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FICHAMENTO - 20 TESES DA POLITICA
Tipologia: Teses (TCC)
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 30/08/2017
4.5
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Curso: Direito – 2013/
Disciplina: Ciências Políticas e Teoria do Estado
Professor: Francisco
Aluna: Jully Emilly de Oliveira
“Dizer que a política é um de seus componentes isoladamente é uma redução equivocada. Deve-se saber descrevê-la como totalidade.” (p.15).
“A corrupção originária do político, que denominaremos o fetichismo do poder, consiste em que o ator político (os membros da comunidade política, sejam cidadãos ou representantes) acredita poder afirmar sua própria subjetividade para instituição em que cumpre alguma função [...].” (p. 16).
“[...] Desta maneira, por exemplo, o Estado se afirma como soberano, ultima instancia do poder; nisto consistiria o fetichismo do poder do Estado e a corrupção de todos aqueles que pretendam exercer o poder estatal assim definido.” (p.16).
- Se os membros acreditam que exercem a autoridade auto- referente, seu poder foi corrompido, porque todo exercício do poder.
“Tudo que denominamos político (ações, instituições, princípios, etc.) tem como espaço próprio o que chamaremos campo político.” (p. 17).
“O privado-público são diversas posições ou modos do exercício da intersubjetividade. A intersubjetividade contém diante de seus olhos a trama de onde se desenvolve a objetividade das ações e das instituições [...].” (p.21).
- quer dizer que toda subjetividade é intersubjetiva.
“O publico, ao contrario, é o modo que o sujeito adota como posição intersubjetiva em que um “campo com outros”; modo que permite a função de “ator”, cujo “papéis” ou ações se “representam” frente ao olhar de todos os outros atores. [...]”. (p. 21).
“[...] O público é o âmbito do visível e, por isso, o lugar publico mais imaginado possível é o da assembleia política dos representantes [...]”. (p. 22).
“O ser humano é um ser vivente. Todos os seres viventes animais são gregários; o ser humano é originalmente comunitário. [...]” (p. 25).
“[...] Este querer-viver dos seres humanos em comunidade denomina-se vontade. A vontade-de-vida é a tendência originaria de todos os seres humanos [...].” (p. 25).
“[...] A “ vontade-de-viver ” é a essência positiva, o conteúdo como força, como potencia que pode mover, arrastar, impulsionar. Em seu fundamento a vontade nos empurra a evitar a morte, a adiá-la, a permanecer na vida humana.” (p. 26).
“A possibilidade de unir a força cega da vontade é a função própria da razão prático-discursiva. A comunidade, como comunidade comunicativa, linguística, é aquela em que seus membros podem se das razões uns aos outros para chegar a acordos. [...]” (p. 27)
“É, então um “poder comunicativo” (aproximadamente como o descreve Hannah Arendt). Quanto mais participação os membros singulares na comunidade de vida têm, mais se cumprem as reivindicações particulares e comuns [...].” (p.27)
“Denominaremos, então, potentia ao poder que tem a comunidade como uma faculdade ou capacidade que é inerente a um povo enquanto ultima instância da soberania, da autoridade, da governabilidade, do político. [...]”. (p. 29)
“O poder é uma faculdade , uma capacidade , que se tem ou não se tem , mas, como precisão nunca, se toma. Aquilo que se pode assaltar, tomar dominar são os instrumentos ou as instituições que consistem nas mediações de seu exercício [...].” (p. 31).
“A potentia é, então o ponto de partida. Mas o mero poder da comunidade, não obstante seja o fundamento ultimo, não possui ainda existência real, objetiva, empírica. A mera vontade consensual factível da comunidade permanece inicialmente indeterminada, em-si, ou seja, é como a semente, que possuindo em potência a arvore futura, ainda não
devem fazê-lo em função das exigências, reivindicações, necessidades da comunidade. [...]” (p. 39)
“[...] político, originário, a representação é uma delegação do poder para que seja exercido ou completo em “serviço” dos representados que o escolheram como seu representante porque, sem diferenciação de funções heterogêneas, não é possível a reprodução e aumento da vida da comunidade [...].” (p. 41)
“[...] quem quiser ser autoridade, faça-ser servidor [...] servidor de todos” (p. 42)
“A estranha palavra “fetichismo” vem do português. [...] Os “feitos pela mão dos homens” são os ídolos. O caso de fetichismo e idolatria é semelhante. [...]” (p. 43)
“[...] Fetichismo é esta inversão espectral: o fundado aparece como fundamento e o fundamento como fundado. Esse é o “mistério fetchista do capital”, ou seja, um modo de ocultação que distorce a interpretação, o conhecimento da realidade, invertendo-a.” (p. 45)
“[...] A potentia foi des-potencializada e se tornou uma massa passiva que recebe ordens do poder político [...] A potestas se divinizou; separou-se de sua origem, e se tem voltado sobre si mesma, auto- referencialmente.” (p. 45)
“Uma vez fetichizado o poder (que é a concepção do poder da Modernidade colonialista e do Império, desde Th. Hobbes como dissemos), a ação do representante, do governante (seja um Rei, um parlamento liberal, um Estado, etc.), indevidamente, é uma ação dominadora, e não um exercício delegado do poder da comunidade. [...]” (p. 45)
“Quando o poder se define institucional, objetiva ou sistemicamente como dominação, no melhor dos casos proclamado como poder do povo, pelo povo, e para o povo [...]” (p. 46)
“[...] a fetichização do poder, como vimos, consiste em uma “Vontade- de-Poder” como domínio sobre o povo, sobre os mais fracos, sobre os pobres. Toda outra definição é desqualificada como idealista [...].” (p. 47)
“O poder se desdobra por todo o campo político, ocupando-o com uma rede de relações de força com nós [...]” (p.51)
“O “potencial estratégico” é a estrutura prática que se organiza de fato diante do ator político. É a situação conjuntural complexa de todas as forças de seus aliados e antagonistas que terá de saber ponderar para saber utilizá-las para os objetivos propostos. [...]” (p. 53)
“[...] o poder é a vontade consensual da comunidade ou do povo, que exige obediência da autoridade [...]. Weber inverteu a questão. É a instituição a sede do poder como dominação que exige a obediência da sociedade.” (p. 53)
“A ação propriamente política, que não é por sua natureza violenta ou dominadora [...] nem pode tentar, por sua vez, uma democracia direta sempre de unanimidade, é no melhor dos casos “hegemônica” [...]” (p.
