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Introdução a Hidrologia Estática
Tipologia: Trabalhos
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Faculdade Santa Maria – FSM Graduação em Engenharia Civil Componente Curricular: Hidrologia Mikson Érico M G da Silva
Cajazeiras - PB 25/05/
Faculdade Santa Maria – FSM Graduação em Engenharia Civil Componente Curricular: Hidrologia Mikson Érico M G da SIlva
Relatório de experiência apresentado à disciplina de Materiais para Construção Civil II, realizado no dia 25 / 0 5/2020, ministrado pela Professor Ricardo Almeida, como requisito parcial de avaliação. Cajazeiras - PB 25/05/
arrastar-se por um maior período de tempo, poder atingir extensões superficiais de muito maior proporção e a sua recuperação ser processada de um modo também mais lento. Figura 1 – Estiagem Fonte: (Xapuri, 2020) 2.3 - Qual a diferença entre seca e estiagem? No Brasil, os termos seca e estiagem correspondem a eventos climáticos de intensidade diferentes. Na última década, os períodos de secas e estiagens no Semiárido brasileiro têm ocorrido com gravidade e frequência acima do normal. Esses fenômenos desestabilizam a economia, predominantemente de matriz agropecuária, causando enormes prejuízos e ameaçando as principais fontes de renda locais. Estiagem: uma versão moderada da seca dentre os danos diretos da seca e estiagem à população, destaca-se também a escassez extrema de água potável. Tais aspectos caracterizam esses fenômenos climáticos como desastres naturais de grande magnitude. Figura 2 – Estiagem
Fonte: (Xapuri, 2020) A estiagem está relacionada com a redução acentuada no volume das reservas hídricas da superfície e do subsolo, em uma dada região, afetando o fluxo dos rios e a produtividade agropecuária. A estiagem relaciona-se a dois importantes fatores, quais sejam: 1) O início da temporada chuvosa, em sua plenitude, atrasa por prazo superior a quinze dias; e 2) No período das chuvas, as médias mensais do volume das precipitações são inferiores a 60% das médias mensais de longo período, na região considerada. As estiagens se caracterizam por serem menos intensas que as secas, e por ocorrerem em períodos menores. No Semiárido brasileiro, pelas suas caraterísticas climáticas, a seca ocorre de forma mais cíclica. O maior impacto da seca nessa região é, como mencionado, desestabilizar a agricultura de sequeiro, principal atividade econômica da região, e reduzir a níveis alarmantes as reservas hídricas. Já em outras regiões do Brasil, é comum ocorrerem estiagens, os chamados veranicos. Pelo fato de a estiagem ocorrer, com relativa frequência, nas áreas agrícolas mais produtivas e de maior proeminência econômica, ela provoca impactos extremamente danosos ao agronegócio, comprometendo a disponibilidade de água, a produção de alimentos e a balança comercial do País. A imagem acima mostra os fatores meteorológicas de uma estiagem. Quando ocorrem chuvas, menos radiação alcançam a superfície terrestre e as temperaturas são mais amenas. Durante os períodos de estiagem (veranicos), há redução ou ausência de chuvas por um curto período, aumentando as temperaturas. 3 - Precipitações intensas As chuvas intensas, também conhecida com chuvas extremas, são aquelas que apresentam grandes precipitações em curto intervalo de tempo, que por consequência causa prejuízo tanto nas áreas urbanas como na zona rural. Sendo assim, saber sua quantificação, bem como o conhecimento da distribuição da forma temporal e espacial são de extrema importância em estudos relacionados a dimensionamentos de projetos hidráulicos, como de irrigação, disponibilidade de água para abastecimento doméstico e industrial, obras de controle de inundação e erosão do solo. “Nesse sentindo, a quantificação dessas chuvas pode ser realizada por meio de métodos de equações de chuvas intensas, que têm sido usadas como ferramenta importante para a elaboração de projetos de obras hidráulicas, como dimensionamento de vertedores, retificação de cursos d água, galerias de águas pluviais, bueiros, sistemas de drenagem agrícola, urbana e rodoviária” (Beijo et al., 2003) Com tudo, as chuvas intensas são caracterizadas por sua intensidade (I), duração (D) e frequência (F) de ocorrência, podendo ser representadas por equações denominadas IDF, é importante salientar que para a obtenção dessas equações são necessários registros pluviográficos da região em estudo. Esses parâmetros das curvas IDF, com base nos valores extraídos dos dados series, podem ser ajustando mediante ao emprego de métodos estáticos, regressão linear ou regressão não linear.
