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Tipologia: Esquemas
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6. Carregamento dos veios do redutor 1. Determinação das forças nos engrenamentos das transmissões do redutor; 2. Determinação das forças em consola; 3. Construção do esquema de carregamento dos veios.
Os veios dos redutores estão sujeitos a dois tipos de deformações: por flexão e por torção. A deformação por torção surge devido à acção de momentos torsores, provenientes do motor, por um lado, que são contrabalançados pelos momentos de resistência da máquina executiva. A deformação por flexão é causada pelos momentos das forças nas engrenagens ou parafuso sem-fim da transmissão fechada, associadas ao efeito das forças em consola das transmissões abertas e uniões de veios.
6.1 - Determinação das forças nos engrenamentos das transmissões do redutor
Para a projecção de muitos accionamentos usam-se redutores com engrenagens cilíndricas helicoidais, cujos dentes têm ângulo de inclinação β = 8 ... 16º; também se usam redutores cónicos com dentes curvilíneos sendo β = 35º; os redutores de parafuso sem-fim têm ângulo de perfil 2⋅α = 40º, na secção axial (fig. 13.11). O ângulo de pressão no engrenamento é α = 20º. Nas figuras 6.1 ... 6.3 são dados esquemas de forças no engrenamento de transmissões cilíndricas, cónicas e de parafuso sem-fim, para diferentes direcções do ângulo de inclinação dos dentes (ou da hélice da rosca do parafuso sem-fim) e diferentes sentidos de rotação do motor. O ponto de aplicação das forças é escolhido como estando no plano médio da roda dentada (ou parafuso sem-fim).
a) Inclinação de dentes para esquerda na roda movida e para a direita ao pinhão
b) Inclinação dos dentes para direita na roda movida e esquerda no pinhão
Fig. 6.1 – Esquemas de forças em engrenagens cilíndricas com dentes helicoidais
a)
Direcção das linhas dos dentes na roda movida - esquerda Direcção das linhas dos dentes no pinhão - direita
b)
Direcção das linhas dos dentes na roda movida - direita Direcção das linhas dos dentes no pinhão - esquerda Fig. 6.2 - Esquemas de forças no engrenamento de transmissões cônicas com dentes rectos e curvilíneos
a)
Parafuso com rosca esquerda
b)
Parafuso com rosca direita Fig. 6.3 - Esquemas de forças nas transmissões de parafuso sem-fim/coroa
Os valores das forças são determinados usando fórmulas adequadas (tabela 6.1, pp.97). Note-se que 1 e T 1 têm o mesmo sentido mas T 2 e 2 têm sentidos opostos.
as fórmulas para a determinação das forças em consola.
Tabela 6.2 – Forças em consola (exteriores aos redutores) Tipo de Valor da força, em N transmissão aberta
Direcção da força (^) Pinhão Roda movida
2
3 2 2
Cilíndrica com dentes rectos
Radial
Tangencial
2
3 2 2
e
t
Cónicas com dentes rectos
Por correias planas Radial^
Por correias trapezoidais Radial^
Por correias multi-V Radial^
ki = 1,15 para inclinação até 40º; ki = 1,05 para inclinação de 40 até 40º Uniões de veios
Radial Veio de alta velocidade Veio de baixa velocidade
de engrenagens
de parafuso sem-fim
Notas:
em N·m; d 2 é o diâmetro divisor da engrenagem cilíndrica movida, em mm; de2 é o diâmetro divisor externo da roda dentada cónica movida, em mm; δ 1 é o ângulo do cone divisor do pinhão, em graus.
6.3 – Esquema de carregamento dos veios do redutor
O esquema de carregamento dos veios destina-se a auxiliar a determinação das forças nos engrenamentos dos pares do redutor, as forças em consola da transmissões abertas, e uniões de veios, as reacções nos apoios e as direcções dos momentos torsores e velocidades angulares dos veios. O esquema de carregamento dos veios deve ser feito em papel milimétrico de formato A4. Também se pode utilizar o desenho assistido por computador para auxiliar na execução desta tarefa, mas a impressão é feita utilizando o formato A4. O esquema de carregamento deve conter:
(ver os exemplos das figuras 6.4 ... 6.6).
