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Noção da contabibilidade, Notas de estudo de Gestão de Recursos Humanos

Sergio Alfredo Macore / Helldriver Rapper Morada: Pemba - Cabo Delgado - Mozambique / Noção da contabibilidade

Tipologia: Notas de estudo

2017

Compartilhado em 16/05/2017

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Elaborado pelo dr. Sergio Alfredo Macore - 846458829
Dr. Sergio Alfredo Macore, UP 2017
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CAPÍTULO II: A Contabilidade
Noção de Contabilidade.
A informação Contabilística.
Importância da Informação Contabilística na tomada de decisões.
Os utilizadores da Informação Contabilística.
Divisões da Contabilidade.
Relações entre a Contabilidade e outras Disciplinas.
Evolução da Contabilidade.
A Contabilidade em Moçambique
2.1 A CONTABILIDADE: BREVE HISTORIAL
Para melhor entendermos a Contabilidade convém recordar que ela está ligada a actividade exercida pelo
Homem com vista a produção de bens e serviços para a satisfação das suas necessidades, a actividade
económica. A Actividade Económica é definida como sendo aquela que consiste na produção,
distribuição, troca e consumo de bens e serviços, visando à satisfação das necessidades humanas
mediante um custo. Isto é, é a actividade que lutando contra a escassez visa suprir as dificuldades
humanas.
A contabilidade vem sendo aplicada desde os primórdios da humanidade. A sua génese, segundo a
maioria dos autores, é explicada pela necessidade sentida pelo homem de preencher as dificiências da
memória, mediante um processo de classificação e registo que lhe permitisse recordar facilmente as
variações sucessivas de determinadas grandezas, para que em qualquer momento pudesse saber da sua
extenção. A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às
primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e
interpretação dos factos ocorridos com o objecto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os
fins propostos.
Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e da pastorícia. A organização
económica acerca do direito do uso do solo acarretou em separactividade, rompendo a vida comunitária,
surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual. Ao morrer, o
legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos filhos ou parentes. A
herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para
quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados.
A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registos do comércio. indícios de que as
primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo
exercida nas principais cidades da Antiguidade. A actividade de troca e venda dos comerciantes requeria o
acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e
serviços eram seguidas de simples registos ou relatórios sobre os factos.
Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba
egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C. À medida que o
homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto poderiam render e
qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização
quando já em maior volume, requerendo registos.
Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registos a fim de que pudesse conhecer as
suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.
Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que não
poderia ser feito sem o devido registo, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada. Nos
nossos dias, os procedimentos contabilísticos vão além do que inicialmente se lhe utilizou, pois, ela visava
principalmente suprir as limitações da memória humana, e que desempenhava igualmente a função de
constituir um meio de prova entre partes discordantes em letígio, sendo que ela tinha também, um papel de
natureza jurídica.
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CAPÍTULO II: A Contabilidade

 Noção de Contabilidade.  A informação Contabilística.  Importância da Informação Contabilística na tomada de decisões.  Os utilizadores da Informação Contabilística.  Divisões da Contabilidade.  Relações entre a Contabilidade e outras Disciplinas.  Evolução da Contabilidade.  A Contabilidade em Moçambique

2.1 A CONTABILIDADE: BREVE HISTORIAL

Para melhor entendermos a Contabilidade convém recordar que ela está ligada a actividade exercida pelo Homem com vista a produção de bens e serviços para a satisfação das suas necessidades, a actividade económica. A Actividade Económica é definida como sendo aquela que consiste na produção, distribuição, troca e consumo de bens e serviços, visando à satisfação das necessidades humanas mediante um custo. Isto é, é a actividade que lutando contra a escassez visa suprir as dificuldades humanas.

A contabilidade já vem sendo aplicada desde os primórdios da humanidade. A sua génese, segundo a maioria dos autores, é explicada pela necessidade sentida pelo homem de preencher as dificiências da memória, mediante um processo de classificação e registo que lhe permitisse recordar facilmente as variações sucessivas de determinadas grandezas, para que em qualquer momento pudesse saber da sua extenção. A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos factos ocorridos com o objecto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.

Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e da pastorícia. A organização económica acerca do direito do uso do solo acarretou em separactividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual. Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados.

