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Introdução a espécies invasoras, Resumos de Biologia

Ensaio sobre espécies invasoras no Brasil

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 08/03/2023

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arthur-miranda-30 🇧🇷

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INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES
E DOENÇAS EXÓTICAS
-Arthur Miranda Lacerda
-Thaiany Falk Lima Gomes Cabral
-Maitê Pirozzi Anan
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Baixe Introdução a espécies invasoras e outras Resumos em PDF para Biologia, somente na Docsity!

INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES

E DOENÇAS EXÓTICAS

-Arthur Miranda Lacerda -Thaiany Falk Lima Gomes Cabral -Maitê Pirozzi Anan

A p r e s e n t a ç ã o 1 E s p é c i e s e x ó t i c a s e n a t i v a s 3 C a u s a s 7 I m p a c t o s c a u s a d o s 1 1 D e n g u e ( A e d e s a e g y p t i ) 1 4 J a v a l i ( S u s s c r o f a ) 1 7 C a r a c o l - g i g a n t e - a f r i c a n o ( A c h a t i n a f u l i c a ) 2 0 B i b l i o g r a f i a

S U M Á R I O

Todo o livreto será baseado em pesquisas científicas universitárias e levantamento de dados de órgãos do governo como o IBAMA, além de explorar as consequências e características dos animais introduzidos no Brasil, também será mostrado as causas explorando como eles chegaram até aqui, alguns por causas humanas e outras por acidentes biológicos naturais. Esperamos que o leitor possa entender de forma fácil a problemática e propagar os informes deste livreto com seus colegas e amigos, para que a população entenda como é perigoso o contato de componentes de habitats exóticos com os nativos de seu país.

A respeito da classificação dos animais silvestres, pode-se dizer que eles basicamente são seres que não são domesticados e vivem em florestas, oceanos, matas, savanas e entre outros ambientes naturais. Eles podem ser classificados como nativos ou exóticos, uma espécie nativa se caracteriza quando ela é natural de uma região ou ecossistema, com seu ciclo de vida funcionando naturalmente dentro de sua distribuição, como no caso do Brasil temos o mico-leão-dourado, as capivaras, a onça-pintada, tamanduá- bandeira e diversos outros animais. Apesar disso, também pode-se afirmar que é possível existir uma espécie nativa dentro de um país/bioma específico, tendo como exemplo a ararinha-azul, que se encontra no bioma brasileiro caatinga.

Espécies exóticas e nativas

Essas espécies exóticas acabam se tornando um grande problema quando são invasoras, ocasionando nas principais causas diretas de perda de biodiversidade e extinção de espécies, juntamente com mudanças climáticas, perda de habitat, sobre-exploração e poluição, fatores com os quais podem gerar efeitos negativos sinérgicos, atualmente no Brasil, presume-se que há 365 espécies exóticas invasoras. As espécies invasoras geralmente têm grande concentração de população, que acabam conseguindo mais recursos que as populações menores. Com isso, acontece que essas espécies acabam se sobressaindo sobre as espécies nativas quando o assunto é competição por recursos, prejudicando o equilíbrio local, outra forma de prejuízo é em relação à extinção das espécies nativas, já que as invasoras por não possuírem predadores originários, acabam ingerindo as locais. Além disso tudo, muitas dessas espécies são responsáveis por disseminar doenças e pragas, um grande exemplo de uma espécie exótica que se tornou invasora foi a Uva-Japão, trazida inicialmente com o objetivo de sombrear chiqueiros e aviários, apesar de hoje em dia ainda ser usada dessa maneira, por ter um fruto adocicado ela acabou se tornando atrativa para as aves que contribuíram para a dispersão da espécie que também se tornou invasora ocupando muitos ambientes, também tem os javalis, que atacam plantações e diversas outras

Tendo em vista todas as consequências que uma espécie exótica invasora pode trazer, fica claro a necessidade de adotar medidas solucionáveis, com o objetivo de conservar a diversidade biológica brasileira, isso pode ser feito com a ajuda de ONGS, institutos biológicos e científicos que se responsabilizem pelo controle de dados de quantidade de espécies e números que crescem, comparando o aumento ao longo dos anos. Também seria necessário um controle em fronteiras (seja por vias terrestres, marítimas e aéreas), com checagem de bagagens e que tipo de animal ou “mercadoria” está sendo trazido, com a finalidade de evitar o transporte de espécies que ameaçariam nossa biodiversidade, também parte do bom senso de cada indivíduo de não cultivar ou procriar essas espécies em propriedade própria, e de também não soltar animais domésticos ou de criação no meio ambiente.