A ordem recomendada para a construção dos esquemas de forças é a seguinte:
confira o movimento que se requer do mecanismo. Se o mecanismo tiver movimento reversível então o sentido de rotação dos veios de alta e baixa velocidade pode se arbitrado. Nos accionamentos de redutor cónico com pinhão de dentes inclinados para a direita a direcção de rotação do veio deve ter sentido horário, se o veio for observado do lado do vértice do cone divisor do pinhão (fig. 6.2). A força axial que surge no pinhão Fa1 é direccionada no sentido da base do cone divisor o que evita a gripagem dos dentes durante o funcionamento.
a) O sentidos das forças das transmissões abertas determinam-se de modo similar ao das transmissões dos redutores;
b) As forças em consola das transmissões por correia e por cadeia Fab são perpendiculares ao eixo geométrico do veio em consideração e são dispostas em função da posição da transmissão no esquema cinemático do accionamento, podendo ser verticais, horizontais ou inclinadas sob qualquer ângulo em relação ao plano horizontal. Se a tarefa do projecto especificar uma transmissão inclinada sob um ângulo θ (fig 6.4), a força Fab deve ser decomposta nas componentes Fy (vertical) e Fx (horizontal). Os seus valores numéricos determinam-se usando relações trigonométricas (fig. 8.1).
c) A força em consola de uniões de veios Funi é perpendicular ao eixo do veio mas a sua direcção relativamente a Ft pode ser qualquer, dependendo da imprecisão de montagem da união. Por isso, recomenda-se que o sentido da força na união seja tal que constitua o pior caso de carregamento dos veios, isto é, a força na união é escolhida de forma a piorar ao máximo o efeito das outras forças. Assim, é comum escolher-se para Funi um sentido contrário ao da força tangencial Ft o que aumenta a deformação do veio.
Fig. 6.4 – Esquema de forças num redutor - cilíndrico
Parâmetros Pinhão Roda Movida Ft 754 Fr 279 Fa 126 Fun Fab 198 799 T (N⋅m) 15,8^ 60, ω (rad/s) 99,48^ 24,
EXEMPLO DE ESQUEMA DE FORÇAS NUM REDUTOR – CILÍNDRICO
Fig. 6.6 – Esquema de forças num redutor – parafuso sem fim/coroa
Trans. PSF Trans. ECDR Parâmetros PSF R.Coroa Pinhão R.Movida Ft 390 1862 4400 Fr 678 1602 Fa 1862 390 − − Funi 143 − − − T (N⋅m) 8,2 176,2 176,2 1160 ω (rad/s) 97,40 3,60 3,60 0,
EXEMPLO DE ESQUEMA DE FORÇAS NUM REDUTOR – PARAFUSO SEM FIM/COROA
As actividades do cálculo projectivo dos veios dos veios e composição esquemática do redutor podem ser alistadas como se segue:
1 – Escolha dos materiais dos veios;
2 – Escolha das tensões admissíveis à torção;
3 – Determinação do parâmetros geométricos dos escalões dos veios;
4 – Escolha preliminar dos apoios (rolamentos);
5 – Composição do esboço do redutor.
Os principais critérios de capacidade de trabalho utilizados para a projecção dos veios dos redutores são a resistência mecânica e a resistência à fadiga. Os veios estão sujeitos a deformações complexas, por influência da torção, flexão e tracção (compressão). Porém, a tensão devida aos esforços de tracção/compressão é muito menor que as tensões devidas aos momentos torsores e flectores. Assim, é escusado considerar o efeito dos esforços de tracção/compressão no cálculo dos veios. O cálculo dos veios dos redutores faz-se em duas (ou mais) etapas. A primeira etapa é para o cálculo projectivo (aproximado), que se baseia na resistência dos veios à torção pura e a segunda para o cálculo testador. No cálculo testador verifica-se a resistência à flexão e à torção. Este cálculo determina a resistência do veio à fadiga e considera a concentração de tensões devida à forma do veio. O parâmetro de cálculo mais importante é o coeficiente de segurança à fadiga.
