

















































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Este documento discute sobre a importância do abastecimento de água potável, as diretrizes técnicas para sua implementação, e os processos envolvidos, incluindo a captação, tratamento e distribuição. O texto também aborda a importância da saúde pública e o papel do ministério da saúde no controle da qualidade da água. Além disso, são apresentados os fatores que afetam o consumo de água em uma cidade e o cálculo do consumo de água em diferentes partes do sistema.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
1 / 57
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Autoria
Currículo Lattes:
Doutor em Recursos Hídricos pela Universidade Estadual de Campinas, possui mestrado em Engenharia da Energia e graduação em Engenharia Hídrica pela Universidade Federal de Ita- jubá. Possui experiência como gerente de projetos e meio ambiente da área de energia re- novável, com destaque para área de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) e energia eólica, com ênfase na identificação de potenciais, desenvolvimento de estudos de Inventário, Projeto Básico e Licenciamento Ambiental, além de atuação direta junto aos órgãos reguladores de energia (Aneel e ONS) e meio ambiente (SEMAD, SEMACE, FEPAM, IAP, IDEMA, SEMAR, IMASUL dentre outros). Como consultor tem conhecimento em trabalhos multidisciplinares, bem como na gestão e participação em diversos projetos de energia renovável e meio ambiente para vá- rios agentes do setor elétrico e participação em projetos de pesquisa e desenvolvimento P&D.
Prof. Dr.Prof. Dr. Leopoldo Uberto Ribeiro JuniorLeopoldo Uberto Ribeiro Junior
http://lattes.cnpq.br/
Unis EaD Cidade Universitária – Bloco C Avenida Alzira Barra Gazzola, 650, Bairro Aeroporto. Varginha /MG ead.unis.edu.br
JUNIOR, Leopoldo Uberto Ribeiro. Sistema de Abastecimento de
Água. Varginha: GEaD-UNIS/MG, 2019.
57 p.
Ementa
Orientações
Palavras-chave
De acordo com Brasil (2017) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem-estar físico, mental e social. É o conjunto de medidas adotadas em um local para melhorar a vida e a saúde dos habitantes, impedindo que fatores físicos de efeitos nocivos possam prejudicar as pessoas no seu bem-estar físico mental e social. Saneamento é um instrumento da saúde pública que consiste em intervenções sobre o meio físico do homem, de forma a eliminar as condições deletérias à saúde. O Art. 3º da Lei nº 11.445 / 2007, Brasil (2007), define saneamento com o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de:
a) Abastecimento de água potável; b) Tratamento do esgotamento sanitário; c) Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; d) Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
Segundo Brasil (2007), os serviços de saneamento têm os seguintes objetivos:
Figura 1: Objetivos do Saneamento
Um estudo do BNDES (2015) estima que 65% das in- ternações em hospitais de crianças com menos de 10 anos sejam provocadas por males oriundos da deficiência ou ine- xistência de esgoto e água limpa, que também surte efeito no desempenho escolar, pois crianças que vivem em áreas sem saneamento básico apresentam 18% a menos no rendimento escolar.
Segundo Andrade (2017), a implantação ou a melhoria de um sistema de abastecimen- to de água vai repercutir imediatamente sobre a saúde da população, assim porque ocorre a erradicação de doenças de veiculação ou de origem hídrica; ocorre a diminuição dos índices de mortalidade geral e, em especial, da mortalidade infantil; as melhores condições de higiene pessoal e do ambiente que proporciona vai implicar diminuição de uma série de doenças não relacionadas diretamente à água.
Segundo Andrade (2017), a importância econômica é também relevante. A implantação do abastecimento público de água é importante, pois proporciona um aumento de vida média útil da população e na redução de número de horas per- didas com diversas doenças, refletindo um aumento sensível de número de horas trabalhadas dos membros da comunida- de beneficiada e, com isto, aumento de produção. O homem é
um ser que trabalha, sendo, portanto, um fator de produção. A água constitui matéria-prima de muitas indústrias ou auxiliar de processos em ativi- dades industriais, como água para caldeira e outras.
