Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Mecanismo de ação dose-resposta - 027, Notas de estudo de Medicina Veterinária

Spinosa 5ª edição (capítulo 2) Farmacologia Veterinária

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 23/02/2014

patricia-r-8
patricia-r-8 🇧🇷

2.4

(7)

353 documentos

1 / 1

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Mecanismo de ação dose-resposta - 027 e outras Notas de estudo em PDF para Medicina Veterinária, somente na Docsity!

Não existe, na grande maioria das vezes, correlação entre eficácia e potência, sendo parâmetros independentes um do outro. = Inclinação A inclinação da curva dose/efeito reflete o mecanismo de ação de um agente terapêutico, bem como sua ligação com o receptor. Pode se, portanto, afirmar que medicamentos com mesmo mecanismo de ação não apresentam entre si diferenças significativas na inclinação de suas respectivas curvas c que a existência de diferenças entre a inclinação das curvas de dois ou mais medicamentos indica que eles têm mecanismos de ação diversos, Grande inclinação da curva dosc/resposta indica também que pequenas variações na dose levam a grandes variações na intensidade do efeito. = Variação biológica Em qualquer população encontram-se indivíduos que apre- sentam variabilidade na intensidade de resposta a determinado medicamento, uma vez que nem todos os indivíduos respon- dem com a mesma magnitude de resposta. Esta variação é re- presentada como o limite de confiança da curva. = CURVAS DOSE/RESPOSTAS QUANTAIS As curvas descritas até aqui são do Lipo gradual, isto é, au mentando-se a dose, aumenta-se o efeito; estas apresentam algumas limitações na sua aplicação em tomadas de decisões clínicas. Para efeitos quantais como, por exemplo, convulsão ou morte, onde prepondera a dupla “tudo ou nada”, a melhor forma de representação são as curvas de frequência acumula da versus o log da dose (Figura 3.7). A escolha de qual efeito quantal será preferível pode ser avaliada pela importância cli- nica deste efeito ou pela segurança dos pacientes experimentais que participarão do experimento. Exemplificando: remissão ou não de cefaleia em humanos, após uso de um determinado analgésico, ou controle de crises convulsivas de animais pelo uso de um determinado agente anticonvulsivante. Para a maioria dos medicamentos, as doses necessárias para produzir um efeito quantal específico em individuos apresen- tam uma curva de variação gaussiana quando colacadas em uma figura de distribuição de frequência versus o log da dose. Quando essas respostas são somadas, a frequência de distri- buição cumulativa resultante constitui uma curva dose/efeito quantal da porcentagem de indivíduos (Figura 3.7). Esta curva tem a forma de uma sigmoide, sendo utilizada para determinar a dose efetiva mediana ou dose efetiva 50% (DE50), isto é, a dose necessária para que 50% dos indivíduos apresentem um determinado efeito quantal. Se o efeito quan- tal for um efeito tóxico particular em 50% dos animais, a dose passa a ser a dose tóxica mediana ou dose tóxica 50% (DT50); se o efeito tóxico for morte do animal, será identificada como dose letal mediana ou dose letal 50% (DLS50). Com os valores conseguidos nestas curvas é possível esta- belecer, para um determinado efeito quantal específico, a po- tência de vários medicamentos, como também obter informa- ções a respeito da margem de segurança na utilização desses medicamentos. Essas curvas permitem também que se correlacione a dose para o aparecimento de um efeito desejado com a dose nece: Capítulo 3 / Mecanismo de Ação e Relação Dose/Resposta 23 1005 80 E £ É Frequência de a distribuição É 601) acumulada 9 E) > 2 8 s z 404 o 8 204 Frequência de distjjbuição 50 70 100 Dose (mg) 200 Figura 3.7 Curvas de distribuição de frequência e quantais do log da dose versus % de ndivíducs que apresentam um determinado efeito. sária para produzir um efeito indesejado; esta correlação é cha- mada de índice terapêutico ou margem de segurança, sendo normalmente definida como a razão entre a D''50 e a DE5D. Em alguns casos, este índice pode ser definido também como a razão entre a dose tóxica mínima e a dose efetiva máxima. = EFEITOS ANORMAIS AOS MEDICAMENTOS Alguns indivíduos apresentam reações exacerbadas, redu- zidas ou mesmo diferentes a determinados medicamentos. Às- sim, tem-se: « Hiper reativo: indivíduos que apresentam respostas a doses baixas de determinado medicamento que não causam efeitos na grande maioria da população. * Hiporreativo: em oposição ao hiper-realivo, este termo iden tifica os indivíduos que necessitam de doses maiores do que as normalmente utilizadas pela população para desencadear determinado efeito farmacológico. * Tolerância: a hiporreatividade pode ser denominada tam- bém de tolerância, que indica que a baixa sensibilidade em questão resulta de uma exposição prévia ao medicamento, o qual causa alterações farmacocinéticas e/ou farmacodinâmi- cas, promovendo, com o decorrer do tempo, uma resposta farmacológica menor. A lolerância causada por alterações [armacocinéticas pode ser observada quando há exposição prolongada ao anticonvulsivante fenobarbital sódico; este induz o aumento na síntese das enzimas do sistema micros somal hepático que biotranstorma este medicamento, dimi- nuindo seu efeito farmacológico. A tolerância causada por alterações farmacodinâmicas pode scr exemplificada pela diminuição na resposta farmacológica à morfina ocorrida