Fig. 7.1 b) Veio de alta velocidade – Engrenagem cilíndrica
Fig. 7.1 c) Veio de alta velocidade – Engrenagem cónica
Fig. 7.1 d) Veio de baixa velocidade
Fig. 7.1 – Parâmetros geométricos dos escalões dos veios
Tabela 7.1 – Dimensões recomendadas para escalões dos veios de redutores monoescalonares, em mm Escalão do veio e seus parâmetros d e
Veio-pinhão cónico (fig. 7.1 c)
Veio-pinhão cilíndrico (fig. 7.1 b)
Veio-parafuso sem-fim (fig. 7.1 a)
Veio da roda movida (fig. 7.1 d)
1º - sob o elemento da transmissão aberta ou semi-união
d 1
3
3 (^1 0) , 2
d
onde : T – é o momento torsor no veio, em N·m
(obtido da tabela de resultados do cálculo cinemático)
[τ] – é a tensão tangencial admissível reduzida
1 =(0,8 ...1,5)⋅d 1 – sob a roda estrelada;
1 = (1...1,5)⋅d 1
(1...1,5)⋅d 1 – sob a semi- união;
...1,5)⋅d 1 – sob a polia;
Escalão do veio e seus parâmetros d e
Veio-pinhão cónico (fig. 7.1 c)
Veio-pinhão cilíndrico (fig. 7.1 b)
Veio-parafuso sem-fim (fig. 7.1 a)
Veio da roda movida (fig. 7.1 d)
2º - sob a tampa com vedante e rolamento
d 2
d (^) 2 = d 1 + 2 ⋅ t - só sob o vedante
d (^) 2 = d 1 + 2 ⋅ t
2 ≈ 0 , 6 ⋅ d 4 - só sob o vedante 2 2
≈ 1 , 5 ⋅ d 2 ≈ 1 , 25 ⋅ d 2
3º - sob o pinhão ou roda movida
d 3
d (^) 3 = d 4 + 3 , 2 ⋅ r ; é possível que
d (^) 3 = d 2 + 3 , 2 ⋅ r ; é possível que
para d 3 > da adopta-se d 3 = da
d (^) 3 = d 2 + 3 , 2 ⋅ r
3 obtém-se graficamente, na composição esboçada do redutor 4º - sob o rolamento d^4
d (^) 4 = d 5 +( 2 ... 4 ) mm d (^) 4 = d 2
determina-se graficamente
1 =B – para rolamentos de esferas; 1 =T para rolamentos de rolos cónicos
5º - de encosto ou sob a rosca
d 5
d 5 sob a rosca determina-se como função de d (^) 2 , segundo a tabela
Não se constrói
5 5 ≈ 0 , 4 ⋅ d 4
5 determina- se graficamente Notas:
d 17...24 25...30 32...40 42...50 52...60 62...70 71... t 2 2,2 2,5 2,8 3 3,3 3, r 1,6 2 2,5 3 3 3,5 3, f 1 1 1,2 1,6 2 2 2,
diâmetro do veio do rotor do motor eléctrico.
Transmissão
Veio de ... veloc.