A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registos do comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade. A actividade de troca e venda dos comerciantes requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registos ou relatórios sobre os factos.

Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C. À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registos.

Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registos a fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.

Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que não poderia ser feito sem o devido registo, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada. Nos nossos dias, os procedimentos contabilísticos vão além do que inicialmente se lhe utilizou, pois, ela visava principalmente suprir as limitações da memória humana, e que desempenhava igualmente a função de constituir um meio de prova entre partes discordantes em letígio, sendo que ela tinha também, um papel de natureza jurídica.

Actualmente, após as grandes transformações ocorridas durante a revolução industrial, desenvolveram-se princípios contabilísticos sistematizados, designados métodos contabilísticos.

Como instrumento de gestão, a contabilidade não mais serve apenas para preencher as memórias do passado. Ela, para além de descrever o registo histórico dos factos patrimoniais, permite fazer uma análise da situação presente da empresa e antever o seu futuro.

O verdadeiro técnico de contabilidade, deve estar apto em qualquer momento a responder a questões como as seguintes:

 Quanto possui a empresa?  Qual o valor dos stocks existentes em armazem?  Qual a relação devedora ou credora em relação àqueles com quem a empresa estabelece relações comerciais?  Como se estão a processar a liquidação dos débitos à terceiros e o recebimento dos créditos concedidos?

Porquanto, remetemo-nos a questão da definição da contabilidade, segundo a maioria dos autores:

De acordo com o Professor Gonçalves da Silva (1992), “a contabilidade é a tecnica de relevação patrimonial”. A revelação patrimonial consiste na descrição, na colocação em evidência, de determinados factos.

  • A Contabilidade é a doutrina do controlo económico e da determinação do rédito (lucro) em qualquer espécie de empresa. – Tessanova ;
  • A contabilidade é a disciplina que estuda os processos seguidos nas unidades económicas para a revelação da gestão. – Gino Zappa :
  • A Contabilidade é a ciência do património. – Masi ;
  • A Contabilidade é um método de investigação da actividade económica. – Popoff.

Assume-se também, que a contabilidade é a técnica de registo e de representação de todas as transformações sofridas pelo património de qualquer entidade económica durante o exercício da sua actividade, do modo a saber em qualquer momento a sua composição e o seu valor.

  • A Contabilidade , é uma ciência de natureza económica cujo objecto é a realidade económica passada, presente e futura, de qualquer entidade pública ou privada, analisada em termos quantitativos e por método específico com o fim de obter informações económico-financeiras indispensáveis à gestão dessa entidade, nomeadamente ao conhecimento da situação patrimonial e dos resultados obtidos e, ao planeamento e controlo da sua actividade. - João M. E. Pereira

A contabilidade pode ser definida ainda como sendo um registo ordenado e sistemático de valores de transacções comerciais e financeiras de um indivíduo ou de um empreendimento (negócio), a determinação dos seus resultados e o fornecimento de informações económico-financeiras para posterior análises financeiras como base para a tomada de decisões.

De acordo com estas definições, ao nosso entender, a contabilidade é uma técnica de gestão que tem em vista a determinação da situação patrimonial das empresas, num dado momento.

Fundamentalmente, a contabilidade é, contudo, um processo que consiste em três actividades, nomeadamente:

  • Identificação – seleccionando os eventos considerados relevantes para a actividade económica, particularmente para o negócio em causa;
  • Registo dos valores monetários das transacções (factos patrimoniais) bem como a descrição permanente e cronológica destes factos. Isto implica um registo diário e valorizado dos factos de forma ordenada e sistemática. Implica que os factos sejam também compilados e classificados;
  1. Verificabilidade – a informação deve ser aquela que seria obtida por indivíduos que trabalhassem independentemente uns dos outros.

  2. Neutralidade – a informação deve estar isenta de erros, omissões, vícios

2.5. OS UTILIZADORES DA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA

As informações contabilísticas são requeridas por vários utilizadores os quais as analisam para diversas decisões e para vários propósitos. Os Principais interessados são:

  1. Os investidores, sócios ou proprietários – Interessa-lhes conhecer ou acompanhar a evolução dos seus investimentos de modo a assegurar o retorno dos valores alocados à organização;
  2. A Empresa/Gestores – Os dados contabilisticos servem importantes funções da empresa e gestores:

Planeamento , que comporta a determinação dos objectivos da empresa e a definição de estratégias que os permitam atingir;  Organização , que significa o estabelecimento de estruturas para assentar e cumprir os planos;  Controlo , que identifica os desvios das realizações em relação às acções planeadas e a tomada de medidas correctivas necessárias.

