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o perfil da pressão arterial nos universitários do UNICERP, Notas de estudo de Enfermagem

levantamento de dados sobre a aferição da Pressão Arterial nos alunos do Centro Universitário do Cerrado de Patrocínio - UNICERP

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 10/05/2009

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Gilberto Martins Junior
Washington Luis de Deus
O PERFIL DA PRESSÃO ARTERIAL NOS UNIVERSITÁRIOS DO
UNICERP E OS FATORES DEMOGRÁFICO-SOCIAIS ASSOCIADOS
AO RISCO PARA A HIPERTENSÃO ARTERIAL.
Levantamento estatístico realizado no Centro
Universitário do Cerrado de Patrocínio/MG,
como requisito para participação no Fórum
Cientifico 2008, na qualidade de apresentação
oral na área de conhecimento 2: Ciências
Biológicas e da Saúde.
Orientadora: Wilma Schambach Vieira
PATROCÍNIO
2008
O PERFIL DA PRESSÃO ARTERIAL NOS UNIVERSITÁRIOS DO UNICERP E OS
FATORES DEMOGRÁFICO-SOCIAIS ASSOCIADOS AO RISCO PARA A
HIPERTENSÃO ARTERIAL.
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Baixe o perfil da pressão arterial nos universitários do UNICERP e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

Gilberto Martins Junior

Washington Luis de Deus

O PERFIL DA PRESSÃO ARTERIAL NOS UNIVERSITÁRIOS DO

UNICERP E OS FATORES DEMOGRÁFICO-SOCIAIS ASSOCIADOS

AO RISCO PARA A HIPERTENSÃO ARTERIAL.

Levantamento estatístico realizado no Centro Universitário do Cerrado de Patrocínio/MG, como requisito para participação no Fórum Cientifico 2008, na qualidade de apresentação oral na área de conhecimento 2: Ciências Biológicas e da Saúde. Orientadora: Wilma Schambach Vieira

PATROCÍNIO

O PERFIL DA PRESSÃO ARTERIAL NOS UNIVERSITÁRIOS DO UNICERP E OS

FATORES DEMOGRÁFICO-SOCIAIS ASSOCIADOS AO RISCO PARA A

HIPERTENSÃO ARTERIAL.

Resumo: A prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica em nosso meio permanece em patamares preocupantes onde a associação entre fatores demográficos e fatores sociais dentro de uma população reflete as diferenças quanto ao comportamento, o estilo de vida e a exposição ambiental, as quais perfazem o risco de desenvolvimento da HAS, na severidade do processo e no prognóstico. Objetivo: Identificar os níveis de pressão arterial nos alunos e funcionários do Centro Universitário do Cerrado de Patrocínio e correlacioná-los com o aspecto demográfico-social e risco para hipertensão arterial. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, do tipo transversal, no qual se estudou o perfil da pressão arterial em uma população de estudantes e funcionários do Centro Universitário do Cerrado de Patrocínio/MG. Realizou-se um trabalho de campo utilizando-se a técnica de entrevista, com a aplicação de questionário estruturado aos sujeitos incluídos na pesquisa. Resultados e discussão: observou-se uma prevalência de quase três quartos (72.39%) da população acadêmica concentrando a faixa etária de 17 até 29 anos onde a freqüência de pressão arterial considerada acima dos padrões normais no Brasil (120x80mmHg) aumentou representativamente com a idade. O perfil universitário revela ainda que cerca de 50% da população acadêmica se encontra no peso médio entre 55 e 70 kg, com cálculo de índice de massa corporal média (IMC) equivalente a 22,05, mas há uma pequena parcela de obesos na amostragem, atingindo cerca de 10%, refletindo em um aumento nos níveis pressóricos. Foi verificado nesta pesquisa que, quase 84% das pessoas entrevistadas realizaram a aferição da pressão arterial em menos de 1 ano, o que determina o alto acesso à medida de pressão arterial assim como é preconizado. Conclusão: De maneira geral, considera-se que há um bom acesso da população acadêmica do UNICERP a este serviço de verificação regular de pressão arterial na tentativa de percepção de alterações destes níveis pressóricos. Existe boa evidência de que medidas de pressão arterial pode identificar pessoas com maior risco para o desenvolvimento de doenças cardiovascular devido à hipertensão, sendo considerado então um importante instrumento para realização de tratamentos precoces. Introdução A ocorrência e prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), para Spritzer é “tão comum e mensurável nas sociedades industrializadas que seus efeitos são geralmente considerados como fixos e resultantes de processos

A hipertensão secundária ocorre quando se pode atribuir a etiopatogenia a fator conhecido, tais como: doença renal parenquimatosa ou renovascular, tumores produtores de renina, doenças endócrinas como acromegalia, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, doenças da glândula adrenal, hormônios exógenos, coarctação da aorta, hipertensão da gravidez, distúrbios neurológicos, estresse agudo, uso de álcool e drogas, dentre outros (KAPLAN, 1999).

