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Guias e Dicas
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Bactérias: Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Mycobacterium Leprae e Enterobac, Notas de aula de Microbiologia

Anotações sobre bactérias na matéria de microbiologia clínica.

Tipologia: Notas de aula

2020

Compartilhado em 03/04/2020

naatbraga
naatbraga 🇧🇷

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Microbiologia – Bactérias
Estrutura das Bactérias:
- São células procariotas;
- Não tem núcleo organizado;
- SÓ apresenta ribossomos, grânulo de inclusão, nucléolo e algumas plasmídeos;
- Possuí parede celular constituída por peptideoglicanos;
- Reprodução assexuada por fissão binária;
- Algumas estruturas tem importante papel na patogênese das doenças infecciosas, conhecidas como fatores de
virulência;
- Morfologia Básica das Bactérias:
oCocoide: forma de Cocos – Cheetos amarelo;
oBacillar: forma de Bacilos – Cheetos laranja;
oEspiral – Cheetos azul.
- Característica Morfológica de Determinado Gênero:
oVibriões: possuí forma parecida com uma vírgula, por exemplo Vibrio cholerae;
o“Palito de Fósforo” / “Cláva” – corineiformes
- As bactérias se reproduzem por fissão binária, ou seja, uma célula mãe da origem a duas células filhas. Essas células
filhas podem ser livres ou formar arranjos;
- Os arranjos são células filhas ligadas, podem ser cocos ou bacilos;
- Espirais NÃO formam arranjos;
- Arranjos Bacterianos: quando há a fissão binária, mas as células filhas permanecem unidas
oDiplo e Estrepto podem ser formados por cocos e bacilos;
oEstáfilo, Tétrades e Sarcina podem ser formados por APENAS por cocos;
oPaliçada são BACILOS arranjados lado a lado.
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Baixe Bactérias: Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Mycobacterium Leprae e Enterobac e outras Notas de aula em PDF para Microbiologia, somente na Docsity!

Microbiologia – Bactérias Estrutura das Bactérias:

  • São células procariotas;
  • Não tem núcleo organizado;
  • SÓ apresenta ribossomos, grânulo de inclusão, nucléolo e algumas plasmídeos;
  • Possuí parede celular constituída por peptideoglicanos;
  • Reprodução assexuada por fissão binária;
  • Algumas estruturas tem importante papel na patogênese das doenças infecciosas, conhecidas como fatores de virulência;
  • Morfologia Básica das Bactérias: o Cocoide: forma de Cocos – Cheetos amarelo; o Bacillar: forma de Bacilos – Cheetos laranja; o Espiral – Cheetos azul.
  • Característica Morfológica de Determinado Gênero: o Vibriões: possuí forma parecida com uma vírgula, por exemplo Vibrio cholerae; o “Palito de Fósforo” / “Cláva” – corineiformes
  • As bactérias se reproduzem por fissão binária, ou seja, uma célula mãe da origem a duas células filhas. Essas células filhas podem ser livres ou formar arranjos;
  • Os arranjos são células filhas ligadas, podem ser cocos ou bacilos;
  • Espirais NÃO formam arranjos;
  • Arranjos Bacterianos: quando há a fissão binária, mas as células filhas permanecem unidas o Diplo e Estrepto podem ser formados por cocos e bacilos; o Estáfilo, Tétrades e Sarcina podem ser formados por APENAS por cocos; o Paliçada são BACILOS arranjados lado a lado.

O que tem na Bactéria?? Da camada mais externa para mais interna:

- Cápsula:

