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Guias e Dicas
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Glória de Deus em Nossa Alimentação: Vegetais, Animais e Comunhão, Resumos de Psiquiatria

Este documento discute a importância da alimentação na nossa relação com deus, baseado no livro de peter bringe. Ele aborda a centralidade dos vegetais na dieta bíblica, a transição da dieta vegetariana para a inclusão da carne após o dilúvio, e a importância de respeitar a criação de deus em nossa alimentação. O texto também enfatiza a importância de evitar idolatria em relação à comida e a importância de demonstrar amor aos nossos irmãos através da hospitalidade e da comida.

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 22/01/2021

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gabriel-lamas-7 🇧🇷

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A Filosofia Cristã da Alimentação
Aulapreparadacombasenolivrodemesmonome,dePeterBringe(Ed.Monergismo).
FernandoPasquiniSantoseJemimaSchützerLassoSantosAuladosJovens,dia12/04/15
1. Por que é importante estudarmos a alimentação sob um ponto de vista
cristão?
a. “Em tempos recentes, houve uma invasão de dietas, estudos, pesquisas, declarações, disputas, ações
judiciais, filmes e livros todos sobre o assunto da alimentação”. muita discussão e questionamento
sendofeitoscomidaindustrializada,vegetarianismo,etc.Comooscristãodevemresponderaisso?
b. Nós somos o que comemos; a comida faz muita parte de nossa vida (por mais que queiramos ignorála). É
uma dádiva de Deus precisamos glorificálo com ela: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra
coisaqualquer,fazeitudoparaaglóriadeDeus”
(1Co10.31).
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ii. A alimentação define e reflete nossas emoções comemos para celebrar, para lamentar, para
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c. Temos que avaliar não o que comemos, mas também como
comemos. “Muitas refeições são feitas a
caminho da próxima reunião ou evento, a fim de nos manter em pé. [...] A comida não é vista como algo
digno de trabalho na cozinha. Nossa alimentação perde qualidade e se transforma em competição para
produzir o material comestível mais barato, conveniente e agradável aos sentidos, que inevitavelmente
possui uns poucos miligramas das últimas substâncias químicas estudadas pela ciência para aliviar a
consciênciaculpada.”
d. Comida faz parte da criação de Deus, e diante dela temos um chamado: “O Senhor Deus colocou o homem
no jardim do Éden para cuidar dele e cultiválo” (Gn 2.15). Neste mandato está também incluso a
preocupaçãocomomeioambiente,naproduçãoeconsumodealimentos.
e. Infelizmente, como uma forma de revolta contra o moralismo presente em algumas religiões e seitas
(adventismo, por exemplo), os cristãos vão para o outro extremo e se moldam ao mundo, comendo de forma
errada,epoucosepreocupandocomisso.Comopodemossersaleluz?
2. “O que eu posso comer?”
a. Antes do Dilúvio: “Disse Deus: Eis que lhes dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem
sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês” (Gn
1.29). O homem antes do Dilúvio comia vegetais. depois a Bíblia abrirá espaço para a carne; no
entanto, permanece o fato é que a Bíblia ensina a centralidade e importância dos vegetais na nossa
alimentação
.Exemplos:
i. Deuspuniuosisraelitasnodesertoquequiseramcarneaoinvésdomaná(Nm11.3234);
ii. EmPv23.20,aBíbliaadvertecontraosqueseempanturramdecarne;
iii. Daniel se absteve da carne na Babilônia e comeu apenas vegetais, sendo abençoado por isso (Dn
10.3).
Mas alguém pode perguntar: onde ficava a proteína? 1. O fato é que não sabemos QUAIS vegetais
específicos o homem comia antes do Dilúvio talvez eles não existam mais hoje, e possuíssem muito mais
proteína; 2. Alguns vegetais, legumes e castanhas possuem muito mais proteína do que as pessoas
pensam.Porexemplo,osbrócoliscontêmmuitomaisproteínaporcaloriaqueacarnedevaca.
Além disso, uma dieta com predominância vegetal é importante para a produção de alimentos ocupa muito
menos espaço do que a criação de gado. Nossa cultura consome MUITA carne, e de fato nutricionistas têm
começadoanotaromalefíciodissoaocorpohumano.
b. Depois do Dilúvio: Tudo o que vive e se move servirá de alimento para vocês. Assim como lhes dei os
vegetais, agora lhes dou todas as coisas. Mas não comam carne com sangue, que é vida. A todo aquele que
derramar sangue, tanto homem como animal, pedirei contas; a cada um pedirei contas da vida do seu
próximo.”
(Gn9.35).Algumasconclusões:
i. Nósdevemosrespeitaravidaanimal.Nãomatarporqualquercoisa.
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A Filosofia Cristã da Alimentação