Alguns trabalhos avaliam a “associação entre a hipertensão arterial sistêmica e características demográficas, como faixa etária, sexo, grupo étnico, nível socioeconômico, tabagismo, consumo de álcool, ingestão salina, estresse, diabetes e obesidade” (CARNEIRO & JARDIM, 1993). Entretanto, de acordo com Hossne, “pouca atenção tem sido dada ao controle do tratamento anti-hipertensivo, responsável pelo insucesso terapêutico em até mais de 60% dos casos” (1998). A HAS é doença assintomática e progride lentamente para o desencadeamento das lesões dos órgãos-alvo (RUBINSTEIN, 2002). Em geral essas lesões aparecem após 10 anos da presença da doença, “quando os órgãos- alvo começam a não suportar as alterações que sofreram para se adaptar ao novo regime pressórico” (BARRETO, 2002). Sendo assintomática, o objetivo principal do tratamento não é reduzir sintomas, mas prevenir complicações. É bem estabelecido o risco para doença coronariana e insuficiência cardíaca decorrente da HAS (PASCOAL, 2000). Para Dórea & Lotufo, “a hipertensão arterial é um importante fator de risco para doença cerebrovascular, doença arterial coronária (DAC), insuficiência renal crônica e doença vascular de extremidades” (op. cit.). É responsável por 25% e 40% da etiologia multifatorial das doenças isquêmicas do coração e dos acidentes vasculares cerebrais, respectivamente. Esta multiplicidade de conseqüências coloca a hipertensão como uma das causas de maior redução da qualidade de vida dos indivíduos (MS, 2004). Ainda segundo Dórea & Lotufo, a correlação positiva e direta entre pressão arterial aumentada e risco cardiovascular é contínua, independente, preditiva, consistente e etiologicamente significativa para indivíduo com ou sem doença arterial coronária e tem sido identificada em ambos os sexos, diferentes faixas etárias, etnias e níveis socioeconômico e cultural (DÓREA & LOTUFO, op. cit.).

O Ministério Saúde (op. cit.) considera que a hipertensão arterial e suas complicações são também responsáveis por alta freqüência de internações. No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 33% dos óbitos com

causas conhecidas e são as primeiras causas de hospitalização no setor público para as pessoas com idade entre 40 e 59 anos (17%) e entre aquelas com 60 ou mais anos (29%). É preciso considerar ainda que de acordo com dados do DATASUS, os acidentes vasculares cerebrais isquêmicos e hemorrágicos continuam a representar a principal causa de morte no país. No Brasil, observa-se ampla variação nos dados de prevalência: 5,04% a 32,7% na região Sudeste, 7,2 % a 40,3% no Nordeste, 1,28% a 27,1% no Sul, 6,3 a 16,7% no Centro-Oeste (OLMOS & LOTUFO, 2002). O Ministério da Saúde (op. cit.) estima com base em prevalências obtidas em alguns estudos de base populacional, que ela afete aproximadamente um quarto da população brasileira. Desta maneira, atividades de vigilância da hipertensão como a aferição da pressão arterial regularmente é de grande importância para a saúde pública.

Objetivo Identificar os níveis de pressão arterial nos alunos e funcionários do Centro Universitário do Cerrado de Patrocínio e correlacioná-los com o aspecto demográfico-social e risco para hipertensão arterial.

Metodologia Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, do tipo transversal, no qual estudou-se o perfil da pressão arterial em uma população de estudantes e funcionários do Centro Universitário do Cerrado – Patrocínio. A epidemiologia é a “ciência que estuda a distribuição e os determinantes dos eventos ou padrões de saúde em populações” (MORROW & VAUGHAN, 1997; ROUQUAYROL, 1999). O presente estudo tem característica observacional, pois não realiza intervenções na população estudada, mas observa, descreve, analisa e relaciona as variáveis estudadas. O estudo apresenta caráter transversal já que as hipóteses de relação entre causa e efeito foram avaliadas no mesmo momento, e não foi realizado seguimento da amostra estudada. Realizou-se um trabalho de campo utilizando-se a técnica de entrevista, com a aplicação de questionário estruturado aos sujeitos incluídos na pesquisa. A amostra foi estratificada por idade, gênero, raça, hábito de fumar,

níveis de pressão arterial média em torno de 120mmHg para sistólica e 70mmHg para diastólica (Tabela 1.1).