  • Funções da cápsula:  Auxiliam na proteção conta a fagocitose pois não deixam os PAMPs expostos;  Proteção contra a desidratação – pode tirar água da cápsula em casos de desidratação;  Promove a concentração de nutrientes na superfície da célula (poli iônica);  Adesão a superfícies, à outras células e às outras superfícies.
  • Flagelos: são apêndices filamentosos relativamente longos que se originam da membrana plasmática. o Função: movimentação. Taxia = movimentação da bactéria; o Taxia positiva: se o estimulo for atraente a bactéria vai a favor; o Taxia negativa: se o estimulo for negativo a bactéria vai repelir; o Tríquea = pelo ou flagelo , nas bactérias vão ser os flagelos. Classificação das bactérias : quanto ao flagelo: número e local - Monotríquea: apenas 1 flagelo; - Anfitríquea: 2 flagelos, um de cada lado - Lofotríquea: tufo de apenas um lado - Anfilofotríquea: dois tufinhos, um de cada lado, tipo Maria Chiquinha; - Peritríquea: múltiplos flagelos por toda a bactéria; - Atríquea: sem flagelos; - Endoflagelo: flagelo interno geralmente presente nas espiroquetas, para ter movimento em saca-rolha para penetrar a mucosa e entrar no tecido, por exemplo Treponema pallidum.
  • A parede celular da bactéria gram positiva acima da MP tem um espaço chamado periplasmático e uma camada grossa de peptídeoglicanos e alguns ácidos o lipoteicóico e teicóicos (são pirógenos e ajudam na adesão).
  • Penicilina inibe a síntese de peptideoglicano.
  • A parede celular da bactéria gram negativa acima da MP tem um espaço chamado periplasmático e os peptideoglicanos estão inseridos neste espaço, em uma camada de fina. Acima do espaço periplasmático, existe uma membrana externa. A camada interna da membrana externa é semelhante em constituição com a MP. Já a camada externa é onde está o lipopolissacarideo (LPS). Membrana Plasmática: - Bicamada fosfolipídica;
  • Mosaico pois tem proteínas inseridas;
  • As Porinas facilitam a entrada de substâncias grandes como antibióticos;
  • Funções:  Permeabilidade seletiva;  Transporte de substâncias (proteínas);  Produção energética = potencial energético gradiente de prótons. Citoplasma: - Ausência de organelas envoltas por bicamadas;
  • Intensa atividade metabólica;
  • Contém ribossomos, material genético, inclusões e plasmídeos em determinadas espécies; ** Nucleóide: local onde o material genético esta, mas não é envolto por membrana, por isso NÃO é um núcleo. Ribossomo:
  • Organela sem membrana na qual ocorre a síntese proteica (tradução);
  • Formado por proteínas e RNA ribossômico;
  • NÃO é membranosa;
  • Composta por duas subunidades: 80S – Eucariotos – possuem subunidade maior 60 e a menor 40; 70S – Procariotos – possuem subunidade maior 50 e a menor 30. Inclusões citoplasmáticas:
  • Não são consideradas organelas
  • Granulo de reserva;
  • Função: armazena amido, glicogênio, poli beta hidroxibutano (longo polímero de carbono – plástico biodegradável) e polisfosfato (para gerar ATP, formar membrana...)
  • Pode armazenar também: Ferro: para se guiar de acordo com o eixo da terra, assim atua como “bússola”; Vesículas Gasosas: quando quebradas liberam gases. Endósporo:
  • Estrutura de resistência formada em condições ambientais adversas;
  • SÓ BACILOS GRAM POSITIVOS;
  • Extremamente resistente ao calor, frio, agentes químicos, falta de água...
  • Exemplos:  Bacilus antracis – arma biológica  Clostridium botulinum – botulismo  Clostridium tetani – tétano
  • Qualquer bactéria do gênero Clostridium é anaeróbia restrita – não suporta oxigênio;
  • Estrutura em alfinete de fralda: não cora no meio, só vamos ver só as extremidades, em processo de formação.
  • Para formação do endósporo são depositadas várias e várias camadas de peptídeoglicanos entre a membrana interna e externa, por isso só gram positivas. A bactéria retira a água do citoplasma, pois vai ficar com o metabolismo muito baixo, também é adicionada uma camada de material proteico chamado ácido dipolínico este protege a célula bacteriana e confere resistência em cima do peptideoglicano. Esgotamento em estrias ou estrias múltiplas: transferir uma alçada da cultura para meio sólido em placa e estriar com a alça bacteriológica sobre o meio. A placa é dividida em 4 quadrantes e a inoculação pode ser feita de 2 tipos:
  • 3 estrias: estriar em metade da placa, com movimentos de zig-zag. Quando atingir a metade, girar a placa 90° e estriar até a metade (1/4 da placa), girar mais 90° e estriar o meio restante.
  • 4 estrias: estriar até 2/3 da metade da placa, girar 90°, estriar 2/3 do próximo quadrante (1/4 da placa), girar 90°, estriar mais 2/3 do próximo quadrante (1/4 da placa), girar 90° e estriar o restante do meio. Objetivo: obtenção de colônias isoladas. É importante não cruzar as estrias (não tocar a alça na estria anterior), para reduzir o inóculo a cada estria e obter as colônias isoladas. Pode-se, alternativamente, flambar a alça entre as estrias e tocar a ponta da estria anterior, arrastando um pequeno inóculo para a próxima estria.  Qualitativas e semi- quantitativas. Alça calibrada: estria quantitativa em determinada quantidade de amostra. Tem objetivo de quantificar a concentração de bactéria em determinado volume. ** SEMPRE a liberação QUANTITATIVA é dada em UFC/ml (unidade formadora de colônia por ml) Metabolismo Bacteriano:
  • A bactéria necessita de CHOPNS;
  • Temperatura ideal, a maioria 37;
  • pH neutro, próximo de 7, mas existem bactérias acidófilas e basófilas.