canais (abertos ou de contorno fechado) de maiores dimensões, projetados para vazões de 25 a 100 anos de período de retorno. Do seu funcionamento adequado depende a prevenção ou minimização dos danos às propriedades, dos danos à saúde e perdas de vida das populações atingidas, seja em consequência direta das águas, seja por doenças de veiculação hídrica. Os fatores hidrológicos diretamente afetados pela urbanização são o volume do escoamento superficial direto, os parâmetros de tempo do escoamento superficial e a vazão de pico das cheias. Esses efeitos hidrológicos são diretamente causados por alterações da cobertura do solo, modificações hidrodinâmicas nos sistemas de drenagem e as invasões das várzeas. As alterações na cobertura do solo devido à urbanização caracterizam-se pela sua remoção num estágio inicial, quando se realizam os movimentos de terra, e posteriormente pela sua substituição por áreas construídas, pavimentadas ou com outro tipo de cobertura substancialmente diferente da original. A ruptura da cobertura do solo tende a deixá-lo exposto à ação das enxurradas, produzindo a erosão superficial e consequentemente o aumento do transporte sólido na bacia e sedimentação nos drenos principais, de menor declividade. As áreas construídas e pavimentadas aumentam gradativamente a impermeabilização dos solos da bacia, reduzindo sua capacidade natural de absorver as águas das chuvas, o que retarda o escoamento superficial direto. Cabe frisar que o volume do escoamento superficial direto é primordialmente determinado pela quantidade de água precipitada, características de infiltração do solo, chuva antecedente, tipo de cobertura vegetal, superfície impermeável e retenção superficial. Já o tempo de trânsito das águas (que determina os parâmetros de tempo do hidrograma do escoamento superficial direto) é função da declividade, rugosidade superficial do leito, comprimento de percurso e profundidade d'água do canal. Portanto, os efeitos da urbanização na resposta hidrológica das bacias de drenagem devem ser analisadas sob a ótica tanto do volume do escoamento superficial direto, quanto do tempo de trânsito das águas. As estruturais são constituídas por medidas físicas de engenharia destinadas a desviar, deter, reduzir ou escoar com maior rapidez e menores níveis as águas do escoamento superficial direto, evitando assim os danos e interrupções das atividades causadas pelas inundações. Envolvem, em sua maioria, obras hidráulicas de porte com aplicação maciça de recursos. Entretanto, não são projetadas para propiciar proteção absoluta, pois estas seriam física e economicamente inviáveis na maioria das situações. As não estruturais, como o próprio nome indica, não utilizam estruturas que alteram o regime de escoamento das águas do escoamento superficial direto. São representadas, basicamente, por medidas destinadas ao controle do uso e ocupação do solo (nas várzeas e nas bacias) ou à diminuição da vulnerabilidade dos ocupantes das áreas de risco dos efeitos das inundações. Nesta última buscam-se maneiras para que estas populações passem a conviver melhor com o fenômeno e fiquem melhor preparadas para absorverem o impacto dos prejuízos materiais causados pelas inundações. As medidas não estruturais envolvem, muitas vezes, aspectos de natureza cultural, que podem dificultar sua implantação a curto prazo. O envolvimento do público é indispensável para o sucesso dessa implantação. A inexistência do suporte de medidas não estruturais é apontada, atualmente, como uma das maiores causas de problemas de drenagem nos centros mais desenvolvidos. A utilização balanceada de investimentos, tanto em medidas estruturais quanto não estruturais, pode minimizar significativamente os prejuízos causados pelas inundações.
4.1 - Drenagem e Controle de cheias As medidas estruturais são aquelas que modificam o sistema fluvial evitando os prejuízos decorrentes das enchentes, enquanto as medidas não-estruturais são aquelas em que os prejuízos são reduzidos pela melhor convivência da população com as enchentes. Na Figura 3 são apresentadas diversas medidas para controle das cheias de forma sistemática. Figura 3 - controle de cheias
5.1 - Medidas não-estruturais Sistemas de alerta: um sistema de alerta serve para informar e alertar as pessoas que habitam em zonas sujeitas a inundações sobre os riscos e a eminência de uma enchente. Os alertas são baseados nas previsões dos eventos de cheia, que são simulados por meio de modelos matemáticos hidrológicos em tempo real. Tais modelos consistem em prever a evolução do fenômeno de cheia, nível do rio, com uma certa antecipação. Os alertas, por sua vez, servem para acionar os dispositivos de controle das cheias pré-dispostos no sistema resposta. Sistema resposta: este sistema compreende os procedimentos de decisões e os respectivos planos de ações de proteção, que possam ser implementados a curto prazo, como por exemplo: a retirada dos bens materiais móveis, a evacuação da população e dos animais das zonas inundáveis, elevação de diques com sacos de areia, abertura e fechamento das comportas dos reservatórios ou polders