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Atividades fisica no nasf
Tipologia: Notas de estudo
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V 16 • N 1
O objetivo deste estudo foi verificar as características de intervenção dos profissionais de Educação Física inseridos no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). A amostra foi composta por sete profissionais que atuavam em municípios da região norte do estado do Paraná. Foi realizada uma entrevista semi-estruturada que foi gravada e transcrita pos- teriormente. Para analise das entrevistas foi utilizado elementos da analise de conteúdo através do sistema de categorias. Todos os profissionais formaram-se em Educação Física
(^1) Grupo de Estudos em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida – GEAFSQ – Universidade Estadual de Londrina - PR ,2 (^) Departamento de Educação Física – Universidade Estadual de Londrina - PR Endereço para Correspondência Mathias Roberto Loch Universidade Estadual de Londrina- Departamento de Educação Física Campus Universitário Rodovia Celso Garcia Cid - PR 445, Km 380 Caixa Postal 6001 - CEP 86051- Londrina - Paraná - Brasil e-mail: mathias@uel.br
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Diante da modificação das causas de mortalidade e de morbidade acontecidas no Brasil, o quadro de saúde pública tornou-se especialmente complexo, pois as doenças crônicas não transmissíveis passaram a ser hegemônicas, sem, entre- tanto o país ter resolvido seus problemas com as doenças infecto-contagiosas^1. Dado esse contexto, a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1990 representou um importante avanço em termos de saúde pública, em especial na atenção básica, uma vez que entre os objetivos da criação do SUS está a tentativa de substi- tuição do modelo tradicional médico assistencial privado, que tinha o direcionamento centrado na cura da doença, para um modelo que visa, sobretudo, aspectos de promoção, preven- ção e reabilitação2,3. Tendo em vista tais direcionamentos, em 1994 o SUS teve suas ações fortalecidas através da implantação do programa Saúde da Família, atualmente referido como Estratégia Saúde da Família (ESF), com o objetivo de reorganizar a assistência à saúde e o processo de municipalização dos serviços. Vale lembrar, que programas com fins preventivos são considera- dos de baixo custo e quando bem estruturados, fortalecem o processo de prevenção das doenças e reduzem os gastos por internações4,5,6. Ampliação importante da ESF aconteceu a partir do início de 2008, quando foi criado o Núcleo de Apoio à Saú- de da Família (NASF), que incorpora profissões que até então não estavam inseridas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Dada a complexidade do trabalho na atenção básica, devido à diversidade dos municípios e da população, espera-se que a união de diversos profissionais de diferentes áreas poderá proporcionar direcionamentos mais amplos, melhorando as- sim o sistema de saúde7,8,3. Dentre as estratégias de promoção e prevenção de saú- de a prática de atividades físicas tem sido referida como uma das ações importante nesse processo. Neste sentido, uma das áreas que passou a ter a possibilidade de inserção no NASF foi a Educação Física. Entretanto, na mesma medida que isto representa importante conquista para a área, não se pode perder de vista as possíveis dificuldades encontradas pelos profissionais recentemente inseridos, haja vista que de algum modo, estes são pioneiros e apresentam um papel histórico importante para a consolidação da área neste novo e impor- tante contexto. Dados estes apontamentos, este estudo teve como ob- jetivo verificar as características de intervenção dos profissio- nais de Educação Física no NASF em municípios do Norte do Estado do Paraná.
