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Processamento e Apresentação de Antígenos aos Linfócitos T: Reconhecimento Restrito MHC I , Resumos de Biomedicina

Este texto explica o processo pelo qual as células t reconhecem antígenos apenas sob a forma de peptídeos exibidos pelas moléculas de histocompatibilidade maior (mhc) em células apresentadoras de antígenos (apcs). O documento aborda o reconhecimento restrito a mhc classe i e ii, a especialização de apcs na captura e processamento de antígenos, e as vias de apresentação de antígenos associadas a cada classe.

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 09/02/2021

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daiane-stefanie 🇧🇷

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Processamento e apresentação de antígenos aos linfócitos T
Resumo II - Imunologia
Abbas
As células T reconhecem antígenos apenas sob a forma de peptídeos exibidos pelos produtos
dos genes do MHC próprio na superfície de APCs (células apresentadoras de antígenos). Os
linfócitos T CD4+ auxiliares reconhecem antígenos em associação a produtos genéticos do
MHC classe II (reconhecimento restrito ao MHC classe II), e os CTLs CD8+ reconhecem
antígenos em associação a produtos genéticos classe I (reconhecimento restrito o MHC
classe I).
APCs especializadas, como as células dendríticas, os macrófagos e os linfócitos B, capturam
antígenos proteicos extra-celulares, interiorizam-no e os processam, além de exibirem
peptídeos associados á classe II a células T CD4+. As células dendríticas são as APCs mais
eficientes para iniciar respostas primárias por ativação de células T naïves, e os macrófagos
e linfócitos B apresentam antígenos a células T auxiliares diferenciados na fase efetora da
imunidade celular e nas respostas imunológicas humorais, respectivamente. Todas as células
nucleadas podem apresentar peptídeos associados á classe I, derivados de proteínas
citosólicas, tais como os antígenos virais e tumorais, a células T CD8+.
O processamento de antígenos é a conversão de proteínas nativas em peptídeos associados
ao MHC. Esse processo consiste na introdução de antígenos proteicos exógenos em
vesículas de APCs ou na síntese de antígenos no citosol, na degradação proteolítica dessas
proteínas a peptídeos, na ligação de peptídeos a moléculas do MHC, e na exibição de
complexos peptídeo-MHC na superfície da APC para reconhecimento por células T. As
proteínas, tanto extra-celulares quanto intra-celulares, são colhidas por essas vias para
processamento de antígenos, e os peptídeos derivados de proteínas próprias normais e de
proteínas estranhas são exibidos por moléculas do MHC para vigilância por linfócitos T.
Para a apresentação de antígenos associados á classe II, as proteínas extra-celulares são
interiorizadas nos endossomos, onde essas proteínas são clivadas proteoliticamente por
enzimas que funcionam em pH ácido. Moléculas do MHC classe II recém-sintetizadas
associadas a Ii são transportadas do RE para as vesículas endossômicas. Aqui, a Ii é clivada
proteoliticamente, e um pequeno remanescente de peptídeos da Ii, chamado de CLIP, é
removido da fenda de ligação de peptídeos da molécula do MHC pelas moléculas DM. Os
peptídeos que foram gerados de proteínas extra-celulares então se ligam á fenda disponível
da molécula do MHC classe II, e o complexo trimérico (cadeias alfa e beta do MHC classe
II e peptídeo) se movimenta e é exibido na superfície da célula.
Para a apresentação de antígenos associados a classe I, as proteínas citosólicas são
degradadas proteoliticamente no proteossoma, gerando peptídeos com características que
lhes possibilitem ligar-se a moléculas classe I. Esses peptídeos são oferecidos do citoplasma
ao RE por um transportador dependente de ATP chamado de TAP. Dímeros do MCH classe
I-beta2-microglobulina no RE são fixados ao complexo do TAP e recebem peptídeos
transportados para o RE. Complexos estáveis de moléculas do MHC classe I com peptídeos
ligados saem do RE pelo complexo de Golgi e vão á superfície celular.
Essas vias de apresentação de antígenos restritas ao MHC asseguram que a maioria das
células do corpo seja triada para a possível presença de antígenos estranhos. As vias também
asseguram que as proteínas dos microrganismos extra-celulares gerem preferencialmente
peptídeos ligados a moléculas do MHC classe II para reconhecimento por células T CD4+
auxiliares, as quais ativam mecanismos efetores que eliminam antígenos extra-celulares.
Inversamente, as proteínas sintetizadas por microrganismos intra-celulares (citosólicos)
geram peptídeos ligados a moléculas do MHC classe I para reconhecimento por CTLs
CD8+, que funcionam erradicando células que abrigam infecções intra-celulares. A
imunogenicidade de antígenos proteicos estranhos depende da capacidade das vias de
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Processamento e apresentação de antígenos aos linfócitos T

