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Patologia Clínica Veterinária: Raspagem Cutânea, Tricograma e Exames de Urina, Notas de estudo de Patologia

No documento abrange as principais técnicas de diagnóstico da patologia clínica veterinária

Tipologia: Notas de estudo

2020

Compartilhado em 21/03/2020

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marcelo-santos-d2w 🇧🇷

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MARCELO SANTOS
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PATOLOGIA
CL´NICA
RASPADO CUTÂNEO
O animal não deve estar em tratamento no mínimo de 15 dias com a
medicação suspensa, pois alguns fármacos podem interferir nos resultados da pele,
eles mascaram a lesão (geralmente antibióticos)
Animais de pelos grandes é indicado que corte no local da raspagem o pelo (com
a permissão do tutor)
O raspado deve ser feito do centro da lesão para as bordas, e que seja profundo,
até sangrar
Ideal que realize de 3 regiões distintas
Utilizar a lâmina de bisturi
Não lavar o animal ou a região da lesão
Em dermatites bacterianas deve enviar o swab para a cultura e antibiograma
Em casos de disfunções hormonais enviar o soro
Nas dermatites alérgicas enviar o soro juntamente com a descrição do quadro
clínico e do ambiente em que o animal vive
Nos casos de leishmaniose deve enviar o soro
Outras dermatopatias deve solicitar a biópsia
PATOLOGIA CLÍNICA
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Baixe Patologia Clínica Veterinária: Raspagem Cutânea, Tricograma e Exames de Urina e outras Notas de estudo em PDF para Patologia, somente na Docsity!

PATOLOGIA CL´NICA

RASPADO CUTÂNEO

  • O animal não deve estar em tratamento no mínimo de 15 dias com a medicação suspensa, pois alguns fármacos podem interferir nos resultados da pele, eles mascaram a lesão (geralmente antibióticos)
  • Animais de pelos grandes é indicado que corte no local da raspagem o pelo (com a permissão do tutor)
  • O raspado deve ser feito do centro da lesão para as bordas, e que seja profundo, até sangrar
  • Ideal que realize de 3 regiões distintas
  • Utilizar a lâmina de bisturi
  • Não lavar o animal ou a região da lesão
  • Em dermatites bacterianas deve enviar o swab para a cultura e antibiograma
  • Em casos de disfunções hormonais enviar o soro
  • Nas dermatites alérgicas enviar o soro juntamente com a descrição do quadro clínico e do ambiente em que o animal vive
  • Nos casos de leishmaniose deve enviar o soro
  • Outras dermatopatias deve solicitar a biópsia

PATOLOGIA CLÍNICA

TÉCNICAS DO RASPADO CUTÂNEO

• RASPADO

➢ Pinça a lesão e realiza o raspado (sempre de dentro para fora) ➢ Variado com o habitat do parasita

  • IMPRESSÃO EM FITA ➢ É uma alternativa ao raspado ➢ Indicada para ectoparasitas superficiais (Cheyletiella sp., pediculose) ➢ Só é necessária uma fita e uma lâmina
  • IMPRINT ➢ Só utiliza a lâmina e pressiona em cima da lesão ➢ Só para ectoparasitas aderidos ao pelo (superficiais) ➢ Indicado em lesões úmidas, com secreções. Porém também é utilizado em lesões secas

TRICOGRAMA

  • É o estudo dos pelos
  • A qualidade dos pelos são influenciados por alguns fatores: ambientais, químicos, e fatores genéticos
  • Formação estrutural: C, O, H, N, S
  • Anatomia dos pelos ➢ Córtex: é a parte mais central, composto por células cuboides achatadas ➢ Médula: é o “miolo do pelo”, composto por células queratinizadas e fusiformes, é onde se encontra o pigmento que permite a coloração dos pelos ➢ Cutícula: parte mais externa, constituída por uma única camada de células epiteliais cúbicas, que se diferenciam em células queratinizadas lisas e não nucleadas
  • Indica a fase de crescimento dos pelos
  • Realiza a pesquisa de sarnas e fungos nos pelos
  • Algumas alterações são hereditárias (Trichorrhexis nodosa ou pili torti)