  1. O Estado – pelo facto de a maior porção dos rendimentos do Estado provir dos impostos, interessa-lhe para melhor calculá-lo e para várias análises estatísticas, bem como para a elaboração planos macroeconómicos (Contabilidade Nacional);
  2. Credores ou fornecedores – estão interessados na segurança financeira das empresas como garantia da recuperação dos valores em dívida, residindo aqui o factor credibilidade;
  3. Trabalhadores – pela segurança dos seus postos de trabalho e das restantes condições salariais e de trabalho;
  4. As outras empresa A informação contabilística das várias empresas num mesmo sector permite uma análise comparativa através da leitura das peças contabilísticas produzidas pelos respectivos sistemas de informação. A possibilidade dada a cada empresa de se inserir num mercado relactivamente às suas concorrentes e não concorrentes constitui um indicador valioso de gestão.
  5. Clientes – como forma de garantia da continuação de prestação de melhores serviços;
  6. A comunidade em gera l – como os empregadores, sindicatos, etc. para avaliarem a capacidade de apoio a comunidade pelo fornecimento de bens e serviços.

2.6- TEORIA CONTABILISTICA E TÉCNICA CONTABILISTICA

a) Por Teoria da Contabilidade entende-se ao conjunto de conceitos básicos, regras de funcionamento e princípios teóricos fundamentais da contabilidade.

b) A Técnica Contabilistica diz respeito as formas de representação, é a escrituração propriamente dita.

2.7- DIVISÕES DA CONTABILIDADE

Tal como acontece em todas as outras ciências, a contabilidade também possui as suas ramificações. Antes, é necessário destinguir as zonas constituitivas da empresa.

Duas zonas importantes constituem a empresa. Zona externa e interna.

  1. Zona externa ou de contacto com o ambiente: A empresa não pode desenvolver a sua actividade isoladamente, mas sim em constante relação com o meio exterior; clientes que lhe adquirem bens e serviços; fornecedores a quem deverá adquirir os factores productivos que necessita, o Estado que define as normas jurídicas por que se deve reger e os investidores que colocam à sua disposição os fundos necessários ao desenvolvimentoda sua actividade. Portanto, iremos definir estas actividades como externas.

  2. Zona interna: Zona em que se desenvolve propriamente a actividade productiva da empresa. Consiste na combinação de todos os factos productivos (materiais, mão-de-obra, energia, etc.) com vista à produção final dos bens e serviços. A estas relações que se estabelecem no seio da própria empresa iremos designar de operações internas.

Com base nas distinções, teremos:

a) Contabilidade externa, geral ou financeira: Ela regista as operações externas da empresa, i.e., aquelas que respeitam à empresa no seu todo, seja, apura o lucro global da empresa e elabora o balanço anual.

A contabilidade geral, dá-nos a situação económico-financeira global da empresa, a sua situação perante o exterior (endividamento, responsabilidades, etc.) em concordância com os preceitos legais. Muitas veses, define-se a contabilidade geral com sendo aquela em que estuda as linhas gerais e comuns a todas as unidades económicas. Trasta-se de princípios contabilísticos (princípios, processos e instrumentos), que todas as unidades económicas, com contabilidade organizada, devem observar na escrituração das suas operações.

b) Contabilidade interna ou analítica: Esta regista as operações realizadas no seio da empresa. Visa o apuramento de resultados não globais (por productos, por departamentos, etc.) assim como custos unitários nas diversas fases de produção, os consumos, etc. A contabilidade interna permite um controlo mais directo e pormenorizado da actividade da empresa. É uma importante técnica de gestão.

Muitas vezes a contabilidade analítica apresenta-se designada por:

  • Contabilidade industrial, por ter sido inicialmnete implementada só nas empresas industriais;
  • Contabilidade de custos, por visar a determinação dos custos dos productos.