Ágar chocolate = é rico, feito com hemácias lisadas + fator de crescimento; Ágar Thayer-Martin = é um chocolate modificado + inibidores; Ágar MacConkey = é tanto um meio seletivo quanto diferencial, seletivo porque seleciona bacilos gram negativos, tanto fermentador quanto não fermentador, mas é diferencial pois eu sei se é fermentadora ou não de lactose (cresce rosa fermentador e incolor não); Ágar DNAse = diferencial para enzima DNAse, há uma alteração de cor ao redor da colônia; Ágar Manitol = degradação do manitol com a produção de ácido muda a cor do meio de rosado a amarelo, utilizado para Staphylococcus; Ágar Batata = só para fungos. Patogenicidade: capacidade de causar doença; Virulência: o grau de patogenicidade; Fatores de virulência: componentes, produtos ou estratégias bacterianas que contribuem para o estabelecimento de uma doença:

- Hialuronidase : enzima que degrada/ hidrolisa ácido hialurônico que é um polissacarídeo que une as células, isso é um facilitador para a internalização desse microrganismo e dispersão; - Colagenase : enzima que degrada/ hidrolisa colágeno; - Endotoxina: é uma toxina que é parte integrante da membrana externa de algumas bactérias e só é libertada após a destruição da membrana externa da bactéria das Gram negativas, libertando-se o LPS por exemplo; - Exotoxina: produtos que a bactéria expressa e secreta para o meio extracelular; - Peptideoglicano: mantém a rigidez da célula e atua como endotoxina  em cocos é expeço, é indutor de resposta inflamatória. Doenças Microbianas da Pele Cocos Gram Positivos (+): Staphylococcus e Streptococcus Staphylococcus aureus : desperta diversos fatores de virulência

  • MRSA = Staphylococcus aureus resistente à meticilina, geralmente referido pelas siglas SARM ou MRSA ou ORSA;
    • Em hospitais se faz cultura de vigilância para vigiar o paciente e ver se a bactéria está sensível ou resistente; OBS: para VRE (enterococcus resistentes à vancomicina) também é realizada a cultura de vigilância;
  • Coleta feita com swab axilar (adultos) e swab nasal (bebês);
  • Após a coleta, realizar cultura e no dia seguinte (18 ou 24h) passa para um caldo de crescimento/enriquecimento com metilcilina, onde se vê que as bactérias que continuarem crescendo são bactérias resistentes à meticilina. Microbiota Residente: são microrganismos encontrados regularmente em determinada área da superfície, sendo perturbada, recompõe-se com facilidade. Ajudam na proteção contra infecções pois competem por nutrientes. Resistentes ao ressecamento e diferentes concentrações de sal. Sebo + Bactéria: a Cutibacterium (Propionibacterium ) acnes faz parte da microbiota residente da pele oleosa, se aproveita da gordura da pele. Em uma infecção secundárias por Staphlococcus ela vai se aproveitar do sebo para se instalar, causando o pus nas acnes. É anaeróbio.

Cocos Gram positivos:

  • Cocos Gram positivos estão disseminados na natureza, em todo lugar, mesa, microbiota de mucosa, pele...
  • Se eu encontro cocos G+ em raspado ou abcesso, como sei se é microbiota ou agente infeccioso? PRECISAMOS SEMPRE SABER O MATERIAL CLÍNICO. S.aureus está relacionado com a presença de abcessos.
  • Se eu drenar ou fazer uma punção de uma acne profunda, sei que vou encontrar leucócitos, pois há uma resposta inflamatória e formação de fibrina. As mais superficiais podem ser Staphlococcus coagulase negativo.
  • Posso encontrar outros Staphlococcus na amostra, mas o único que “sobe para a categoria dos malvados” é o S.aureus , podendo ser agente causal de alguma doença de pele;
  • E o S.epidermidis que esta presente na microbiota residente, pode ser agente causal de alguma infecção de pele? Raramente, normalmente é encontrado em contaminação.
  • Os Staphlococcus não aureus são formadores de biofilme e podem estar relacionados à contaminação do material, MAS quando meu paciente tem imunossupressão pode estar sendo agente causal, devemos fazer o diferencial para saber se é uma bacteremia por Staphylo da pele.
  • Resumindo: formação de abcesso = bactérias anaeróbias associadas à S.aureus ou somente S.aureus. Arranjos: Enterococcus = na amostra diplo; Staphylococcus = na amostra pode estar isolado e agrupado; Streptococcus = na amostra em cadeia.

Tamanho: depende muito, mas geralmente Strepto são maiores.

Diferenciação Macroscópica: Streptococcus x Staphylococcus:

Hemólise total (beta hemolítico) – ao redor das colônias fica transparente amarelado, colônias mais delicadas, por vezes transparentes; Hemólise parcial (alfa hemolítico) – mais cremosa, apresenta cápsula sutil, não apresentam enzimas hemolíticas (exceto o aureus).

  • O S.aureus podem ter enzimas hemolíticas beta também, mas a colônia é um pouco mais cremosa. Mas os outros Staphylo NÃO apresentam hemólise.
  • Se ele não quer crescer em aerobiose, devemos colocar em microaerofilia;
  • Microaerofilia: colocar uma tensão de 5 a 10% de CO2;
  • Mas quando usar microaerofilia? Em pacientes hospitalizados;

Estrutura:

 Peptideoglicano;  Ácido teicóico;  Ácido lipoteicóico;  Possuem uma camada limosa, com microcápsulas polissacaridica que auxilia na adesão, na formação de biofilme e protege contra fagocitose;  A cápsula tem vários sorotipos, o que confere a variabilidade antigênica;  Imóveis;  Não produtoras de esporos;  Tem vários plasmídeos, principalmente de resistência. ** O amarelo sugere S.aureus!

Fatores de virulência:

- Peptídeoglicano; - Ácido teicóico; - Ácido lipoteicóico; - Cápsula;

  • Proteína A – se liga à parte Fc do sistema complemento e impede a opsonização e fagocitose;
  • Proteínas ligadoras tem função de se ligar, por exemplo ao colágeno, atuam como adesinas ;
  • Enzimas extracelulares: ajudam a bactéria a atingir o tecido subcutâneo  Catalase – enzima que inibe a ação dos produtos tóxicos que a matariam dentro dos fagócitos;  Coagulase – enzima que FORMA coágulo de fibrina para proteger a bactéria, formação de capa de fibrina;  Coagulase livre – enzima que é SECRETADA, feita em tubo com plasma de coelho;  Coagulase ligada – enzima que é encontrada na SUPERFÍCIE ou clumpling factor;  Estafiloquinase ou fibrinolisina – enzima que QUEBRA a capa de fibrina para a disseminação;  DNAse – degrada DNA deixando o ambiente fica viscoso e isso aumenta a propagação do microrganismo;  Colagenase – enzima que degrada/ hidrolisa colágeno, isso é um facilitador para a internalização desse microrganismo e dispersão;  Hialuronidase – enzima que degrada/ hidrolisa ácido hialurônico que é um polissacarídeo que une as células, isso é um facilitador para a internalização desse microrganismo e dispersão;  Lipase – enzima que degrada lipídeos. Para identificar S.aureus devo fazer no mínimo 3 testes além da catalase  Coagulase + DNAse + Manitol Ágar DNAse: rico em nutrientes para cocos, COM DNA, semear como spot (concentrado de bactérias) se a bactéria tiver DNAse ela vai degradar o DNA próximo dela. Se o ágar não tiver revelador, preciso gotejar HCl 1N para avaliar o precipitado (ácido forte com ácido fraco gera precipitado), se tiver PRECIPTADO É NEGATIVO. Ágar Sal Manitol: tem um indicador de pH chamado vermelho difenol, rosinha em pH neutro. A bactéria pode crescer e utilizar ou não o manitol, quando utiliza é S.aureus e o manitol fica amarelo, quando não é S.pseudintermedius e o manitol permanece rosa.  Diferefencial de S.aureus e S.pseudintermedius Infecções superficiais: PELE E TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO
  • Foliculite – inflamação do folículo piloso;
  • Sicose de barba é uma inflamação dos folículos pilosos da barba;
  • Impetigo bolhoso (face e membros) – acomete mais crianças

Infecção superficial  folículo piloso + tecido subcutâneo + glândula sebácea

 Furúnculo é o acumulo de pus abaixo da epiderme, coalescência da foliculite: tem uma coleção maior de fungos, formação do abcesso;  Terçol é uma foliculite;  Carbúnculo acomete o tecido subcutâneo mas com sinais sistêmicos, como edema, rubor, calor no local. Tem predileção por região da nuca e dorso – pode se dizer que é uma coalescência do furúnculo – geralmente anaeróbias e em região de tronco;  Abcesso é necessário drenar e também tomar antimicrobiano; **Na boca nossa microbiota é rica em bactérias anaeróbias, como staphylo é anaeróbia facultativa se da bem