BIÓPSIA

  • Primeiro passo é determinar o padrão dermatológico predominante no paciente ➢ Lesões primárias: geralmente se origina do processo patológico, elas nos dizem sobre o processo patológico, causa base, e evolução da patologia ➢ Lesões secundarias: origina de um processo traumático ou depois da lesão primaria
  • Segundo passo é elaborar a lista de diagnósticos diferenciais ➢ Pigmentado (vermelho, branco, escuro, cor de pele, outros) ➢ Vesículo-pustular (vesicular, pustular) ➢ Alopecia (focal/multifocal, irregular, regional, generalizada) ➢ Esfoliativa (irregular, folicular, regional, generalizada) ➢ Endurecido (túrgido, sólida) ➢ Máculo-papular (macular, papular/pápulo-crostosa) ➢ Erodo-ulcerativa ()
  • Por último deve fazer os exames complementares
  • Quando biopsiar? Lesões suspeitas de serem neoplásicas, ulcerações crônicas, ulcerativas e necrosantes
  • Local da biópsia é onde tem a lesão
  • Deve suspender a glicocorticoideterapia em 2 a 3 semanas TÉCNICAS DE OBTER O MATERIAL BIOLÓGICO
  • CURETAGEM (O material pode ser encaminhado a exame histopatológico),
  • SHAVING (do tipo excisional, não garante a margem de segurança, utilizado na retirada de lesões elevadas da pele, sem suspeita de malignidade)
  • PUNCH (utilizado em biopsia incisional, só tira o fragmento da lesão, geralmente causa sangramento. Estica a pele para evitar o sangramento)
  • LÂMINA DE BISTURI (lesões subcutâneas)
  • TESOURA TIPOS
  • INCISIONAL: tira apenas uma parte da lesão
  • EXCISIONAL: Tira uma parte da lesão juntamente com o tecido normal
  • Na IRA as alterações de ureia e creatinina são reversíveis
  • Uremia= azotemia + sinais clínicos (úlceras na cavidade bucal, necrose de ponta de língua, diarreia e/ou com presença de sangue). A ureia e creatinina é maior no sangue que na urina
  • Azotemia é aumento da ureia e creatinina quando já tem falha renal. Pré-renal, renal e pós-renal

CAUSAS DE AZOTEMIA

• EXTRA-RENAL

➢ Dietas ricas em proteínas ➢ Aumenta somente a ureia

  • PRÉ-RENAL ➢ Redução do fluxo sanguíneo, desidratação, doença cardiovascular, choques
  • RENAL ➢ Perda da capacidade do rim, nefrite, glomerulonefrite, nefrose
  • PÓS-RENAL ➢ Obstrução ou ruptura no trato urinário inferior

REALIZAÇÃO, AVALIAÇÃO E

INTERPRETAÇÃO DE EXAMES DE URINA

• COLORAÇÃO

➢ Coloração normal de límpido a turvo ➢ Tem interferência com relação alimentação ➢ Alterações: ▪ Vermelha (sangue, hemácias, hemoglobina) ▪ Marrom escuro (presença de mioglobina) ▪ Azul-esverdeada (alguns medicamentos, processos inflamatórios) ▪ Rosada

  • ODOR ➢ O diagnostico pelo cheiro da urina é relativo ➢ Amoniacal (infecções bacterianas) ➢ Adocicado (acetonemia, diabetes mellitus) ➢ Pútrido ➢ Uso de medicamento (cânfora) DENSIDADE ➢ Indica o grau de reabsorção ou concentração tubular ➢ O normal é de 1,020 – 1, 045 ➢ ISOSTENÚRIA ▪ Densidade fica quase igual a o valor de referência (Semelhante ao volume glomerular) ▪ Indicativo de disfunção renal ➢ HIPOSTENÚRIA ▪ Densidade fica menor que o valor de referência ▪ Indicativo de diabetes ➢ HIPERSTENÚRIA ▪ A densidade fica maior que o valor de referencia ▪ Presente em casos de febre, desidratação, sede, nefrite, IRA EXAME QUÍMICO
  • FITAS REAGENTES MERGULHADA NA URINA ➢ Usar urina não centrifugada e bem homogeneizada ➢ Emergir todas as áreas reagentes por não mais de 1 segundo

➢ Remover o excesso a ler as reações químicas ➢ Comparar com a tabela de cores entre 60 a 120 segundos

  • AVALIAÇÃO DO PH ➢ Carnívoros tem ph ácido ➢ Herbívoros alcalinos ➢ Onívoros é oscilante (mais ácido que alcalino) ➢ Pode ser influenciado por alterações sistêmicas: animais com acidose, nefrite
  • PROTEÍNA ➢ Proteinúria fisiológica (atividade muscular, dieta, convulsões, febre) ➢ Proteinúria patológica ▪ Pré-renal (hemoglobinúria, mioglobinúria, Bence-Jones) ▪ Renal (aumento permeabilidade capilar, perda de função, doença inflamatória renal) ▪ Pós-renal (uretrite, infecção TUI, obstrução, por cálculo, trauma, neoplasia (hematúria))
  • GLICOSE ➢ Glicosúria fisiológica (soro glicosado, adrenalina, alta ingestão, carboidratos) ➢ Glicosúria patológica (diabete, necrose pancreática, nefrose) ➢ Deve avaliar em conjunto com a glicose sanguínea
  • CORPOS CETÔNICOS ➢ São subprodutos do metabolismo das gorduras ➢ Cetoacidemia – aumenta a taxa de mobilização de gorduras de reserva adiposa periférica (indisponibilidade de carboidratos) ➢ Excedendo a capacidade de metabolização do fígado ➢ Diabetes mellitus, cetose, acidose, jejum, hepatopatia
  • SANGUE OCULTO ➢ Hematúria (hemorragia renal ou pós-renal) ➢ Mioglobinúria (lesão muscular severa, anemia hemolítica – hemácias) ➢ Hemoglobinúria: hemólise intravascular (ofidismo, intoxicações, transfusões incompatíveis)