Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Pronominalizacao e Clitizacao, Resumos de Ciência Comportamental

Breve resumo de analise dosm temas

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 10/10/2019

sidney-matine-3
sidney-matine-3 🇧🇷

4

(1)

6 documentos

1 / 10

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Maputo, Agosto de 2019
INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES
Técnicas de Comunicação
Discente: Almeida Alafo;
Américo Mussacate;
Anderson João;
Edson Fumo;
Sidney Matine;
Turma: I11
Curso: LEIT
Docente: Danifo Chutumia
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Pronominalizacao e Clitizacao e outras Resumos em PDF para Ciência Comportamental, somente na Docsity!

Maputo, Agosto de 2019

INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Técnicas de Comunicação

Discente: Almeida Alafo;

Américo Mussacate; Anderson João; Edson Fumo; Sidney Matine;

Turma: I

Curso: LEIT

Docente: Danifo Chutumia

Índice

    1. Pronominalização..................................................................................................................................
    • 1.1. Regras de Pronominalização
    1. Clitização ou Clíticos
    • 2.Colocação dos pronomes clíticos
    • 2 .2. O clítico ocorre na posição pré-verbal, isto é próclise nas seguintes condições:
    • 2 .3. Os clíticos ocorrem na posição mesoclítica
    • 2.4. Subida do clítico
  • Conclusão
  • Bibliografia

1. Pronominalização

Pronominalização é um termo gramatical utilizado para designar a substituição de um nome ou de um sintagma nominal por um pronome, seja ele pessoal, possessivo ou demonstrativo.

1.1. Regras de Pronominalização

  1. Quando a forma verbal termina em vogal, o pronome não sofre alterações: Por exemplo:  Eu li o livro > Eu li-o.  Eu vi o filme > Eu vi-o.
  2. Quando a forma verbal termina em R, S, ou Z, estas consoantes caem e o pronome pessoal passa a ser: -lo, -la, -los, -las. Por exemplo:  Vou ver o Jua’s. > Vou vê-lo.  Tu contas mentiras. > Tu conta-las.  Ele faz excelentes projectos. > Ele fá-los.
  3. Se a forma verbal terminar em M ou em ditongo nasal (õe, ão), o pronome tomará as formas: -no, -na, -nos, -nas. Por exemplo:  Os vizinhos viram o novo carro. > Os vizinhos viram-no.  O José põe os blocos em fila. > O José põe-nos em fila.
  4. Quando a forma verbal estiver no modo condicional, o pronome coloca-se entre o radical do verbo e as terminações verbais(-á, -ás, -emos, -eis, -ão). No entanto, como o radical termina em , este cai e o pronome ganha um L, tomando a forma – lo, - la, -los, -las. Por exemplo:  Eu levaria a G63 para o Jonasse. > Eu leva-la-ia para o Jonasse.  O Daniel convidaria os colegas ao Mimmo’s. > O Daniel convidá-los-ia ao Mimmo’s.
  5. Quando a forma verbal estiver no futuro, o pronome coloca-se entre o radical do verbo e as terminações verbais (á, ás, á. Emos, eis, ão). No entanto, como o radical termina em , este cai e o pronome ganha um L, tomando a forma – lo, -la, -los, - las. Por exemplo:  O Sipson terminará a obra a tempo. > O Sipson terminá-la-á a tempo.

 Eles pedirão as chaves ao pai. > Eles pedi-la-ão ao pai.

  1. Se a frase estiver na negativa, o pronome vai para antes do verbo, sem sofrer alterações (tal como em alguns casos em que a frase está na forma interrogativa). Por exemplo:  Ele não levou o B.I. para a sala de exame. > Ele não o levou para a sala de exame.  Já pagaste a mensalidade? > Já a pagaste?
  2. Casos Especiais: Sempre que na frase se encontrem em contacto duas formas de pronome pessoal, complemento directo e indirecto, elas contraem-se formando uma só palavra (em qualquer tempo verbal). Por exemplo:  Já joguei Batlefield V. Posso emprestar-to. (Te o)  Assististe o filme? Então conta-mo. (Me o)

2. Clitização ou Clíticos

Os clíticos têm sido caracterizados como formas semelhantes a palavras, mas que dependem estruturalmente de uma palavra vizinha numa dada construção. O Português é uma língua com pronomes clíticos de 1ª, 2ª e 3ª. Pessoas ( me , te , se , lhe , nos ), que conservam a flexão casual e que, consoante os contextos sintácticos, ocorrem em posição proclítica, mesoclítica ou enclítica.

