realizar aquilo que foi mentalmente decidido. As alterações da vontade mais observadas são: diminuição da atividade volitiva ou até abolição desta, em geral sob a queixa de que não tem vontade para nada, (hipobulia ou abulia); atos impulsivos patologicos, que são atos executados sem fase prévia de intenção, deliberação e decisão, de modo explosivo e instantâneo, e os atos compulsivos, que são atos reconhecidos pelo indivíduo como indesejáveis ou inadequados, havendo tentativas de resistir mas que, ao serem executados, trazem certa sensação de alivio imediata que logo é substituída pelo desconforto e necessidade de executar o ato novamente.
A psicomotricidade pode ser caracterizada como a capacidade de determinar e coordenar mentalmente o conjunto de atos motores simples e complexos por um indivíduo. Refletindo o ato motor como a expressão final do ato volitivo e associando muitas das respostas e alterações psicomotoras às vontades e alterações volitivas. As alterações da psicomotricidade relacionadas a psiquiatria mais comuns são: agitação psicomotora (aceleração e exaltação de toda a atividade motora do indivíduo); lentificação psicomotora (movimentação voluntária torna-se lenta, difícil); catalepsia (exagero intenso do tônus postural, com redução da mobilidade passiva e hipertonia muscular global); flexibilidade cérica (o indivíduo ou parte do seu corpo é colocado em determinada posição e assim permanece como um boneco de cera); cataplexia (perda abrupta do tônus muscular); estereotipias motoras ( repetições automáticas e uniformes de um ato motor complexo); maneirismo (movimentos bizarros e repetitivos, geralmente complexos, que buscam certo objetivo); tiques (atos coordenados, repetitivos, resultantes de contrações súbitas, breves e intermitentes); conversão motora (surgimento abrupto de sintomas físicos como paralisias, contraturas conversivas, ataxias psicogênicas de origem psicogênica). Outras alterações psicomotoras também podem estar associados a questões psíquicas tais como: alterações da marcha, hiperventilação psicogênica, algumas apraxias, apragmatismo, e outras; ou relacionadas ao uso de psicofármacos, tais como tremores, rigidez, discinesia, acatisia, distonia, entre outros.
O pensamento é constituído por diversos elementos intelectivos como os conceitos, os juízos e o raciocínio. Uma forma mais simples de analisar essa função psíquica é através do processo do pensar. Tal processo envolve o modo como o pensamento flui (curso do pensamento), a sua estrutura básica (forma do pensamento) e o que dá substancia ao pensamento, seus temas e assuntos predominantes (conteúdo do pensamento). As alterações mais comuns do pensamento quanto ao curso são aceleração, lentificação, bloqueio e roubo do pensamento. Com relação a forma o pensamento pode se apresentar desorganizado, incoerente ou de difícil compreensão por alterações variadas: fuga de idéias, dissociação, afrouxamento das associações, descarrilhamento e desagregação do pensamento. No que se refere ao conteúdo os principais temas que preenchem os
sintomas psicopatológicos são: persecutórios, hipocondríacos, depreciativos, religiosos, sexuais, de grandeza, de ruína ou culpa.
O juízo é um elemento constitutivo do pensamento e implica o julgamento com base em elementos subjetivos, individuais e elementos sociais, históricos, A atribuição de um juízo falso, não necessariamente é patológica, ele pode ser decorrente de crenças culturais, superstições, ignorância, preconceito, importância afetiva, etc. As alterações patológicas do juízo envolvem algumas idéias prevalentes ou sobrevaloradas (como por exemplo a idéia de estar gorda em uma paciente com anorexia) e os delírios. Estes últimos podem ser simples (com um tema único) ou complexos (com vários temas interligados), organizados ou não, com diversos graus de convicção, de desorganização, de preocupação, de incompatibilidade com a realidade, de extensão às esferas da vida do indivíduo, de comportamento desviante e de resposta afetiva com relação ao delírio. Os conteúdos dos delírios podem ser persecutórios, auto-referentes, de influência, de grandeza, de ciúmes, de culpa, religioso, entre outros.
A linguagem, em especial na forma verbal, é o principal instrumento de comunicação dos humanos, além de ser fundamental na elaboração e expressão dos pensamentos, dos estados emocionais e da criatividade. As alterações da linguagem podem estar associadas a quadros neurológicos ou psiquiátricos. As alterações da linguagem secundárias a lesões neuronais compreendem as afasias (perda da linguagem falada e escrita pela incapacidade de compreender e utilizar os símbolos verbais), parafasias (indivíduo deforma determinadas palavras), agrafias (perda da linguagem escrita), alexias (perda da capacidade de leitura) , disartrias (incapacidade de articular corretamente as palavras). As alterações da linguagem associadas a transtornos psiquiátricos primários mais comuns são: logorreia (produção aumentada e acelerada do discurso, muitas vezes ocorrendo perda da lógica do discurso); bradifasia (fala lenta e difícil); mutismo (ausência de resposta verbal oral por parte do doente); perseveração (repetição automática de palavras ou trechos de frases de modo mecânico, estereotipado e sem sentido); ecolalia (repetição das últimas palavras que foram dirigidas por outra pessoa ao indivíduo); palilalia (repetição das últimas palavras que o próprio indivíduo emitiu); tiques verbais (produção de fonemas ou palavras de forma recorrente, imprópria e inevitável); coprolalia (emissão involuntária e repetitiva de palavras obscenas, vulgares ou relativas a excrementos); verbigeração (repetição monótona e sem sentido comunicativo de palavras, silabas ou trechos de frases); mussitação (produção repetitiva em voz muito baixa, murmurada, sem sentido comunicativo); glossolalia (produção de uma vocalização, pouco compreensível, sem sentido lingüístico mas imitando o ritmo da fala).
Pode ser conceituada como a integração de traços psíquicos, abarcando todas as características individuais em sua relação com o meio e com outros indivíduos, incluindo todos os fatores físicos, biológicos, psíquicos e socioculturais de sua formação, combinando as tendências inatas e experiências adquiridas. Os transtornos de personalidade correspondem ao conjunto de comportamentos e reações desarmônicas,