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Oratória na Docência do Ensino superior
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Monografia apresentada à Faculdade Corporativa CESPI - FACESPI, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Docência no Ensino Superior. Orientador Professora: Sandra de Fátima Almeida Ferrari
Aprovada em ____/____/_____. BANCA EXAMINADORA
ORIENTADOR: ........................................................................
PROFESSOR: ...........................................................................
PROFESSOR: ...........................................................................
Dedico este trabalho ao meu Pai, “Seu Chico” (in memorian), à minha mamãe Terezinha, minha sogra dona Lídia, minha esposa Ruth, a meus filhos Gabriel e Pedro, pelo apoio que me deram para concluir este Curso e aos meus colegas e mestres que mediaram o conhecimento comigo.
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por ter me dado vida, saúde e condições intelectuais para desenvolver este trabalho. Também gostaria de agradecer minha família pela paciência que tem demonstrado comigo para conclusão desse curso. Não podia deixar de agradecer aos meus queridos professores e colegas de classe que diretamente e indiretamente tem me ajudado no entendimento dos conteúdos durante às aulas e enriquecido o meu histórico de conhecimentos.
“Se você pensa que pode, ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo”.
Em tempos em que as informações chegam em tempo real aos estudantes, temos uma deficiência que se repete nas cadeiras das nossas instituições de ensino superior: a dificuldade na assimilação do conteúdo ensinado ao aluno, não por falta do saber acadêmico pelo Mestre, mas, sim, por deficiências no uso de técnicas de Comunicação como a Oratória, a arte de falar e cativar a audiência fazendo com que a atenção e assimilação do conteúdo sejam mais eficientes. Traçaremos um resumo histórico da arte e veremos alguns ruídos na comunicação entre mestres e discentes, bem como sugestões para aperfeiçoamento.
O presente trabalho tem por finalidade destacar a influência do educador na formação profissional dos alunos tanto dentro quanto fora de sala de aula, apresentando um breve histórico da educação brasileira e suas ascensões desde a antiguidade até o mundo atual, tendo como base esses dados, de maneira que faça o educador atual a pensar sobre suas ações para colaborar com o desenvolvimento de uma educação com qualidade. Foi utilizado a pesquisa bibliográfica para fazer uma reflexão sobre o perfil ideal do educador moderno. Assim pode-se afirmar que o futuro educador deverá ter mais comprometimento com sua profissão, a fim de que se torne um profissional capaz de liderar uma sala de aula sempre respeitando as individualidades dos alunos, criando um ambiente mais agradável para o ensino- aprendizagem. O primeiro capítulo aborda como a Oratória se desenvolveu entre os Gregos, Romanos e quem foram seus expoentes no decorrer da História. O segundo capítulo aborda alguns problemas que podem ser identificados na transmissão dos conhecimentos em sala de aula. O terceiro capítulo apresenta os modelos de aprendizagem comumente aceitos na abordagem do Ensino. O quarto capítulo aborda caminhos para uma implementação prática das técnicas de Oratória na forma de dicas de uso imediato. Considerações finais que trazem algumas reflexões a respeito do conteúdo analisado com singelas manifestações.
