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Guias e Dicas
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Manual prático . maq. ferramentas, Manuais, Projetos, Pesquisas de Cultura

Manual básico para quem quer conhecer tudo sobre o funcionamento dos diversos tipos de máquinas ferramentas

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2015

Compartilhado em 26/09/2015

hamilton-santos-britto-2
hamilton-santos-britto-2 🇧🇷

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SUMÁRIO: Generalidades, Preparação das peças, Traçado, Máquinas de movimento alternado, Limadora, Entalhadora; Plaina; i b Brochadeira, Ferramentas de torno, Fatores ds [o conte Montagem das peças, Rosqueamento; Cálculo de engrenagens, Execlição das roscas no torno, Normas gerais de trabalho nas imáquinas-ferramenta, Acessórios, Tornos especiais, Fresadora, Fresas: Trabalhos e acessórios, Manahil, Fresadoras especiais, Máquinas de entalhar engrenagens, Procedimentos de construção de engrenagens cônicas, Máquinas de afiar e Retificadoras, o. DADE EDUCAGIONAL DE SANTA CATARINA Ti MA CTB14732 tor 902 ISBN SiS eira E » ' MANUAL PRÁTICO DE MÁQUINAS FERRAMENTA Supervlsitor Márcio Pugliosi Capa: Sergio Ng CAPÍTULO I GENERALIDADES Organização: Maxim Behar Objetivo das máquinas-ferramentas. — As máquinas-ferra- mentas têm por objetivo substituir o trabalho manual pelo trabalho mecânico na fabricação de peças ou objetos de metal ou outros materiais. Outras vezes, executam operações impossíveis de se- Tem feitas manualmente devido ao tamanho das peças ou outras 'cunstâncias. 2. Classificação das máquinas-ferramentas. — As máquinas ferramentas de trabalhar metais podem produzir unicamente tra- bulhos de deformação ou ainda de separação de massa. As má- auinas que trabalham com separação de massa, por sua vez, podem Arrancar pedaços inteiros de material, como a cisalha, separar às aparas com uma ou várias lâminas cortantes, como o torno ou à fresadora, ou separar aparas muito finas por meio de grão abrasivo, tomo as máquinas retificadoras. Esta classificação pode ser resumida no seguinte quadro: Que trabalham SEM SEPARAÇÃO DE MASSA Copyright 2005 by Iemus Todos os direitos adquiridos e reservada a propriedade literária desta publicação pela 0» A) Martinetes, prensas. Com separação de GRANDES PEDAÇOS, 8) Ci- salhas. Tesouras, HEMUS LIVRARIA, DISTRIBUIDORA E EDITORA MÁQUINAS , Que trabalham Com separação de , FERRAMENTAS APARA COMUM, É) Visite nosso site: www.hemus.com.br COM SEPARAÇÃO DE MASSA nos, fresadoras, é Com separação 4 APARA UNA | Impresso no Brasil / Printed in Brazil 8 MÁQUINAS PEREAM as Não consideraremos aqui as ferramentas que, embora utilizando qu mouiz mecânica, são empregadas manualmente, como 05 martelos e corta: frios preumáticos, etc, que não são máquinas-forramentas no sen tido estrito. 3. Máquinas-ferramentas que trabalham com separação de apa- ra. — As máquinasferrrmentas que trabalham com separação de apara dispõem geralmente de uma ou mais ferramentas ou utensílios cortantes. A ferramenta ou a peça que se está trabalhando tem de mo- ver-se, e este movimento será em linha reta (com movimento alternado para frente e para trás) ou em forma circular. Daí os tipos mais importantes de máquinas compreendidas neste gru- po: 1. Máguinas de movimento retilíneo que trabalham com ferra- menta. simples: Limadora, Cepilho ou Plaina e Entalhado- ra, IL Máquinas de movimento retilíneo que trabalham com ferra- menta múltipla: Serra alternada, Brochadora. II. Máguinas de movimento circular que trabalham com ferra- menta simples: Torno. IV. Máquinas de movimento circular que trabalham com ferra- menta múltipla: Fresadora, Furadora, Mandril, Serra cir- cular. V. Máquinas de talhar engrenagens. Embora pertençam sempre a um dos tipos anteriores, convém considerá-las à parte, devido às suas características especiais. 4. Forma da Ferramenta nas máquinas que separam apara. — Estas máquinas trabalham de forma parecida aos corta-frios ou buris. A ferramenta ou utensílio cortante termina em uma cunha afiada que, obrigada a penetrar na peça que se trabalha sob um ângulo deter- minado, arranca aparas mais ou menos grandes. Algumas vezes a cunha trabalha somente por uma aresta (Pig. 1); mas pode fazê-lo também por duas ou por tres (Pigs 2e 3.) o Ángulos da ferramenta Par o bom rondimento da eração a cunha não pode ter uma forma qualquer, porque é 1, = Porramenta do Fig. 2. — Ferramenta de um só corte. Fig. 3. — Ferramenta de dois cortes. três cortes. preciso que ataque a peça num ângulo conveniente. Os ângulos a serem considerados na ferramenta são, principal- “mente, três. (Fig. 4); ngulo de incidência (0). ngulo da ferramenta ou ângulo de cunha (B). Angulo de desprendimento (9). Fig. 4. — Ângulo das ferramentas de corte. A cunha tem duas faces: uma na qual a apara apóia-se ao sair (superfície de desprendimento) e outra que avança junto à peça [superfície de incidência). Chama-se ángulo de incidência ao ângulo formado pela tp 12 MAQUINAS FERRAMENTAS a choque ou vibrações); e a temperatura pode elevarse muito sem que percam sua dureza. O diamante também é empregado em placas pequenas com uma face polida e adaptadas à ponta da ferramenta, É muito 7 a Fig. 7. - Profundidade de corte e avanço. empregado para materiais extremamente duros, ou quando o prin- cipal é conservar o gume sem desgaste considerável durante um grande tempo, conseguindo-se assim superfícies muito exatas. Modernamente, têm-se experimentado, como ferramenta de corte, materiais cerâmicos, formados por óxidos metálicos extremamente duros. 7. Velocidade de corte. — É a velocidade relativa da ferramenta com relação à peça. Costuma ser medida em metros por mi- nuto (m/min). Dizemos velocidade relativa porque pode acontecer que a ferramenta se mova e a peça esteja fixa, como na limadora ou na fresadora, o , ainda que a ferramenta esteja fixa e a peça se mova, como no cepilho e no torno. Como nos ângulos de corte, a velocidade de corte mais conveniente de- nde do tipo da máquina, do material que se trabalha e do material da erramenta, E Quase todas as máquinas-ferramentas estão dispostas de modo que a veloci- dade de corte possa variar dentro de certos limites. 8. Profundidade de corte. — Chama-se profundidade de corte à espessura da capa do material arrancada da peça pela ferra- menta, (Fig. 7,) Geralmente é medida em milímetros ou décimos de milímetros. 9, Avanço. — Como geralmente a ferramenta é muito mais estreita que a superfície a ser trabalhada ou usinada, não realiza seu trabalho em só uma passagem, necessitando de várias, per- JUIHAS PHRAMENTAS , E lo seu trajoto a pequena distância do anterior e paralela- Consegue isto desviando-se lateralmente um pouco, a cada aporii, à ferramenta ou a peça, E amas, pois, avanço o desvio lateral que sofre a lâmina ou a pa em cada passagem da ferramenta, (Fig. 7.) almente, é medida em milímotros, algumas máquinasferramentas, O avanço só é feito em momentos nados, como na limadora; em outros, é feito continuamente, como no no, em outros ainda, o avanço, excepcionalmente, é feito na mesma eção do corte, como na fresadora; e, finalmente, em outras, não existe O, 10, Capacidade de usinagem dos metais. — Chama-se usinagem metais no seu trabalho com as máquinas-ferramentas que levan- tm apara normal ou fina. Nem todos os materiais podem ser trabalhados igualmente; e im diremos que uns são usináveis e outros não. Todavia, seja ou ÃO usinável, o material é quase sempre relativo, pois o aço tempe- do, por exemplo, que não pode ser trabalhado com lâmina de faro, pode sê-lo com a pedra de amolar de uma retificadora. Evidentemente, a primeira condição para que um metal seja usinável que soja mais brando que a ferramenta cortante. Não basta isso, porém; é preciso, além disso, que a apara se desprenda de tal maneira que a superfície tuficlontemente lisa e exata para o fim a que se destina a peça, e também E não se produzam durante a usinagem fendas e rupturas que tornem a ça Inutilizada. finalmente, para que se possa considerar um material usinável em cer- tas condições, é preciso que a rapidez do trabalho, a duração da ferramenta Ro gasto de energia utilizada sejam tais que o trabalho se torne econô- vo, Por todas estas considerações, comumente são usináveis os aços doces também os semiduros ou duros, se são normalizados ou recozidos. Tam- im são mecanizáveis a fundição gris e a fundição maleável, o cobre e A maioria dos bronzes e latões, o alumínio e muitas de suas ligas, ato, Outros materiais são usináveis unicamente com pedra de amolar, como o aço temperado, alguns tipos de fundição branda e de bronzes, o cromo, etc. Certas ligas de alumínio somente são usináveis durante algum tempo depois do tratamento térmico. II, Lubrificação e refrigeração. — Na usinagem, sobretudo se a grandes velocidades, a ferramenta se esquenta dando lugar Ho abrandamento do material de que é constituída, ao desgas- tá MAQUINAS FERRAMENTAS te prematuro do gume e ainda à sua ruptura, se o aquecimento é irregular. Além disto, convém, geralmente, atenuar o atrito da ferramenta com a peça para melhorar a qualidade da superfície e diminuir a energia consumida. Para isto, geralmente são empregados diver- sos líquidos. Os que têm por objetivo unicamente diminuir o atrito entre a ferramenta e a peça ou a apara, chamam-se lubri- ficantes c, geralmente, são empregados em pequena quantidade. Os fluidos (líquidos e às vezes gases) que também servem para esfriar a ferramenta, chamam-se refrigerantes e de- vem ser empregados em quantidade suficiente para que conduzam o calor produzido. Fregiientemente o mesmo líquido serve como lubrificante e refrigerante ao mesmo tempo. São empregados, como refrigerantes e lubrifi- cantes na usinagem dos metais, um jorro de ar, e a água, água de soda, água de sabão, emulsões de gerante, óleo (óleo; solúvel), óleos vegetais ou animais e óleos minerais, puros ou com mistura de enxofre e ainda, às vezes, graxas semi-sólidas, como a manteiga. (Ver a prancha 1.) Quando algum destes materiais é empregado como refrigeran- te, produz melhor resultado ao cair lentamente em forma de Fig. 9. — Formação da apara: 9) apora plástica; b) apara de materiais pouco plásticos; c) apara de materiais quebradiços. PEBRAMENIAS ; Is oro sobre O ponto em que se forma a apara (Pig, 8), em em forma de jorro fino e rápido, o que seria errado, prática, devem ser utilizados, como refrigerantes é lubrificantes, os vendidos no comércio, preparados polas casas fabricantes, levando-se que ago de melhor qualidade, pois é uma economia contraprodu- enrse um refrigerante barato o de pior qualidade, que no final eatiagará máquinas e forramentas. Os fluidos de corte devem cum- tre outras, 4 condição de serem antioxidantes é antissépticos, para quinas e pessons. elamificação dos produtos mais usados pode ser assim esta- óleos de corte lubrificantes sis óleos solúveis Pluidos de corte não-lubrificantes — óleo solúvel verde óleos de corte são óleos minerais, geralmente sulfoclorados, com Os para aguentar pressões extremas. São empregados puros e seu uso a frequente na usinagem de aços em condições duras. óleos solúveis são óleos emulsionáveis, empregados em mistura com gua de 2% a 10%, conforme os casos e as marcas. São empregados em trabalhos A menos difíceis que os óleos de corte. úleo solúvel verde, como a água de soda e outros produtos não-lubri- ntes, são empregados exclusivamente em trabalhos com pedra de amolar, vidos em água. Não devem ser empregados em trabalhos de torno ou dor, porque, além de dar rendimento muito pior, eliminam o engraxa- to dos guias e coxinetes e podem dar lugar a arrochos ou, ao menos, spestes prematuros. 12 Formação da apara. — O efeito da ferramenta sobre a peça não é, amo pode parecer, um efeito de corte como o de uma lâmina de barbear uma faca, mas sim um verdadeiro efeito de cunha, de modo que o gunre priumerte dito não toca, ordinariamente, na apara. Pelo contrário, é a de desprendimento que empurra e comprime o material da peça até que Mia partícula deste se desprenda. Se o material é dúctil, as várias partículas permanecem unidas entre si, formando uma apara contínua; se o material é Agil, porém, como a fundição, cada partícula desprendida salta por sua conta (Pig. 9,) E á Por tudo que foi dito, a apara sempre é mais grossa e mais curta que d capa do material desprendido. Da mesma forma explica-se que a pressão 8 O desgaste máximo sobre uma lâmina bem afiada não se produzam sobre o próprio gume, mas a uma pequena distância. Di imente, quanto maior for o ângulo de corte, maior será a compressão di para, 18 MAQUINAS PERRAM 48 29 Na mesma peça do exereteio anterior, marquese o traço de ur 10 perpendicular a ABC, já traçado, e que passe pelos pontas € e D, Feito o jaçó do plano ABC, sem mover a peça, colocasse sobro c ir ro de traçar E: apoiando sobre a face vertical desta (Pig. 12), more o esqua a TIS Fig. 12. — Traçado de um plano perpendi- cular a outro, passando por dais pontos dados o graminho vai correndo o esquadro até que os pontos € e D estejam à mesma distância de tal face, e, uma vez obtido isso, facilmente se desenhará o traço pedido. : Há casos em que será mais conveniente, uma vez traçado o plano ABC, mover a peça e colocar tal plano paralelo à face vertical do esquadro (Fig. 13), procurando-se ao mesmo tempo que os pontos C e D estejam na mesma altura sobre o mármore em que se apóia o graminho, para obter o traço pedido. Fig. LI. -- Traçado de um plano que passe por três pontos dados. : Na Fig. 13. — Outra solução do problema Fig. 14. — Traçado de ae paralelos distantes entre.si uma distância dada. 30 Traçar na mesma peça o traço de um plano paralelo a CDF e sepirado dele uma determinada distância, Obtido o traço do plano CDF (Fig. 14), sem mover a peça nem a altura do graminho e servindo-se de uma régua vertical, acha-se a distância entre o plano-CDF e a superfície do mármore; soma-se ou subtrai-se tal altura da distância dada, conforme o plano pedido deva ser superior ou inferior o fiaço pedido, pega da figura 15, traçar um plano perpendicular aos dois planos ie que passe pelo ponto P mente procodo-o assim: Colocase a peça, por meio de calços ou 5 de mudo que os dois planos já traçados tornem-se perpendiculares Fig, 15 0 16. — Traçado de um plano perpendicular a outros dois planos dados e que passe por um ponto também dado. more de traçar, comprovando com o graminho e o esquadro. (Fig. À hogulr, apoiando a base do graminho sobre o mármore, busca-se EU 4 ponta de traçar o ponto P, dado, e efetua-se o traçado do plano 4 Na peça da figura 17, traçar um plano que passe pelos pontos Pe Q e me um ângulo de 30º com o plano da base ABC. . AA Fig. 19. — Caso particular do pro- blema da fig? E 18, Traçado de um plano que «ols pontos dados e que forme um jo dado com a ptano da base. a [nger o traçado, deve-se situar a peça de modo que a face de apoio à base ABC, sobre um suporte ou esquadro de 30' colocado sobre o uie do traçar. A peça gira sobre esta base até que se possa compro- om O graminho que os pontos P e Q estão na mesma altura, (Fig. 18.) pfotua-se O traçado apoiando o graminho sobre o mármore. o plano ABC não for nenhum plano usinado nem paralelo a nenhum pla- tsinado, será preciso dispor de uma peça auxiliar (Fig. 19) que se 0 MAQUINAS PERHAND dg prende à peça a sor traçada, de modo que uma de auas faces planas 1 e paralela ao plano ADC: 16. Ordem das operações no traçado no espaço. — À ordem das operações no traçado no espaço nem sempre será a mesma, posto que há grande diversidade de peças; mas para a maioria dos casos, levem-se em conta as seguintes observações: a) Os planos ou pontos a serem marcados são aqueles que estão assinalados no desenho e que serão usinados. A b) Os pontos e centros são determinados pela intersecção de dois planos com a superfície da peça. c) Ássim como nos desenhos as cotas referem-se quase sempre a dois eixos perpendiculares, no traçado todos os planos devem referir-se, se possível, a três planos perpendiculares entre si, que se correspondem com os eixos do desenho. d) Os planos a serem escolhidos serão planos já usinados em operações anteriores, sempre que possível, ou se não, os planos de simetria da peça. e) Sempre será mais correto marcar distâncias do que ângulos. Portanto, se a operação é de precisão e o desenho assinala ân- gulos, será mais conveniente calcular distâncias por meio das regras de Geometria ou Trigonometria e realizar o traçado se- gundo estas distâncias. Isto, muitas vezes, não será necessário, quando se dispuser de esquadros fixos de precisão para os ângulos dados. Em qualquer caso, não se deve omitir nunca a comprovação das operações e o visto do encarregado responsável. Nos casos mais comuns, a ordem será: 19 Traçado de um plano principal. 29 Traçado dos planos paralelos a ele. 39 Repetir as duas operações precedentes com o plano. 49 Repetir igualmente com o terceiro plano. 59 Traçado de pontos ou planos singulares, se existem. 69 Traçado de furos, se for necessário. segundo Como exemplo prático, vejamos o seguinte exercício: Como se faz o traçado da bancada da furadora desenhada na figura 20? furos de fundição e lambuzada do branco a bancada, bus- vompaso os centros de todos os tubos À, B, €, D, E, pro- ai fai aua parte externa fique o mais centrada possível, ada sobre o mármore, tal como está indicado na figura que 04 contros fiquem na mesma altura. Se, por imper- le modelo ou por deformação da peça fundida, isto não for possível, Eu Pig. 20, - Croquis fixado de uma peça a ser traçada. so ns diferenças proporcionalmente à importância de cada furo. toma-se com o graminho a altura dos centros e marca-se O traço timetria. Em seguida, sem mover a peça, toma-se a altura da ponta Famifho na régua vertical e somando ou subtraindo desta altura as do 35 e 40 mm (Fig. 20) demarca-se, respectivamente, a parte inferior do tubo MN. egulr, coloca-se a bancada sobre o mármore, em uma segunda posição, A que o traço do plano de simetria fique perpendicular a ele (Fig. quo se comprova com um esquadro comum ou, melhor, com O D apojado no esquadro de traçar; faça-se com que os pontos Ce D mo os M e N fiquem na mesma altura, se for possível, distribuindo-se q contrário as diferenças, como anteriormente já foi dito. Obtido jaão com o graminho a altura dos pontos C e D e se desenha o “plano paralelo ao mármore, que passa por eles, Subtraindo desta Eoronia de 160 mm (Fig, 20) e tomando com o graminho o 24 MÁQUINAS FERRAMIN | 45 FER As ” 2) dos principais Or limadora, — Os órgãos de uma limadora estão a em [rés partes principais unouda, cabeçote e mesa, 226) mão do ades da máquina, os que E ubjetivo conseguir o mo Fig. 27. — Esquema de embraiagem de cone para limadora. Volante para situar 0 trajeto do cabeçote. Cabeçote. Manípulo para fixar 2 situação do tra- jeto do cabeçote. 17. Fuso para O movimento vertical do Roldana da embraiagem. Alavanca da embraiagem. do trajeto do cabeçote. cabeçote, 19. Comando do movimento vertical do car- carro. j 18. Volante para o movimento à 15. Manímulo para graduar O comprimento 12 13 14. 