construídos para o controle de enchente, etc. Educação: o sucesso de um plano de controle das cheias baseado nas medidas não- estruturais depende muito do conhecimento do risco das enchentes por parte das pessoas que habitam as áreas inundáveis. Por isto, um trabalho de conscientização para a população dos riscos que elas estão sujeitas com as enchentes é fundamental e deve ser incrementado imediatamente após a ocorrência de cada evento de cheia. Seguros contra enchentes: os seguros contra enchentes são apólices de seguro, estipuladas por companhias especializadas, para aquelas habitações, indústrias ou casas comerciais localizadas nas zonas sujeitas a serem inundadas com as enchentes. Ainda não há no Brasil uma empresa que realiza seguro contra perdas totais causadas pelas enchentes. Mapas de inundação: O mapa de planejamento define as áreas atingidas por cheias de tempo de retorno escolhidos. O mapa de alerta informa em cada esquina ou ponto de controle, o nível da régua no qual inicia a inundação. Este mapa permite o acompanhamento da evolução da enchente, com base nas observações da régua, pelos moradores nos diferentes locais da cidade. “A enchente caracteriza-se por uma vazão relativamente grande de escoamento superficial. Já a inundação caracteriza-se pelo extravasamento do canal. Assim, uma enchente pode não causar inundação principalmente se obras de controle forem construídas para esse fim. Por outro lado, mesmo não havendo um grande aumento de escoamento superficial, poderá acontecer uma inundação, caso haja alguma obstrução no canal natural do rio” (VILLELA, S.M.; MATTOS, A., 1975, p.138). Enchentes devido à urbanização são conhecidas também como cheias urbanas e geralmente ocorrem em pequenas bacias, de tempo de concentração curto, após a ocorrência de chuvas convectivas, de grande intensidade e curta duração. O que se verifica é que uma determinada precipitação, que antes da urbanização causaria pequenos transtornos, após a urbanização gera vazões muito maiores e inundações generalizadas, devido aos impactos hidrológicos causados principalmente pela remoção da vegetação, pela impermeabilização e pela canalização da bacia, além dos aspectos qualitativos relativos ao carreamento de sedimentos, lixo e esgotos para os cursos de água.
5.2 - Regularização de Vazão A regularização das vazões naturais é um procedimento que visa a melhor utilização dos recursos hídricos superficiais. Para esse fim, é necessário promover-se o represamento das águas, através da construção de barragens em seções bem determinadas dos cursos d’água naturais. Com a regularização das vazões por meio da construção de barragem (formação de reservatório) visa-se, ainda, atingir vários outros objetivos, destacando-se: o atendimento às necessidades do abastecimento urbano ou rural (irrigação); o aproveitamento hidroelétrico (geração de energia); a atenuação de cheias (combate às inundações); o controle de estiagens; o controle de sedimentos; a recreação, e, também, permitir a navegação fluvial. Toda vez que o aproveitamento dos recursos hídricos prevê a retirada de uma vazão de uma dada magnitude de um rio, deve-se confrontar este valor com as vazões naturais deste curso d’água. Se as vazões naturais forem significativamente maiores que a retirada, mesmo durante os períodos de estiagem (vazões naturais mínimas), não haverá a necessidade da regularização de vazão. Neste caso, somente se justificaria a implantação de um reservatório de acumulação para, por exemplo, atenuar os efeitos de enchentes a jusante (controle de vazões máximas), e o controle de níveis d’água e de transporte de sedimentos. Contudo, se a vazão a ser retirada é superior à mínima do curso d’água, necessário se torna a reserva dos excessos sobre a vazão derivada para atender aos períodos cujas vazões naturais são menores que aquelas derivadas. A operação de um reservatório de acumulação, que recebe vazões muito variáveis no tempo, quando se deseja retirar uma vazão constante, ou não muito variável, é, de fato, uma regularização de vazões. Entretanto, os métodos aqui tratados aplicar-se-ão, também, ao caso de um reservatório de água de abastecimento, que recebe uma vazão constante de uma adutora e entrega uma vazão variável para a rede de abastecimento. Esse último caso seria, a rigor, uma desregularização, que será tratada como regulação. A título de ilustração, a Figura 1 representa esquematicamente as duas situações acima mencionadas. Figura 4 – Regularização Como a ocorrência das vazões é aleatória, ou seja, não há possibilidade de previsão de ocorrências a longo prazo, não é também possível prever-se com precisão o tamanho da reserva de água necessária para suprimento das demandas de períodos de seca no futuro. Isto leva o planejador de recursos hídricos a duas situações ineficientes: superdimensionar as reservas, às custas de investimentos demasiados no reservatório de acumulação ou, subdimensionar as reservas às custas de racionamento durante o período seco. Entre essas duas dimensões estaria aquela ótima. No entanto, a situação é mais complexa do que o acima exposto, exatamente