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Principais doenças de bezerros, Traduções de Sociologia da Saúde e Doenças

Principais doenças de bezerros

Tipologia: Traduções

2019

Compartilhado em 03/09/2019

marialda-teles
marialda-teles 🇧🇷

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Principais Doenças dos Bezerros //
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PRINCIPAIS
DOENÇAS
DOS
BEZERROS
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PrincipaisDoenças dosrrosBeze// 1

e-book

PRINCIPAIS

DOENÇAS

DOS

BEZERROS

ÍNDICE

 - Introdução - Onfalopatias - Poliartrite - Diarreias 
  • Doenças respiratórias - Tristeza parasitária
    • Protocolo Sugestivo

4 // Principais Doenças dos Bezerros

As onfalopatias são àquelas doenças que acometem o umbigo podendo ser classificadas como não infecciosas (hérnias, persistência de úraco, neoplasias, defeitos congênitos) e infeciosas, sendo que as onfalopatias podem ser denominadas como extra-abdominais (onfalites) ou intra- abdominais (onfaloflebites). As onfalopatias infecciosas são as mais comuns e ocorrem na primeira semana de vida do bezerro. Como ao nascimento há a ruptura do cordão umbilical, até a completa cura e cicatrização, o umbigo é porta de entrada para os microrganismos do ambiente e da própria flora da

Onfalopatias

PrincipaisDoenças dosrrosBeze// 5

pele do animal. Dentre as principais bactérias oportunistas causadoras das onfalites podemos destacar: Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Actinomyces pyogenes , Escherichia coli e Proteus spp. Além das infecções bacterianas podem haver infestações pela larva da mosca Cochliomya hominivorax conhecida popularmente por “bicheira”.

A infecção pode progredir além do umbigo, infeccionando os vasos sanguíneos umbilicais do animal, condição denominada onfaloflebite, que pode progredir aos órgãos internos causando abscessos hepáticos, septicemia, poliartrite, pneumonia, encefalite, endocardite, cistite, nefrite etc.

Nessas infecções umbilicais o sinal mais comum é o edema de umbigo (inchaço), ocorrendo também em alguns casos a presença de uma secreção serosa, hiperemia (coloração avermelhada) e dor à palpação. Quando há bicheira, a inflamação é mais pronunciada havendo larvas e sangramento no local. O bezerro pode se manifestar apático, febril, e pode-se isolar do rebanho e permanecer deitado por longos períodos. Em casos mais graves, devido a progressão da infecção adentro do animal, podem haver outros sinais clínicos decorrentes de doenças secundárias como a poliartrite, por exemplo (descritos mais adiante nesse material). De acordo com os sinais clínicos apresentados pelos bezerros podemos classificar a lesão umbilical.

Veja na página a seguir a tabela proposta por Seino (2014).

PrincipaisDoenças dosrrosBeze// 7

Poliartrite é uma inflamação generalizada das articulações muito comum em bezerros. Nesses animais, ocorre em decorrência a entrada de bactérias pela cicatriz umbilical que irá adentrar ao organismo até atingir as articulações do animal. Como sinais clínicos podemos citar o som de crepitação da articulação, abscessos nas articulações, claudicação (animal manca), aumento de volume ou deformação das articulações, entre outros.

Poliartrite

Como métodos de prevenção fazemos as mesmas indicações de todas as onfalopatias: preconizar as boas práticas de manejo e higiene, fazer a correta desinfecção e cura de umbigo, além de fazer uso de medicação com ação metafilática que irá conter a infecção do umbigo antes dela progredir e causar doenças secundárias como a poliartrite por exemplo.

(CARUARA)

8 // Principais Doenças dos Bezerros

Diarreias

A diarreia é um distúrbio muito comum em bovinos, principalmente na categoria mais jovem e se caracteriza por grande perda de líquidos e eletrólitos corporais, causando desidratação variável. Dependendo do grau de desidratação, o animal pode perder grande quantidade de peso e até mesmo ir a óbito. São diversos os fatores desencadeantes dessa enfermidade, dentre esses agentes enteropatogênicos, podemos citar bactérias ( Escherichia coli , Salmonella sp., Clostridium perfringens ), vírus (rotavírus e coronavírus); protozoários ( Eimeria sp., Cryptosporidium spp.); além de fatores nutricionais como a ingestão excessiva de leite ou rações. Como não há tratamento curativo para diarreias virais, iremos dar ênfase aqui naquelas de origem bacteriana e parasitária.