O derretimento das calotas polares, dificuldades de caça e mudanças climáticas são também são fatores a se levar em conta, muitas dessas mudanças da normalidade do funcionamento dos habitats é causado por hábitos e práticas humanas, como o uso de poluentes da camada de ozônio por grandes fábricas, trânsito urbano e até uso de utensílios domésticos, isto proporciona a emigração desses animais dos seus habitats de origem ocasionando o desequilíbrio ambiental destes espaços e dos que serão ocupados por eles, exemplo disto é a malária e dengue dos Andes existem exemplos como paisagismo, gramíneas forrageiras, aquicultura e produção florestal são as mais observadas que mostram-se refletidas em casos famosos, como a fuga do peixe leão para as águas da américa do norte e central, e atualmente na américa do sul e também plantas como a mamona, braquiária, capim- gordura, limoeiro, café, eucalipto, pinheiros, lírio-do-brejo, bambu, dendezeiro, leucena e espinho-de-jerusalém.

É considerado um processo gradativo e demorado até uma espécie se estabelecer em um território diferente e ser considerada exótica, pois existem barreiras biológicas que impedem que isto aconteça, já que é um grande choque entre cadeias alimentares diferentes e formas de vida diferentes, o fator de adaptação e dominância desse animal invasor é algo relativamente difícil e que deve atravessar diversos obstáculos geológicos, ambientais, meteorológicos e também humanos para dominar o novo habitat. A primeira barreira é a geológica em que consiste no fato de uma espécie superar a diferença e distância entre oceanos, desertos ou regiões florestais através ou não de ajuda humana, as espécies que conseguem este feito são consideradas introduzidas, porém podem ficar neste estado durante bastante tempo mas podem ultrapassar as próximas barreiras

As espécies exóticas invasoras são aquelas que quando introduzidas em outros territórios conseguem se adaptar, estabelecer, reproduzir e espalharem-se até colonizar o ambiente, formar novas populações e causar impactos na biodiversidade, saúde ou economia. Os problemas que podem causar são os seguintes: agem como depredadores — impedindo o desenvolvimento das espécies nativas —, alteram o habitat — modificando física e quimicamente o solo —, competem pelos alimentos e pelo espaço, hibridizam com as espécies nativas, introduzem novos parasitas e doenças. Os efeitos de uma invasão biológica também podem ser observados na saúde humana, pois muitas espécies podem transmitir doenças, causar alergias ou, inclusive, serem tóxicas. Também afeta a economia de forma considerável, pois provoca a redução ou desaparecimento da atividade pesqueira, perdas na atividade pecuária e na lavoura ou prejuízos para a indústria turística, entre outros.

Impactos Causados

Sua invasão promove a disseminação de pragas e doenças, além de prejudicar colheitas, solos, pastagens e de degradar floresta, as espécies invasoras podem causar diversos prejuízos desequilibrando as teias ecológicas no ambiente. Por exemplo, por meio da competição de recursos, gerando escassez de alimento para as nativas, predação de espécies nativas, podendo causar extinção de espécies, além de causar perdas econômicas e malefícios a saúde humana. Devido à ausência de inimigos naturais, as espécies invasoras conseguem se multiplicar em massa, assim, obtém vantagens na competição, e de novo, podendo levar a extinção de espécies. Segundo vários autores, as espécies exóticas invasoras são a segunda causa mundial da perca da biodiversidade, atrás apenas da destruição pelo ser humano. De acordo com a ONU, as invasoras já causaram prejuízos de US$ 1,4 trilhão, isso equivale a 5% do PIB global. No Brasil, as espécies exóticas estão presentes em 103 unidades de conservação espalhadas por 17 estados. Em 2008, realizou um estudo pelo governo Brasileiro, onde calculou as espécies invasoras que afetam a biodiversidade terrestre, a saúde humana, o setor econômico, ambientes marinhos e as águas continentais