  • O que favorece o aparecimento de infecções superficiais em axilas e região anal é que são regiões quentes e úmidas + fatores de adesão;

Exotoxinas:

  • Esfoliatina (ET) ou Epidermolisina: é uma exotoxina produzida em alguns S.aureus que degrada moléculas de adesão do epitélio cutâneo causando esfoliação. Tem ação localizada em casos de impetigo bolhoso gerando bolhas na pele; Impetigo Bolhoso:  Para que essas bactérias consigam ser internalizadas é preciso que haja um folículo aberto, estiramento de pele e outras microlesões que facilitam;  Normalmente fica em regiões peri-oral  formação de vesículas amareladinhas ricas em bactérias, por conterem esfoliatina elas irão se romper e começar a descamação e disseminação;  Em casos de ação generalizada, a toxina produzida no sítio de infecção é levada pela corrente circulatória e há o deslocamento de extensas áreas da epiderme levando a síndrome da pele escaldada. Síndrome da pele escaldada ou doença de Ritter (SSSS)  Sinal de Nikolsky: lese pressão desloca a pele e há aparecimento de vesículas cutâneas seguidas de descamação de camadas superficiais da pele – encosto e descama;  As vesículas têm um líquido transparente e não há bactérias pois só há bactérias no foco primário;  Acomete recém-nascidos e crianças até 1 ano e dificilmente adultos;  Não é contagioso. Citotoxinas PVL – Leucocidina Panton Valentine
  • Muito estudada nas lesões de pele, dermonecróticas, quando falar em citotoxinas lembrar de formação de poros e lise celular;
  • A expressão dessa citotoxina tem duas frações que se unem e irão se ligar nos leucócitos (polimorfonucleados) e leva-los a degranulação e lise celular de leucócitos. Streptococcus:
  • Cápsula externa de ácido hialurônico (sorotipo único) protege S. pyogenes da fagocitose (não é imunogênica)
  • Proteínas M, proteínas semelhantes a ela ( M-like proteins ) e peptidase de C5a, situadas na parede celular, bloqueiam a fagocitose mediada pelo complemento
  • Proteínas M e proteína F facilitam a adesão e invasão das células epiteliais
  • Citotoxinas: o Estreptolisina S e estreptolisina O lisam hemácias, leucócitos, plaquetas e células cultivadas em laboratório; o Estreptoquinase lisa coágulos sanguíneos e depósitos de fibrina, promovendo uma rápida disseminação bacteriana; o Bacteriocina inibe a colonização de outras bactérias Gram +; o DNases lisam DNA presente nos abscessos, promovendo uma rápida disseminação bacteriana
  • Exotoxinas: Super antígenos são toxinas em forma de ferradura que se ligam a linfócitos e macrófagos ao mesmo tempo levando à uma resposta inflamatória absurda – leva a choque tóxico – existem 6 tipos de super antígenos um deles é a Escarlatina (complicação da faringite). Testes fenotípicos para Streptococcus Pyogenes: Bacitracina: tem a finalidade de diferenciar S. pyogenes de outras cepas do grupo A ou de outras espécies com colônias β-hemolíticas PYR positivas.  SENSÍVEL; PYR: determina a atividade da enzima pyrrolidonil arilamidase produzida pelo S. pyogenes , mas não pelos demais estreptococos β-hemolíticos. Colônias β-hemolíticas de enterococos podem ser confundidas com S. pyogenes, pois ambas apresentam positividade neste teste  POSITIVO = vermelho; CAMP: visa a identificação de cepas de S. agalactiae (grupo B). Estas cepas produzem o fator CAMP ( Christie, Atkins e Munch-Petersen ) que atua sinergicamente com a β-hemolisina produzida pelo Staphylococcus aureus em ágar sangue formando seta em positivo  NEGATIVO; Teste da Bile Esculina: meio de cultura inclinado onde tenho bile e esculina no tubo. Identifica a presença de uma glicosidade para degradar a esculina e sobreviver a 40% de sais de bile. Teste da bile esculina positiva apresenta cor marrom escuro  NEGATIVO – positiva, seja Enterococcus sp ou Streptococcus do grupo D não enterococo (Streptococcus bovis). NaCl 6,5%: caldo de NaCl a 6,5 % deve mostrar turvação para ser considerado positivo. Somente os enterococos são positivos  NEGATIVO Streptococcus Pyogenes – (grupo A) Continuação fatores de virulência Toxinas eritrogênicas:
  • Exotoxina pirogênica estreptocócicas SPR (6 tipos) é responsável pelo eritema;
  • Responsável pelo exantema da escarlatina; Escarlatina = complicação/multiplicação de amidalite, faringite por S.pyogenes  infiltrado leucocitário, muita secreção, sintomas sistêmicos; Estreptolosinas: 2 hemolisinas importantes
  • Lisam leucócitos, plaquetas e hemácias, estimula a liberação de enzimas lisossomais;
  • Estreptolisina S: produzida em aerobiose – NÃO imunogênica, mas nos auxilia nos meios de cultura a identificar se é beta hemolítico;
  • Estreptolisina O: produzida em anaerobiose – imunogênica: ASLO (antiporpo anti estreptolisina O)  ouve ou não a presença do microrganismo agora ou há 10 anos; Doenças: Impetigo bolhoso = Strepto ou Sthapylo, mesma situação clínica;
  • Pele colonizada  diferencial catalase. Erisipela: (também pode ser dos grupos C ou G)
  • Infecção: aguda da pele, que se caracteriza por vermelhidão da área afetada, dor local, febre e calafrios;
  • Pele afetada encontra-se mais elevada do que a pele não envolvida;
  • Muito comum em idosos pois s pele é mais sensível, facilita a colonização. Pacientes que são safiados (fizeram ponte de safena) pois a vascularização é menor, e pacientes com frieiras pois é uma porta de entrada;
  • Face e membros;
  • Fascite: começa com celulite, anaeróbios também podem causar e tem entrada por lesões primárias. Micobactérias não tuberculosas e Mycobacterium Leprae
  • Micobacterias não tuberculosas estão associadas com abcessos;
  • Suspeita de lesão: baciloscopia (Ziel Nilsen = BAAR) e pesquisa de mycobacterium; - Pesquisa de Mycobacterium : Gram + BAAR  a cultura de mycobac não tuberculosas é mais rápida e moderado ( dias);
  • Microbactérias não tuberculosas e tuberculosas crescem em meios de cultura artificiais, já as Leprae não crescem em meios artificiais para isso devemos utilizar testes moleculares ou cultura celular; Características gerais de Micobactérias: - Bacilos alongadinhos ou até cocoides – delicados;
  • Aeróbios, imóveis e NÃO formam esporos;
  • SEMPRE classificar como Bacilo álcool ácido resistente, nunca como gram;
  • Podem se apresentar com filamentos e paliçada – mais comum em tuberculosas;
  • Tem exigência nutricional: meios riquíssimos, com muito ovo;
  • Tempo de geração: 2 a 20h e tuberculosas demora mais;
  • Produzem pigmentos; Existe outras bactérias álcool ácido resistente? Sim, a Nocardia. Tem semelhanças com os micobacterios pois tem ácidos micólicos, mas em menor quantidade. Para diferenciar faço uma coloração chamada de Quimio que é igual a Ziel mas sem aquecer pois tem uma camada de ácidos micólicos menor.
  • Temperatura: crescem bem a 37°C – infecções profundas = M.tuberculosis. Em temperaturas menores que 37°C – infecções cutâneas = M. ulcerans. O leprae gosta de temperaturas mais baixas por exemplo extremidades mas em vivos apenas;
  • Os lipídeos complexos já são fatores de virulência, importantes indutores de resposta inflamatória; Sthapylo  secreção = purulento!! Strepto  descamação = eritema!!

