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Nutrição humana, aleitamento materno, conceitos e definições
Tipologia: Notas de aula
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O Conhecimento correto e atualizado sobre a alimentação da criança é essencial para a avaliação e a orientação adequadas de sua nutrição. A alimentação saudável deve possibilitar crescimento e desenvolvimento adequados, otimizar o funcionamento de órgãos, sistemas e aparelhos e atuar na prevenção de doenças em curto e longo prazo. A obesidade e sequelas metabólicas: mal do século, os efeitos epigenéticos e comportamentais estão subjacentes à presente doença. Origens do Desenvolvimento da Saúde e Doença (DOHaD): periconceptual/fetal/infantil precoce desenvolvimento da obesidade em adultos e distúrbios metabólicos relacionados. o O Modelo DOHaD especula adaptações preditivas do feto (Nutrients, 2014, 6, 2165-2178; doi: 10.3390/nu6062165);
As respostas adaptativas preditivas (PARS): aumento do risco de doenças crônicas na idade adulta e/ou à herança de fatores de risco e um ciclo de doença transmitida entre gerações (programming). Alterações na nutrição no início da vida = aumento do risco de distúrbios metabólicos e cardiovasculares mais tarde na vida. A maioria, se não todos os nutrientes tem efeitos indiretos sobre a expressão gênica e proteica (metilações) e, consequentemente, sobre o metabolismo. Enquanto a genômica é a atuação sobre a expressão genética de um organismo, a epigenética é sobre desenvolvimento e programming (programação). Programming = indução, deleção ou prejuízo do desenvolvimento de uma estrutura somática ou ajuste de um sistema fisiológico por um estímulo ou agressão que ocorre num período suscetível (p. ex., fases precoces da vida), resultando em consequências em longo prazo para as funções fisiológicas.
Hoje, se considera que as questões alimentares devem ser analisadas desde a gestação até os 2 anos de idade para uma boa programação metabólica. A fase mais importante para o desenvolvimento físico e mental do ser humano são os primeiros mil dias de vida – período que somas os 270 dias de gestação com os 730 dias dos dois anos subsequentes. Nesse período, acontece a maior evolução de crescimento humano. Além do maior desenvolvimento do sistema nervoso e imunológico (como a formação da microbiota intestinal), impactando diretamente na formação de bons hábitos alimentares, aumentando as chances de ele se tornar um adulto saudável. A alimentação apropriada nesse período inclui uma dieta equilibrada da mãe na gravidez, o aleitamento materno exclusivo nos 6 primeiros meses de vida do bebê e, a partir daí, a introdução de alimentos, como água, sucos, chás e papinhas. Os bebês triplicam o peso do nascimento ainda no 1° ano de vida e, até os 2 anos, acontece a formação dos hábitos alimentares que ele levará para toda a vida. 5000 dias PEDIATRIA CUIDANDO DE ADULTOS? TRIAGEM DISLIPIDEMIA RASTREAMENTO HIV TRIAGEM DEPRESSÃO TESTE DO CORAÇÃOZINHO TRIAGEM PARA DEPRESSÃO E ALCOOLISMO 10 PASSOS PARA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EM MENORES DE 2 ANOS:
1. Dar somente leite materno até os 6 meses , sem oferecer água, chás ou quais outros alimentos. 2. A partir dos 6 meses , introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo-se o leite materno até os 2 anos de idade ou mais. 3. Após os 6 meses , dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas frutas e legumes) 3x/dia (se criança receber leite) ou 5x/dia (se ela não receber). 4. A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança. 5. A alimentação complementar deve ser espessa desse o início e oferecida com colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família. 6. Oferecer à criança diferentes alimentos todos os dias. Uma alimentação variada é, também, uma alimentação colorida. 7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. 8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