“Hegemônica seria uma demanda [...] que consiga unificar em uma proposta mais global todas as reivindicações, ou ao menos as mais urgentes para todos [...]. Quando uma ação se torna hegemônica, opera a mobilização do poder da comunidade, ou do povo (da potentia), e as ações dos representantes fluem apoiados na força e motivação de todos [...]” (p. 55)
“Ao “bloco histórico no poder” não resta, quando perdeu o consenso, senão ser a ação política como “força coercitiva”, e por isso de “hegemônica” (com o consentimento do povo) torna-se “dominante” (p.
“Se o privado e o publico são graus de intersubjetividade; o social, o civil e o político são graus de institucionalidade de ações ou sistemas do campo político.” (p. 59)
“[...] os objetivos do conteúdo e a matéria da política são a satisfação das reivindicações sociais (passadas e já institucionalizadas em seu cumprimento, ou futuras e ainda não resolvidas [...]).” (p. 59)
“Há ao menos três esferas de institucionalidade política. 1): a condizente à produção, reprodução e aumento da vida dos cidadãos [...]. 2): A esfera das instituições que garantem a legitimidade de todas as ações e instituições restantes de todo sistema político.[...]. 3): A esfera da
sistema, que em princípio é ambígua. Sem governabilidade não há vida política [...].” (p.71)
“Nas esferas da legitimidade democrática e da factibilidade, a “opinião pública” desempenha uma função insubstituível. A “opinião pública” penetra a totalidade do corpo político, sendo o momento “hermenêutico” (interpretativo) de todos os outros aspectos da vida do campo político [...].” (p. 72)
“Expôs-se inadequadamente de muitas maneiras a relação entre a ética e a política. A primeira maneira é a não-relação entre a ética (como obrigação subjetiva do singular) e a política (que fica determinada de uma maneira externa, legal ou coativamente) [...].” (p. 73)
“[...] Os princípios políticos constituem, fortalecem e regeneram por dentro, obrigando os agentes a afirmar a vontade de vida, no consenso factível de toda a comunidade, em suas ações em vista da hegemonia (como poder obediencial) e repirando o cumprimento das tarefas de cada esfera institucional [...].” (p. 75)
“[...] O fetichismo do poder (que é o não, cumprimento da normatividade política) é autodestrutivo. Isola o poder delegado ( potestas) da fonte do poder (potentia) .” (p. 75)
“[...] o principio material (econômico) é a ultima instância. Na tradição liberal, o principio formal-democrático é a ultima instância. No cinismo da política sem princípios, a factibilidade opera sem restrição alguma [...].” (p. 77)
“A política é acima de tudo uma ação em vista do crescimento da vida humana da comunidade, do povo, da humanidade!” (p. 78)
“A democracia, essencialmente, é uma institucionalização das mediações que permitem executar ações e instituições, exercícios delegados do poder, legítimos [...].” (p. 81)
“A democracia, em seu fundamento, é um princípio normativo, é um tipo de obrigação que rege dentro do âmbito da subjetividade (sempre intersubjetiva) de cada cidadão, e que anima por dentro todos os momentos arquitetônicos da política [...].” (p. 82)
“Toda votação para fechar uma discussão é, por definição, interromper um processo inacabado. Portanto, a decisão adotada por votação não é a verdade prática [...].” (p. 83)
“Para permitir à factibilidade normativa do poder da existência a uma ordem política que, no longo prazo, alcance permanência e estabilidade,
devendo não só atender ao efetuar sua ação aos efeitos positivos (causa de mérito e honra), mas sim especialmente devendo responsabilizar-se pelos efeitos negativos (causa de crítica ou castigo) [...].” (p. 86)
“[...] Deverá considerar-se para isso em primeiro lugar, a eficácia ante a escassez de recursos (quantitativamente finitos diante de uma comunidade com necessidades sempre crescente) quanto à decisão e uso dos meios, e, em segundo lugar a governabilidade (da complexidade das instituições), partindo da incerteza contingente do indecidível das ações e as instituições.” (p. 86)