Este estudo foi desenvolvido numa abordagem quali- tativa do tipo exploratório-descritivo, buscando conhecer os aspectos particulares dos fatos que descrevem o trabalho do profissional de Educação Física inserido no NASF. Para isso, utilizou-se entrevista semi-estruturada, realizada entre os me- ses de agosto e setembro de 2009, através de uma série de perguntas abertas. Quando necessário foram acrescentadas outras questões para melhor esclarecimento. O roteiro básico da entrevista incluiu: informações pes- soais, percepções sobre o curso de graduação e informações sobre a intervenção no NASF. As entrevistas foram gravadas e após sua transcrição, apagadas. A transcrição das entrevistas totalizou 39 laudas. A amostra foi selecionada de maneira intencional. O primeiro contato com os profissionais foi realizado por inter- médio da secretaria municipal de saúde de cada município, e após a explicação sobre os objetivos do estudo, as entrevistas foram agendadas, conforme disponibilidade dos sujeitos. O caráter de participação na pesquisa foi voluntário. Uma vez esclarecidos sobre os objetivos e procedimentos a serem adotados, os sujeitos tiveram a opção de não participar, não havendo nenhuma penalidade para aqueles que optassem pela não participação. Nenhuma recusa foi observada. Todos os participantes assinaram o Termo de Consen- timento Livre e Esclarecido concordando em participar com estudo. Os procedimentos metodológicos foram aprovados pelo Comitê de Ética e pesquisa com Seres Humanos da Uni- versidade Estadual de Londrina, Parecer n° 154/09. A amostra foi composta por sete profissionais de Educa- ção Física pertencente ao Núcleo de Apoio à Saúde da Famí- lia dos municípios de Apucarana, Cambé, Ibiporã e Rolândia, todos localizados na região norte do Paraná. O município de Londrina, maior município a região Norte do Paraná, não foi incluído neste estudo, pois no momento da coleta de dados, as atividades no NASF deste município estavam paralisadas. Para analise das entrevistas foram utilizados elementos da analise de conteúdo através do sistema de categorias, que tem por objetivo proporcionar uma reprodução simplificada dos dados brutos 9. As categorias foram divididas em três uni- dades temáticas: direcionamento do curso de graduação; in- tervenção profissional;e trabalho em equipe. RESULTADOS Caracterização dos sujeitos Todos os entrevistados formaram-se em licenciatura ple- na, sendo que, cinco realizaram sua graduação em universida- des públicas e dois na rede particular. Cinco concluíram curso de especialização. Em média os profissionais possuíam oito anos de formação, com variação entre dois e quatorze anos. O tempo de atuação no NASF variou de quatro meses a um ano. Entrevistas Para melhor compreensão dos resultados optou-se por dividir as analises em três blocos: no primeiro estão apre- sentadas as categorias que dizem respeito às características do curso de graduação; no segundo as categorias referentes ao trabalho em equipe; e no terceiro as categorias quanto à forma de organização e tipo de atividades desenvolvidas no NASF. Para melhor ilustração das explicações serão apresenta- dos trechos das falas dos sujeitos. Vale lembrar que a transição dos trechos ocorreu de forma integra de acordo com as falas. O quadro 1 apresenta as categorias relacionadas ao dire- cionamento dos cursos de graduação. Três dos sujeitos men- cionaram que seu curso de graduação tinha foco centrado no esporte; dois afirmaram falta de aproximação com a área de saúde pública e dois relataram que durante sua graduação ti- veram disciplinas que deram base para intervenção em saúde, (apesar de não serem disciplinas específicas sobre a organiza- ção da saúde pública, mas sim disciplinas como prescrição de exercícios, entre outras). Através do relato dos entrevistados pode-se perceber que embora alguns dos sujeitos não identificassem a forte influência do esporte durante seu curso de graduação, men- cionaram pouca aproximação deste com a área de saúde pú- blica, tendo que recorrer a novos estudos para desenvolver seu trabalho neste ambiente. Tais afirmativas são reforçadas
V 16 • N 1 pra comunidade é muito importante ter todos esse profis- sionais envolvidos e a gente discute mesmo entre nós... a gente acaba trocando as informações com outros profissio- nais, por que você não vai ver só o lado da atividade física, do exercício você troca informações com o farmacêutico, os medicamentos que aquele hipertenso toma, diabéticos... então a gente consegue ter toda uma rede de informações [...]. S 5: [...] traz um feedback legal, outras idéias outros conhe- cimentos [...]. S 6: [...] é como se... tudo aquilo que você aprendeu e sabe da educação física você vai ter que repartir isso com a equi- pe por que você vai ter uma área a ser cuidada.... e isso é muito gratificante é muito prazeroso... você cresce profis- sionalmente, você cresce como pessoa, você cresce como homem [...]