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Guias e Dicas
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Modulo01 Interp Exames Laboratoriais, Provas de Bioquímica

Interpretação de exames laboratoriais

Tipologia: Provas

2015

Compartilhado em 30/06/2015

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geber-cortez-5 🇧🇷

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AN02FREV001/REV 4.0
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
INTERPRETAÇÃO DE EXAMES
LABORATORIAIS
Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação
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AN0 2 FREV001/REV 4.

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE

INTERPRETAÇÃO DE EXAMES

LABORATORIAIS

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN0 2 FREV001/REV 4.

CURSO DE

INTERPRETAÇÃO DE EXAMES

LABORATORIAIS

MÓDULO I

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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7.1 CORPOS CETÔNICOS

7.2 BILIRRUBINAS

7.3 UROBILINOGÊNIO

7.4 HEMOGLOBINA

7.5 GLICOSE

7.6 NITRITO

7.7 PROTEÍNAS

8 ANÁLISE MICROSCÓPICA DO SEDIMENTO

8.1 CÉLULAS EPITELIAIS

8.2 HEMÁCIAS

8.3 LEUCÓCITOS

8.4 CRISTAIS

8.4.1 Cristais Normais 8.4.2 Cristais Anormais 8.5 CILINDROS 8.6 BACTÉRIAS 8.7 MUCO 8.8 LEVEDURAS 8.9 PARASITAS 8.10 ESPERMATOZOIDES 8.11 CÁLCULOS RENAIS 8.12 ARTEFATOS 9 PARASITOLOGIA 9.1 NOÇÕES GERAIS 9.2 MÉTODOS PARA DETECÇÃO DE PARASITAS NAS FEZES 9.2.1 Exame Macroscópico 9.1.2 Simples Observação 9.2.3 Tamisação 9.3 IDENTIFICAÇÃO DE PROGLÓTIDES DE TAENIA 9.3.1 Método do Ácido Acético Glacial 9.3.2 Método de Campos 9.4 DIRETO 9.4.1 Exame Direto para a Pesquisa de Ovos de Helmintos

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9.5 TÉCNICAS DE CONCENTRAÇÃO

9.5.1 Flutuação Simples 9.5.2 Centrífugo-Flutuação 9.5.2.1 Material fecal fresco 9.5.2.2 Material fecal preservado pela solução de formaldeído 9.5.3 Técnica de Sedimentação 9.5.3.1 Sedimentação espontânea em água 9.5.3.2 Centrífugo-Sedimentação: Centrífugo-Sedimentação pela Formalina-Éter 9.6 MÉTODOS QUANTITATIVOS 9.6.1 Método Modificado de Kato-Katz 9.7 MÉTODOS PARA ISOLAMENTOS DE LARVAS 9.7.1 Método de Baermann (1917) e Moraes (1948) 9.7.2 Método de Rugai, Mattos & Brisola (1954) 9.8 MÉTODO DE GRAHAM (TESTE DA FITA ADESIVA/GOMADA) 10 PESQUISA DE ELEMENTOS ANORMAIS NAS FEZES 10.1 PESQUISA DE GORDURA FECAL 10.2 PESQUISA DE LARVAS 10.3 PESQUISA DE ROTAVÍRUS 10.4 PESQUISA DE SANGUE OCULTO 10.5 PESQUISA DE TROFOZOIDES 11 ALGUNS PARASITOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA 11.1 GIARDIA LAMBLIA 11.2 ASCARIS LUMBRICOIDES 11.3 ENTAMOEBA HYSTOLYTICA 11.4 STRONGYLOIDES STERCORALIS 11.5 SCHISTOSOMA MANSONI 11.6 ANCYLOSTOMA DUODENALE 11.7 ENTEROBIUS VERMICULARIS 11.8 TAENIA SOLIUM E TAENIA SAGINATA

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14.4 ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS

14.4.1 Volume Corpuscular Médio (VCM) 14.4.2 Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) 14.4.3 Concentração De Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) 14.4.4 Red Cell Distributions Width (RDW) 14.5 ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS 14.5.1 Alterações com relação ao tamanho 14.5.2 Alterações com relação à coloração 14.5.3 Alterações com relação à forma/coloração 14.5.4 Inclusões e outras variações das hemácias 14.6 LEUCÓCITOS 14.6.1 Morfologia dos Leucócitos 14.6.2 Aspectos Gerais das Alterações Leucocitárias 14.6.3 Neutrófilos 14.6.4 Eosinófilos 14.6.5 Basófilos 14.6.6 Linfócitos 14.6.7 Monócitos e Macrófagos 14.6.8 Alterações dos Leucócitos 15 PLAQUETAS 16 VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS) 17 RETICULÓCITOS 18 FRAGILIDADE OSMÓTICA DAS HEMÁCIAS 19 TESTE DE FALCIZAÇÃO DAS HEMÁCIAS 20 TESTE DE COOMBS DIRETO 21 TESTE DE COOMBS INDIRETO 22 DETERMINAÇÃO DO GRUPO SANGUÍNEO 23 PESQUISA DE CÉLULAS LE

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MÓDULO IV

24 IMUNOLOGIA

24.1 PRINCÍPIOS

24.2 PRINCIPAIS CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE (RESPOSTA CELULAR)

24.2.1 Linfócitos B 24.2.2 Linfócitos T 24.2.3 Células Naturais Killer (NK) 24.2.4 Macrófagos 24.2.5 Mastócitos 24.3 PRINCIPAIS MOLÉCULAS DO SISTEMA IMUNE (RESPOSTA HUMORAL) 24.3.1 Anticorpos 24.3.2 Sistema Complemento 24.3.3 Citocinas 24.3.3.1 Interferons (IFN) 24.3.3.2 Interleucinas (IL) 24.3.3.3 Fatores Estimuladores de Colônia (CSF) 25 ENSAIOS IMUNOLÓGICOS 25.1 FATOR REUMATOIDE 25.2 VDRL (LUES) 25.3 ASLO (ANTIESTREPTOLISINA “O”) 25.4 BRUCELOSE 25.5 DOENÇA DE CHAGAS 25.6 PROTEÍNA C REATIVA 25.7 MONONUCLEOSE INFECCIOSA 25.8 EPSTEIN-BARR VÍRUS 25.9 PPD (PROTEÍNA PURIFICADA DERIVADA) 25.10 HIV 25.11 HTLV I/II 25.12 TOXOPLASMOSE 25.13 CITOMEGALOVÍRUS 25.14 RUBÉOLA

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MÓDULO V

27 BIOQUÍMICA

27.1 PRINCÍPIOS

27.2 ANALITOS DE INTERESSE

27.2.1 Glicose 27.2.2 Teste de Tolerância Oral à Glicose (TTOG) 27.2.3 Triagem Gestacional 27.2.4 Hemoglobina Glicada 27.2.5 Frutosamina 27.2.6 Proteínas Totais e Frações 27.2.7 Eletroforese de Proteínas 27.2.7.1 Padrões típicos de eletroforese 27.2.7.2 Eletroforese da urina 27.2.7.3 Eletroforese do liquor 27.2.7.4 Eletroforese da hemoglobina 27.2.8 Creatinina 27.2.9 Clearance de Creatinina 27.2.10 Cistatina C 27.2.11 Ureia 27.2.12 Perfil Lipídico 27.2.12.1 HDL-colesterol 27.2.12.2 LDL-colesterol 27.2.12.3 VLDL-colesterol 27.2.12.4 Triglicerídeos 27.2.12.5 Lipase 27.2.12.6 Valores de referência 27.2.13 Ácido Úrico 27.2.14 Aspartato Aminotransferase (AST/TGO) 27.2.15 Alanina Amino Transferase (ALT/TGP) 27.2.16 Gama Glutamil Transpeptidase (GGT) 27.2.17 Fosfatase Alcalina

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27.2.18 Bilirrubinas 27.2.19 Amilases 27.2.20 Desidrogenase Lática (LDH) 27.2.21 Colinesterase 27.2.22 Creatinoquinase (CK) 27.2.23 Sódio (Na+) 27.2.24 Potássio (k+) 27.2.25 Magnésio (Mg++) 27.2.26 Cálcio (Ca++) 27.2.27 Cloro (Cl-) 27.2.28 Fósforo (P) 27.2.29 Ferro 27.2.30 Troponinas 27.2.31 Gasometria Arterial 27.2.32 Teste do Pezinho 28 HORMÔNIOS 28.1 INSULINA 28.2 TSH 28.3 TBG 28.4 T3 TOTAL 28.5 T3 LIVRE 28.6 T4 TOTAL 28.7 T4 LIVRE 28.8 HORMÔNIO LUTEINIZANTE (LH) 28.9 HORMÔNIO FOLÍCULO-ESTIMULANTE (FSH) 28.10 ESTRADIOL 28.11 ESTRIOL 28.12 ESTRONA 28.13 HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) 28.14 PROGESTERONA 28.15 PROLACTINA 28.16 RENINA 28.17 ANTÍGENO PROSTÁTICO (PSA)

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32.2 QUANTITATIVO

32.3 SELEÇÃO DE ANTIBIÓTICOS

32.4 ALGUNS EQUIPAMENTOS AUTOMATIZADOS DE IDENTIFICAÇÃO DE

DETERMINAÇÃO DA CIM

33 ESPERMOGRAMA

33.1 INTERPRETAÇÃO DOS NOVOS PARÂMETROS DE MOTILIDADE

33.2 PARÂMETRO ESTRITO ( KRUGER )

33.3 ÁCIDO CÍTRICO

33.4 FRUTOSE

34 LÍQUIDO CEFALORAQUIDIANO – LCR/LIQUOR

34.1 EXAME MICROSCÓPICO

34.2 EXAME BIOQUÍMICO

34.3 EXAME CITOLÓGICO

35 OUTRAS AVALIAÇÕES

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MÓDULO I

1 NOÇÕES PRELIMINARES

1.1 OBJETIVOS

O presente curso tem como objetivo o aprendizado e aperfeiçoamento do aluno com relação à Interpretação de Exames Laboratoriais, tendo como apoio o conhecimento básico e simplificado das alterações fisiopatológicas associadas a determinados resultados laboratoriais. É importante frisar que este curso não tem como objetivo fundamentar ou qualificar o aluno para concluir ou mesmo diagnosticar quaisquer doenças relacionadas a determinados resultados laboratoriais, uma vez que tais procedimentos são exclusivos da área médica. Somente o clínico possui qualificação para analisar diversos resultados de exames, sejam eles laboratoriais ou não, associá-los à clínica do paciente e assim definir o diagnóstico, tratamento, etc. O mundo tem assistido a um período acelerado de mudanças em todas as áreas da Saúde, seja na prevenção, diagnóstico ou tratamento das diversas enfermidades que acometem a população mundial. Em função disso, é inegável a necessidade de aperfeiçoamento de todos que militam na complexa área do diagnóstico laboratorial e, pensando nisso, o presente curso foi revisado e reformulado, procurando se adequar às novas mudanças observadas dentro e fora dos laboratórios clínicos. Após minuciosa revisão, novos tópicos foram implantados e aperfeiçoados procurando acompanhar as evoluções e atender as expectativas de todos.

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A obtenção do sangue é feita basicamente de três maneiras: punção venosa, punção arterial e punção de pele, porém a grande maioria das análises é feita após punção venosa, por sua facilidade de obtenção, uma vez que as artérias são mais profundas e doloridas para o paciente e a punção de pele não permite obtenção de grandes volumes. A punção arterial é utilizada apenas para dosagens de gases sanguíneos, também chamada gasometria, uma vez que a composição dos gases sanguíneos varia consideravelmente entre artérias e veias. A punção de pele raramente é utilizada, sendo muito comum para testes de glicose em aparelhos de uso pessoal em diabéticos, algumas determinações de grupo sanguíneo, etc. Como já foi dito, a amostra de sangue recomendada para análises laboratoriais é a amostra venosa e para tal pode-se puncionar qualquer veia do corpo e as preferidas são as veias do antebraço:

  • Veia Basílica
  • Veia Mediana
  • Veia Radial Uma observação importante é com relação ao “Teste do Pezinho”, que posteriormente será abordado. A amostra de sangue coletada pode ser obtida por punção venosa, não sendo necessária a punção no calcanhar do bebê. Tal procedimento é algumas vezes escolhido pela quantidade de sangue a ser coletada, já que a punção no calcanhar, além de mais dolorida, pode ser insuficiente para a realização de todos os testes (preenchimento dos espaços no cartão-teste). A punção não deve ser realizada no braço ou lado em que a paciente realizou mastectomia (retirada do seio) ou onde o paciente recebeu uma infusão intravenosa recentemente (soro, etc.). O mais importante em uma coleta de sangue é que a mesma seja realizada sem traumatismos para se evitar a hemólise ou coagulação do sangue, pois em algumas análises tais eventos interferem nos resultados. Nunca se deve aplicar “tapinhas” no local a ser puncionado. Tal procedimento era utilizado para facilitar a palpação da veia, porém acarreta sérios problemas como hemólise e em idosos portadores de ateroma (placas de gordura nas veias) pode ocorrer o deslocamento das placas e causar graves problemas. A

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assepsia deve ser realizada utilizando algodão embebido em álcool 70% em sentido único: de cima para baixo ou de baixo para cima. O garroteamento é utilizado apenas para facilitar a punção, pois se aumenta a pressão de retorno venoso no braço fazendo com que as veias se encham de sangue e possam ser mais facilmente puncionadas. O garroteamento prolongado leva a uma hemoconcentração de todos os elementos do sangue, refletindo em resultados falsamente elevados e, para evitá-la, deve-se garrotear o braço do paciente por não mais que um minuto. A coleta deve ser realizada mediante uso de seringas e agulhas descartáveis ou mais apropriadamente com tubos a vácuo (os tubos possuem vácuo próprio para aspiração de volumes determinados de sangue além de anticoagulantes próprios para cada dosagem). Outra grande vantagem na coleta a vácuo é a eliminação do processo de transferência do sangue da seringa para o tubo de realização dos testes.

FIGURA 1 - TUBOS PARA

COLETA A VÁCUO

FIGURA 2 - SISTEMA DE

COLETA A VÁCUO

FONTE: Greiner Bio-One Brasil. Disponível em: <www.gbo.com>. Acesso em: 26 jan. 2010.

FONTE: Disponível em: <www.ufrj.br>. Acesso em: 26 jan. 2010.

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Plasma : O sangue é colhido com anticoagulante, homogeneizado e então centrifugado, o sobrenadante é o plasma. O material recebe nomenclaturas diferentes de acordo com tipo de anticoagulante utilizado: Plasma citratado (plasma obtido após tratamento com o anticoagulante Citrato), Plasma heparinizado (plasma obtido após tratamento com Heparina), etc. Em tubos de coleta a vácuo, os anticoagulantes já estão preparados e são vendidos prontos para uso (no interior do tubo de coleta e na concentração própria para o volume de sangue a ser coletado). Existe uma padronização dos tubos de coleta, independentemente da marca, com relação ao anticoagulante presente no seu interior, sendo que a diferenciação é feita pela cor da tampa do tubo. Os mais utilizados são:

FIGURA 4 – TUBOS DE COLETA Tampas Anticoagulante Setor Material

EDTA Hematologia Vidro ou Plástico

Gel separador com ativador de coágulo

Sorologia e Bioquímica

Vidro ou Plástico

Citrato de Sódio Coagulação^ Vidro Siliconizado sem anticoagulante

Sorologia e Bioquímica

Vidro ou Plástico

Heparina Sódica

Bioquímica e Imunologia

Vidro

Fluoreto de sódio + EDTA Bioquímica^ Vidro ou Plástico Fonte: Greiner Bio-One Brasil. Disponível em: <www.gbo.com>. Acesso em: 26 jan. 2010.

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2.2 URINA

O exame de urina é também chamado de Urina tipo I, Rotina de Urina, Parcial de Urina, EAS (Elementos Anormais e Sedimentos), entre outros. Vale ressaltar que atualmente não se utiliza o termo Urina Tipo II (substituído pela solicitação específica de urocultura, que será oportunamente descrita), porém o termo Urina Tipo I permanece até os dias atuais. O exame de Urina Tipo I é o método de triagem para investigar possíveis alterações renais, infecções do trato genitourinário, lesões, etc. e para se processar o exame completo de urina deve ser observada uma série de recomendações. Deve-se realizar completa higiene nos órgãos genitais, em mulheres tal recomendação é de suma importância para não haver contaminação da urina com as bactérias da flora normal. Após a higiene deve-se iniciar a micção, desprezando o primeiro jato e em seguida coletar a amostra, ou seja, coletar o jato médio. Tal procedimento é necessário uma vez que a parte final da uretra (cerca de 1 cm) possui inúmeras bactérias e, ao se desprezar o primeiro jato, é feita uma “lavagem” dessas bactérias e algumas células, obtendo assim apenas a urina oriunda de locais assépticos (sem bactérias). Em indivíduos saudáveis apenas a parte distal (1 cm) do final da uretra não é asséptico. Cabe ressaltar que a amostra de urina não necessariamente precisa ser a primeira urina da manhã. Padronizou-se dessa forma apenas pelo fato de que ao dormir tem-se um intervalo de aproximadamente oito horas sem urinar e isso faz com que a urina formada durante a noite seja mais concentrada. Sendo assim, qualquer urina pode ser coletada, desde que se observe o maior intervalo possível entre as micções para a coleta da amostra (aproximadamente 4 horas), lembrando- se da existência, durante o dia, de variações em relação à dieta, exercício físico, concentração da urina e uso de medicamentos. Tal observação vale para gestantes ou pacientes com infecção urinária, que têm uma frequência de micção muito maior que o normal. O volume a ser coletado deve ser no mínimo de 20 mL, não se deve adicionar preservativos e a amostra