DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do LES é feito através da associação de dados clínicos e
laboratoriais. A proteína C-reativa ou (PCR) é um tipo de teste laboratorial
que quando em taxa elevada, indica a existência de um processo inflamatório
e infeccioso agudo. A PCR é produzida pelo fígado. (Figura 4).
Existem outros exames laboratoriais que avaliam o sistema imunológico,
podemos citar como o mais solicitado, os anticorpos antinucleares (FAN): um
teste para determinar se anticorpos contra células nucleares estão presentes
no sangue e o teste anti-DNA: Para determinar se o paciente tem anticorpos
contra o material genético das células.
INTRODUÇÃO
O Lúpus é uma doença auto-imune que provoca a inflamação de órgãos e
tecidos específicos, por isso ele é sistêmico (Figura 1). Afeta na maioria dos
casos a pele e as articulações, causando muita dor, inchaço e vermelhidão.
O Lúpus, também conhecido como LES, caracteriza-se por períodos em que
manifesta-se e por períodos em que fica "escondida“. Vale ressaltar que
alguns pacientes nunca desenvolvem complicações. Não é uma doença
contagiosa nem infecciosa e varia enormemente de um paciente a outro.
AGENTE ETIOLÓGICO
Sua etiologia é multifatorial, envolvendo predisposição genética, antígenos de
histocompatibilidade, influências de agentes externos virais e bacterianos,
radiações UV, estresse, traumas, hormônios sexuais e drogas. O LES é uma
doença auto-imune, em que o sistema imunitário perde a sua capacidade de
distinguir entre um corpo estranho e os tecidos e células da própria pessoa. O
sistema imunitário erra e produz auto-anticorpos que identificam as células
normais da pessoa como corpos estranhos, eliminando-as de seguida. O
resultado é uma reação auto-imune que provoca a inflamação que afeta
órgãos específicos (articulações, rins, pele, etc.)
RESPOSTA IMUNOLÓGICA
As proteínas intracelulares naturais do próprio organismo são processados por
macrófagos como antígenos específicos, que são apresentados para os
linfócitos T helper, com conseqüente aumento das subpopulações de Th1 e
Th2, que estimulam a resposta imune humoral, que é a liberação de
anticorpos, por meio da síntese de interleucinas 2 e interferon gama
principalmente (Figura 2 ). Anticorpos dirigidos diretamente contra glóbulos
vermelhos podem ser de difícil controle; ocorre em menos de 20% mas pode
ser uma forma de início do LES (Figura 3).
SINTOMAS
REFERÊNCIAS
1 – Abbas, Abull K. e Lichtman, A. A Imunologia Celular e Molecular. 5ª ed. 2005
2 - Mauro W. Keiserman , Lúpus Eritematoso Sistêmico, Rio Grande do Sul, disponível em:
[http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?277]. Acesso em: 01 novembro de 2007;
3 - Lupus, Disponível em [http://www.humanillnesses.com/original/images/hdc_0001_0002_0_
img0161.jpg], acessado em 01 de novembro de 2007;
4 – Roitt, I. Maurice – Imunologia Básica, 2003
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Figura 5 - Erupção cutânea
em forma de borboleta Figura 6 - Queda de cabelo. Figura 7 - Deformidade nas mãos.
ARTRALGIA 95%
FEBRE 90%
ARTRITE 90%
MANCHAS DE PELE 74%
ANEMIA 71%
PROBLEMAS RENAIS 50%
DORES NO PEITO 45%
"ASA BORBOLETA" 42%
FOTOSSENSIBILIDADE 30%
PERDA DE CABELO 27%
SÍNDROME RAYNAUD 17%
DISTÚRBIOS PSÍQUICOS 15%
FERIDAS NA BOCA E NARIZ 12%
Figura 1 - Percentual Sintomatológico
FONTE: www.lupusonline.com.br
Figura 2 - Esquematização da resposta imunológica
inflamatória.
TRATAMENTO
Atualmente não existe cura para o LES. O tratamento tem como objetivo a
prevenção de complicações. Normalmente, é diagnosticado na fase ativa, por
isso pode ser necessário ministrar doses elevadas de medicamentos para
controlar a doença e impedir a danificação de órgãos. O tratamento do lúpus
não é um esquema pronto para ser executado e as características de cada
caso ditarão o que se deve fazer, tornando-o artesanal.
O Tratamento consiste na administração de imunossupressores que são
medicamentos que agem evitando que os leucócitos se auto-destruam. Ex:
azatioprina a ciclofosfamida. Associado aos imunossupressores são
administrados os corticosteróides a exemplo da metilprednisolona.
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
CÁRITA EVARISTO DOS SANTOS1,CARLA RODRIGUES NASCIMENTO1, CRISTIANE DE
ANDRADE OLIVEIRA1, HELDER ARAUJO M. MIRA1, LUZIANE OLIVEIRA B. DA SILVA1,
MARIVALDA BATISTA NASCIMENTO1, JULIANA VASCONCELOS2, RAFAEL ARAUJO2
1Graduando em Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Dom Pedro II – Turma AN
2Orientadores: Docentes da Faculdade Dom Pedro II das disciplinas Microbiologia e Imunologia
Avenida Estados Unidos - Comércio
Figura 4 - Diagnóstico laboratorial:
Proteina C reativa
FREQUENCIA DOS SINTOMAS
Figura 3 - Sistema imune destruindo
os Eritrócitos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Lúpus é uma doença auto-imune que afeta de forma grave todo o
organismo. Faz-se necessário a atenção redobrada do próprio portador da
doença às sintomatologias e a partir daí procurar orientação médica.
