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Este resumo aborda os principais métodos científicos aplicados à medicina, destacando a importância da investigação sistemática para a construção do conhecimento médico. Apresenta os tipos de estudo mais utilizados, como estudos observacionais (transversais, coorte, caso-controle) e ensaios clínicos randomizados, além de conceitos-chave como população, amostra, variável, hipótese, viés, causalidade e associação. Explica as etapas do método científico: observação, formulação da hipótese, experimentação, análise dos dados e conclusão. Também aborda princípios de bioestatística básica, leitura crítica de artigos científicos e aplicação da medicina baseada em evidências (MBE). Voltado para estudantes, o material contribui para o desenvolvimento do pensamento crítico, interpretação de dados e tomada de decisões clínicas fundamentadas em evidências científicas.
Tipologia: Resumos
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AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA TIPOS DE ENSAIOS CLÍNICOS ENSAIOS CONTROLADOS RANDOMIZADOS Considerados o padrão-ouro dos ensaios clínicos. Distribuição aleatória entre grupos (intervenção e controle). Vantagens
● Desfecho secundário : resultados adicionais que fornecem mais informações sobre o efeito do tratamento ● Desfecho substituto : usado quando o desfecho primário é difícil de medir, como no caso de monitoramento da aterosclerose no lugar de eventos cardíacos diretos ● Desfecho clínico : evento específico que ocorre no participante durante o estudo, como a mortalidade Ensaio exploratório : feito em ambiente ideal, como laboratório. Ensaio pragmático : feito no dia-a-dia. ANÁLISE DE DADOS E FOLLOW-UP ● LOCF (Last Observation Carried Forward) : técnica utilizada quando os participantes não seguem o protocolo até o final, utilizando os últimos dados coletados para substituir as ausências posteriores ● Run-in : período inicial antes da randomização, onde os participantes são monitorados ● Follow-up : acompanhamento da saúde do participante durante e após o ensaio ● Washout : período entre tratamentos para eliminar os efeitos residuais de uma droga, evitando interferências no próximo tratamento ● CONSORT : checklist para elaborar e relatar ensaios clínicos randomizados
A revisão narrativa foca na interpretação crítica e contextualização do tema abordado. Ela não segue um protocolo rigidamente estruturado e pode ter viés do autor devido à seleção subjetiva dos estudos. O objetivo principal é discutir teoricamente sobre o tema, oferecendo uma visão ampla, mas sem uma sistematização exata. Etapas da revisão narrativa
● A precisão aumenta com o poder estatístico do estudo (ex: mais participantes) ● Se incluir 1, não é significativo Exemplo: Pessoas que fazem cirurgia laparoscópica têm menos chance de sentir dor crônica do que quem faz cirurgia aberta. ● O risco relativo (RR) foi de 0,62 → isso quer dizer que o risco foi 38% menor no grupo da laparoscopia ● O intervalo de confiança (IC 95%) foi de 0,47 a 0,82 → ou seja, o risco real pode ser de 18% até 53% menor. O intervalo de confiança de 95% significa que se fizermos muitos estudos iguais a esse, 95% dos intervalos calculados conteriam o valor real do risco ESTUDOS DE CASO-CONTROLE ● Seleção de casos (doentes) e controles (não doentes) ● Observa-se retrospectivamente a exposição ao fator de risco ● Não é possível calcular a incidência, portanto, não se calcula diretamente o RR ● Usa-se a odds ratio (OR) como estimativa do risco relativo RAZÃO DE CHANCES (ODDS RATIO) É uma medida usada para comparar as chances (odds) de um evento acontecer entre dois grupos. OR = (chance de ocorrer no grupo exposto) ÷ (chance de ocorrer no grupo não exposto) ● Interpretação : ○ OR = 1: Sem associação ○ OR > 1: Associação positiva (maior chance) ○ OR < 1: Associação negativa (menor chance) ● Pode ser usada em estudos de caso-controle Exemplo: você quer saber se fumantes têm mais chance de desenvolver doença pulmonar do que não fumantes. ● Entre 100 fumantes: 40 têm a doença → chance = 40/60 = 0, ● Entre 100 não fumantes: 10 têm a doença → chance = 10/90 = 0, ● OR = 0,67 / 0,11 = 6, RAZÃO DE PREVALÊNCIA (RP) ● Mede a proporção de prevalência em expostos vs. não expostos ● Usada em estudos transversais ● Deve ser sempre interpretada com o IC Exemplo: Um estudo avaliou a prevalência de infecção em ex-atletas que usaram estimulantes injetáveis e comparou com os que nunca usaram. ● Prevalência entre os que usaram: 27,5% (0,275) ● Prevalência entre os que não usaram: 0,6% (0,006) ● Razão de Prevalência (RP) = 0,275 / 0, = 45, ASSOCIAÇÃO CAUSAL E ASSOCIAÇÃO ESPÚRIA ● Associação causal : existe uma relação real entre exposição e desfecho ● Associação espúria : ocorre por viés, confusão ou erro aleatório REVISÃO SISTEMÁTICA E DE ESCOPO REVISÃO SISTEMÁTICA ● Objetivo : responder a uma pergunta de pesquisa específica com base em evidências rigorosas.
● Características : foca em estudos primários de alta qualidade e tem um processo transparente e reprodutível. ● Etapas : definir a pergunta, desenvolver protocolo, buscar e selecionar estudos, avaliar a qualidade, extrair dados e sintetizar os resultados (qualitativa ou quantitativa). ● Exemplo : eficácia de inibidores da ECA vs. diuréticos no controle da hipertensão. ● Ferramentas : Rayyan, Covidence, Zotero. REVISÃO DE ESCOPO ● Objetivo : mapear a literatura existente sobre um tema amplo e identificar lacunas e tendências na pesquisa. ● Características : explora amplamente o estado atual da literatura sem uma pergunta de pesquisa específica. Foca em uma visão geral e não na qualidade dos estudos. ● Etapas : definir objetivo, desenvolver protocolo, selecionar estudos, extrair dados e apresentar resultados ● Exemplo : modelos de intervenção para promover saúde mental em adolescentes em contexto escolar. TIPOS DE ERRO ● Erro tipo I (falso positivo): rejeita a hipótese nula quando ela é verdadeira.
hipótese nula quando ela é falsa Aumentar o tamanho da amostra reduz o erro tipo II. TESTES DE HIPÓTESES TESTE QUI-QUADRADO O teste do qui-quadrado é usado para verificar se há associação entre duas variáveis categóricas (como exposição e doença, por exemplo). A interpretação básica é a seguinte: Hipóteses ● H0 (hipótese nula) : não há associação entre as variáveis (são independentes). ● H1 (hipótese alternativa) : há associação entre as variáveis. Valor de p ● Mede probabilidade de erro do tipo I ● p > 0,05 : Não rejeita H0 → sem associação significativa. ● p ≤ 0,05 : Rejeita H0 → há associação significativa entre as variáveis. TESTE T STUDENT ● Homogeneidade (sem outliner) ● Variável numérica (contínua) ● Grupos independentes - compara médias ● Grupos dependentes - comparação ● Duplas TESTE Z Para que serve: ● Comparar médias (variável contínua) ou proporções quando a amostra é grande (normalmente n > 30) e/ou quando a variância populacional é conhecida. Quando usar: ● Testar média de uma amostra contra um valor padrão ● Comparar duas médias de amostras grandes independentes ● Testar proporções Características: Usa a distribuição normal (curva z). O valor-z indica quantos desvios padrão a amostra está longe da média hipotética. ANOVA (Análise de Variância)