sofistas desenvolviam seu aprendizado na arte de falar, praticando leituras em público, fazendo comentários sobre os poetas, treinando improvisações e promovendo debates. Górgias, importante retor grego, transmitiu seus conhecimentos a muitos oradores, e um de seus discípulos, Isócrates, que viveu de 436 a 338 a.C., implantou a disciplina da retórica no currículo escolar dos estudantes atenienses. Isócrates ampliou o campo de estudo da oratória, não se limitando apenas à retórica, pois associou a ela boa parte da filosofia socrática, assimilada na época em que foi discípulo de Sócrates. Com todo esse mérito que a História lhe creditou, Isócrates apresenta uma interessante singularidade: nunca proferiu um só discurso, apenas estudou sua técnica e os escreveu. Isto porque sua voz era deficiente para a oratória e alimentava pavor incontrolado pela tribuna. Nesta mesma época, século IV a.C., encontramos outro estudioso da retórica, Anaxímenes de Lãmpsaco, que apresentou grandes contribuições para a compreensão desta arte, principalmente quanto a sua divisão. Suas observações levaram-no a classificar a retórica em três gêneros: deliberativo, demonstrativo e judiciário. Esta classificação foi aproveitada e estruturada objetivamente por Aristóteles. Aristóteles, discípulo de Platão, dele recebeu ensinamentos por largo período, cerca de vinte anos. Platão guardava grande admiração pelo discípulo, tanto que, quando este não compareceu a uma das reuniões que se faziam na Academia, o mestre afirmou: "A inteligência está ausente". A retórica de Aristóteles é uma obra do verossímil, aplicando não aquilo que é, mas aquilo que o público supõe possível. Segundo seu pensamento, a retórica é a faculdade de ver teoricamente o que, em cada caso, pode ser capaz de gerar a persuasão. Também Aristóteles não foi orador, dedicando-se apenas ao estudo e ao ensino da oratória, sem proferir discursos.
Outro grego que não possuía o dom da palavra foi Demóstenes, mas ele não se conformou com as barreiras impostas pela natureza e à custa de muita dedicação eliminou suas deficiências e se transformou no maior orador que a Grécia conheceu. Assim tivemos em Demóstenes um aplicador das regras estabelecidas para a arte de falar, iniciada pela praticidade de Corax, ampliada pela engenhosidade artística de Isócrates, e aprimorada pela inteligência de Aristóteles, que soube associar a prática do primeiro com a elevação do pensamento deste último, transformando as duas disciplinas, oratória e retórica, em uma arte admirável. OS ROMANOS Os romanos sofreram extraordinária influência cultural dos gregos no século II a.C., inclusive na arte oratória. Houve resistência em diferentes períodos a que isto ocorresse, chegando ao ponto de um censor, Crasso, decretar o fechamento de todas as escolas que ensinavam a arte de falar. Essa atitude drástica não arrefeceu o interesse daquele povo, que passara a gostar muito do estudo e da prática da oratória; assim que Crasso partiu, as escolas foram reabertas e freqüentadas com entusiasmo. Cícero foi o maior orador romano. Nascido no ano 106 a.C., preparou-se desde muito cedo para a arte da palavra. Com apenas dez anos de idade, seu pai o deixou aos cuidados de dois mestres da arte oratória. Aos quatorze anos iniciou seu aprendizado retórico na escola do retor Plócio e já aos dezesseis anos abraçou a prática da arte de falar, observando os grandes oradores da sua época, que se defrontavam nas assembléias do fórum. Sua produção literária sobre a oratória foi abundante, destacando-se: De Oratore, obra em três livros em forma de diálogo, onde define o orador e faz uma revisão da retórica tradicional; Orator, páginas destinadas a determinar uma espécie de perfil do orador ideal; Brutus, um diálogo sobre a história da arte oratória e dos oradores de Roma; Oratoriae Partitiones, uma obra didática que cuida da divisão sistemática e da classificação da retórica e aborda a invenção, que é a ação de achar argumentos e razões para convencer e
apresentar seminários, dirigir ou participar de reuniões, dar entrevistas para emissoras de rádio e televisão, fazer palestras, fazer e agradecer homenagens, desenvolver contatos sociais, representar o clube ou entidade a que pertence, nos mais diversos acontecimentos. Carneiro (2012) ressalta que nenhum elemento contribui tanto para o êxito social ou profissional quanto à capacidade de bem expressar idéias, dando razão a William Gladstone, renomado estadista, para quem “saber falar e saber vencer na vida” eram uma e a mesma coisa”. De acordo com Furini (2006), as pessoas que sabem falar bem em público têm mais chances de conquistar sucesso social e profissional. Para ela a oratória é uma arte sempre atual, cujo conhecimento é imprescindível. Sendo assim, torna-se importante que os estudantes tomem consciência da importância de conhecerem as técnicas da arte de bem falar, não somente através do estudo de teorias, mas principalmente pela prática de oratória. Os aspectos teóricos aliados às práticas constituem a melhor forma de desenvolver a oralidade em sala de aula. Para todos os profissionais da educação, sobretudo os que atuam diretamente em sala de aula, a oratória pode ser facilitadora das relações, seja com os alunos ou com os próprios colegas de trabalho. Quando o professor sabe utilizar a arte de bem falar, de cativar e atrair a atenção dos educandos, tem mais facilidade para atrair o interesse e possibilitar a interação com os alunos, principalmente se demonstrar claramente a importância do conteúdo, fornecendo exemplos práticos e falar com emoção.