Frutas* 2x3 frutas/dia (manhã, sobremesa e tarde); nenhuma fruta está contraindicada; suco não deve ser usado pelo risco de obesidade: muitas vezes colocamos açúcar em excesso e sem contar que se aumenta as calorias de forma desnecessária = laranja, por exemplo, enche mais e fica mais nutritiva que o seu suco perde nutrientes no processo. ALIMENTOS ALERGÊNICOS Ovos, peixe, trigo introduzir até o 9° mês de vida (fica dentro da janela imunológica), reduz as chances de desenvolver alergia alimentar a esses alimentos; ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO (4-6 meses) X ALIMENTAÇÃO – O QUE INDICA QUE O BEBÊ ESTÁ PRONTO PARA OUTROS ALIMENTOS FORA O LEITE MATERNO? Desaparecimento do reflexo de protusão (reflexo de gag) ingestão e deglutição de semissólidos é facilitada; Movimentos voluntários e independentes de língua e lábios; Controle da cabeça e pescoço sustentação do tronco; Controle da ingestão; Com 5 meses, padrão primitivo de mastigação aceita bem a alimentação de semissólidos. Melhora a capacidade funcional TGI/renal. Reflexo de gag (não é engasgo) COMPOSIÇÃO DAS PAPAS Utilizar temperos naturais (salsa, cebolinha, alho, cebola, manjericão, orégano, tomilho); óleo vegetal – 1 colher de chá para o preparo; não adicionar sal e/ou temperos prontos. ( manual de alimentação, SBP, 2012 ). Cereal ou tubérculo: arroz, milho, macarrão, batata, mandioca, inhame, cara, etc; Leguminosa: feijão, soja, ervilha, grão de bico, lentinhas, fava, etc; Proteína: carne de boi, carne suína, carne de frango, carne de peixe, vísceras, ovos, etc; Hortaliças: legumes (cenoura, abóbora), verduras (alface, couve), etc; A PARTIR DOS 6 MESES DE IDADE: Alimentos amassados iniciar com 2 a 3 colheres de sopa e aumentar a quantidade conforme aceitação. A PARTIR DOS 7 MESES: Alimentos amassados 2/3 de uma xícara ou tigela com 250 ml.
9 A 11 MESES DE IDADE: Alimentos cortados ou levemente amassados ¾ de uma xícara ou tigela de 250 ml. 12 a 24 MESES DE IDADE: Alimentos cortados uma xícara ou tigela de 250 ml. MÉTODOS ALTERNATIVOS Baby-Led Introduction to SolidS (BLISS); BLW Baby, Led Weaning; Essa técnica envolve deixar o bebê deixar os alimentos, deixar o bebê se “melecar”, conhecer esses alimentos. ALIMENTAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR (2-6 ANOS) Grande vulnerabilidade para distúrbios nutricionais; Menor frequência às consultas pediátricas; Dificuldade na percepção dos pais quanto à condição nutricional das crianças. Como os pais de crianças dessa idade percebem seus filhos? 75 e 50% das mães de sobrepeso e obesos descreveram o filho como peso eutrófico. COMPORTAMENTO ALIMENTAR: anorexia simples e neofobia alimentar, apetite variável e momentâneo; maior autonomia e aumento de habilidades motoras e manuseio de utensílios; alimentos preferidos (preferência inata pelo sabor doce); socialização: comem melhor em grupo. INDICAÇÕES: Horários regulares e tempo adequado à mesa (15-20 minutos). Número de refeições ao dia, tamanho das porções e autorregulação do apetite sejam questões a serem verificadas. Controle da oferta de líquidos é essencial nessa fase. Evitar consumo indiscriminado de produtos à base de soja.
Tipo cola: risco de doenças ósseas e do esmalte dentário; Cafeína (aumenta diurese) + sódio: aumenta sede gerando ainda mais consumo; Presença de ácido fosfórico = desmineralização óssea e dentária + aumento da excreção de cálcio na urina; Águas carbonatadas: aumento da excreção urinária de cálcio. CONSUMO DE SUCOS E NÉCTAR DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS E BEBIDAS À BASE DE SOJA: Alta concentração de açúcar; o Néctar de pêssego 22g 2 colheres de sopa contêm 200 mg de açúcar. GORDURA VEGETAL HIDROGENADA (GORDURA TRANS): ZERO = < 0,2 g/porção; Aumento de LDL, TGC, liberação de ácidos graxos livres no sangue. CONSUMO DE ALIMENTOS PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS: Alto valor energético, risco de obesidade e câncer