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Guias e Dicas
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O papel da atenção farmacêutica na redução de reações adversas em pacientes oncológicos - , Resumos de Farmácia

Uma análise detalhada sobre o papel fundamental da atenção farmacêutica no tratamento de pacientes oncológicos. Ele demonstra como a participação ativa do farmacêutico contribui efetivamente para a maior segurança do paciente, através da orientação e manejo correto dos medicamentos utilizados, acompanhamento de reações adversas e interações medicamentosas, detecção precoce de toxicidades e promoção da qualidade de vida durante o tratamento. O documento destaca que a implementação do atendimento individualizado ao paciente oncológico pelo profissional farmacêutico resulta em uma melhor integração entre a equipe multidisciplinar envolvida no tratamento, com compartilhamento de conhecimento, educação e colaboração. Isso leva à diminuição significativa dos custos do tratamento, prevenção de erros e controle das reações adversas a medicamentos, além de proporcionar maior segurança, confiabilidade e adesão ao tratamento pelo paciente, melhorando significativamente sua qualidade de vida.

Tipologia: Resumos

2023

Compartilhado em 15/06/2023

taina-abreu-2
taina-abreu-2 🇧🇷

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FACULDADE UNIBRAS DE RIO VERDE UNIBRAS
FARMÁCIA
ANA CAROLINA COSTA MORAIS
A ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA REDUÇÃO DAS REAÇÕES ADVERSAS
ASSOCIADAS AO TRATAMENTO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS
RIO VERDE, GOIÁS
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FACULDADE UNIBRAS DE RIO VERDE – UNIBRAS

FARMÁCIA

ANA CAROLINA COSTA MORAIS

A ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA REDUÇÃO DAS REAÇÕES ADVERSAS

ASSOCIADAS AO TRATAMENTO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS

RIO VERDE, GOIÁS

ANA CAROLINA COSTA MORAIS

A ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA REDUÇÃO DAS REAÇÕES ADVERSAS

ASSOCIADAS AO TRATAMENTO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Farmácia da Faculdade Unibras de Rio Verde, como exigência parcial para à obtenção do título de Bacharel em Farmácia. Orientador: Prof. Esp. Luana Morais dos Santos

RIO VERDE, GOIÁS

DEDICATÓRIA

Quero dedicar este TCC a minha vozinha dona Jeronima (in memoriam), te- nho certeza, que de onde ela estiver deve estar muito orgulhosa neste momento. Aos meus pais, que sempre me ajudaram durante o curso, com muito incenti- vo e às vezes até financeiramente. Por eles tenho tamanha gratidão e farei o meu melhor para retribuir tudo o que fizeram e fazem por mim! Quero dedicar principalmente, ao meu esposo que foi o meu maior incentiva- dor, inclusive foi ele quem escolheu o curso de Farmácia, pois eu queria Psicologia. Obrigada, por não me deixar desistir meu amor e sempre me apoiar, em todos os momentos! Aos meus irmãos, e em especial a Maria Eduarda, que às vezes me ajudava com as atividades devido a minha correria no trabalho, e também aos meus sobri- nhos. É tudo por vocês!

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, pela graça de concluir este curso e de me manter firme, durante a trajetória nestes cincos anos. Aos meus pais Sebastião Morais Diniz e Elaine Aparecida da Silva Costa, ao meu esposo William Mendes Momenté. Aos meus colegas de classe. Em especial, a minha amiga Kelly Luiza, que foi quem teve um papel impor- tante nesta reta final, me ajudando durante todo o tratamento. Quero agradecer a todos os professores que já passaram em minha vida nes- ta trajetória escolar e principalmente, a minha orientadora Luana Moraes, que me auxiliou em todo o TCC, e também em especial, a professora Celiana Ferrarini, que foi uma pessoa que desde o início se preocupava muito comigo e sempre me deu todo o apoio necessário. Obrigada a todos!