Tipo de rolamento Série Ângulo^ de contacto
Esquema de montagem Radial-axial, de esferas, tipo 46000; de rolos cónicos, do tipo 27000; radial de esferas, de uma fila, para aw>160 mm
2 (com um apoio fixo)
Alta De rolos cónicos, do tipo 7000 ou radial-axial de esferas, do tipo 36000, para aw≤ 160 mm
Média
De parafuso sem-fim
Baixa
De rolos cónicos, do tipo 7000
Ligeira
α=11...16º para o tipo 7000 α=25...29º para o tipo 27000 α=12º para o tipo 36000; α=26º para o tipo
3, dois apoios fixos, veio comprimido
7.5 Composição do esboço do redutor
A composição do esboço do redutor determina as posições das rodas dentadas no par do redutor, elementos da transmissão aberta e uniões dos veios relativamente aos apoios. Nesta composição também se determinam os comprimentos entre os pontos de aplicação das reacções nos apoios do veios de alta e baixa velocidade do redutor, “ lalta ” ( l ) e “ lbaixa ” ( lT ), respectivamente. Também se determinam as distâncias entre os pontos de aplicação das forças dos elementos da transmissão aberta ou uniões de veios e o ponto de aplicação da reacção no apoio mais próximo, que e designam “ lab ” ( lo ) e “ luni ” ( lM ), respectivamente. Entre parênteses apresentam-se os símbolos usados em alguns desenhos. A composição do esboço do redutor é feita a lápis numa folha de papel milimétrico de formato A1/A2, na escala 1:1, ou utilizando meios informáticos equivalentes. Usam-se linhas de contorno. A execução do esboço do redutor deve conter:
Fig. 7.2 – Esboço do corpo redutor cilíndrico
A ordem recomendada para a composição do esboço do redutor é a seguinte:
escalões, que se determina tendo em vista a construção dos rolamentos. Estes escalões são posicionados de tal modo que, na face interna do alojamento dos rolamento haja uma espessura S=(0,1 ... 02,)⋅D até à ao contorno interno do corpo do redutor que se situa perto das extremidades do dentes da roda-coroa. Este contorno é um arco que tem raio R=0,5⋅daM2 + x. O diâmetro do alojamento para o rolamento depende da dimensão do anel externo deste, que é extraído de tabelas de parâmetros de rolamentos. Os outros escalões desenham-se de modo análogo aos escalões do veio de baixa velocidade.
Fig. 7.
1 D d h. Os contornos desenham-se com linha contínua grossa e as
diagonais cruzadas com linha contínua fina.
0 , 5 - para rolamentos de esferas de contacto
angular unifilares
a = ⋅^ T + d + D ⋅ e 3
0 , 5 - para rolamentos de rolos, unifilares.
Onde: d, D, B, T – são diâmetros e larguras tabeladas do rolamento; α - é o ângulo de contacto; e – é o factor de carga axial (tabelado);
Para a montagem dos rolamentos no esquema 3 (fig. 7.6 a) ), em que os rolamentos tendem a comprimir o veio (montagem em X) tem-se:
= L − 2 ⋅ a
Para a montagem dos rolamentos no esquema 4 (fig. 7.6 b) ), em que os rolamentos tendem a esticar o veio (montagem em O) tem-se:
= L + 2 ⋅ a
Para montagem dos rolamentos segundo os esquema 2, a reacção do apoio que é composto por um par de rolamentos radiais-axiais de uma fila opostos, num dos lados (v. figs. 10.18, A6, A8)), está posicionada a meio do par de rolamentos. O outro apoio é flutuante e só tem reacção na direcção radial. A distância entre apoios vai da face do rolamento flutuante às faces de junção dos rolamentos axiais-radiais mas é reduzida no valor de meia largura do rolamento flutuante:
= L − 0 , 5 ⋅ B
a) para transmissões abertas – a força dos ramais das correias ou da cadeia sobre os veios (Fv ou Fab), força no engrenamento das transmissões por rodas dentadas Ftab, Faab e Frab são consideradas como tendo o seu ponto de aplicação a meio do comprimento do escalão da extremidade do veio em que se monta o cubo da polia, roda estrelada ou roda dentada, a uma distância lab do apoio mais próximo (figs. 7.2 ... 7.4); Os índices tab , aab e rab indicam tangencial , axial e radial na transmissão aberta, respectivamente; b) a força da união Funi está aplicada entre as semi-uniões (figs. 10.1...10.3); por isso, pode-se considerar que o ponto de aplicação da força Funi está situado a uma distância luni do apoio mais próximo igual ao comprimento em consola do veio, i.e. , à distância que vai desde apoio dado à da face na extremidade do veio (figs. 7.2 ... 7.4).