Leprosada ou virchowiana: teste de mitsuda, baciloscipia positiva, sem resposta celular, resposta Th2  IL-4, IL- 5, IL-10, deformidades nas cartilagens, face leolina. **Para lesões de nódulos em cartilagens, devemos realizar o diferencial para a doença de Jorge Lobo mais comum no norte do país Reações hansenicas : podem acontecer nos dois tipos boazinha e má: tipo 1 é reversa e 2 é nodular ou eritema nodoso, vem no final do tratamento ou depois, é uma exacerbação do sistema imune. o Tipo 1: aparecem processos inflamatórios, trata com corticoides. o Tipo 2: formação de imunocomplexos e deposição em nervos, articulações, trata com corticoides também.

  • Aparecimento de úlcera, devido a diminuição da sensibilidade, nem percebe que está machucado; A carga bacilar é inversamente proporcional a resposta celular, e vice e versa. Resultado da Baciloscopia: (-) Não foram visualizados BAAR em 100 campos de imersão observados; (+) Presença de menos de 1 BAAR em 100 campos de imersão observados; (++)  Presença de 1 a 10 BAAR em 50 campos de imersão observados; (+++) Presença de mais de 10 BAAR em 20 campos de imersão observados.
  • Sequelas: Cegueira, complicações oculares, danos crônicos de nervos;
  • Tratamento: Rifanpicina, todos são longos, de quase 1 ano; Doenças Microbianas do Sistema Digestório: Enterococcus ssp.
  • Família Enterobacteriaceae introdução e princípio de testes diagnóstico:
  • As enterobactérias são bacilos Gram negativas, TODAS fermentadora de glicose, algumas fermentadoras de lactose.
  • Meio de cultura MacConkey é seletivo e diferencial para bacilo Gram negativo, fermentadores de lactose ou glicose;
  • Não fermentadores podem ou não crescer;
  • Grupo dos Fatidiósos: só cresce em meio rico, temperatura exata e tensão de CO

Enterobactérias:

  • É a maior família de bacilos Gram negativos;
  • São anaeróbios facultativo – crescimento rápido em meios comuns;
  • Classificação: provas bioquímicas/fenotípicas que envolvem as enzimas das bactérias, estruturas antigênicas exemplo antígeno 0 (presente no LPS), antígenos K (K é de capsula), antígeno H (flagelar), hibridização e sequenciamento de DNA por técnicas de biologia molecular;
  • Habitat : solo, água, vegetação, trato gastrointestinal... todo lugar.

Fatores de virulência comuns das Enterobactérias:

  • Sistema de secreção tipo III: injeta proteínas dentro de células do hospedeiro , para sinalizar a entrada da bactéria ou exotoxina. A bactéria adere e internaliza a proteína e esta pode já mudar o citoesqueleto celular levando ao desequilíbrio; **Todas as enterobatérias precisam de Ferro para seu metabolismo; - Sistema de captação de Ferro: por exemplo sideróforos, proteínas que induzem a diminuição da afinidade do ferro pela hemoglobina;
  • LPS : indutor de resposta inflamatória;
  • Resistência ao soro – em infecções sistêmicas a cápsula e outros fatores impedem ligação do sistema complemento e subsequente eliminação da bactéria;
  • Resistência aos antimicrobianos – resistência múltipla, mediada por plasmídeos. Gêneros: Grupo CESP:
  • Preocupação com grupo CESP: resistentes a soluções desinfetantes e aproveitam a baixa imunidade dos pacientes.
  • Escara: lesões abertas em regiões que se localizam perto do cóccix por ficar muito deitado;
  • Infeções hospitalares: diversas em pacientes imuno comprometidos e crianças; Proteus mirabilis : está no grupo CESP mas tem maior atenção porque produz uréase que é toxico para o epitélio unirário porque aumenta o pH da urina, causa infecções do trato urinário – tem um véu que atrapalha o crescimento de bactérias ao redor. Enterobacter spp.:
  • E. cloacae; -E. aerogenes; Serratia sp: tem ela, tem surto  Infecções nosocomiais(comunitárias e hospitalares): bacteremias, pseumoniais e ITU; Klebsiella:
    • Infecções nosocomiais (comunitárias e hospitalares): bacteremias, pseumoniais e ITU;
    • Resistentes a desinfetantes.
  • A presença de peptona é indicada pela cor vermelha em cima perto da superfície;
  • Tubo inicialmente vermelhinho; KK = Vermelho = alcalino = não e fermentador de glicose, sacarose e lactose – ex pseudomonas app.; AA = amarelo = ácido = fermenta glicose, sacarose e lactose; KA = fermentadora de glicose;
  • Incubar de 18 a 24h de 35° a 37°C em aerobiose;
  • 18 a 24h: sofre ação do oxigênio e forma aminas alcalinas, tempo certo para verificar a formação de ácidos;
  • Antes das 18h o tubo fica amarelo, não porque formou muito ácido, mas sim porque não teve tanta interferência do oxigênio – isso indica que ele fermenta glicose, sacarose e lactose;
  • 18 a 24h: metade vermelho, metade amarelo – tubo KA fermentador de glicose;
  • KK – não fermentador de Glicose, NÃO produtores de H2S pois não tem a tiossulfato redutase – Ex Pseudomonas ssp
  • Bolinha indica formação de H2S – precipitado negro;
  • Gás de glicose é uma bactéria que a partir do ácido fórmico formou esse gás– produtor de gás o ágar se deslocar pra cima. Meio seletivo SS: -Muito utilizado na rotina – NÃO CRESCE SÓ Salmonella e Shigella;
  • Uso em Coprocultura (fezes) mas tem muitas enterobactérias, mas o que me interessa são os enteropatogenos; 1º dia : Semear em MC + SS
  • Também para garantir semear em Caldo de enriquecimento Selenito (inibe coliformes e algumas cepas de shigella) ou Tetrationato (inibem G+, inibe coliformes);
  • MacConkey = Lac + ou Lac Ø;
  • Não interessa Lac+ no SS (você ignora);  SÓ me interessa LAC Ø no SS ; 2º dia: 24h depois fazer triagem e vejo os resultados dos ágares  pegar o caldo e passar em SS; 3º dia: fazer outro ágar SS independente de ter dado Lac+ ou Ø;
  • Pode crescer lactose negativas e produtoras de H2S;
  • Consigo inibir coliformes e cocos gram positivos; - Salmonella  Lac Ø e H2S positivo - Shigella  Lac Ø Alguns meios seletivos e diferenciais que não usamos na clinica, mais na indústria e controle de qualidade: Ágar cromogênico dá cor pra tudo e tem uma tabela que mostra o que cresce de cada cor – utilizado na urina ambulatorial: - EMB (eosina metileno blue) = meio caro, indica E.coli roxo metálico ou Salmonella rosa claro por indicador de pH;