RESUMO

Com o objetivo de demostrar o papel fundamental da atenção farmacêutica, no tratamento de pacientes oncológicos, na contribuição efetiva para maior segurança do paciente, através da orientação e manejo correto dos medicamentos utilizados, acompanhando reações adversas e interações medicamentosas, detectando precocemente a ocorrência em grau de toxicidades e promovendo qualidade de vida durante o tratamento, buscando diminuir o risco de erros e a descontinuidade do tratamento. A pesquisa bibliográfica foi realizada, utilizando o método de abordagem hipotética dedutiva, através do levantamento bibliográfico de livros texto e pesquisas na internet, nas bases eletrônicas, incluindo a biblioteca virtual Scielo e revistas do Conselho Regional de Farmácia. Concluindo que a especialidade farmacêutica clínica em oncologia tem demonstrado a importância da especialização do profissional farmacêutico, pois tem despontado na atualidade. Sendo assim, a implementação do atendimento individualizado ao paciente oncológico, pelo profissional farmacêutico resulta em uma melhor integração, entre o corpo disciplinar envolvido no tratamento oncológico, através do compartilhamento de conhecimento, educação e colaboração, com os demais profissionais de saúde, intervindo na diminuição significativa dos custos do tratamento e na prevenção dos riscos de erros de tratamento e controle das reações adversas a medicamentos, reduzindo o custo do tratamento. Além de realizar a educação e acompanhamento direto ao paciente oncológico, trazendo segurança, confiabilidade, e adesão ao tratamento, diminuindo a ocorrência de reações adversas ao tratamento, melhorando significativamente a qualidade de vida do paciente oncológico. Ficando ressaltada a importância da busca em aprofundar os conhecimentos das atribuições desta categoria profissional, o farmacêutico clínico oncológico.

Palavras-chave: Oncologia. Farmácia. Atenção.

ABSTRACT

In order to show the fundamental role of pharmaceutical care in the treatment of cancer patients, in the effective contribution to greater patient safety, through the guidance and correct management of the drugs used, accompanying adverse reactions and drug interactions, detecting early the occurrence of toxicities and promoting quality of life during treatment, seeking to reduce the risk of errors and discontinuation of treatment. The bibliographic research was carried out, using the method of hypothetical deduction, through the bibliographic survey of textbooks and internet research in electronic databases, including the Virtual Library Scielo and magazines of the Regional Pharmacy Council. The conclusion was reached that the importance of the clinical pharmaceutical specialty in oncology has been shown, , because it has been increasing in prevalence nowadays. Thus, the implementation of individualized care to cancer patients by the pharmaceutical professional results in a better integration between the disciplinary body involved in cancer treatment, through the sharing of knowledge, education and collaboration with other health professionals, intervening in the significant reduction in treatment costs and in the prevention of the risks of treatment errors and control of adverse drug reactions, reducing the cost of treatment. In addition to educating and directly following-up with cancer patients, bringing safety, reliability, and treatment adhesion, reducing the occurrence of adverse reactions to treatment, significantly improving the quality of life for cancer patients. The importance of the search to deepen the knowledge of the attributions for this professional category, the clinical oncologic pharmacist, is emphasized.

Keywords: Oncology. pharmacy. attention.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas OPAS Organização Pan-Americana em Saúde RAM Reações Adversas a Medicamentos EAM Eventos Adversos a Medicamentos QV Qualidade de Vida OMS Organização Mundial em Saúde MS Ministério da Saúde ISOPP The International Society for Oncology Pharmacy Practitioners NCCN National Conprehensive Cancer Network

