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NHO 04 - Método de coleta e análise de fibras em locais de trabalho, Trabalhos de Engenharia Ambiental

NHO 04 - Método de coleta e análise de fibras em locais de trabalho

Tipologia: Trabalhos

2011

Compartilhado em 26/10/2011

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salubre-consultoria-2 🇧🇷

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NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL

MÉTODO DE ENSAIO

Norma de Higiene

Ocupacional

Método de Ensaio

Método de Coleta e Análise de Fibras em Locais de Trabalho

Análise por Microscopia Ótica de Contraste de Fase

Equipe de elaboração: Cristiane Queiroz Barbeiro Lima Norma Conceição do Amaral

Este método de avaliação está incluído na série de Normas de Higiene Ocupacional (NHOs), elaborado por técnicos da Coordenação de Higiene do Trabalho da FUNDACENTRO, por meio do Projeto Difusão de Informações em Higiene do Trabalho 1998/1999.

SUMÁRIO

PREFÁCIO

Este método de ensaio vem sendo aplicado por técnicos do Laboratório de Microscopia, Gravimetria e Difratometria de Raios X da FUNDACENTRO desde 1987. Ele foi revisado para incorporar-se à Série de Normas de Higiene Ocupacional (NHOs), juntamente com a evolução de novos conceitos e aplicação prática.

A técnica de microscopia ótica de contraste de fase para análise de fibras no ar tem sido preferida em virtude de ser uma técnica rápida e com custo relativamente baixo, em comparação com outros métodos.

NHO 04

4. REFERÊNCIAS NORMATIVAS

As normas relacionadas a seguir estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda Norma está sujeita à revisão, recomenda-se utilizar as edições mais recentes.

Na aplicação deste método de ensaio pode-se consultar:

  • NHT 03 A/E/1984: Determinação de vazão de amostragem pelo método da bolha de sabão (FUNDACENTRO).
  • NBR 10562/1988: Calibração de vazão, pelo método da bolha de sabão, de bombas de baixa vazão utilizadas na avaliação de agentes químicos no ar (ABNT).

5. PRECISÃO ANALÍTICA

5.1. A maioria dos métodos que utilizam a técnica de microscopia ótica de contraste de fase apresenta grande variabilidade nos resultados intra e interlaboratoriais.

Sob controle estatístico do processo analítico, o coeficiente de variação analítico em um laboratório deve ser próximo de 20%, se 100 fibras forem contadas. Para concentrações muito altas ou muito baixas o coeficiente de variação é maior.

5.2. A microscopia ótica por contraste de fase não diferencia fibras. Fibras maiores que 0,15 μm de diâmetro podem ser detectadas.

6. DEFINIÇÕES

Para efeito deste método, aplicam-se as seguintes definições:

6.1. Área útil do filtro

É toda a área do filtro exposta ao depósito de poeira. A área útil do filtro pode variar de acordo com o sistema de coleta utilizado

NHO 04

e, também, em virtude do desgaste do filtro. O procedimento para a medição da área útil do filtro está descrito no Anexo A.

6.2. Campo de contagem

É a área circular interna pertencente ao gratículo de Walton- Beckett. (Anexo B)

6.3. Estratégia de amostragem

A estratégia de amostragem consiste em um planejamento cuidadoso para atingir o objetivo da avaliação quantitativa. (Anexo E)

6.4. Fibra

É um longo e fino filamento de determinado material.

6.5. Fibra respirável

Entende-se por fibra respirável aquela com diâmetro inferior a 3 micrômetros, comprimento maior que 5 micrômetros, e relação entre comprimento e diâmetro igual ou superior a 3:1.

6.6. Filtro branco de lote

Filtro de membrana do mesmo tipo, porosidade e diâmetro que o filtro a ser utilizado para a coleta. É um filtro usado exclusivamente em laboratório, como controle de contaminação antes da preparação dos filtros para amostragem. Uma amostra representativa de 4% do lote (caixas de 50 ou 100 unidades) de filtros deve ser preparada e contada conforme o método.

Quando a média dos resultados se encontrar acima de 5

fibras em 100 campos, o lote todo deverá ser rejeitado.

6.7. Filtro branco de laboratório

É um filtro de membrana do mesmo tipo, porosidade e diâmetro que o filtro utilizado na coleta.