10 // Principais Doenças dos Bezerros

O Complexo de Doenças Respiratórias de Bezerros (CDRB) envolve a broncopneumonia que é caracterizada pela inflamação dos bronquíolos e parênquima pulmonar devido a instalação de microrganismos nesse órgão. Dentre os agentes causadores dessa enfermidade podemos destacar aqueles bacterianos, sendo os principais a Mannheimia (Pasteurella) haemolytica, Pasteurella multocida,

Histophiis somni (Haemophilus sommus). Existem fatores ambientais que influenciam no aumento do aparecimento e proliferação de doenças respiratórias na bezerrada dentre eles, a alta taxa de lotação, poeira e ventilação inadequada, tudo isso auxiliando a depressão do sistema imune do animal e propiciando o desenvolvimento de agentes patogênicos. A higiene e

RESPIRATÓRIAS

DOENÇAS

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manejo adequado na propriedade, adicionado à prática da colostragem é essencial para o controle dessa enfermidade na bezerrada.

Os animais precisam ser observados com frequência e qualquer sinal suspeito já deve ser motivo de um exame clínico mais minucioso. Animais acometidos manifestam tosse, secreção nasal, febre alta, alterações na auscultação pulmonar entre outros. A atenção para esses animais é essencial. Casos não tratados com rapidez podem evoluir para fibrose, aderências ou abscessos no tecido pulmonar sendo que depois dessa fase quase não há mais possibilidade de sucesso no tratamento.

Como tratamento às broncopneumonias de origem bacteriana a J.A Saúde Animal sugere o uso do Diclotril na dose de 1 mL/40 kg uma vez ao dia durante 3 a 5 dias, ou como segunda opção, o uso de Mastissulfa, 2 mL/15 kg, uma vez ao dia, durante 3 a 5 dias.

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Por incrível que pareça, um reduzido contato com os carrapatos é desejável nessa fase jovem do animal. A permanência de bezerros em sistemas de “gaiolas” muitas vezes não permite o animal tenha esse contato e, dessa forma, desenvolva uma defesa natural contra a doença. Essa defesa será muito importante quando animal sair das gaiolas ou casinhas para ir posteriormente aos piquetes e ter um contato maior com os parasitas.

Dentre os principais sinais da doença podemos citar: respiração acelerada, anemia, mucosas pálidas ou amareladas, febre alta e ausência de apetite sendo que em casos mais graves pode ocorrer andar

cambaleante e incoordenação motora. O tratamento dos animais doentes deve ser feito o quanto antes. A sugestão de tratamento da J.A é o uso de Ganavet Plus na dose de 1 mL/20 kg em dose única associado ao uso de Diclotril 1mL/20 kg uma vez ao dia, durante 3 dias. Pode- se utilizar também o Catofós B12, que irá estimular a produção de células sanguíneas e a recuperação do apetite do animal. Esse é um tratamento completo que visa eliminar tanto a Anaplasmose quanto a Babesiose, além de fornecer ao animal um bom suporte para a recuperação da doença.

14 // Principais Doenças dos Bezerros

Onfalopatias (onfalites e onfaloflebites)

Diarreia parasitária

Doenças respiratórias

Diarreia bacteriana

Tristeza parasitária

PROTOCOLO SUGESTIVO DE TRATAMENTO Principais Doenças dos Bezerros

Pró-Bezerro® Aplicar 1 seringa (via intramuscular) de 5 mL.^ Iodo a 10%^ (uso local)

Fluidoterapia (soro)

Doença (^) Tratamento e modo de uso Terapia Suporte

Ganavet®^ Plus Aplicar 1 mL/20 kg, em dose única. (via intramuscular)

Diclotril® Aplicar 1 mL/20 kg, 1 vez/dia, durante 3 dias. (via intramuscular ou intravenosa)

Mastissulfa Aplicar 2 mL/15 kg, 1 vez/dia, durante 3 a 5 dias. (via intramuscular ou intravenosa)

Turbo Cálcio Aplicar 1 mL/kg. (via intravenosa)

Turbo Cálcio Aplicar 1 mL/kg. (via intravenosa)

Catofós® Aplicar 5 mL/kg 1 vez/dia, durante 3 dias. (via intramuscular ou intravenosa)

Diclotril® Aplicar 1 mL/40 kg, 1 vez/dia, durante 3 a 5 dias. (via intramuscular ou intravenosa)

1ª opção

Diclotril® Aplicar 1 mL/40 kg, 1 vez/dia, durante 3 a 5 dias. (via intramuscular ou intravenosa)

1ª opção

Mastissulfa Aplicar 2 mL/15 kg, 1 vez/dia, durante 3 a 5 dias. (via intramuscular ou intravenosa)

2ª opção

Mastissulfa Aplicar 2 mL/15 kg, 1 vez/dia, durante 3 a 5 dias. (via intramuscular ou intravenosa)

2ª opção