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pef2303-concepcao t, Notas de estudo de Engenharia Civil

calculo completo laje

Tipologia: Notas de estudo

2017

Compartilhado em 07/11/2017

vinicius-maschio-7
vinicius-maschio-7 🇧🇷

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Concepção Estrutural de Edifícios
de maneira geral, uma construção é concebida para
atender a determinadas finalidades.
a sua implantação envolve a utilização dos mais diversos
materiais: o concreto armado, as alvenarias de tijolos ou
blocos, as esquadrias metálicas e de madeira, os
revestimentos, o telhado, as instalações elétricas e
hidráulicas, etc.
Figura 1 - Fachada de um edifício de concreto armado
Devem ser considerados vários aspectos no projeto de uma
construção:
Projeto de Arquitetura
aspectos ligados à estética e à funcionalidade de uso;
Projeto de Estruturas
aspectos relativos à sua segurança;
Projeto das Instalações
aspectos que envolvem instalações elétricas e hidráulicas.
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  • de maneira geral, uma construção é concebida para atender a determinadas finalidades.
  • a sua implantação envolve a utilização dos mais diversos materiais: o concreto armado, as alvenarias de tijolos ou blocos, as esquadrias metálicas e de madeira, os revestimentos, o telhado, as instalações elétricas e hidráulicas, etc.

Figura 1 - Fachada de um edifício de concreto armado

Devem ser considerados vários aspectos no projeto de uma construção:

  • Projeto de Arquitetura aspectos ligados à estética e à funcionalidade de uso;
  • Projeto de Estruturas aspectos relativos à sua segurança;
  • (^) Projeto das Instalações – aspectos que envolvem instalações elétricas e hidráulicas.

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Projeto Estrutural

Normalmente, os materiais utilizados em uma construção podem ser divididos em dois conjuntos:

  • partes “resistentes” constituindo a estrutura da construção, responsável pela resistência e estabilidade da construção;
  • partes “consideradas não resistentes” constituindo o enchimento da construção, responsáveis pela forma e pelo aspecto da construção (as alvenarias, as esquadrias e os revestimentos).

A estrutura é composta de elementos lineares ( vigas e pilares ), bidimensionais ( lajes ) e tridimensionais ( blocos de estacas das fundações ).

O projeto estrutural, normalmente, compõe-se das seguintes etapas:

• concepção estrutural

• análise estrutural

• síntese estrutural

que se interagem para gerar o projeto da estrutura.

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Piso Elementar

composto de uma laje, quatro vigas e quatro pilares.

Figura 3.1 - Piso elementar

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Elementos estruturais de fundação

São elementos tridimensionais que transferem ao solo as cargas provenientes dos pilares, considerando as características mecânicas envolvidas. As fundações podem ser classificadas em:

  • diretas ou rasas quando a transferência de carga se der a pequena profundidade. Neste caso, o elemento estrutural de fundação que distribui a carga do pilar para o solo chama-se sapata direta ;
  • profundas em estacas ou em tubulão , quando a transferência de carga se der a “grande” profundidade. Neste caso, o elemento estrutural de fundação que transfere a carga do pilar para as estacas ou tubulões chama-se bloco.

Figura 3.2 - Elementos de fundação

Elementos estruturais complementares

São os elementos estruturais que completam a estrutura do edifício e que, normalmente, são formados por uma combinação dos elementos estruturais básicos.

escadas, caixa d’água, muro de arrimo, vigas-paredes,...