Água pura, no sentido rigoroso do termo, não existe na natu- reza. Por ser um ótimo solvente, ela nunca é encontrada em estado de absoluta pureza. As impurezas presentes na água é que vão de- terminar suas características físicas, químicas e biológicas. As carac- terísticas das águas naturais, bem como as que devem ser a água fornecida ao consumidor, determinam o grau de tratamento neces- sário para cada uso. Portanto, o conceito de impureza é relativo. Assim, a água destinada ao uso doméstico deve ser desprovida de gosto, ao passo que numa água destinada à irrigação, essa característica não tem importância. O Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições, publicou a portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011 que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualida- de da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Essa portaria foi substituída em 2017 pela portaria de Consolidação nº 5, de 28/09/2017.
Pesquise um pouco mais sobre os principais parâmetros estabele- cidos pelo ministério da saúde no que tange os principais parâmetros de potabilidade da água.
A elaboração de um projeto de abastecimento de água exige o conhecimento das va-
Tabela 1 – Distribuição de consumo
Adaptado de Anvisa (2000) por Desing Unis EAD
Além desses valores, pode-se ter uma estimativa do consumo em função do porte do local, conforme Tabela 2.
Tabela 2 – Distribuição do consumo em função do tamanho do povoado
Adaptado de Anvisa (2000) por Desing Unis EAD
A variação de consumo pode ocorrer ao longo do tempo e pode ser anual: o consumo
“per capita” tende a aumentar com o passar do tempo e com o crescimento populacional. Em geral, aceita-se um incremento de 1% ao ano no valor dessa taxa. Contudo, essas variações podem ser mensais devido às variações climáticas (tempe- ratura e precipitação) e promovem uma variação mensal do consumo. Quanto mais quente e seco for o clima, maior é o consumo verificado. Ao longo do ano, haverá um dia em que se verifica o maior consumo. É utilizado o coe- ficiente do dia de maior consumo (K1).
K1= máximo consumo diário verificado no período de um ano/consumo médio diário.
O valor usualmente adotado no Brasil para K1 é de 1,
Ao longo do dia, têm-se valores distintos de pique de vazões horárias. Entretanto ha- verá “uma determinada hora” do dia em que a vazão de consumo será máxima. É utilizado o coeficiente da hora de maior consumo (K2).
K2 = máximo consumo horário verificado no dia de maior consumo/consumo médio horário do dia de maior consumo.
O consumo é maior nos horários de refeições e menor no início da madrugada, sendo atribuído um valor médio de 1, O coeficiente K1 é utilizado no cálculo de todas as unidades do sis- tema, enquanto K2 é usado apenas no cálculo da rede de distribuição.
adutora até a ETA (inclusive):
Onde: P = população da área abastecida; q = consumo per capita de água; K1 = coeficiente do dia de maior consumo; Qesp = vazão específica, por exemplo: grandes consumidores (indústrias, comércios, etc); CETA = Coeficiente de Consumo na ETA = 3% - 4%
Já a Vazão da ETA até o reservatório é representada pela Q2:
Onde: P = população da área abastecida; q = consumo per capita de água; K1 = coeficiente do dia de maior consumo; Qesp = vazão específica, por exemplo: grandes consumidores (indústrias, comércios, etc);
Nesse caso, como já houve o tratamento de água, o coeficiente referente ao consumo da ETA não foi mais considerado. Após a reservação a água é distribuída pela rede, Q3:
Onde: P = população da área abastecida; q = consumo per capita de água; K1 = coeficiente do dia de maior consumo; K2 = coeficiente da hora de maior consumo; Q esp = vazão específica, por exemplo: grandes consumidores (indústrias, comércios, etc).
Calcule as vazões de dimensionamento (captação – ETA, ETA – Reservatório e Reserva- tório – ETA) de um sistema de abastecimento de água, para atender uma população de 100. habitantes com vazão industrial de 25 l/s, sendo o consumo per capita de 200 l/hab. dia e um consumo na ETA de 3%. Adote para K1 = 1.2 e K2=1.5.
Para se planejar, o sistema de abastecimento é de suma importância projetar a deman- da do sistema, desse modo, devem ser verificadas as seguintes considerações iniciais: