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Importancia do ABCDE, Notas de estudo de Enfermagem

Descrições básicas para primeiros socorros

Tipologia: Notas de estudo

2019

Compartilhado em 12/11/2019

carol-carneiro
carol-carneiro 🇧🇷

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Importância e significado do ABCDE
No A, realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a equipe de socorro
deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que mova a cabeça para os lados durante o
olhar, podendo causar lesões medulares. Um membro da equipe deve estabilizar a coluna
cervical manualmente ou com um colar. Se o pescoço estiver em uma posição viciosa, deve-se
imobilizar nessa posição. Em vítimas inconscientes em que não é possível reposicionar a
cabeça, a estabilização deve ser feita na posição original. A imobilização deve ser de toda a
coluna, não se limitando a coluna cervical. Para isso, uma prancha rígida deve ser utilizada. Os
acidentes nos seguintes cenários têm riscos potenciais de lesão de medula: mergulho em água,
queda de cavalo e acidentes de trânsito.
Além disso, ainda no A, deve-se realizar a avaliação das vias aéreas. No atendimento pré-
hospitalar, 66-85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas. O socorrista
aborda a vítima perguntando seu nome. Se ele responder, isso sugere que as vias aéreas estão
pérvias. Voz alterada, estridor, roncos e esforço respiratório são sinais de obstrução de vias
aéreas. Baixo nível de consciência também é uma possível causa de obstrução, geralmente pela
queda da língua. As manobras mais utilizadas nessa fase são a elevação do mento (chin lift) e
anteriorização da mandíbula (jaw thrust). Entretanto, é preciso ter cuidado para não causar
extensão cervical nas vítimas com suspeita de lesão medular. Quando se tem equipamentos
adequados, é recomendado aspirar os corpos estranhos da via aérea. No ambiente hospitalar,
corpos estranhos de visualização direta são aspirados com fórceps de Magill.
Quando essas medidas de desobstrução não são efetivas, três procedimentos podem ser
realizados: intubação endotraqueal, cricotireoidostomia ou traqueostomia. A intubação
endotraqueal é o padrão ouro para proteção de vias aéreas no ambiente pré-hospitalar. As
principais indicações para este procedimento são: estresse respiratório, Escala de Coma de
Glasgow menor ou igual a 8 e parada cardíaca.
No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência respiratória,
inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traquéia e observação da musculatura
acessória são parâmetros analisados nessa fase. Vítimas com hipoventilação e frequência
respiratória menor que 10 inspirações por minuto devem ser monitorados. Uma ventilação
adequada deve manter as pressões parciais de CO2 entre 30-35 mmHg. Se disponíveis,
estetoscópio e o oxímetro de pulso são equipamentos que ajudam na abordagem a vítima nesse
estágio. Uma vez inadequada à respiração, deve-se prestar suporte ventilatório. Nos casos de
pneumotórax hipertensivo, o procedimento a ser realizado é a descompressão imediata do tórax,
inserindo um jelco calibroso no segundo espaço intercostal na linha hemiclavicular, seguido de
drenagem de tórax no quarto espaço intercostal, na linha axilar média.
No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise. A
maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. Quando essa medida não
é suficiente, o torniquete é uma opção. A frequência de pulso e enchimento capilar podem ser
determinados. Mudanças na coloração da pele, sudorese e diminuição do estado de consciência
podem sugerir perfusão comprometida. A ausculta pode ser realizada nessa fase. Deve-se ter
cuidado com a hipovolemia. Nesses casos, a medida recomendada é obter dois acessos venosos
periféricos e infundir, inicialmente, 2 L de cristalóides. Entretanto, deve-se ter cautela com a
diluição dos fatores de coagulação devido a esse procedimento. Em casos de fratura de pelve,
dispositivos pneumáticos podem ser utilizados. Esses equipamentos devem ser inflados 60-80
mmHg, comprimindo abdome, pelve e membros inferiores.
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Importância e significado do ABCDE

No A , realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a equipe de socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que mova a cabeça para os lados durante o olhar, podendo causar lesões medulares. Um membro da equipe deve estabilizar a coluna cervical manualmente ou com um colar. Se o pescoço estiver em uma posição viciosa, deve-se imobilizar nessa posição. Em vítimas inconscientes em que não é possível reposicionar a cabeça, a estabilização deve ser feita na posição original. A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. Para isso, uma prancha rígida deve ser utilizada. Os acidentes nos seguintes cenários têm riscos potenciais de lesão de medula: mergulho em água, queda de cavalo e acidentes de trânsito.

Além disso, ainda no A, deve-se realizar a avaliação das vias aéreas. No atendimento pré- hospitalar, 66-85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas. O socorrista aborda a vítima perguntando seu nome. Se ele responder, isso sugere que as vias aéreas estão pérvias. Voz alterada, estridor, roncos e esforço respiratório são sinais de obstrução de vias aéreas. Baixo nível de consciência também é uma possível causa de obstrução, geralmente pela queda da língua. As manobras mais utilizadas nessa fase são a elevação do mento ( chin lift ) e anteriorização da mandíbula ( jaw thrust ). Entretanto, é preciso ter cuidado para não causar extensão cervical nas vítimas com suspeita de lesão medular. Quando se tem equipamentos adequados, é recomendado aspirar os corpos estranhos da via aérea. No ambiente hospitalar, corpos estranhos de visualização direta são aspirados com fórceps de Magill.

Quando essas medidas de desobstrução não são efetivas, três procedimentos podem ser realizados: intubação endotraqueal, cricotireoidostomia ou traqueostomia. A intubação endotraqueal é o padrão ouro para proteção de vias aéreas no ambiente pré-hospitalar. As principais indicações para este procedimento são: estresse respiratório, Escala de Coma de Glasgow menor ou igual a 8 e parada cardíaca.

No B , o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traquéia e observação da musculatura acessória são parâmetros analisados nessa fase. Vítimas com hipoventilação e frequência respiratória menor que 10 inspirações por minuto devem ser monitorados. Uma ventilação adequada deve manter as pressões parciais de CO2 entre 30-35 mmHg. Se disponíveis, estetoscópio e o oxímetro de pulso são equipamentos que ajudam na abordagem a vítima nesse estágio. Uma vez inadequada à respiração, deve-se prestar suporte ventilatório. Nos casos de pneumotórax hipertensivo, o procedimento a ser realizado é a descompressão imediata do tórax, inserindo um jelco calibroso no segundo espaço intercostal na linha hemiclavicular, seguido de drenagem de tórax no quarto espaço intercostal, na linha axilar média.

No C , a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise. A maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. Quando essa medida não é suficiente, o torniquete é uma opção. A frequência de pulso e enchimento capilar podem ser determinados. Mudanças na coloração da pele, sudorese e diminuição do estado de consciência podem sugerir perfusão comprometida. A ausculta pode ser realizada nessa fase. Deve-se ter cuidado com a hipovolemia. Nesses casos, a medida recomendada é obter dois acessos venosos periféricos e infundir, inicialmente, 2 L de cristalóides. Entretanto, deve-se ter cautela com a diluição dos fatores de coagulação devido a esse procedimento. Em casos de fratura de pelve, dispositivos pneumáticos podem ser utilizados. Esses equipamentos devem ser inflados 60- mmHg, comprimindo abdome, pelve e membros inferiores.

No D , a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de lesão medular são medidas realizadas. Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Existem duas formas de verificar o nível de consciência: o AVPU e a Escala de Coma de Glasgow (ECG). No AVPU, tem-se: A – alerta; V – responsivo à voz; P

  • responsivo à dor e U – irresponsivo. A ECG avalia a resposta motora (1-6), resposta verbal (1-5), e a abertura ocular (1-4). Nessa escala, a pontuação mínima e máxima são 3 e 15, respectivamente. ECG entre 13- 15, 9-12 e 3-8 sugerem normalidade, dano moderado e estado neurológico severo, respectivamente. Vítimas com Glasgow entre 3-8 precisam ser intubados. Já que queda no nível de consciência pode sugerir redução da perfusão cerebral, sendo toda queda de consciência considerada oriunda do sistema nervoso central até que o contrário seja provado. Alteração nesse nível requer reavaliação do A e B do mnemônico. Entretanto, nesse estágio de avaliação, o abuso de drogas e a hipoglicemia devem ser considerados. Já que também podem alterar o nível de consciência.

No E , a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia são as principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na pele etc. Além disso, deve-se despir a vítima para detectar ou excluir novas lesões. Nessa fase, deve-se medir a temperatura da vítima. Além disso, o ambiente de exposição (E) deve possuir uma temperatura adequada para evitar que a vítima perca calor. Depois do atendimento, a vítima deve ser coberta com cobertores aquecidos. Os cristalóides e infusões intravenosas também devem estar aquecidos.