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Medidas de Prevenção de Infecção Cirúrgica: Guia Completo para Profissionais de Saúde, Manuais, Projetos, Pesquisas de Saúde Pública

PROTOCOLO PARA COMPOR A COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 22/01/2020

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jacqueline-alves-souza-3 🇧🇷

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OBJETIVO
Atualizar as medidas de prevenção de infecção cirúrgica para garantir o
controle da ocorrência de infecções nas unidades cirúrgicas do Hospital Municipal
Dr. Gil Alves de Bocaiúva (HGA).
GLOSSÁRIO
Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
HGA - Hospital Municipal Dr. Gil Alves de Bocaiúva
ISC - Infecção de Sítio Cirúrgico
NOTEVISA - Sistema de Notificações para a Vigilância Sanitária
APLICAÇÃO
Unidades cirúrgicas do Hospital Municipal Dr. Gil Alves.
INFORMAÇÕES GERAIS
As Infecções do sítio cirúrgico (ISC) são consideradas eventos adversos
frequentes, de-correntes da assistência à saúde dos pacientes que podem
resultar em dano físico, social e/ou psicológico do indivíduo, sendo uma ameaça à
segurança do paciente. Além disso, podem prolongar a estadia do paciente em
média de sete a onze dias, aumentar a chance de readmissão hospitalar, cirurgias
adicionais e, elevar os gastos assistenciais com o tratamento.
São considerados fatores de risco:
Obesidade;
Diabetes Melittus;
Tagismo;
Uso de outros esteroides e imunossupressores.
O checklist de cirurgia segura deve ser preenchido em todos os
procedimentos cirúrgicos. Todos os casos de ISC e as intercorrências
relacionadas ao processo de trabalho deverão ser notificadas em formulário para
notificação de incidentes, eventos adversos e não conformidades para que
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OBJETIVO

Atualizar as medidas de prevenção de infecção cirúrgica para garantir o controle da ocorrência de infecções nas unidades cirúrgicas do Hospital Municipal Dr. Gil Alves de Bocaiúva (HGA). GLOSSÁRIO Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária HGA - Hospital Municipal Dr. Gil Alves de Bocaiúva ISC - Infecção de Sítio Cirúrgico NOTEVISA - Sistema de Notificações para a Vigilância Sanitária APLICAÇÃO Unidades cirúrgicas do Hospital Municipal Dr. Gil Alves. INFORMAÇÕES GERAIS As Infecções do sítio cirúrgico (ISC) são consideradas eventos adversos frequentes, de-correntes da assistência à saúde dos pacientes que podem resultar em dano físico, social e/ou psicológico do indivíduo, sendo uma ameaça à segurança do paciente. Além disso, podem prolongar a estadia do paciente em média de sete a onze dias, aumentar a chance de readmissão hospitalar, cirurgias adicionais e, elevar os gastos assistenciais com o tratamento. São considerados fatores de risco:  Obesidade;  Diabetes Melittus;  Tagismo;  Uso de outros esteroides e imunossupressores. O checklist de cirurgia segura deve ser preenchido em todos os procedimentos cirúrgicos. Todos os casos de ISC e as intercorrências relacionadas ao processo de trabalho deverão ser notificadas em formulário para notificação de incidentes, eventos adversos e não conformidades para que

posteriormente as informações sejam lançadas no Sistema de Notificações para a Vigilância Sanitária (NOTEVISA). Todos os profissionais devem realizar a notificação, quando necessário. MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO CIRÚRGICA RECOMENDAÇÕES BÁSICAS Preparo do paciente  Avaliação pré-operatória a nível ambulatorial;  Reduzir tempo de internação pré- operatório em cirurgias eletivas, sendo a meta um tempo inferior à 24h;  Organização do agendamento de internação e cirurgia;  Durante o banho com antisséptico adequado ter o acompanhamento e a orientação da Equipe de Enfermagem;  Compensar doenças subjacentes;  Tratar infecções em sítio remoto, exceto nas situações em que o quadro clínico não permita o adiamento do procedimento. Remoção de pelos ou tricotomia  Tricotomia na unidade de procedência do paciente somente se necessário, imediatamente antes do ato operatório e preferencialmente com tricotomizador elétrico. Não utilizar lâminas. Controle de glicemia no pré- operatório e no pós-operatório imediato  Manter níveis glicêmicos <180 mg/dL. Manutenção da normotermia em  Manter temperatura ≥ 35,5°C.