LISTA DE SÍMBOLOS

% Porcentagem

1 INTRODUÇÃO

De acordo com a folha informativa da OPAS (Organização Pan- Americana de Saúde) em 2018, o câncer foi a segunda causa de morte no mundo, sendo que 70% destas ocorreram, em países de baixa e média renda, ligados a riscos comportamentais e alimentares, sendo responsável por 9,6 milhões de mortes em 2018. Os mais comuns, o câncer de pulmão e mama, seguido pelo colorretal, próstata, câncer de pele não-melanoma, estômago, e ainda pulmão, colorretal estômago, fígado e mama (OPAS, 2018). O esquema terapêutico a que é submetido um paciente oncológico é muito complexo, incluindo desde medicamentos para tratar o câncer, como para as comorbidades, para tratar a toxicidade e condições induzidas pela terapia com quimioterápicos, estes além da intoxicação causada, ainda apresentam efeitos adversos (EAs), como: náusea leve, a fatal e mielossupressão. Esses efeitos adversos vêm se mostrando graves levando a prejuízos econômicos, na diminuição da qualidade de vida do paciente oncológico (CARVALHO, 2018). Buscando diminuir todo esse risco terapêutico, a atenção farmacêutica tem apresentado uma importância muito grande neste processo, orientando sobre o uso correto dos medicamentos, acompanhando as reações adversas e interações medicamentosas, diminuindo riscos de erros e descontinuidade do tratamento (PINTO et al., 2016). A procura pelo acompanhamento do farmacêutico na oncologia tem aumentado, evidenciando que os serviços clínicos farmacêuticos em oncologia têm demostrado um efeito positivo na qualidade de vida, e na segurança clínica do paciente, além de influenciar no impacto econômico reduzindo os custos do tratamento (CARVALHO, 2018). Com tudo isso, este trabalho tem por objetivo demostrar o papel fundamental da atenção farmacêutica no tratamento de pacientes oncológicos, demostrando que a participação ativa do farmacêutico contribui efetivamente, para maior segurança do paciente, através da orientação e manejo correto dos medicamentos utilizados, acompanhando reações adversas e interações medicamentosas, detectando precocemente a ocorrência em grau de toxicidades e

promovendo qualidade de vida, durante o tratamento, buscando diminuir o risco de erros e a descontinuidade do tratamento.

2 REVISÃO DE LITERATURA

Segundo o INCA (2019), no Brasil tem se vivido um momento diferenciando, em relação a área da saúde pública, em que os sistemas de informação do Ministério da Saúde, tanto assistenciais, como epidemiológicos, têm apresentado dados confiáveis, que são utilizados em planejamentos, gerenciamento e acompanhamento de situações de saúde, bem como, em tomadas de decisões e desenvolvimento de ações adequadas e oportunas, diante das situações da população. Descrevendo que nos últimos anos, a incidência de câncer teve um aumento significativo, sendo que as 3 maiores incidências observadas em homens foram: próstata (28,7 %), estômago (11,5 %) e pulmão (9 %), enquanto em mulheres: mama (21 %), colo do útero (20,6 %) e de cólon e reto (6,3 %). O câncer e seus tratamentos interferem diretamente na vida do paciente, pois quando se recebe o diagnóstico da doença, várias mudanças ocorrem nos hábitos e forma de viver, comprometendo assim a qualidade de vida (QV). Tanto a doença, quanto a terapêutica acarretam problemas físicos, emocionais, sociais, alterando as atividades da vida cotidiana (CARVALHO, 2018). Os esquemas terapêuticos a que os pacientes oncológicos são submetidos são complexos, envolvendo medicamentos que tratarão o câncer, as comorbidades, a toxicidade e as condições induzidas, pela terapia utilizada no tratamento. Os quimioterápicos desencadeiam eventos adversos (EAs), desde náusea leve, a fatais como mielossupressão. Nos últimos anos se comprovou que a comorbidade e mortalidade induzida são grandes problemas de saúde pública. Comprovando que os agentes quimioterápicos desencadeiam doenças graves levando a diminuição da qualidade de vida e prejuízos econômicos (NICOLUSSI; SAWADA, 2011). Esses eventos adversos a medicamento (EAM) podem ser ligados a erros, sendo evitáveis ou preveníveis. Nota-se que erros de medicação são mais comuns do que EAM, chegando a 5,3% das prescrições, podendo causar ou não danos irreversíveis. Sendo assim, é importante destacar que um dos papéis dos