15 16 E 3 Fig, 28. — Acionamento por cone de roldanas 8 > , , Ê s ER: Embraiagem vimento alternado de corte com uma | 8 Ê ; SE àtone amplitude regulável à vontade. ES á 2º | iá Si dã 25 A parada e o acionamento são consegui- Ê Sãa Ei ê Ê dos comumente mesmo sem parar o motor, 5558 S5 SÊ por meio de uma embraiagem de cone dis aa Fê Es 2a posta na própria roldana de ataque. (Fig. IRES Ra oa 273 & soa 2 ER =» Acionamento por As diferentes velocidades da máquina po- | Es 288 ss o E. pezoldais e câmbio dem ser conseguidas através de um cone de | & Fesas 4 sã sé is por engrenagens. roldanas (Fig. 28), atualmente, porém, qua- PRE SgBsis ER E as limadoras são mono-roldanas, com correia trapezoidal e câmbio de | Da atada EAN por engrenagens. (Figs. 27 é 29.) rss | movimento alternado é conseguido comumente através de um mecanismo % MAQUINAS PERRANO TAS ss oh B Fig. 30. — Esquema de mecanismo interior das limadoras. de biela oscilante e prato-mani- vela. (Figs. 28, 30, 31 e 32.) O prato-manivela M é ao mes- mo tempo uma engrenagem que recebe o movimento de um pi- nhão de poucos dentes P; tem guias de rabo de andorinha por onde possa deslizar a peça 1 que sustém a ponta de eixo G, que tem portanto uma excentricida- de variável. O deslizamento da peça 1 costuma ser obtido por meio de um fuso R que recebe seu giro de uma manivela ex- terior A, através de engrenagens cônicas C, podendo sa fixar sua osição por meio de uma por a arabém exterior. (Fig. 26, 11). A ponta de eixo G ajus- tase num tuo ou caril L, Fig. 31. — Prato-manívela da limadora, 2” 2) pode deslizar no comprimento da biela entalhada B, Ao pirar o prato M, a blela 47 receberá um movimento jo ao redor do ponto O, cuja amplitude dependerá da posição Er (Ver também as figuras 30 o dO.) Mecanismo das limadoras: £, carril; B, plataforma; G, parafuso de retenção; O, eixo, hepote é um carro com movimento alternado, e em uma extremidades está a ferramenta cortante. Recebe o movi- plataforma por meio de um dispositivo que permite Ou atrasar à vontade a posição de seu trajeto. Na extre- “do cabeçote há uma pe- ne ortentável (Fig. 25), = aliza o carro porta-ferra- fehamado comumente de “movido por um fuso com nivela e seu tambor gra- nirespondente. O porta-fer- 7 propriamente dito está carro e pode girar = ' Fig. 33. — Levantamento da ferramenta no retrocesso. 30 MAQUINAS FERRAMENTAS p (5) Pr flo, b NIB c n rr 3 Fig. 36. - Detalhe do carro vertical e da mesa porta-peças. à7. — Mecanismo do avanço por excêntrica de excentricidade variável. “ 2 MÁQUINAS FERRAM! a do o movimento automálico por melo de um mecanismo de trinco (ums ve o fuso e é movido, por sua vez, por uma excêntrica de excenti dd variável que vai no próprio eixo do pratomaniveln, (Pigs, 36x o bi ou por outro pequeno prato-manivela acionado pelo próprio eixo, (Pig 38.) Ao variar a excentricidade da excêntrica ou da ponta de eixo di pequeno prato-manivela, o trinco faz correr mais ou menos dentes da roda de trinco a cada vaivém do cabeçote, conseguindo-se assim diversus avanços. % b) Fig. 41.4) A ferramenta se solta no mo- vimento de retrocesso; b) À ferramenta não se solta no movimento de retrocesso. nt cidade constante e, portan- to, demora mais tempo pa- ra fazer o trajeto abe que o eda. O tempo que o car- nero demora para fazer o movimento de corte é pre- cisamente o tempo que leva o carril para fazer o tra- jeto abe; e, por sua vez, no movimento de retrocesso cda leva menos tempo. Fig. 38 — Esquema de mecanismo de avanço com acionamento indireto por prata-manivela Fig. 39. — Apoio dianteiro da mesa, de excentricidade variável. Se a limadora não é muito pequena, a mesa necessita um segundo apoia para a sua rigidez. (Fig. 39,2). Algumas limadoras permitem também giro da mesa sobre um eixo horizontal paralelo à