Tendo em consideração o período a que a relevação dos factos respeita, podemos considerar:

a) Contabilidade previsional , a que exprime os resultados das previsões, e permite a elaboração de fundamentos, planos de actividade e a formulação de regras a que a acção se deve subordinar. Traduz a estrutura e a actividade desejável do futuro: É conhecida pela ORÇAMENTALOGIA, isto é, a ciência que estabelece os orçamentos, documentos que resumem em números e valores, a actividade a desenvolver no futuro imediato.

b) Contabilidade histórica , dá a conhecer o que efectivamente se fez e proporciona uma visão retrospectiva da gestão. Mostra-nos até que ponto os objectivos fixados foram alcançados. É de facto, uma contabilidade que reflecte o passado, sendo contudo fundamental para o estabelecimento e controlo da contabilidade previsional.

A Contabilidade Aplicada às unidades económicas de variada natureza, dimensões e objectivos, com distintas necessidades de informação, pode destinguir-se em:

  1. Contabilidade Privada - a usada às unidades privadas (famílias, empresas e outros organismos);
  2. Contabilidade Pública - à usada a unidades económicas públicas (Estado e autarquias);
  3. A Contabilidade Nacional - ao respectivo conjunto. Respeita as informações inerentes ao produto, rendimento e despesas. É também designada por Macrocontabilidade. É relativa a unidades económicas complexas (regiões, nação, etc.)

1- Guarda-livros (Escriturário) É o empregado que tem a seu cargo a escrituração da empresa, compete-lhe processar dados e fornecer informações utilizáveis para diferentes fins e por diferentes interessados; O guarda-livros deve ter no mínimo a formação básica em contabilidade (10ª classe comercial) ou com 10 anos de experiência como escriturário “A”. Deve assegurar a recolha, tratamento e escrituração de dados relativos a operações contabilísticas, conferir a classificação de documentos segundo o PGC, proceder o registo de livros de contabilidade.

2- Contabilista – É o técnico com longa prática e sólidos conhecimentos teóricos cuja profissão consiste em montar a escrita, inspeccionar a precisão ou dirigir superiormente os serviços de contabilidade;

3- Revisor, Verificador ou Auditor É o contabilista encarregado do exame e apreciação de escritura e até certo ponto da gestão da empresa.

O contabilista planeia, o guarda-livros executa e o auditor confere e certifica.

2.10.1- Tarefas de Técnicos de Contas

Estes têm como tarefas executar:

1- Planos financeiros de instalação e exercício da empresa; 2- Planos de organização contabilistica, montagem de escrita; 3- Relevações cronológicas e sistemáticas das operações; 4- Elaboração de inventários; 5- Elaboração e apreciação de Balanços, Balancetes, demonstração de Resultados, etc; 6- Registo das operações (Diário, Razão, e outros documentos); 7- Abertura e encerramento de escritas; 8- Apreciação de documentos contabilísticos; 9- Interpretação de resultados; 10- Planos de financiamentos e de investimentos.

2.11. RELAÇÕES DA CONTABILIDADE COM OUTRAS DISCIPLINAS

Relações Formais

Se as informações contabilísticas interessam a generalidade das pessoas (administradores, sócios, pessoal, fornecedores, Estado, etc.) compreende-se que a contabilidade tem relações formais, especialmente com:

  • Direito Civil – conjunto de leis ou preceitos reguladores da vida social;
  • Direito Comercial – regulador das relações comerciais;
  • Direito Fiscal – regulador das relações entre Estado e contribuintes

Relações Instrumentais

a contabilidade está relacionada com a Matemática, Estatística e outras técnicas quantitativas, na medida em que utiliza estas ciências como instrumentos para a consecução dos seus fins.

Relações Essenciais

Como ciência de natureza económica ela está relacionada com a Economia, muito especialmente com a Economia de Empresas, com a qual chega a ser confundida, pois entre elas existem algumas diferenças:

a) Enquanto que a Economia de Empresas estuda a natureza dos fenómenos económicos- empresariais, a Contabilidade apenas estuda os seus efeitos quantitativos;

b) Enquanto que a Economia da Empresa estuda a combinação óptima dos factores de produção, com vista a obtenção dos melhores resultados, a Contabilidade apenas estuda a captação, medição e representação da realidade observada e os desvios entre o que devia ser e o que foi;

c) Enquanto a economia da Empresa se preocupa essencialmente com a tomada de decisões, a Contabilidade apenas se preocupa com a obtenção das informações que possam servir de base àquela decisões.