(1,4 milhão) e próstata (1,1 milhão). Nos homens, os mais frequentes foram: pulmão (16,7%), próstata (15,0%), intestino (10,0%), estômago (8,5%) fígado (7,5%). Em mulheres, as maiores frequências encontradas foram: mama (25,2%), intestino (9,2%), pulmão (8,7%), colo do útero (7,9%) e estômago (4,8%) (GLOBOCAN, 2012). Com distribuição cosmopolita os tipos de câncer que hoje predominam e continuam a aumentar, especialmente em países em desenvolvimento, nestes sendo a principal causa de morte, nos países economicamente desenvolvidos é a segunda principal. Já países de baixa e média renda têm aumentado a sua incidência progressivamente, tendendo atingir 61% de todos os cânceres, em todo o mundo 2050. A previsão é que em 2030, haverá 26 milhões de novos casos de câncer e 17 milhões de mortes, por ano no mundo (CARVALHO, 2018). O INCA (2020), estimava que no brasil para triênio 2020-2022, ocorrerão 625 mil casos novos de câncer (450 mil, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma). O câncer de pele não melanoma será o mais incidente (177 mil), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada), cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil). Quanto ao sexo, os tipos de câncer mais frequentes à exceção do câncer de pele não melanoma, em homens serão: próstata (29,2%), cólon, reto (9,1%), pulmão (7,9%), estômago (5,9%) e cavidade oral (5,0%) e nas mulheres, exceto o câncer de pele não melanoma, os cânceres de: mama (29,7%), cólon e reto (9,2%), colo do útero (7,4%), pulmão (5,6%) e tireoide (5,4%) figurarão entre os principais. O câncer de pele não melanoma representará 27,1% de todos os casos de câncer em homens e 29,5% em mulheres. Atualmente, o câncer é uma patologia que tem uma prevalência altíssima atingindo cerca de 9,6 milhões de pessoas no mundo e o seu tratamento desencadeia fortes reações adversas nos doentes, os quimioterápicos utilizados por si só já são responsáveis, por estas reações devido às altas doses e frequência, que precisam ser administradas, pelo paciente (CALADO; TAVARES; BEZERRA, 2019). Financeiramente, o câncer acarreta um fardo econômico substancial para a sociedade. Resultando em altos custos de saúde em sua prevenção e tratamento. A evolução demográfica da população e as tendências epidemiológicas em câncer apontam para um aumento significativo dos custos para os próximos anos (CARVALHO, 2018).

2.2 TRATAMENTO ONCOLÓGICO E REAÇÕES ADVERSAS

A quimioterapia é o tratamento que quimioterápicos, compostos químicos com ação em tratamento de doenças causadas por agentes biológicos, que quando aplicada ao câncer é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica. Os quimioterápicos possuem efeitos terapêuticos e tóxicos que variam com tempo de exposição e com a concentração plasmática do medicamento. A toxicidade varia com os diversos tecidos e com o medicamento utilizado. O quadro 1, mostra exemplos de efeitos tóxicos dos quimioterápicos, conforme a época em que se manifestam, após a aplicação. (CARVALHO, 2018). Quadro 1 - Efeitos tóxicos dos quimioterápicos. Precoces (de 0 a 3 dias)

Imediatos (de 7 a 21 dias)

Tardios (meses) Ultra-tardios (meses ou anos) Náuseas Vômitos

Mielossupressão Mucosites

Miocardiopatia Hiperpigmentação

Infertilidade Carcinogênese Mal-estar Cistite hemorrágica devida à ciclofosfamida

Alopecia Mutagênese Adinamia Imunossupressão Pneumonite Distúrbio do crescimento em crianças Agitação Potencialização Imunossupressão Sequelas no SNC Exantemas Neurotoxidade Fibrose/cirrose hepática Flebites Nefrotoxidade Fonte: Carvalho (2018) p. 5.

Na quimioterapia a medicação destrói células neoplásicas, agindo nas funções celulares e na sua divisão e lise. Essa ação destrói também, células normais do organismo, o que acarreta inúmeros efeitos adversos como: náuseas, vômito, diarreia, constipação, mucosite, mielossupressão, neutropenia, plaquetopenia, anemia, entre outros (DA SILVA et al., 2017). A qualidade de vida vida do paciente que descobre que tem câncer é afetada diretamente, devido as mudanças que ocorrem em seus hábitos e modos de viver. Tanto o tratamento, quanto a própria doença podem desencadear problemas físicos, emocionais, sociais e alterar suas atividades cotidianas (VIEIRA; FORTES, 2015). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a definição de qualidade de vida é "a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores, nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações" (WHOQOL GROUP, 1998, p. 1405).