● Não implica causalidade. ● Representada pelo coeficiente de correlação de Pearson (r). ● Varia de +1 a -1, sendo o 0, o ponto de referência Tipos ● Positiva: X↑ → Y↑ (exemplo: sal e pressão arterial). ● Negativa: X↑ → Y↓ (exemplo: atividade física e glicemia). ● Ausente: Sem padrão (exemplo: número de irmãos e colesterol). Interpretação de r Valor de r (positivo ou negativo) Força da correlação 0,00 a 0,19 Muito fraca 0,20 a 0,39 Fraca 0,40 a 0,69 Moderada 0,70 a 0,89 Forte 0,90 a 1,00 Muito forte Exemplo: r = +0,85 → forte e positiva (altura e peso) r = -0,65 → moderada e negativa (atividade física e HbA1c) r = 0,05 → muito fraca (tipo sanguíneo e PA) REGRESSÃO LINEAR SIMPLES ● Método para prever Y a partir de X com uma linha reta ajustada aos dados. ● Estuda a influência de uma variável independente (X) sobre uma dependente (Y). Usos ● Estimar efeitos de exposições (exemplo: idade sobre PA). ● Prever resultados clínicos (exemplo: glicemia). ● Controlar variáveis de confusão (em modelos múltiplos). Fórmula geral Y = β₀ + β₁X (ou y = a + b.x) ● β ₀ (intercepto) : valor de Y quando X = 0. ● β ₁ (coeficiente angular) : quanto Y muda a cada unidade de X. ● p-valor : significância estatística da associação. ● R² (coeficiente de determinação) : percentual da variação de Y explicada por X. Interpretação de R² Valor de R² Qualidade do ajuste 0,75 a 1,00 Excelente 0,50 a 0,74 Bom 0,30 a 0,49 Moderado Abaixo de 0,30 Fraco Nota: Em estudos clínicos, mesmo um R² de 0, pode ser considerado bom, devido à complexidade dos fatores biológicos. EXEMPLOS PRÁTICOS
1. Idade e PA Sistólica Equação: PAS = 90 + 0,5 × Idade → A cada 1 ano a mais, PA↑ 0,5 mmHg → R² = 0,52 → 52% da variação explicada pela idade → p < 0,001 → associação significativa 2. Atividade Física e Glicemia Equação: Glicemia = 120 − 2 × Tempo de prática (anos) → Cada ano adicional reduz glicemia em 2 mg/dL → Exemplo: 5 anos → Glicemia = 110 mg/dL 3. Sódio e PA Sistólica Equação: PAS = 110 + 1,5 × Consumo de sódio (centenas de mg) → 500 mg extra (5 × 100) → Aumento de 7, mmHg 4. Exercício e Açúcar Glicemia = 100 − 1,2 × Exercício (h/sem) Colesterol = 160 + 5 × Açúcar (colheres/dia) → Ex: 4h exercício = 95,2 mg/dL de glicemia → Ex: 3 colheres de açúcar = 175 mg/dL de colesterol TESTES DIAGNÓSTICOS SENSIBILIDADE (SE) - POSITIVOS ● Definição : Capacidade do teste de identificar corretamente os indivíduos doentes. ● Fórmula : ● Alta sensibilidade : poucos falsos negativos. ● Útil para triagem (não perder nenhum caso). ESPECIFICIDADE (SP) - NEGATIVOS ● Definição : Capacidade do teste de identificar corretamente os indivíduos saudáveis. ● Fórmula : ● Alta especificidade : poucos falsos positivos. ● Útil para confirmação diagnóstica (evitar erros no diagnóstico). VALORES PREDITIVOS Valor Preditivo Positivo (VPP) ● Definição : Probabilidade de que alguém com teste positivo realmente tenha a doença. ● Fórmula : VPP = VP / (VP + FP) ● Aumenta se a prevalência da doença aumentar. VALOR PREDITIVO NEGATIVO (VPN) ● Definição : Probabilidade de que alguém com teste negativo realmente não tenha a doença. ● Fórmula VPN = VN / (VN + FN)
associação. Indicada quando a heterogeneidade é baixa ou média. VANTAGENS ● Aumenta o poder estatístico. ● Reduz incertezas. ● Permite identificar padrões e inconsistências. ● Possibilita análises de subgrupos e sensibilidade. ETAPAS