direção do movimento da tg do da t k cabeçote. (Fig. 39,b.) o da torrota para lavrar nelinados, 20. Observações sobre o funcionamento da limadora. — Como ilvertência importante a ser feita é sobre a inclinação se depreende das explicações anteriores, a ferramenta tem, graças Priamentas. Enquanto o movimento de avanço for ho- ao movimento alternado do caí pro acontece na maior parte dos trabalhos, a ferra- nero, um movimento de vaivém flame sempre no movimento de retrocesso: esteja o O movimento para frente é o mg vimento de corte e o movimento para trás é de retorno e, portanto, constitui um tempo morto. É in 4 ser trabalhada teressante, portanto, que este mo inclinada e o vimento seja feito mais rapida “Há com o carro por- mente que o de corte. entas, se mantemos O Isto é obtido automaticamen Fiamentos paralelo ao te pelo próprio funcionamento al carro, a ferramen- da biela ou plataforma. solta da peça no Fig. 40. - O movimento de trabaho é mais Efetivamente o taco au caril (Fig N Figs. 43 a d6. — Diversos casos de inclinação Tento que o de retrocesso. 40) tem um movimento de velo: do porta-ferramentas. Ja MAQUINAS FERIAMENTAS ae A razão disto é que esta máquina não admite grandes velos cidades de corte por sum própria forma de trabalhar es portanto, fica anulada uma das principals vantagens dos = a metais duros. mento paralelos nos gula do cabeçote e dos carros Movimento de avanço, Isto pode ser comprovado info ou uma ponta de traçar, e para trabalhos de logio comparador, Para trabalhos de pouca mon- gos, à própria ponta da lâmina, n = 22. Trabalho na limadora, — a) Fixação 6 IB] da peça A peça a ser trabalhada é fixada d tmipuda, comprovar-se-ão seus traços com o graminho, no parafuso paralelo (Fig. 59) ou direlu Ha meti OU NO parafuso, se este estiver bem nivelado, Fig. 60. - Fixação por mente sobre a mesa.- enlocn-se uma ponta de traçar no lugar da ferramenta; cunhas. O EuHHorO O OS Carros, comprova-se, em vários pontos não estejum om linha reta), se o traço coincide-com a Nos parafusos de grilhetas paralelas devem ei | » e montadas as peças pequenas, se sua forma o por mite; as peças grandes são montadas diretamente sobre a bancada, por meio de bridas. Outros ele mentos auxiliares para fixar as peças são os apoios fixos ou graduáveis, as bridas de pressão (Vig 59), as cunhas (Fig. 60), suportes especiais (Hip 61), etc. Se a superfície de apoio da peça está em bruto, Pig. 61. - Qutrossistemas não convém apoiá-la diretamente sobre a mes de fixação das peças. para não estragá-la e para que fiquem melhor nive ladas. Nas peças finas, sobretudo, deve-se procurar prender a peça de tal mancira que não fique deformada, porque, se não, ao f- car livre, a deformação cessa e a super- die lavrada já não ficará plana. (Fig. Juve tisinada paralela à que se quer usinar, comprova-se da mesma manoira, por meio da ponta de traçar. Se se visão, pronde-se Igualmente o comparador ao porta-ferra- seu braço de êmbolo sobre a peça (Fig. 64) e se com- À mio o cabeçote e o carro que produz o avanço, à agu- E não se move mais do que a tolerância admissível. Toda- * trabalhos bastará comprovar se a ponta da ferramenta te À superfício de referência da peça, movendo à mão pelo menos, duas po- da mesa (ou o car ] Her colo quem dá o j f da máquina, An- PR a trabalhar, é b) Nivelação da peça. Os planos e Ho cabeçote e sua po- a serem lavrados, deverão ser relação à peça, sele- iocidade conveniente E à excêntrica do trin- VS avunço for automáti Fig. 64, — Colocação através do comparados. da limadora deve ser graduado de modo que seja um pouco maior primento da peça, para que fiquem 5 ou 10 mm de sobra em cada par à entrada e saída da ferramenta. Como estes espaços repre- pos perdidos, a limadora trabalha com tanto maior rendimen- ialores sejam as peças. Por isto, 20 elaborar