7 Diretrizes gerais

  • atender às condições estéticas definidas no projeto arquitetônico; como, em geral, nos edifícios correntes, a estrutura é revestida, procura-se embutir as vigas e os pilares nas alvenarias;
  • o posicionamento dos elementos estruturais na estrutura da construção pode ser feito com base no comportamento primário dos mesmos; as lajes são posicionadas nos pisos dos compartimentos para transferir as cargas dos mesmos para as vigas de apoio; as vigas são utilizadas para transferir as reações das lajes, juntamente com o peso das alvenarias, para os pilares de apoio (ou, eventualmente, outras vigas), vencendo os vãos entre os mesmos; e os pilares são utilizados para transferir as cargas das vigas para as fundações;
  • a tranferência de cargas deve ser a mais direta possível; deve-se evitar, na medida do possível, a utilização de apoio de vigas importantes sobre outras vigas (chamadas apoios indiretos), bem como, o apoio de pilares em vigas (chamadas vigas de transição);
  • os elementos estruturais devem ser os mais uniformes possíveis, quanto à geometria e quanto às solicitações; as vigas devem, em princípio, apresentar vãos comparáveis entre si;
  • as dimensões contínuas da estrutura, em planta, devem ser, em princípio, limitadas a cerca de 30 m para minimizar os efeitos da variação de temperatura ambiente e da retração do concreto; em construções com dimensões em planta acima de 30 m, é desejável a utilização de juntas estruturais ou juntas de separação que decompõem a estrutura original, em um conjunto de estruturas independentes entre si, para minimizar estes efeitos;
  • a construção está sujeita a ações (por exemplo o efeito do vento ) que acarretam solicitações nos planos verticais da estrutura; estas solicitações são, normalmente, resistidas por “pórticos planos”, ortogonais entre si, os quais devem apresentar resistência e rigidez adequadas; para isso, é importante a orientação criteriosa das seções transversais dos pilares; também, é importante lembrar, a necessidade da estrutura apresentar segurança

8 adequada contra a estabilidade global da construção, em geral, conseguida através da imposição de rigidez mínima às seções transversais dos pilares.

Pré-dimensionamento

dos elementos estruturais

Lajes

São, normalmente, de forma retangular de lados (^) x e (^) y ≥ (^) x (vãos teóricos correspondentes às distâncias entre os eixos das vigas opostas de apoio da laje). Os tipos usuais são: maciça, cogumelo, nervurada e mista (aqui incluída a laje de vigotas premoldadas). Apresentam-se, a seguir, as regras para as lajes maciças usuais de edifícios sujeitas a cargas distribuidas uniformes.

A espessura da laje (h) pode ser estimada em h ≅≅≅≅ 2,5% (^) x. Recomenda-se a adoção de espessuras mínimas em função do uso da laje:

5 cm para lajes de forro; 7 cm para lajes de piso; 12 cm para lajes sujeitas a passagem de veículos.

Essas espessuras mínimas sugerem vãos mínimos. Assim, para lajes maciças de piso tem-se, em princípio, (^) x ≥ 0,07 / 0,025 = 2,8 m.

Costuma-se adotar espessuras inteiras em cm (7 cm, 8 cm, etc.).

Pode-se ter paredes construidas diretamente sobre a laje, principalmente quando estas paredes são pequenas e leves (paredes internas). Esta situação ocorre em compartimentos pequenos.

10 Laje L3: (^) x = 213 + 12 = 225 cm (o menor dos lados) y = 378 + 12 = 390 cm h ≅ (2,5%) (^) x = 0,025. 225 = 5,6 cm → 7 cm (piso).

Vigas

São, normalmente, de seção transversal retangular ( b (^) w x h ) e posicionadas nas paredes, as quais suportam. Em geral, a espessura da viga ( b (^) w ) fica embutida na parede. Assim, tem-se a espessura bw , descontando-se as espessuras de revestimento (c (^) rev, da ordem de 0,5 cm a 1,5 cm) da espessura da parede acabada (ealv ). b (^) w = ealv - 2 crev Normalmente, os tijolos cerâmicos e os blocos de concreto tem espessuras (e (^) tij ) de 9 cm, 14 cm e 19 cm (ealv = e (^) tij + 2 c (^) rev).

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Figura 4.3 - Viga

A fig. 4.4 mostra a seção de viga embutida na alvenaria.

Figura 4.4 - Seção transversal de viga

A altura ( h ) da seção transversal da viga pode ser estimada em (! / 10 ) a (! / 25 ), onde !é o vão da viga

(normalmente, igual a distância entre os eixos dos pilares de apoio).

Nas vigas contínuas de vãos comparáveis (relação entre vãos adjacentes entre 2/3 e 3/2 ), costuma- se adotar altura única estimada através do vão médio ! (^) médio.