Em pesquisas sobre o assunto, encontramos uma excelente observação feita pela professora Maria Tereza Grosso: A oralidade deveria ser encarada como princípio básico para que o professor exercesse o seu ofício, uma vez que a comunicação verbal é um dos mais importantes veículos transmissores de conhecimento. No entanto, a realidade é outra; de acordo com a grade curricular, não há preocupação em formar a Oralidade do professor, visto que o tema é tratado superficialmente e com pouca relevância nos cursos de Pedagogia. Cria-se uma controvérsia, pois o futuro professor aprende a trabalhar a oralidade do aluno, mas a sua própria, é ignorada.(Grosso, 2010) Neste contexto do professor como orador, que se utiliza da palavra como ferramenta principal para a transmissão do conhecimento acadêmico, observaremos deficiências na prática da Comunicação oral dos Docentes.
Ao perder a linha de raciocínio durante a exposição, o professor demonstrará fraqueza de preparo quanto à forma de transmitir a mensagem, ainda que domine o assunto a ser abordado. Infelizmente tal procedimento desencadeará uma série de conseqüências negativas. Os alunos perceberão a insegurança do professor, ou através do rubor facial, ou pelo nervosismo aparente na gesticulação e constantes interrupções na fala, o famoso ¨branco¨, características que desvalorizam o trabalho docente. Neste momento crucial, a concentração dos alunos será dispersa e as conversas paralelas tomarão conta da aula. Dificilmente, sem o preparo adequado, o professor poderá conter a dispersão e retomar a exposição do conteúdo, satisfatoriamente. Uma turma inteira poderia ser conduzida ao aprendizado de forma eficiente e dinâmica se o professor soubesse transmitir com confiança e habilidade a matéria se fazendo entender.
A utilização de um vocabulário sofisticado, técnico ou específico pode ser incapaz de trazer ao aluno o conhecimento que se almeja transmitir. Tampouco um vocabulário predominantemente pobre, com gírias, expressões chulas ou de cunho preconceituoso com qualquer classe ou tipo de pessoas é incompatível com as cadeiras de nossos cursos de formação de futuros bacharéis e técnicos de nosso país. O vocabulário rico ou técnico é útil para compreendermos o que as pessoas escrevem e quando necessitamos de uma melhor redação ou explanamos um assunto para um público mais específico e de mesmo nível. Porém nossos discentes possuem faixa etárias diferentes, culturas e saberes os mais variados, assim, como é que podem ficar concentradas na mensagem se tiverem de que se preocupar com o significado de cada palavra? Vocabulário pobre, aquele do dia a dia é demais simplório. Compõe-se de um reduzido número de palavras e não permite o encadeamento eficiente do
pensamento. Por falta de uma orientação adequada, mestres altamente capacitados, por não desenvolverem seu vocabulário de forma eficaz não recebem a decodificação correta de sua mensagem por apresentar-se como um indivíduos sem as habilidades corretas ou tidas como incultos. Portanto, a utilização de um vocabulário equilibrado, que possui clareza das idéias e objetividade será melhor aceito tornando o professor admirado e aceito como ideal.