líquido Deambula – banho de aspersão instituição e horário no mapa cirúrgico RECOMENDAÇÕES PARA ANTISSEPSIA DAS MÃOS Utilizar antisséptico degermante  A degermação deve durar de 3 a 5 minutos. Recomendações gerais  Remover todos os adornos das mãos e antebraços, como anéis, relógios e pulseiras, antes de iniciar a degermação ou antissepsia cirúrgica das mãos;  É proibido o uso de unhas artificiais;  Manter unhas curtas;  Manter o leito ungueal e subungueal limpos, utilizar uma espátula para remover a sujidade;  Evitar o uso de escovas por lesar as camadas da pele. RECOMENDAÇÕES NO TRANSOPERATÓRIO Profilaxia antimicrobiana  Seguir protocolo institucional;  Administrar dose efetiva de 0 a 60 minutos antes da incisão cirúrgica;  Vancomicina e Ciprofloxacina: iniciar infusão 1 a 2 horas antes da incisão;  Na maioria das cirurgias uma única dose antes da incisão é

suficiente. Em cirurgias longas, repetir o antibiótico após um intervalo igual a duas vezes o tempo da meia vida do antimicrobiano, a contar a partir da infusão da primeira dose;  A profilaxia antibiótica não deve ser estendida por mais de 24 horas. Paramentação cirúrgica  Usar máscara que cubra por total a boca e nariz quando da entrada na sala cirúrgica, se a cirurgia estiver por começar, em andamento ou se houver material cirúrgico exposto;  Usar gorros que cubram por completo cabelos da cabeça e face quando da entrada na sala cirúrgica;  Utilizar capotes e vestimentas cirúrgicas que sejam barreiras efetivas caso sejam molhadas ou contaminadas (materiais que resistam à penetração de líquidos);  Trocar vestimentas que apresentarem-se visivelmente sujas, contaminadas por sangue ou por material potencialmente contaminante;  Utilizar luvas estéreis após a escovação das mãos e antebraços;  Colocar as luvas após estar

 Realizar limpeza terminal diariamente, após a última cirurgia do período, incluindo todas as superfícies e acessórios da sala. RECOMENDAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO Higiene das mãos  Utilizar produto alcoólico rotineiramente ou água e antisséptico, caso as mãos estiverem visivelmente sujas;  Antes de iniciar a técnica, é necessário retirar adornos como anéis, pulseiras e relógios. Cuidados com a ferida operatória  Utilizar técnica asséptica;  Feridas com cicatrização por primeira intenção, manter curativo estéril por 24h, exceto se houver drenagem da ferida ou indicação clínica;  Feridas com cicatrização por segunda e terceira intenção, escolher a cobertura adequada conforme a avaliação da ferida quanto ao exsudato e presença de sinais infecciosos;  Substituir o curativo antes das 24h, se molhar, soltar, sujar ou a critério médico;  Limpar os locais de inserção dos pinos do fixador externo com soro fisiológico 0,9%, removendo crostas e sujidades. Após a limpeza, realizar toque

de álcool a 70%; primeiro na inserção dos pinos, depois na área periferida e por último, no fixador. Coleta de material para cultura  Coletar material somente se houver exsudato purulento;  Descontaminar as margens da lesão com clorexidina alcoólica antes da coleta;  Limpar com soro fisiológico 0,9%;  Coletar material na parte mais profunda da ferida, utilizando, de preferência, aspirado com seringa e agulha;  Utilizar swabs (utensílio que tem a funcionalidade de coletar amostras clínicas) quando os procedimentos acima não forem possíveis;  Não coletar pus emergente;  Não é recomendada a cultura de lesões secas e crostas, a menos que a obtenção de exsudato não seja possível;  A coleta de material de lesões por queimadura deve ser realizada após extensa limpeza e desbridamento da lesão, sendo a biópsia de pele o mais recomendado. REFERÊNCIAS