. S 7: [...] é um trabalho bem legal eu nunca tinha vivido isso na minha vida e foi assim uma coisa louca, uma novida- de tremenda na minha vida nunca imaginei que eu fosse tá em meio assim eu, e outros profissionais por que assim igual eu falei foi sempre “eu”, eu dentro duma academia por mais que eu tivesse dentro de uma escola era eu dentro de uma quadra... hoje eu me vejo junto com outras pessoas com outros pensamentos, mas todo mundo no final falan- do a mesma língua. Entendeu? É isso que eu achei bem le- gal bem interessante. Essas características são observadas e comentadas, in- clusive por um dos profissionais que não tem o suporte do trabalho em equipe. Neste caso específico, cada profissional que compunha o NASF trabalhava de maneira isolada. S 3: [...] quando você fala assim equipe do NASF tem que tá uma equipe ... não ter todo mundo junto no mesmo lugar mais ter uma troca pelo menos uma troca de um dia na se- mana[...]. Além disso, os profissionais mencionaram que no início encontraram dificuldades devido à resistência por parte de alguns profissionais da ESF. Entretanto, segundo os relatos, parte deste problema foi resolvido a partir da capacitação re- alizada com os profissionais das UBS, em especial, as agentes comunitárias de saúde. A seguir serão apresentados os resultados encontrados em relação à forma de intervenção profissional (quadro 3). Vale destacar que, em média, cada profissional atuava em cinco unidades fixas e seu trabalho era realizado por escala. Dos sujeitos entrevistados seis realizam seu trabalho através de grupos nas unidades e apenas um atuava exclusivamente dando suporte as necessidades de cada UBS, em especial, a equipe da ESF. Além das atividades físicas a maioria dos profissionais referiu realizar mini-palestras nos grupos sobre temas relacio- nados à importância da prática de atividade física. A partici- pação nos grupos é voluntária e a divulgação é feita através de cartazes nos postos de saúde e pelos profissionais da ESF, sendo essa realizada dentro da própria unidade. Dois profis- sionais afirmaram realizar visitas domiciliares convidando a população a participar dos grupos, conforme falas a seguir: S 1: [...] na educação física nos montamos grupos, convida- mos através das Agentes comunitárias, elas fazem convite a população pra estarem junto conosco nas unidades pra esse treinamento pra esses grupos [...]. S 4: [...] as pessoas são orientadas nas unidades. A gente usa estratégia de divulgar por cartazes. Eu mesmo faço as visitas domiciliares pra falar da importância da atividade física, do exercício e estar convidando essas pessoas pra tá participando das atividades [...]. Dentre as atividades físicas prescritas pelos profissio- nais estão: atividades aeróbias (principalmente caminhadas) e exercícios resistidos (realizados com materiais alternativos como, por exemplo: pesos feitos de garrafa pet com areia ou pedra, cabo de vassoura dentre outros). Em menor propor- ção, os profissionais também referiram prescrever exercícios de alongamento, coordenação motora e atividades lúdicas. A maioria da população participante em todos os grupos são mulheres e idosos, normalmente com alguma patologia. Em relação ao controle da intensidade das atividades, todos os profissionais afirmaram levar em consideração a per- cepção de cada indivíduo. As atividades são desenvolvidas de duas a três vezes por semana com aproximadamente uma hora de duração, sendo estas divididas em: aquecimento, trei- namento especifico e relaxamento/alongamento. O número de pessoas atendidas nos grupo variou de 12 a 93 pessoas e a principal dificuldade mencionada pelos pro- fissionais para o desenvolvimento das atividades corresponde à falta de espaços, conforme falas a seguir: S 4: [...] como a gente procura usar espaços públicos, uma certa dificuldade as vezes numa quadra que não tem uma estrutura boa ou ginásio. Nós usamos, mas nós fazemos Quadro 3 Caracterização do trabalho em equipe, segundo percepção dos sujeitos entevistados
V 16 • N 1 caminhadas nas ruas, aí tem toda a estrutura de calçada... mas não é por isso que a gente vai deixar de fazer, mais a gente fica limitado. S 7: [...] as vezes eu preciso de um espaço, geralmente é uma quadra e no calor. Seria ideal uma quadra coberta e nem é sempre que tem disponível. No município existem vários outros setores trabalhando no caso área do esporte, que é a secretaria do esporte e eles oferecem horários pra quadra. Então quando foi implantado o NASF a maioria das qua- dras já estavam com os horários todos preenchidos ... então esse é um problema: eu ter que adaptar lugar, improvisar lugar..., algumas vezes é na rua próximo as unidades por- que eu também não posso me deslocar. Em relação às estratégias para mobilização da comuni- dade, a maior parte dos sujeitos não referiu nenhuma ação es- pecífica, como por exemplo, a realização de grandes eventos, que busquem chamar a atenção para a importância da prática de atividade física, ou mesmo para divulgar as ações do NASF nas respectivas comunidades.
