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Farmacologia Respiratória - Apostilas - Medicina, Notas de estudo de Medicina

Apostilas sobre a farmacologia respiratória. Protocolo de tratamentos para pacientes, objetivos do tratamento, terapias, condições indicativas de internação, efeitos colaterais.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 28/02/2013

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Escola de Medicina
Farmacologia Clínica
ED de Farmacologia Respiratória
1.
a. Faça um protocolo de tratamento para esse paciente.
O tratamento deve conter:
Antibioticoterapia
Broncodilatadores
Corticosteróides sistêmicos em alguns casos
Teofilina ou aminofilina (opcional)
Mucolíticos (em alguns casos)
Ventilação não-invasiva, quando necessário
Ventilação invasiva, quando necessário
Base para a abordagem terapêutica da DPOC:
Abstinência ao tabagismo
Tratamento farmacológico das exacerbações
Tratamento farmacológico crônico
Programas de reabilitação cárdio-pulmonar
Oxigenioterapia nos pacientes francamente hipoxêmicos
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Escola de Medicina

Farmacologia Clínica

ED de Farmacologia Respiratória

a. Faça um protocolo de tratamento para esse paciente.

O tratamento deve conter:

▪ Antibioticoterapia

▪ Broncodilatadores

▪ Corticosteróides sistêmicos em alguns casos

▪ Teofilina ou aminofilina (opcional)

▪ Mucolíticos (em alguns casos)

▪ Ventilação não-invasiva, quando necessário

▪ Ventilação invasiva, quando necessário

Base para a abordagem terapêutica da DPOC:

▪ Abstinência ao tabagismo

▪ Tratamento farmacológico das exacerbações

▪ Tratamento farmacológico crônico

▪ Programas de reabilitação cárdio-pulmonar

▪ Oxigenioterapia nos pacientes francamente hipoxêmicos

▪ Avaliação da indicação de transplante pulmonar ou cirurgia pneumo-redutora

Objetivos no tratamento da DPOC agudizada:

▪ Tratar

✓ Infecção

✓ TEP - trombo embolismo pulmonar

✓ Pneumotórax

✓ Isquemia cardíaca

✓ Arritmia

✓ ICC

▪ Melhorar a oxigenação do paciente

✓ Manter Sa02 entre 90 e 92%

▪ Diminuir a resistência das vias aéreas

✓ Broncodilatadores

✓ Corticóides

✓ E fisioterapia respiratória

▪ Melhorar a função da musculatura respiratória

✓ Suporte ventilatório não invasivo

✓ Nutrição adequada

✓ Ventilação mecânica

Terapia específica:

▪ Antibioticoterapia

Quando indicar a antibiotico-terapia na exacerbação da DPOC?

Quando houver pelo menos duas das seguintes condições:

▪ Corticosteróides sistêmicos

Estudos COMPROVARAM os seguintes efeitos benéficos dos corticóides sistêmicos na exacerbação aguda da DPOC:

✓ Aumento do VEF1,

✓ E melhora da dispnéia

▪ Aminofilina

Por apresentar efeitos:

✓ Analéptico respiratório - Aumento da contratilidade diafragmática

✓ Broncodilatador

✓ E ativador do movimento ciliar

A metil-xantina venosa pode ser administrada como droga adjuvante nos casos mais graves, porém deve ser ressaltado o seu potencial de grave toxicidade.

▪ Mucolíticos

Os estudos NÃO MOSTRARAM benefício do uso dos mucolíticos na exacerbação aguda da DPOC

▪ Oxigenioterapia

A exacerbação aguda da DPOC freqüentemente cursa com hipoxemia, por isso, praticamente todos os pacientes devem receber suplemento de oxigênio para manter a Sa02 entre 90-92%

Indicações de intubação traqueal e ventilação mecânica invasiva na DPOC:

▪ Dispnéia grave, com uso importante da musculatura acessória

▪ Freqüência respiratória > 35 ipm

▪ Hipoxemia muito grave: Pa02 < 40mmHg após oferta de 02

▪ Acidose grave: pH < 7,25, com PaC02 > 60mmHg

▪ Sonolência, estado mental debilitado

▪ Outras complicações graves (sepse, pneumonia extensa etc.)

▪ Insuficiência da Ventilação não-invasiva com pressão positiva - VNPPI

Condições indicativas de internação

▪ Insuficiência respiratória aguda grave.

✓ Aumento acentuado da dispnéia

✓ Distúrbios de conduta ou hipersonolência

✓ Incapacidade para se alimentar, dormir ou deambular

▪ Hipoxemia refratária

▪ Hipercapnia com acidose (comparar com gasometrias prévias do paciente)

▪ Complicações como:

✓ Embolia pulmonar

✓ Pneumonia

✓ Pneumotórax

▪ Insuficiência cardíaca descompensada

▪ Descompensação de outra condição associada, como diabetes

▪ Impossibilidade de realizar corretamente o tratamento ambulatorial, por ausência de condição sócio-econômica

Resposta: Protocolo para tratamento:

Broncodilatador:

✓ VEF1,0/CVF < 75% pós-pbd (critério diagnóstico)

✓ VEF1,0 maior ou igual a 60% do previsto

Tratamento:

Evitar os fatores de risco: cessação de fumo, vacinações antipneumocócica polivalente (DU) e vacinação contra influenza

A interrupção do tabagismo é a estratégia mais eficaz para reduzir o risco de surgimento da DPOC. Nenhuma outra intervenção mostrou-se capaz de influenciar a redução a longo prazo da VEF1 ou de anteceder a progressão da DPOC. Os programas de reabilitação pulmonar consistem em exercícios físicos, interrupção do tabagismo, exercícios respiratórios, otimização do tratamento clinico, apoio psicossocial e educação em saúde.