No caso de vãos muito diferentes entre si, deve-se adotar altura própria para cada vão como se fossem independentes.

ealv

h

PD

parede emalvenaria: podeconter: janelas e

bw viga

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Pilares

São, normalmente, de seção retangular posicionados nos cruzamentos das vigas, permitindo

apoio direto das mesmas, e nos cantos da estrutura da edificação.

Figura 4.6 - Pilares Os espaçamentos dos pilares constituem os vãos das vigas, resultando, em geral, valores entre 2,5m a 6m. No posicionamento dos pilares, devem ser compatibilizados os diversos pisos, procurando manter a

continuidade vertical dos mesmos até a fundação de

14 modo a se evitar , o quanto possível, a utilização de vigas de transição (pilar apoiado em viga).

Nos pilares de seção retangular de dimensões (b x

h), recomenda-se b ≥ 20 cm com b ≤ h. Pode-se adotar,

também, seção retangular com b ≥ 12 cm (em geral nos pilares internos) ou seções compostas de retângulos, cada um com b ≥ 12 cm, em forma de “L”, “T”, etc.

Figura 4.7 - Viga de transição

Para efeito de pré-dimensionamento, a área da seção transversal A (^) c pode ser pré-dimensionada através da carga total (P (^) tot) prevista para o pilar.

16 Figura 4.8 - Pilar interno (P5)

Como exemplo, considere-se o (^) pilar P 5 :

área de influência no andar tipo = 3 m por 3 m; número de andares = 10; carga média de piso: pmed = 10 kN/m 2 ; σadm = 1 kN/cm^2 ; seção retangular com b = 20 cm.

Tem-se: A (^) tot = 10 x (3 x 3) = 90 m 2 ; P (^) tot = A (^) tot p (^) med = 90 x 10 = 900 kN

A (^) c = P (^) tot / σadm = 900 / 1,0 = 900 cm 2 ; h = A (^) c / b = 900 / 20 = 45 cm.

Figura 4.9 - Predimensionamento da seção de pilar

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A seção do pilar deve ser mantida constante ao longo de um lance (entre pisos consecutivos) e pode variar ao longo de sua altura total.

Esta variação pode ser feita a cada grupo de 2 ou 3 andares.

Quando, por qualquer motivo, a seção for mantida constante ao longo da altura total, ela pode ser predimensionada no ponto mais carregado, adotando-se

σσσσ adm em torno de 1,3 kN/cm^2.

Em princípio, adotam-se para as dimensões do pilar, múltiplos de 5 cm (20 cm, 25 cm, etc.).

As seções dos pilares devem ser posicionadas de modo a resistir aos esforços horizontais (provocados, por exemplo, pelo vento, temperatura, etc) e a garantir uma rigidez horizontal adequada, principalmente, contra a instabilidade global da construção.

Particularmente, em edifícios altos, recomenda-se a utilização de alguns pilares com a função de garantir a estabilidade da estrutura.

Estes, constituem os pilares de contraventamento.

19 Desenhos de Estrutura

Figura 5.1 - Planta de arquitetura do andar tipo

A representação gráfica da estrutura é feita por meio de dois tipos de desenho:

  • (^) desenho de forma;
  • desenho de armação.

20 Desenho de Formas

Os desenhos de formas definem completamente as características geométricas da estrutura. As diretrizes específicas para a elaboração destes desenhos são:

  • locação da estrutura

a locação consiste na definição de eixos de referência, principais e secundários, em relação aos quais a estrutura se posicionará observando, rigorosamente, as medidas prescritas no projeto arquitetônico. Os eixos de locação da estrutura são, em geral, eixos característicos da construção e as divisas do terreno onde a mesma será implantada. Isto permitirá que, pronta a estrutura, as vedações e os acabamentos da construção possam ser implantados exatamente nos locais previstos no projeto arquitetônico;

  • definição dos elementos estruturais

com base no esquema da estrutura são detalhados todos os elementos estruturais;

  • cortes característicos

na elaboração dos desenhos de formas, é importante que sejam bem definidas as posições relativas das lajes e vigas. Esses cortes, portanto, mostram a existência de lajes rebaixadas e vigas invertidas;