Este trabalho buscou verificar as características da inter- venção de profissionais de Educação Física em um novo con- texto de atuação (Núcleo de Apoio à Saúde da Família). Vale destacar que a escolha pela análise de conteúdo, como meio para análise das informações, se deveu por esta possibilitar um maior aprofundamento da realidade, e uma aproximação maior dos sujeitos investigados, que podem ser considerados importantes “pioneiros” da área. A análise das entrevistas reforça a idéia que a Educação Física tem uma grande trajetória a ser construída na atenção básica à saúde, tanto no que diz respeito à inclusão profissio- nal, como também à melhor formação deste. Vale mencionar que a formação demasiadamente “esportivizada”, referida por alguns dos sujeitos, remete à história da Educação Física no Brasil10,11. Mesmo com algumas mudanças recentes ocorridas nos cursos de graduação, a presença de currículos generalistas superficiais, na maioria das vezes não oferecia uma base sóli- da para a intervenção profissional, pois ao mesmo tempo em que se objetivava formar o professor para atuar no contexto escolar, também se buscava a formação de profissionais para intervir fora deste ambiente^12. Nesse sentido, pode-se considerar a divisão dos cursos em licenciatura e bacharelado como uma alternativa de me- lhor caracterizar o campo de intervenção para cada habilita- ção. Entretanto, quanto à intervenção na saúde pública trata- -se de uma formação que ainda deve ser consolidada. Anjos et al, (2009)^13 analisaram currículos dos cursos de bacharelado em Educação Física em universidades do estado de São Paulo, e constaram que ainda é deficiente a formação para atuação em saúde pública. Além disso, as disciplinas que mais se apro- ximam para tal intervenção restringiam-se ao caráter curativo e de prescrição, havendo pouca aproximação com a formação para o trabalho em uma abordagem coletiva. Essa realida- de, também observada no presente estudo, merece especial atenção tendo em vista que a preocupação de formar profis- sionais aptos para intervir nesse setor é uma realidade e apre- sentada inclusive nas diretrizes do Ministério da Educação^14. Vale lembrar também que o trabalho no contexto do NASF é desenvolvido em uma equipe, o que se justifica in- clusive pela complexidade do trabalho na atenção básica em saúde. Peduzzi, (2001)^15 refere que a elaboração de projetos comuns se configura uma importante estratégia a ser adotada pelas equipes com o intuito de abranger às necessidades e a realidade de cada área a ser atendida. Quanto às atividades desenvolvidas pelos profissionais nas UBS, seis dos sujeitos realizam seu trabalho no NASF através de atividades físicas desenvolvidas em grupos, com o auxilio de materiais alternativos que são uma opção de bai- xo custo. Observação parecida já havia sido apresentada por Kokubun, et al. (2007)^16 , que investigou a atuação na Estraté- gia Saúde da Família, mas não na perspectiva do NASF. Entretanto, quando comparado o número de atendimen- tos nos grupos com a quantidade de pessoas na comunidade, observa-se que o número relativo é pequeno. Tal resultado pode ser em parte atrelado ao fato de que nem todos os pro- fissionais realizam visitas domiciliares, convidando a popula- ção a participar. Além disso, há certa deficiência em relação a eventos que visem mobilizar o município da importância da prática de atividade física de forma que, as informações ofe- recidas pelos profissionais do NASF, acabam ficando restritas aos indivíduos que participam dos grupos. É claro que não se pode atribuir a falta de participação unicamente a estes fatos, uma vez que são múltiplos os fatores que influenciam na ade- são o não a programas de atividade física17,18,19. Vale lembrar também que uma das dificuldades na rea- lização das atividades citadas pelos profissionais, consiste na falta de espaços adequados para a execução das mesmas, o que reforça a idéia de que devem ser múltiplas as estratégias para diminuição da prevalência de sedentarismo, inclusive com mudanças no ambiente. Além disso, quando uma nova proposta é feita à comuni- dade, é normal que não haja plena adesão logo em seu início. Jenkins (2007)^20 menciona cinco grupos comunitários teóricos sucessivos em termos de seqüência na adoção da “novidade”, sendo eles: Inovadores (aqueles que primeiro irão aderir), aprovadores iniciais, maioria inicial, maioria tardia e os resis- tentes remanescentes (que mais dificilmente aderem). Outro achado importante no estudo refere-se que gran- de parte dos indivíduos que freqüentam os grupos são mu- lheres. Achados semelhantes foram observados por Hallal el al, (2010)^21 , na cidade de Recife, onde a maior parte dos usu- ários do programa Academia da Cidade, programa este com especificidades diferentes do NASF, era mulheres. Vale destacar que a criação do NASF é uma tentativa de possibilitar um direcionamento mais amplo das ações de saú- de pública. Para tanto, faz-se necessário que o trabalho não tenha apenas um direcionamento “clinico”, pois como docu- mentado na própria resolução: “as ações de Atividade Física/ Práticas Corporais devem buscar a inclusão de toda a comu- nidade adstrita, não devendo restringir seu acesso apenas às populações já adoecidas ou mais vulneráveis”^8.
O trabalho em saúde pública, especialmente em um contexto complexo como o brasileiro, consiste em uma tarefa bastante difícil. A inclusão de outras profissionais ao quadro tradicional pode ser de grande importância para a construção de um enfoque mais ampliado de saúde. No caso da Educação Física, alguns aspectos devem ser considerados, pois podem representar dificuldade para a inserção e a consolidação da área neste novo campo de in- tervenção. Um dos fatos a ser destacado é o direcionamento dos cursos de graduação generalista para a área esportiva, em