Tabela 1.1 – P.A. relacionada à idade FAIXA ETÁRIA Fa Fr% PA MÉDIA até 19 anos 64 19,63 120 X 70 20 - 29 anos 172 52,76 120 X 70 30 - 39 anos 42 12,88 120 X 80 40 - 49 anos 33 10,12 130 X 90 50 - 59 anos 14 4,29 130 X 90 60 e mais 1 0,31 120 X 80

A freqüência de pressão arterial considerada acima dos padrões normais no Brasil (120x80mmHg) aumentou representativamente com a idade, chegando a valores individuais de 160 x 100mmHg, refletindo na média final das aferições das pressões arteriais para as faixas etárias de 40 anos acima o padrão do aumento. O Ministério da Saúde (2006) refere que as taxas de prevalência mostram que cerca de 20% dos adultos apresentam hipertensão, sem distinção por sexo, mas também com evidente tendência aumento com a idade, dados observados também na análise desta pesquisa. O perfil universitário revela ainda que cerca de 50% da população acadêmica se encontra no peso médio entre 55 e 70 kg, com cálculo de IMC equivalente a 22,05, demonstrando conforme os parâmetros que esta amostragem se encontra em níveis de peso corporal desejáveis (Gráfico 1.1). Há uma pequena parcela de obesos na amostragem, atingindo cerca de 10%, refletindo em um aumento nos níveis pressóricos. Gráfico 1.1 – Perfil acadêmico segundo peso corporal

Smeltzer & Bare (op. cit.) afirmam que o tabagismo não provoca a pressão arterial alta, contudo, se uma pessoa com hipertensão fuma, seu risco de

mortalidade por cardiopatia ou distúrbios correlatos aumentam de maneira significativa. Os resultados demonstram que cerca de 10% das pessoas entrevistadas têm o hábito de fumar regularmente, contudo os níveis pressóricos desta parcela da amostragem permanecem em torno de 120mmHg para sistólica e 80mmHg para diastólica (Tabela 1.2).

Tabela 1.2 – Freqüência do Hábito de fumar FUMA Fa Fr% P.A. MÉDIA Não 274 84,05 120 X 80 As vezes 1 0,31 120 X 80 Sim 30 9,20 120 X 80 Não responderam 21 6,44 120 X 80

Observou-se também que em torno de 42% da população acadêmica entrevistada não realiza nenhuma atividade física regular, sendo referido vários motivos, dentre eles a falta de tempo associado ao fator trabalho-estudo.

Gráfico 1.2 – Freqüência de realização de atividades físicas

Foi verificado nesta pesquisa que quase 84% das pessoas entrevistadas realizaram a aferição da pressão arterial em menos de 1 ano (31,29% menos de 1 mês, 25,15% mais de 1 mês e menos de 6 meses e 26,99% mais de 6 meses e menos de 1 ano), o que determina o alto acesso à medida de pressão arterial assim como é preconizado.

Gráfico 1.3 – Freqüência de verificação de Pressão Arterial

MS. Ministério da Saúde. Inquérito domiciliar sobre comportamento de risco e morbidade referida de doenças e agravos não transmissíveis. Rio de Janeiro: INCA, 2004.

MS. Ministério da Saúde. SVS. Secretaria de Vigilância em Saúde. Epidemiologia e serviços de saúde. Volume 15 - nº1. Brasília, DF: 2006.

OLMOS RD, LOTUFO PA. Epidemiologia da hipertensão arterial no Brasil e no mundo. Rev Bras Hipertensão. v. 9, p. 21–23, 2002.

PASCOAL, I. F.. Hipertensão Arterial. In: MION JR, D.; NOBRE, F (edit.). Risco cardiovascular global: da teoria à prática. São Paulo: Lemos Editorial, 2000.

ROUQUAYROL, M. Z.. Epidemiologia e saúde. Rio de Janeiro: Medsi, 5. ed., 1999.

RUBINSTEIN, A.. Hipertensão Arterial. In: RUBINSTEIN, E; ZÁRATE, M.; CARRETE, P. PROFAM – Programa de Educação Continuada à Distância de Medicina Familiar e Ambulatorial. Fundação MF para o desenvolvimento da medicina familiar e da atenção primária à saúde. Buenos Aires: v. 3, cap. 18, p. 53-117, 2002.

SBHA- Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial. SBC - Sociedade Brasileira de Cardiologia, SBN - Sociedade Brasileira de Nefrologia. IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Hipertensão arterial: a importância do problema. cap. 1, p. 1–2,

  1. In: DÓREA, E. L.; LOTUFO, P. A. Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica. Rev Soc Bras Hipertensão. Vol. 7, n. 3, p. 85 – 89, 2004.

SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. SPRITZER, N. Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica. Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio de Hipertensão Arterial. Vol. 29, p. 199-213, abr./set. 1996.