



Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Geometria - Geometria
Tipologia: Notas de estudo
1 / 6
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Bases ortonormais s˜ao ´uteis, como visto na se¸c˜ao anterior; mas como obtˆe-las?
Partindo-se de uma base qualquer de um subespa¸co, n˜ao ´e dif´ıcil construir
uma base ortogonal (ou ortonormal) para o mesmo subespa¸co.
No processo de ortogonaliza¸c˜ao de Gram Schmidt, uma base {v 1 , v 2 ,... , vp}
´e substitu´ıda por outra ortogonal, {u 1 , u 2 ,... , up}, com a caracter´ıstica adi-
cional de que, para cada i, existem α’s tais que ui = vi +
i− 1 j=
αj vj. Assim,
devemos ter:
u 1 = v 1
u 2 = v 2 + αv 1
u 3 = v 3 + βv 1 + γv 2
. .
. =
up = vp +....
Note que os espa¸cos gerados pelos primeiros u’s e pelos primeiros v’s s˜ao
iguais, isto ´e, span{u 1 , u 2 ,... , uk} = span{v 1 , v 2 ,... , vk}, k = 1, 2 ,... , p.
Desta forma, podemos ainda escrever
u 1 = v 1
u 2 = v 2 + ˜αu 1
u 3 = v 3 + β˜u 1 + ˜γu 2
. .
. =
up = vp +....
A exigˆencia de que esta base seja ortogonal nos permite determinar os
coeficientes ˜α, β˜, ˜γ,.. .. De fato,
u 2 = v 2 + ˜αu 1
〈u 2 , u 1 〉 = 0
⇒ 〈v 2 , u 1 〉 + ˜α 〈u 1 , u 1 〉 = 0 ⇒ α˜ = −
〈v 2 , u 1 〉
〈u 1 , u 1 〉
u 3 = v 3 + β˜u 1 + ˜γu 2
〈u 3 , u 1 〉 = 0
〈u 2 , u 1 〉 = 0
⇒ 〈v 3 , u 1 〉 + β˜ 〈u 1 , u 1 〉 = 0 ⇒ β˜ = −
〈v 3 , u 1 〉
〈u 1 , u 1 〉
u 3 = v 3 + β˜u 1 + ˜γu 2
〈u 3 , u 2 〉 = 0
〈u 1 , u 2 〉 = 0
⇒ 〈v 3 , u 2 〉 + ˜γ 〈u 2 , u 2 〉 = 0 ⇒ ˜γ = −
〈v 3 , u 2 〉
〈u 2 , u 2 〉
Assim,
u 1 = v 1
u 2 = v 2 −
〈v 2 , u 1 〉
〈u 1 , u 1 〉
u 1
u 3 = v 3 −
〈v 3 , u 1 〉
〈u 1 , u 1 〉
u 1 −
〈v 3 , u 2 〉
〈u 2 , u 2 〉
u 2
up = vp −
〈vp, u 1 〉
〈u 1 , u 1 〉
u 1 −
〈vp, u 2 〉
〈u 2 , u 2 〉
u 2 −... −
〈vp, up− 1 〉
〈up− 1 , up− 1 〉
up− 1
Se o objetivo for obter n˜ao apenas uma base ortogonal {u 1 , u 2 ,... , up},
mas sim ortonormal {qˆ 1 , 2 ,... , ˆqp}, basta normalizarmos ao final: qˆi =
‖ui‖
− 1 ui. Outra op¸c˜ao, ainda, ´e normalizar passo a passo; neste caso, os
denominadores desaparecem:
u 1 = v 1 ; qˆ 1 = ‖u 1 ‖
− 1 u 1
u 2 = v 2 − 〈v 2 , qˆ 1 〉ˆq 1 qˆ 2 = ‖u 2 ‖
− 1 u 2
u 3 = v 3 − 〈v 3 , qˆ 1 〉ˆq 1 − 〈v 3 , ˆq 2 〉qˆ 2 qˆ 3 = ‖u 3 ‖
− 1 u 3
up = vp − 〈vp, qˆ 1 〉ˆq 1 − 〈vp, ˆq 2 〉qˆ 2 −... − 〈vp, ˆqp− 1 〉qˆp− 1
Exemplo 4 Seja H = span
. Encontre uma
base ortonormal para H.
u 1 =
u 2 =
Desta forma, temos que
´e base ortogonal de H. Para uma base ortonormal, basta normalizar estes
vetores.
‖u 1 ‖ =
2
2
2
‖u 2 ‖ =
‖u 4 ‖ =
2
2
2
´e base ortonormal de H.
Defini¸c˜ao (complemento ortogonal) Seja V espa¸co vetorial com pro-
duto interno e H subespa¸co de V. O complemento ortogonal de H ´e o con-
junto dos vetores de V ortogonais a todos os vetores de H
⊥ = {v ∈ V | 〈v, u〉 = 0 ∀ u ∈ H}.
Observa¸c˜ao H
⊥ ´e subespa¸co vetorial.
Observa¸c˜ao
⊥ = {v ∈ V | 〈v, ui〉 = 0, i = 1, 2 ,... , p}.
onde {u 1 , u 2 ,... , up} ´e base de H.
Observa¸c˜ao Seja βH = {u 1 , u 2 ,... , up} base ortogonal de um subespa¸co
H. Seja β = {u 1 , u 2 ,... , up, up+1,... , un} uma extens˜ao de βH a uma base
ortogonal de V (sabemos como fazˆe-lo: estendemos βH a uma base qual-
quer e em seguida ortogonalizamo-na por Gram-Schmidt). Ent˜ao βH⊥ =
{up+1,... , un} ´e base de H
⊥ .
Corol´ario Se V ´e espa¸co vetorial n-dimensional com produto interno e H
´e subespa¸co p-dimensional de V ent˜ao dim(H
⊥ ) = n − p.
Corol´ario Se V ´e espa¸co vetorial com produto interno e H ´e subespa¸co
ent˜ao (H
⊥ )
⊥ = H.
Sejam A ∈ R
m×n , v ∈ N(A) e y = A
T x ∈ Im(A
T ). Ent˜ao
〈v, y〉 = v
T y = v
T (A
T x) = (v
T A
T )x = (Av)
T x = 〈Av, x〉 = 〈 0 , x〉 = 0.
Qualquer vetor de N(A) ´e ortogonal a qualquer vetor de Im(A
T ).
2
Lembrando que dim(N(A))+dim(Im(A)) = n´umero de colunas de A =
n e que dim(Im(A)) = dim(Im(A
T )), temos que dim(N(A))+dim(Im(A
T )) =
n. Sejam β = {u 1 ,... , uν } e γ = {uν+1,... , uν+ρ} bases ortogonais de N(A)
e de Im(A
T ), respectivamente. {u 1 ,... , uν+ρ} ´e um conjunto ortogonal de
vetores n˜ao nulos (portanto LD) com n vetores, ent˜ao ´e uma base. Pela ob-
serva¸c˜ao da se¸c˜ao anterior, N(A) = Im(A
T )
⊥ , ou, equivalentemente,N(A)
Im(A
T ). Aplicando-se este resultado a A
T , temos ainda N(A
T ) = Im(A)
⊥
ou N(A
T )
⊥ = Im(A).
Observa¸c˜ao O leitor atento ter´a notado que nesta se¸c˜ao, ao contr´ario
das anteriores, nos ativemos ao produtro escalar canˆonoico do R
n , 〈u, v〉 =
u
T v. E se estivermos usando outro produto interno ou estivermos em um
espa¸co que n˜ao R
n ? A resposta ´e que continua valendo o resultado N(A) =
Im(A
T )
⊥ , desde que A
T e ⊥ sejam interpretados apropriadamente. N˜ao
vamos tratar aqui deste caso mais geral.
Seja H ∈ R
n subespa¸co gerado por {v 1 ,... , vm}. Deseja-se obter uma base
para H
⊥
. Mas
v ∈ H
⊥ ⇐⇒ 〈v, vi〉 = v
T vi = v
T i v^ = 0,^ i^ = 1,... , m
v
T 1
v
T 2 . . .
v
T m
v =
T v = 0 ,
onde
v 1 v 2 · · · vm
(^2) Espa¸cos que quardam esta rela¸c˜ao s˜ao ditos ortogonais.