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O arquivo fala sobre as principais e mais incidentes hemoglobinopatias presente na medicina.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
São doenças de natureza genética, em que existe alterações da porção globínica da molécula de hemoglobina. Podem ser classificadas em dois grupos: o Hemoglobinopatias de alterações estruturais: ocorre mutações em genes reguladores da síntese de aminoácidos. É de caráter qualitativa. o Talassemias: redução na síntese de uma ou mais cadeias de globina. Possui caráter quantitativo.
É uma mutação autossômica recessiva, acomete mais afro- descendentes e no Brasil, as regiões norte e nordeste são as mais acometidas. A prevalência do traço falciforme na população é de aproximadamente 4%. Genótipos: o AA – indivíduo normal; o AS – portador do traço falcêmico; o SS – portador de anemia falciforme. A molécula de hemoglobina é composta por uma porção heme e outra porção de globina: o Heme – molécula de protoporfirina (núcleo tetrapirrólico) ligada ao ferro (Fe2+). o Globina – porção proteica. Existem 4 tipos de cadeias polipeptídicas distintas (alfa, beta, gama e delta) que se associam duas a duas. Hb A – duas cadeias alfas e duas betas (é o principal tipo de Hb nos adultos); Hb A2 – duas cadeias alfas e duas deltas. HbF – duas cadeias alfas e duas cadeias gamas (é a Hb presente no feto). Na anemia falciforme ocorre uma mutação na posição 6 da cadeia polipeptídica beta (troca de adenina por uma timina), causando uma troca do a.a ácido glutâmico pela valina. Por conta disso, quando desoxigenadas, a molécula de Hb formada se polimeriza. Com a mutação tem-se a HbS (é formada por duas cadeias normais e duas anormais), que libera o oxigênio mais rapidamente que a HbA, formando a desoxihemoglobina e consequentemente sofrendo a polimerização. Isso conduz a uma alteração na forma da hemácia, agora em foice – processo de falcização. Tal processo torna-se irreversível após algum tempo.
HbS libera molécula de O2 desoxihemoglobina polimerização hemácia em foice As hemácias em foice perdem a maleabilidade e são mais rígidas, interferindo na sua passagem pela microcirculação, de modo que elas se estagnam em órgãos que possuem de circulação lenta, obstruindo e piorando a oxigenação, causando uma anóxia relativa, o que piora a falcização, tornando-se um ciclo vicioso. A inflamação sistêmica causada pela destruição das hemácias anormais intravascular, acaba ativando o endotélio difusamente comprometido, bem como a indução de um estadi de hipercoagulabilidade, que contribui para formação de trombos que provocam isquemia e podem levar a fibrose e calcificação dos tecidos. As hemácias anormais são reconhecidas pelo sistema reticuloendotelial e retiradas da circulação, levando à anemia (pode ter hemólise associada). Outras causas de desoxigenação da hemoglobina e falcização são baixas temperaturas e acidose. Tais situações podem desencadear crises falcêmicas, que são responsáveis pelos principais sintomas da anemia falciforme (diferentemente das outras anemias, em que os sintomas são desencadeados pela redução de Hb e hipóxia). Causas de vasoclusão:
Insuficiência gonadal e hipodesenvolvimento dos caracteres sexuais e secundários. Dactilite. Diagnóstico Teste do pezinho – prova de falcização (anemia falciforme e hipotireoidismo congênito representam aproximadamento 70% dos diagnósticos realizados através do teste). No hemograma visualiza-se reticulocitose (devido à anemia hemolítica) e aumento de DHL e bilirrubina indireta e redução de haptoglobina. No esfregaço sanguíneo verifica-se hemácias em foice. Para confirmação diagnóstica realiza-se a eletroforese de hemoglobina , que identifica a HbS. O mielograma também pode ser feito e mostra hipercelularidade (aumento da série vermelha), exceto nos casos em que a anemia falciforme causa aplasia medular. Podem ser feitos exames de imagem, como raio x/TC/RNM para dx de lesões ósseas e viscerais. Tratamento Suporte: o Hidratação (cuidadosa, pois pode causar sobrecarga volêmica); o Analgesia (opioides ás vezes são necessários); o Oxigenoterapia (impede a falcização ou reverte o estado das hemácias em foice); Identificar e tratar precocemente as situações desencadeantes da crise falcêmica; Ex. infecções – antibioticoterapia. Monitorizar o paciente; Transfusão sanguínea (evitar que a Hb chegue a 10-11 g/dL, pois o sangue dos falcêmicos é mais viscoso). Pode ser feita nos casos de anemia com sintomas (ex. falência medular, sequestro medular, crises dolorosas do peito etc) ou como profilaxia (AVE, síndrome torácica aguda);
Vacinas pentavalentes pneumocócicas (crianças tem 600 vezes mais chances de infecção); Antibioticoterapia profilática – em geral, usa-se penicilina. Em razão da asplenia, há aumento das chances de infecção por bactérias encapsuladas, como o pneumococo. Cura – pode ser alcançada através do transplante de medula óssea, mas sua indicação deve ser cuidados e feita em casos específicos.
É a doença genética mais comum no mundo. É caracterizada pela redução ou ausência da síntese de uma ou mais cadeias globínicas. Elas podem ser classificadas de diversas formas, entre elas: o Clínica – de acordo com a gravidade; o Genética – é a forma mais utilizada nas alfas talassemias; o Molecular – de acordo com o tipo de defeito. Quando há desequilíbrio na produção das cadeias globínicas associada à síntese reduzida de Hb ocorre os sinais clínicos e laboratoriais: o Reticulocitose; o Anemia hipocrômica e microcítica; o Sinais de hemólise; o Eritropoese ineficaz; o Expansão medular – hematopoese extramedular; o Sobrecarga de ferro (casos mais graves). β talassemia As manifestações ocorrem após o nascimento. São classificadas nas formas, maior e intermediária (são as formas sintomáticas) e menor. O acúmulo da cadeia alfa é toxico e lesa a membrana das hemácias anemia hipocrômica e microcítica. Talassemia maior: é a forma mais grave. Quadro clínico Anemia; Hipodesenvolvimento somático – redução do crescimento ponderoestatural; Atraso na maturação sexual; Hiperplasia da medula óssea; Alterações ósseas, dentárias, faciais e articulares – devido ao recrutamento de outros ossos para hematopoese; Esplenomegalia e hiperesplenismo – em razão do aumento do sistema fagocitário e também da hematopoese extra medular;