Aula preparada com base no livro de mesmo nome, de Peter Bringe (Ed. Monergismo).

Fernando Pasquini Santos e Jemima Schützer Lasso Santos Aula dos Jovens, dia 12/04/

1. Por que é importante estudarmos a alimentação sob um ponto de vista

cristão?

a. “Em tempos recentes, houve uma invasão de dietas, estudos, pesquisas, declarações, disputas, ações judiciais, filmes e livros todos sobre o assunto da alimentação”. Há muita discussão e questionamento sendo feitos comida industrializada, vegetarianismo, etc. Como os cristão devem responder a isso? b. Nós somos o que comemos; a comida faz muita parte de nossa vida (por mais que queiramos ignorá la). É uma dádiva de Deus precisamos glorificá lo com ela: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10.31). i. A alimentação define a nossa saúde; ii. A alimentação define e reflete nossas emoções comemos para celebrar, para lamentar, para buscar prazer, etc. Os dois aspectos são importantes para os cristãos tanto a nutrição como o sabor/beleza nos pratos. c. Temos que avaliar não só o que comemos, mas também como comemos. “Muitas refeições são feitas a caminho da próxima reunião ou evento, a fim de nos manter em pé. [...] A comida não é vista como algo digno de trabalho na cozinha. Nossa alimentação perde qualidade e se transforma só em competição para produzir o material comestível mais barato, conveniente e agradável aos sentidos, que inevitavelmente possui uns poucos miligramas das últimas substâncias químicas estudadas pela ciência para aliviar a consciência culpada.” d. Comida faz parte da criação de Deus, e diante dela temos um chamado: “O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá lo” (Gn 2.15). Neste mandato está também incluso a preocupação com o meio ambiente, na produção e consumo de alimentos. e. Infelizmente, como uma forma de revolta contra o moralismo presente em algumas religiões e seitas (adventismo, por exemplo), os cristãos vão para o outro extremo e se moldam ao mundo, comendo de forma errada, e pouco se preocupando com isso. Como podemos ser sal e luz?

2. “O que eu posso comer?”

a. Antes do Dilúvio: “Disse Deus: Eis que lhes dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês” (Gn 1.29). O homem antes do Dilúvio comia só vegetais. Só depois a Bíblia abrirá espaço para a carne; no entanto, permanece o fato é que a Bíblia ensina a centralidade e importância dos vegetais na nossa alimentação. Exemplos: i. Deus puniu os israelitas no deserto que quiseram carne ao invés do maná (Nm 11.32 34); ii. Em Pv 23.20, a Bíblia adverte contra os que se empanturram de carne; iii. Daniel se absteve da carne na Babilônia e comeu apenas vegetais, sendo abençoado por isso (Dn 10.3). Mas alguém pode perguntar: onde ficava a proteína? 1. O fato é que não sabemos QUAIS vegetais específicos o homem comia antes do Dilúvio talvez eles não existam mais hoje, e possuíssem muito mais proteína; 2. Alguns vegetais, legumes e castanhas possuem muito mais proteína do que as pessoas pensam. Por exemplo, os brócolis contêm muito mais proteína por caloria que a carne de vaca. Além disso, uma dieta com predominância vegetal é importante para a produção de alimentos ocupa muito menos espaço do que a criação de gado. Nossa cultura consome MUITA carne, e de fato nutricionistas têm começado a notar o malefício disso ao corpo humano. b. Depois do Dilúvio: Tudo o que vive e se move servirá de alimento para vocês. Assim como lhes dei os vegetais, agora lhes dou todas as coisas. Mas não comam carne com sangue, que é vida. A todo aquele que derramar sangue, tanto homem como animal, pedirei contas; a cada um pedirei contas da vida do seu próximo.” (Gn 9.3 5). Algumas conclusões: i. Nós devemos respeitar a vida animal. Não matar por qualquer coisa.

ii. Talvez exista aí alguma tipologia, apontando para a morte do Cordeiro trazendo vida a nós. Isso é provável uma vez que já começou com a morte de carneiros para a retirada de peles, em Gênesis 3. c. Israel / Antes de Cristo: animais “puros” “Dizei aos filhos de Israel: São estes os animais que comereis de todos os quadrúpedes que há sobre a terra…” (Lv 11). Há muita polêmica sobre a razão de alguns animais serem puros ou impuros (daria uma outra aula). Devemos lembrar que a pureza aqui é cerimonial , antes de ligada à saúde caso contrário não haveria muita razão ao se liberar o resto depois. Mas, sem dúvida, há carnes mais saudáveis que outras, e os animais puros são assim. i. A razão dessa lei cerimonial é mostrar que Israel é diferente dos outros povos, por ter sido chamado e santificado por Deus. Todas as vezes que um israelita se sentasse para comer, ele se lembraria disso. De que formas temos feito isso hoje? d. Igreja / Depois de Cristo: todos os animais, puros e impuros. "... então, viu o céu aberto e descendo um objeto como se fosse um grande lençol, o qual era baixado à terra pelas quatro pontas, contendo toda sorte de quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. E ouviu se uma voz que se dirigia a ele: Levanta te, Pedro! Mata e come. Mas Pedro replicou: De modo nenhum, Senhor! Porque jamais comi coisa alguma comum e imunda. Segunda vez, a voz lhe falou: Ao que Deus purificou não consideres comum." (At 10.11 15). Isso significa: i. Que é falsa qualquer doutrina que pregue a ingestão só dos animais permitidos no AT; ii. A questão da alimentação com animais impuros está totalmente ligada à chegada do Evangelho aos gentios. Isso significa que agora Cristo é soberano sobre tudo, e podemos levar sua mensagem a todos os povos, lugares e culturas. iii. Mas também devemos ser sábios no que comemos. Calvino disse: “Liberdade é uma coisa seu uso é outra”.

Deus nos deu sabedoria para investigarmos e verificarmos qual alimento é melhor para nós. É perigoso procurar na Bíblia princípios específicos sobre o que comer a Bíblia é nossa regra de fé e prática, sim, mas ela não é uma enciclopédia! Tal atitude pode muito bem 1) representar uma preguiça em procurar estudos científicos e se esforçar para saber o que é mais saudável, trocando isso por uma solução mais rápida e cômoda, ou 2) buscar uma forma de ser mais “santo” ou “aceitável diante de Deus” através de regras específicas. Mas o Novo Testamento deixa claro que não existem mais leis cerimoniais que me proíbem de uma coisa ou outra, pois Cristo tornou puras todas as coisas. Temos que tomar muito cuidado com esse tipo de atitude!

“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade; pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado.” (1Tm 4.1 5).

“Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo. [...] Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade.” (Cl 2.16,17,20 23)

NO ENTANTO… não podemos também levar os irmãos a pecarem por causa de comida, ou mesmo nós mesmos pecarmos, fazendo guerra contra quem quer comer algo que nós não julgamos adequado.

“Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem”. (Rm 14.20)

“É melhor ter verduras na refeição onde há amor do que um boi gordo acompanhado de ódio” (Pv 15.17).

‘des jejum’ na manhã seguinte. Mas para algumas pessoas, isso nem sempre é o bastante, e o jejum parcial ou completo pode ser útil em relação a muitos problemas de saúde”. ii. Ajudar a dominar os impulsos da carne (relacionado ao item (a)). “Cristãos que vivem pelo poder do Espírito não deveriam estar cativos de lanches, mas deveriam exercitar o domínio próprio ao manter o corpo em sujeição”. Por exemplo, a Bíblia permite a ingestão de bebida alcoólica (Sl 104.14,15; Pv 3.9,10; Jo 2.1 11) e até Timóteo foi encorajado a isso (1Tm 5.23), mas também alerta quanto ao vício à bebida (Jz 13.14; Pv 31.4; Jr 35). iii. Expressar dependência para com Deus (relacionado ao item (b)). É talvez a forma mais mal compreendida (não é chantagem). “Quando jejuamos, damos a nós mesmos tempo para focar no que fizemos e clamar a Deus por perdão”. c. Comida e recordação: “... durante sete dias comam pães sem fermento, o pão da aflição, pois foi às pressas que vocês saíram do Egito, para que todos os dias da sua vida vocês se lembrem da época em que saíram do Egito” (Dt 16.3). A comida faz parte da memória de um povo, e também nos integra com ele, fazendo nos lembrar de onde viemos e para onde vamos. A própria Ceia do Senhor nos abençoa segundo este princípio. d. Comida e comunhão: “comida, hospitalidade e relacionamentos estão firmemente conectados”. Abraão forneceu abrigo e comida aos anjos em Gn 18.1 21 e foi louvado em Hb 13.2. “Compartilhem o que vocês têm com os santos em necessidades. Pratiquem a hospitalidade” (Rm 12.13). Lembrem se também daquela cena final do filme “Ratatouille”. i. A refeição em família também tem muita importância. “Quando famílias comem juntas, em amor, estão formando relacionamentos e unidade que edificam o Reino de Deus. [...] Algumas coisas como relacionamentos, família e comunidade não são melhoradas pelo industrialismo e programas governamentais. Precisamos ter em mente que as coisas simples e antigas como comer e conversar como família são fundamentais para a cultura e sociedade cristãs. Devemos investir tempo comendo juntos. Mesmo que isso diminua a eficiência do trabalho, e não produza necessariamente lucro material, é uma parte importante e fundamental de nossa vida”. O “como” você come está intimamente relacionado a “o que” você valoriza. ii. O próprio Deus quer estar em comunhão conosco à mesa. Desde o Antigo Testamento, essa era a ideia das ofertas pacíficas (Lv 3) oferecer a melhor parte do animal (gordura) a Deus e comer o resto, em um banquete com ele. Depois, Jesus institui a Ceia. E mesmo além dos sacramentos, nossas refeições devem ser na sua presença. e. Comida e adoração: precisamos agradecer a Deus pelo alimento. Podemos ser ingratos de duas formas: ou comendo demais e vivendo em função disso (a idolatria), ou até mesmo nos tornando auto indulgentes, criticando toda a comida que nos é oferecida, “porque não é saudável”, ou porque “há fome no mundo e eu não deveria ficar me saboreando com essa comida cara”. Não comida não é só prazer, como também não é só meio de sobrevivência. Deus nos dá ambos graciosamente e devemos agradecer. i. “Havendo te, pois, o SENHOR, teu Deus, introduzido na terra que, sob juramento, prometeu a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó, te daria, grandes e boas cidades, que tu não edificaste; e casas cheias de tudo o que é bom, casas que não encheste; e poços abertos, que não abriste; vinhais e olivais, que não plantaste; e, quando comeres e te fartares, guarda te, para que não esqueças o SENHOR, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão.” (Dt 6.10 12)

5. Alimentação e Criação

Não só a comida que comemos é importante, mas também a comida que produzimos e preparamos. Temos que nos preocupar com a criação, que Deus nos colocou para guardar e abençoar. Precisamos refletir sobre vários aspectos, como: a. Produção em massa. É de tempos para cá que a produção de alimentos saiu da esfera familiar e chegou à responsabilidade de empresas ou do governo. Isso tem ocasionado: i. Desperdícios gigantescos de comida; ii. Introdução de substâncias prejudiciais à saúde (comprovadas ou ainda não comprovadas), para a maximização do lucro; iii. Ênfase em escolhas erradas pela população (por exemplo, excesso de açúcar). O que fazer?

b. Restaurantes e fast foods. O preparo dos alimentos também foi terceirizado. Isso tem prejudicado nossa humanidade: “Na cultura bíblica, a vida deve ser muito mais centralizada em relacionamentos de amor; portanto, deveria ser mais centrada na família e na comunidade local, onde os relacionamentos têm tempo de crescer”. Não precisamos ser contra restaurantes, mas de fato eles deveriam fazer menos parte de nossas vidas. “Preparar alimentos é o processo em que alimentos crus são transformados em obras de arte que serão comidas por pessoas que amamos, pessoas feitas à imagem de Deus”. Não nos preocupamos em prepará las às vezes por uma falta de hospitalidade. i. Deus é belo e ama a beleza nossos pratos, e mesmo nossas mesas, deveriam refletir isso. E “para a refeição ser bela, a comida precisa ser colhida, lavada, reunida, processada, aquecida. [...] A comida deve ter vida, variações interessantes de sabor e textura; deve refrescar e animar”. ii. Por outro lado, a comida de hoje parece muito com música pop: uma mistura de emoções intensas, industrialismo (interesses comerciais e apelo massificado) e modernismo (o novo a qualquer custo). As pessoas buscam cada vez “doses mais fortes” para se satisfazerem. E de fato, “depois que nos acostumamos com a música pop, ouvir Bach parece entediante, difícil e desagradável, como comer vegetais”. c. Movimentos “naturais”. A consciência dos problemas acima não pode nos jogar a um outro extremo, que acusa tudo o que fruto do trabalho e da racionalidade humana na produção e preparação de alimentos. Muitos hoje concluem que “sendo a humanidade incapaz de entender e controlar de modo pleno os processos da vida, ela não pode conhecer nada e deveria retornar à irracionalidade primitiva. Não: os cristãos amam o Criador e é isto que os torna capacitados a agirem de maneira responsável com relação ao mundo natural. d. Um caminho: a comida como reflexo da glória de Deus. Como toda a criação reflete a glória de Deus (Sl 19), a comida também não é exceção. i. “Deus planejou que cada planta precisasse crescer e sobreviver sob diversos climas e condições de pestes, doenças, solos e polinizadores. Ele também decidiu os nutrientes que cada tipo de comida deveria nos fornecer. Projetou como os componentes da comida reagiriam no preparo para criar um sabor agradável ou aprimorar sua utilidade para o corpo. Delineou como os alimentos complementares podem ter um bom sabor quando combinados ou consumidos juntos em uma refeição. Arquitetou como esses nutrientes são transportados e transformados em diferentes estruturas no estômago, no trato intestinal, na corrente sanguínea, nos órgãos e nas células…” ii. Os diferentes sabores lembram os diferentes aspectos do caráter de Deus: o amor de Deus é doce, seu juízo é amargo, etc. O Salmo 19 diz que sua lei é mais doce que o mel e o destilar dos favos. O sal também é apresentado na Bíblia como sinal da aliança (Lv 2.13). iii. O próprio Jesus se comparou à comida: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede” (Jo 6.35). E: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (Jo 7.37b). Quando começarmos a considerar mais essas coisas, vamos aprender a respeitar mais a criação de Deus, e cuidar dela para que a glória divina seja mais manifestada. Essa é a maior motivação do cristão para o cuidado com a natureza.

6. Perguntas de Reflexão

● Você tem procurado sabedoria na hora de escolher o que come ou bebe? ● Você tem se sentido dominado por algum tipo de alimento? Tem comido ou bebido por ansiedade? Tem orado e buscado poder no Evangelho para vencer isso? ● Quão frequentemente você tem praticado o jejum? Quão frequentemente você tem celebrado? ● Quantas vezes você se reune à mesa com sua família ou amigos durante a semana? ● Quantas vezes você agradece a Deus pelo alimento? ● O que poderíamos fazer (a curto ou longo prazo) para evitar a centralização e tecnificação excessiva na produção de alimentos em nossa sociedade? ● Como poderíamos demonstrar mais amor a nossos irmãos, famílias e amigos através do alimento? ● Como pregar o Evangelho a pessoas envolvidas em alguma forma de idolatria vegetariana/vegana? ● Pense em alguma comida/bebida que você gosta e tente perceber como ela é um reflexo do caráter e bondade de Deus. Fale disso às pessoas!