peças curtas sempre Fig. 62. - Deformação da peça Fig. 63, — Colocação de peças no parafuso, el, trabalham-se várias ao mesmo tempo, colocando-se na mesa devido à fixação defeituosa. nivelando-se com O graminho. fuso UMAS junto às outras. EL) mM MAQUINAS FERILAMPNTAS nte a velocidade máxima en velocidade média, A máxima é a velocidade que leva o carmero alé à metade jeto. À velocidade média é achada dividindo-se o compri- finjeto pela duração do movimento de trabalho. É evi- nto, que quanto mais curta for a carreira, maior número a será dado à máquina para conservar a mesma velo- E Como já se indicou, o comprimento do euro é graduado através de manivela 11 (Fig. 26), e a centralização através do volante [4 (Pig 26) Procurese deixar bem seguros ambos Os mocanismos por melo da porca Li e da alavanca 16, respectivamente. Antes de começar a trabalhar é precisa também comprovar se a ferramenta ou o carnero podem encostar na peça ou em sua sujeição, e se a entrada e a saída da ferramenta são as convenientes, fazendo-se funcionar a máquina à mão durante um curso (ida e volta) completo, A velocidade e o avanço são selecionados conforme as normas dadas no número seguinte, através do cone de roldanas ou o câmbio de murcha de engrenagens e o trinco, levando-se em conta que o avanço por den te é igual ao passo do fuso dividido pelo número de dentes do trinco, Para começar a trabalhar, baixa-se a máquina até que esta encoste ligei ramente na peça, e se coloca a zero o tambor do carro porta-ferramentas! depois, separa-se a peça e dá-selhe a profundidade de corte conveniente. volta-se, então, a aproximar a peça até que quase encoste na ferramenta e já se pode pôr em marcha o motor e ligar a embraiagem. rientadora damos, na prancha II, as velocidades de corte der tomadas nos trabalhos ordinários. Deve-se procurar que a dia do movimento de trabalho seja aproximadamente igual à corte mais conveniente para cada material, se o permitem dons dia máquina: as limadoras, devido à grande inércia do podem alcançar velocidades de corte elevadas, pois as peças mm grandos esforços. ros, ma prancha II, os avanços que podem ser tomados nos Eua, de corte empregados nas ferramentas da limadora são, em idos aos utilizados nas ferramentas de torno e podem ser vistos d) Observações a serem levadas em conta durante o trabú lho. Durante o trabalho não se deve aproximar a mão da fera menta para nada; para separar a apara deve-se utilizar uma escova. um ganchos ou instrumento semelhante. É vicioso o costume de lay cnructerísticos na limadora. — São os seguintes os trabalhos acómpanhar com a mão o retorno do cabeçote, levantando à Elgg nin limadora: ferramenta, pois uma distração pode ser perigosa (1), Se são trabalhados metais quebradiços, como a fundição, utilizem-se sempre ganchos de metal. Se se deve comprovar alguma dimensão, a máquina deve str parada completamente, incluindo o motor, se não se quer estragar 0 aparelho de medida e expor a mão. Se o movimento de avanço é feito à mão, deve ser efetuado durante o movimento de retrocesso. A limadora, ordinariamente, trabalha a seco, sem refrigeração, uma vez que não admite elevadas velocidades de corte e esfria a ferramenta durante 0 movimento de retrocesso, o” 23. Velocidade de corte, avanço e ângulos de corte. — A Fig. 65. — Fixação velocidade de corte nas limadoras não é constante. Portanto, deve-se do porta-ferramen- . aci tas para impedir o Fig. 67. — Dispositivos levantamento da para executar peças ci- efa pa há. mf Peem de “fereamentado mãos líndricas ou cônicas: a) entalhos. cesso, côncavas; b) convexas, (1) Como ao trabalhar com vídia não convém “que a fertamenta toque e peça no movimento de volta, há limadoras com levantamento automático da lâmina. Se não existe este dispositivo, deve-se trabalhar com grande precaução.