Sua origem é africana mais precisamente do Egito, como o próprio nome indica, sua chegada no Brasil e nas américas aconteceu através do tráfico de escravos, porém outros contatos podem ter acontecido pelos portos americanos e brasileiros. O que muitos não sabem é que este mosquito já foi declarado erradicado por muitos países inclusive o Brasil na década de 50 por conta do combate a febre amarela urbana, entretanto após este acontecimento, as campanhas contra o invasor foram afrouxando, e consequência deste descaso, focos do Aedes aegypti foram encontrados depois de 10 anos, principalmente no norte e nordeste do país que tinham bastante contato com navios da américa central e do norte.

Dengue (Aedes aegypti)

A doença viral transmitida por mosquitos mais discutida e combatida na história da saúde pública, é a dengue cerca de 2,5 milhões de pessoas vivem em áreas consideradas como riscos epidemiológicos, outro efeito negativo da introdução desta espécie são os casos hemorrágicos que são observados dentre os milhões registrados a cada ano. A dengue abriga três componentes que são cruciais para sua existência, o vírus, mosquito e seres humanos além de ter também três fases em seu ciclo de vida, a fase de ovo, aquática e adulta em que observa-se um processo gradativo aonde o ovo encontrado em paredes verticais de criadouros aonde posteriormente eclodirá dando inicio a fase aquática representada pelas larvas que aumentam de tamanho até sofrerem metamorfose virando mosquitos e começando seu ciclo adulto, estes estágios são observados em um processo que durará cerca de 10 dias, sendo extremamente dependente da temperatura local.

Os javalis são animais bastante antigos e de distribuição significativa, são originários da Europa, norte da África e sudoeste da Ásia, mas foram introduzidos em diversas regiões do mundo, na atualidade, em alguns países, se encontram extintos e em outros, como no Brasil, são considerados espécies exóticas invasoras. Javalis vivem em bandos, liderados por um macho dominante, no entanto, machos mais velhos tendem a viver solitários, aproximando-se de outros indivíduos somente para se reproduzir, em tais situações, pode haver combates entre o macho residente e o “intruso” que pretende se acasalar com as fêmeas que ali se encontram, geralmente os mais velhos são os que ganham a disputa. Competição com espécies nativas, como caititus e queixadas; alterações no ambiente em razão dos seus hábitos de fuçar o solo, atrapalhando processos da sucessão de regeneração de matas; e a capacidade de transmitir doenças, como raiva, leptospirose e febre aftosa; fazem com que se apresentem como um problema, em casos de superpopulação.

Javali (Sus scrofa)

Por isso, a União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) considera os javalis como uma das espécies invasoras com maior potencialidade de causar danos ao meio ambiente. Algumas estratégias têm sido adotadas, e também estudadas, para controlar tais populações, a principal tem sido a caça controlada, com direcionamento de sua carne para fins alimentícios, sobre tal item alimentar, sua carne é bem menos calórica que a bovina, mais proteica, e a taxa de colesterol é quase nula. Existe regulamentação para a caça desta espécie, que é liberada no Brasil, mas isso não tem sido suficiente para o controle das tantas populações que vem crescendo, no país, cada estado e município age independente, muitas vezes. É essencial que sejam desenvolvidas práticas de gestão de fauna unindo os estados, com um consenso entre a academia, conservacionistas e os tomadores de decisões, podendo estabelecer uma política de manejo mais certeira. O javali, por ser um animal exótico, não tem predador natural aqui, o que provoca um desequilíbrio populacional, como vive bem numa diversidade de ambientes e tem facilidade de reproduzir com o porco doméstico, este animal vem causando desequilíbrio ambiental, sendo praga em muitos locais.