paciente, através de programas específicos, revisão e atualização de diretrizes locais (CARVALHO, 2018). As ações de assistência farmacêutica fazem parte do direito social atribuído pela legislação vigente. Os artigos 6º e 7º da Lei Orgânica da Saúde, asseguram a assistência terapêutica e farmacêutica integral, aos cidadãos brasileiros, partindo do princípio da integralidade de assistência. Assim faz cumprir a Portaria nº 3.916/98, do Ministério da Saúde (MS), estabelecendo a Política Nacional de Medicamentos, sobre: a garantida à população a necessária segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso aos medicamentos, que são básicos e necessários, para a sua proteção e reabilitação. (CARVALHO; TAVARES; BEZERRA, 2019). O termo “Pharmaceutical Care” foi utilizado pela primeira vez em 1990, traduzindo os cuidados farmacêuticos ou atenção farmacêutica, como sinônimo de “provisão responsável do tratamento farmacológico, com o objetivo de alcançar resultados satisfatórios na saúde, melhorando a qualidade de vida do paciente”. A Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1994, discutiu o conceito de cuidados farmacêuticos, definindo que o papel seria de: “estender o caráter de beneficiário dos Cuidados Farmacêuticos ao público, no seu conjunto e reconhecer, deste modo, o farmacêutico como dispensador da atenção sanitária, que pode participar, ativamente na prevenção das doenças e da promoção da saúde, em conjunto com outros membros da equipe sanitária”. Assim sendo, o farmacêutico tem por missão prover a atenção farmacêutica, realizando a provisão responsável de cuidados, com os medicamentos, para atingir resultados concretos, em resposta à terapêutica prescrita, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos doentes (CARVALHO, 2018).

2.4 RELAÇÃO ENTRE ASSITÊNCIA FARMACÊUTICA E DIMINUIÇÃO DAS

REAÇÕES ADVERSAS DO TRATAMENTO ONCOLÓGICO

Estudos publicados nos últimos anos, ressaltam e trazem o conhecimento das atividades realizadas por farmacêuticos em oncologia clínica. Criando a partir de 1995 a especialidade “Farmácia Oncológica”, que recebeu o título “The International Society for Oncology Pharmacy Practitioners” (ISOPP) que tem por objetivo garantir

o tratamento médico ideal para pacientes com câncer e, garantindo a melhora da qualidade de vida dos pacientes (CARVALHO, 2018). A partir da especialidade de farmácia oncológica é possível reconhecer, adquirir conhecimento e experiência para exercer esta atividade em expansão do sistema de saúde, em matéria de cuidados oncológicos. Contribuindo a partir da criação de serviços centrais, para a composição de medicamentos quimioterápicos e padronização dos formulários de pedidos de quimioterapia, diminuindo os riscos de erros de prescrição e dosagem, aumentando assim a segurança e confiança, na manipulação de medicamentos quimioterápicos (LIEKWEG, 2014). A publicação da RDC nº. 220 de 2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), dispõe que o responsável pela preparação da terapia antineoplásica é o farmacêutico, com a responsabilidade de avaliar a prescrição médica, no que diz respeito a sua viabilidade, estabilidade e compatibilidade físico- química dos componentes prescritos entre si, além de responsabilizá-lo, pela análise da sua adequação aos protocolos estabelecidos, pela equipe multidisciplinar de terapia antineoplásica, a legibilidade e a identificação de registro, no Conselho Regional de Medicina (CRM) (BRASIL, 2004). Atualmente, as atribuições dos farmacêuticos em oncologia excedem ao papel de simplesmente responder a prescrição médica, ou apenas à manipulação, sua atuação hoje está ligada a várias etapas da terapia quimioterápica, com a importante função de garantir assistência integral ao paciente oncológico, estando presente em praticamente todos os serviços de quimioterapia, pelo Brasil (LOBATO et al., 2019). A atuação do farmacêutico deve complementar os serviços médicos, quanto a informar o paciente oncológico, sobre a finalidade dos antineoplásicos e terapia de suporte utilizada, explicando sobre os eventos adversos e possíveis interações medicamentosas, além de informar como devem ser contornados e evitados essas intercorrências, e principalmente interagir com o paciente, promovendo a interação paciente-farmacêutico (AGUIAR et al., 2013). Este cuidado colaborativo e interativo tem ganhado ênfase em cuidados com pacientes hospitalizados. Resultando as intervenções farmacêuticas em: economia, qualidade de vida, satisfação do paciente, medicamento adequado, controle de eventos adversos a medicamentos e reações adversas. Demonstrando