Cunha e Cintra (1999:78) definem o clítico pronominal como sendo o elemento que se combina fonologicamente com palavras com que não forma construções morfológicas, ficando a depender do acento dessas palavras e podendo ser enclítico, proclíse e mesoclítico.

Tabela 1 : Exemplo de pronomes clíticos reflexos e não reflexos:

Pessoas Gramaticais

Clíticos não reflexos Reflexos Acusativo Dativo Acusativo/ Dativo

1ª singular me me me

2ª singular te te te

3ª singular o/ a o/ a o/ a

1ª plural nos nos Nos

2ª plural Vos vos Vos

3ª plural os/ as lhes Se

2 .2. O clítico ocorre na posição pré-verbal, isto é próclise nas seguintes condições:

i) Na frase declarativa negativa.

Ex: não vos via há muito tempo. Jamais o teria imaginado.

ii) Na frase interrogativa directa parcial.

Ex: quem te mandou ao mercado? Onde as guardou?

iii) Nas subordinadas relativas.

Ex: O jovem que lhe amachucou o carro é aquele.

iv) Nas orações subordinadas temporais.

Ex1: Dou-te o livro quando mo pegares. Ex2: Sempre que se magoava voltava para mim.

v) Nas frases introduzidas pelas palavras: também, até, ainda, tudo, alguém, nunca, nada,

apenas, só, todos, jamais, tudo, já, ambos, entre outras.

Ex: Até o macaco se safou dessa.

vi) Não há fontes bibliográficas no documento atual. Quando o verbo está no futuro do

presente ou no futuro do pretérito, dá-se a proclíse ou mesóclise.

Ex: Eu me calarei/ eu calar- me -ei.

vii) Nas orações iniciadas por palavras exclamativas, bem como as que exprimem desejo

(optativas).

Ex: Que Deus o abençoe!

viii) Em frases com o gerúndio regido da preposição em.

Ex: Em se ela anuviando, em a não vendo ….

ix) Em orações alternativas.

Ex: Das duas: ou as faz ela ou as faço eu.

x) Há casos em que se insere uma ou mais palavras entre o pronome átono em próclise e o

verbo, sendo o mais comum a intercalação com a negativa não.

Ex: Era impossível que lhe não deixasse uma lembrança. Ex: Há tanto tempo que não o

via.

xi) Nas orações subordinadas desenvolvidas, inclusive quando a conjunção está oculta.

Ex1: O sufrágio que me vai dar está para mim uma congregação.

Ex2: A minha mãe ordenou me mandassem buscar ao seminário.

CUNHA & CINTRA (idem).

Note-se que, em frases em que ocorram tempos compostos ou a passiva de ser, os clíticos

colocam-se à esquerda ou à direita dos verbos se se derem as condições indicadas anteriormente.

O mesmo acontece quando ocorrem em frases com verbos modais (dever e poder) e perífrases

aspectuais (estar a, começar a).

Ex1: os rapazes não o devem convidar/ os rapazes não devem convidá- lo.

Ex2: Quanto aos contos, a Maria os está a escrever/ Quanto aos contos, a Maria está a escrevê-

los.

2 .3. Os clíticos ocorrem na posição mesoclítica

A posição mesoclítica ocorre nas formas verbais do Futuro e do Condicional, nas condições que

não aconselham a posição enclítica do pronome.

i) Ex.: (a) Ele dir- lhe -á se tenho ou não razão.

(b) O Simão dir- lhe s-ia, se quisesse.

A mesóclise deve-se à origem das formas do futuro e do condicional. Estas formas eram

analíticas, constituídas pela justaposição do infinitivo do verbo principal e das formas reduzidas

do presente e do imperfeito do indicativo do verbo haver ( amar-te-ei procede de

amar te hei; mandar-me-ás de mandar me hás , etc.).

2.4. Subida do clítico

Este processo consiste na selecção de um verbo do qual o pronome clítico não é dependente para

hospedeiro verbal, MATEUS et all (2003: 856).

Ex: O João tinha-o já convidado várias vezes; O convite foi-lhe finalmente enviado.

Bibliografia

DUARTE , Inês 1983 “Variação Paramétrica e Ordem dos Clíticos. Revista da Faculdade de Letras , Número Especial Comemorativo do 50.º aniversário da RFL: 158-178.

CUNHA , Celso & Luís Filipe Lindley Cintra 1984 Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: João Sá da Costa. (8.ª edição, Lisboa: João Sá da Costa, 1991)

Mapasse, Ermelinda 2005 Mestrado em Linguística. Lisboa: Ermelinda Lúcia Atanásio Mapasse.