NHO 04

7. SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

7.1. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

7.2. cm

3 /min – centímetro cúbico de ar por minuto

7.3. f/cm

3

  • fibras por centímetro cúbico

7.4. l/min – litros por minuto

7.5. mm – milímetros

7.6. NBR – Norma Brasileira

7.7. NHT – Norma de Higiene do Trabalho

7.8. μm – micrômetros

7.9. mm

2

  • milímetros quadrados

8. PRINCÍPIO DO MÉTODO

Este método consiste em coleta e análise de fibras, sendo:

8.1. Coleta

Trata-se de aspirar um determinado volume de ar com o auxílio de uma bomba portátil, calibrada na vazão desejada, fazendo-o passar através de filtro de membrana, onde as fibras são retidas.

8.2. Análise

Tornar transparente o filtro de membrana com material coletado sobre uma lâmina de vidro, utilizando vapor de acetona, a fim de permitir a passagem de luz do microscópio.

Adicionar triacetina para obter um índice de refração adequado para a visibilidade das fibras.

NHO 04

Colocar uma lamínula para proteção, e aguardar 24 horas para o manuseio.

As fibras depositadas sobre o filtro de membrana são medidas e contadas, e o resultado da concentração é expresso em fibras por centímetro cúbico de ar, calculado dividindo-se o número de fibras respiráveis contadas sobre o filtro pelo volume de ar amos- trado.

Nota: A preparação de amostras com acetona e triacetina é recomendável para fibras com índice de refração maiores que 1,51.

9. INTERFERÊNCIAS

Qualquer outra partícula pode interferir na análise, desde que se encontre dentro do critério de contagem.

A variabilidade do valor estimado para a concentração de fibras no ar ocorre em razão de vários fatores e erros cometidos durante os procedimentos de coleta e/ou durante os procedimentos analíticos. Os erros podem ser sistemáticos ou aleatórios. A aplicação de procedimentos padronizados e de um Programa de Controle da Qualidade Laboratorial é a maneira adequada de controle de algumas fontes de erros deste método. (Anexo F)

9.1. Erros sistemáticos

9.1.1. Coleta

  • Ajuste da vazão da bomba
  • Escolha da estratégia de amostragem
  • Contaminação do filtro durante a amostragem e o transporte

9.1.2. Análise

  • Medição da área útil do filtro
  • Regra de contagem

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10.4. Suporte de celulose de 25 mm de diâmetro

10.5. Etiquetas adesivas ou caneta de retroprojetor para identificação dos dispositivos.

10.6. Fita de teflon (para vedação)

10.7. Detergente neutro P.A. (para limpeza dos dispositivos de coleta)

11. APARELHAGEM PARA COLETA

11.1. Bomba de amostragem

Instrumento portátil que forneça uma vazão de ar de até 6 l/min,

provida de um sistema de controle de vazão constante que funciona com bateria recarregável e blindada, para utilização em ambientes onde se presume que existe risco de explosão, e um sistema automático de controle

de fluxo que lhes permita regular, de maneira instantânea, as variações no fluxo do ar aspirado, com uma precisão de ± 5%

12. MATERIAIS UTILIZADOS PARA ANÁLISE

12.1. Lâminas de 76 mm × 25 mm e 1 mm de espessura

12.2. Lamínulas de 32 mm × 24 mm e 0,17 mm de espessura

12.3. Seringa de vidro hipodérmica

12.4. Agulhas 3 × 7 mm (22/gauge)

12.5. Etanol P.A. (para limpeza dos microscópios)

12.6. Canetas de retroprojetor (para identificação nas lâminas)

12.7. Papel do tipo fotográfico para limpeza de lentes

12.8. Acetona P.A.

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12.9. Triacetina P.A. (triacetato de glicerina)

12.10.Caixas de madeira para armazenar as lâminas preparada s

13. APARELHAGEM PARA ANÁLISE

13.1. Vaporizador de acetona elétrico (Figura 9). 13.2. Microscópio ótico binocular de contraste de fase (Vide especificações no Anexo C.)

14. DENSIDADE DE FIBRAS SOBRE O FILTRO

Número de fibras por milímetro quadrado de área de filtro, D (número de fibras/mm^2 ) determinado pela seguinte fórmula:

(f/mm )

Ag

nf/ng

D =^2

onde

D = densidade de fibras sobre o filtro (f/mm²)

nf = número de fibras contadas

ng = número observado de áreas do gratículo

Ag = área do gratículo (mm²)

14.1. Densidade mínima de fibras

É a densidade mínima admissível de fibras sobre o filtro, que corres- ponde a 50 fibras/mm², aproximadamente 40 fibras/100 áreas do gratículo Walton-Beckett. Em situações nas quais se espera uma concentração muito baixa, é aceitável uma precisão menor, sendo consideradas 20 fibras/mm², ou seja, aproximadamente 16 fibras/100 áreas do gratículo Walton-Beckett.