**- Ágar verde brilhante

  • Teste OF (oxidação e fermentação)** = tubo aberto e tubo fechado – pode substituir o TSI se você só quer saber se é fermentador de glicose + se é produtor de H2S, utilizado em não fermentadores:
  • Enterobactérias são anaeróbios facultativos e FERMENTAM GLICOSE;
  • NÃO fermentadores são aeróbios estritos – utilizar meio de cultura com único açúcar, neste caso glicose;
  • Colocamos rosca nos dois, a diferença é que no tubo fechado colocamos óleo vegetal por cima;
  • Só tem glicose e é verde, se ficar amarelo houve a fermentação, um não fermentador só veríamos alteração no tubo aberto pois oxida;
  • Não fermentador de glicose, utiliza a glicose pela via oxidativa; - Em tubo aberto oxida, tubo fechado fermenta;
  • Tubo aberto: amarelo / Tubo fechado: verde  aeróbio;
  • Tubo aberto: amarelo / Tubo fechado: amarelo  aeróbio facultativo;
    • Tubo aberto: verde / Tubo fechado: amarelo  anaeróbio;
  • Tubo aberto: verde / Tubo fechado: verde  não fermentador de glicose;

Oxidase: uma fita de papel de filtro impregnada com substrato, passar com um palito de madeira a bactéria e

avaliar a viragem de cor (azul), mas o oxigênio pode interferir, por isso tem que ser rápido. ATENÇÃO COM O ÁGAR SANGUE = vai dar positivo NÃO ARRASTAR A BAC NO ÁGAR Os de cima são testes fenotípicos

Testes Bioquímicos:

Indol – coloco o triptofano como substrato para saber se minha bactéria tem triptovanato, se tiver temos indol + ac piuvico + amônia  colocar reativo de kovacs se for positivo forma um anel vermelho, negativo sem anel. Auxilia a definir espécie. Prova de descarboxilação de Aminoácidos (lisina, ornitina e arginina): preciso colocar um pouco de glicose por isso inicialmente irá acontecer a formação de um ácido que irá ser neutralizado depois. Para preparar coloco os aminoácidos e o revelador/ indicador de pH purpura de bromocresol , que deixa uma cor roxinho claro, amarelou ácido não em formação de cadaveriana formada na descarboxilação. Caso fique roxo forte tem cadaveriana e houve descarboxilação  a cadaveria eleva o pH. Fenilalanina desaminase: fenilalanina + ferro pra ver se houve a formação de ácido fenil pirúvico gás  formação de precipitado verde garrafa, escuro será positivo, houve formação do gás, tem enzima. Se o tubo inicial for amarelo tudo fica verde, se tiver mais testes juntos fica no meio verde só. Urease: tubo com ureia para verificar a formação de amônia e CO2, indicador vermelho difenol se o pH sobe fica avermelhado e se diminui permanece igual a cor inicial (amarelo). Utilizado em elicobacter pilori Citrato: só citrato como única fonte, quero saber se utiliza o citrato como fonte. Se utilizar vai formar NH4OH porque tem citratase e fica azul (alcalinizou o meio). Negativo verde ou amarelo.