Resumo II - Imunologia Abbas  As células T reconhecem antígenos apenas sob a forma de peptídeos exibidos pelos produtos dos genes do MHC próprio na superfície de APCs (células apresentadoras de antígenos). Os linfócitos T CD4+ auxiliares reconhecem antígenos em associação a produtos genéticos do MHC classe II (reconhecimento restrito ao MHC classe II), e os CTLs CD8+ reconhecem antígenos em associação a produtos genéticos classe I (reconhecimento restrito o MHC classe I).  APCs especializadas, como as células dendríticas, os macrófagos e os linfócitos B, capturam antígenos proteicos extra-celulares, interiorizam-no e os processam, além de exibirem peptídeos associados á classe II a células T CD4+. As células dendríticas são as APCs mais eficientes para iniciar respostas primárias por ativação de células T naïves , e os macrófagos e linfócitos B apresentam antígenos a células T auxiliares diferenciados na fase efetora da imunidade celular e nas respostas imunológicas humorais, respectivamente. Todas as células nucleadas podem apresentar peptídeos associados á classe I, derivados de proteínas citosólicas, tais como os antígenos virais e tumorais, a células T CD8+.  O processamento de antígenos é a conversão de proteínas nativas em peptídeos associados ao MHC. Esse processo consiste na introdução de antígenos proteicos exógenos em vesículas de APCs ou na síntese de antígenos no citosol, na degradação proteolítica dessas proteínas a peptídeos, na ligação de peptídeos a moléculas do MHC, e na exibição de complexos peptídeo-MHC na superfície da APC para reconhecimento por células T. As proteínas, tanto extra-celulares quanto intra-celulares, são colhidas por essas vias para processamento de antígenos, e os peptídeos derivados de proteínas próprias normais e de proteínas estranhas são exibidos por moléculas do MHC para vigilância por linfócitos T.  Para a apresentação de antígenos associados á classe II, as proteínas extra-celulares são interiorizadas nos endossomos, onde essas proteínas são clivadas proteoliticamente por enzimas que funcionam em pH ácido. Moléculas do MHC classe II recém-sintetizadas associadas a Ii são transportadas do RE para as vesículas endossômicas. Aqui, a Ii é clivada proteoliticamente, e um pequeno remanescente de peptídeos da Ii, chamado de CLIP, é removido da fenda de ligação de peptídeos da molécula do MHC pelas moléculas DM. Os peptídeos que foram gerados de proteínas extra-celulares então se ligam á fenda disponível da molécula do MHC classe II, e o complexo trimérico (cadeias alfa e beta do MHC classe II e peptídeo) se movimenta e é exibido na superfície da célula.  Para a apresentação de antígenos associados a classe I, as proteínas citosólicas são degradadas proteoliticamente no proteossoma, gerando peptídeos com características que lhes possibilitem ligar-se a moléculas classe I. Esses peptídeos são oferecidos do citoplasma ao RE por um transportador dependente de ATP chamado de TAP. Dímeros do MCH classe I-beta2-microglobulina no RE são fixados ao complexo do TAP e recebem peptídeos transportados para o RE. Complexos estáveis de moléculas do MHC classe I com peptídeos ligados saem do RE pelo complexo de Golgi e vão á superfície celular.  Essas vias de apresentação de antígenos restritas ao MHC asseguram que a maioria das células do corpo seja triada para a possível presença de antígenos estranhos. As vias também asseguram que as proteínas dos microrganismos extra-celulares gerem preferencialmente peptídeos ligados a moléculas do MHC classe II para reconhecimento por células T CD4+ auxiliares, as quais ativam mecanismos efetores que eliminam antígenos extra-celulares. Inversamente, as proteínas sintetizadas por microrganismos intra-celulares (citosólicos) geram peptídeos ligados a moléculas do MHC classe I para reconhecimento por CTLs CD8+, que funcionam erradicando células que abrigam infecções intra-celulares. A imunogenicidade de antígenos proteicos estranhos depende da capacidade das vias de

processamento de antígenos para gerar peptídeos dessas proteínas que se ligam a moléculas próprias do MHC.