Broncodilatador de ação curta quando necessário

▪ Estágio II: DPOC Moderada

✓ VEF1,0/CVF < 75% pós-pbd (critério diagnóstico)

✓ VEF1,0 entre 40-60% do previsto

✓ Sem hipoxemia persistente

✓ Hipercapnia crônica

Tratamento:

Evitar os fatores de risco: cessação de fumo, vacinações

Broncodilatador de ação curta quando necessário

Broncodilatador inalado regular: ação longa

Reabilitação

▪ Estágio III: DPOC Grave

✓ VEF1,0/CVF < 75% pós-pbd (critério diagnóstico)

✓ VEF1,0 menor ou igual a 40% do previsto

✓ Com Hipoxemia persistente

✓ Sem Hipercapnia Crônica

✓ Sem Dispnéia grave

Tratamento:

Evitar os fatores de risco: cessação de fumo, vacinações

Broncodilatador de ação curta quando necessário

Broncodilatador inalado regular: ação longa

Reabilitação

Acrescentar esteróides inalados se houver exacerbações

Avaliar oxigênio terapia

Considerar Teofilina

▪ Estágio IV: DPOC Muito Grave

✓ VEF1,0/CVF < 75% pós-pbd (critério diagnóstico)

✓ VEF1,0 menor ou igual a 40% do previsto

✓ Com Hipoxemia persistente + Hipercapnia Crônica ou Dispnéia grave

Tratamento:

Evitar os fatores de risco: cessação de fumo, vacinações

Broncodilatador de ação curta quando necessário

Broncodilatador inalado regular: ação longa

Reabilitação

Acrescentar esteróides inalados se houver exacerbações

Avaliar oxigênio terapia

Considerar Teofilina

Oxigênio terapia se hipoxêmico

Metilxantinas:

▪ Aminofilina

Dilatar os brônquios ao inibir a fosfodiesterase, aumentando assim os níveis de AMPc e inibindo o influxo de íons de cálcio para dentro do músculo liso, antagonizando as prostaglandinas, estimulando as catecolaminas endógenas, bloqueando os receptores de adenosina e inibe a liberação de mastócitos e leucócitos.

Efeitos colaterais: dispepsia, náuseas, vômitos diarréia, cefaléia, tonteira e taquicardia, arritmias e convulsões.

Corticosteróides:

▪ Succinato de metilprednisolona

Alguns mecanismos antiinflamatórios pelos quais os corticosteróides exercem efeitos benéficos na DPOC são redução da permeabilidade capilar (que reduz o muco), inibição da liberação de enzimas proteolíticas dos leucócitos e inibição das prostaglandinas.

Efeitos colaterais: supressão da supra renal, osteoporose, formação de cataratas,e etc.

Antibioticoterapia:

▪ Amoxicilina

A penicilina tem ação bactericida sobre os germes que lhe são sensíveis. Seu mecanismo de ação resulta na ligação com as proteínas ligadoras de penicilinas (PBP), inibindo a síntese da parede celular das bactérias em crescimento, causando lise osmótica.

Efeitos colaterais: Por via oral pode levar a náuseas, vômitos, dor abdominal; Por via IM dor intensa no local de injeção; Por via IV, pode causar flebite. Podem surgir reações alérgicas, que são cruzadas com outras penicilinas.

  1. Quais as manifestações pulmonares da Síndrome de Sjögren? Qual o melhor esquema terapêutico para minimizar as manifestações respiratórias?

A síndrome de Sjögren (SS) é uma doença auto imune caracterizada pela destruição das glândulas exócrinas mediada por mecanismos auto imune, particularmente as glândulas lacrimais e salivares, com o desenvolvimento subseqüente de ceratoconjuntivites e xerostomia. Essas características clínicas são secundárias a disfunção das glândulas exócrinas. Duas formas de SS foram definidas: primaria e secundaria. A SS primaria ocorre na ausência de uma doença do tecido conjuntivo; a SS secundaria ocorre mais comumente em associação a um distúrbio sistêmico do tecido conjuntivo, particularmente a artrite reumatóide, mas também inclui esclerose sistêmica, LUS e polimiosite.

As manifestações pulmonares são: traqueobronquite, bronquiectasias, bronquiolite obliterante com pneumonia organizada, pseudolinfoma com nódulos intrapulmonares, DPOC, pneumonite intersticial e fibrose. O tratamento é realizado com prednisona, metotrexato, azatioprina ou inibidores do TNF-α.

  1. Tratamento farmacológico da TOSSE:

a. ANTITUSSÍGENOS: Quais são, mecanismo de ação, indicações e contra indicações.

O uso de antitussígenos só está indicado em casos excepcionais, em que a tosse é muito incomoda e não há prejuízo de m sedá-la.

Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, anorexia; rinite, lacrimejamento, conjuntivite; aumento de volume das glândulas salivares (caxumba iódica); alergia: erupção urticariforme até reações bolhosas graves, com febre; suprime função tireoideia e diminui a vascularização da tireóide (utilizada no pré-operatório de cirurgias de tireóide e no tratamento de crise tireotóxica).

Mucolíticos

▪ Bromexina e Ambroxol

O ambroxol é derivado da bromexina. Mecanismo de ação: liberação de enzimas lisossômicas que degradam os muco-polissacarídeos. Bromexina é indicado como terapêutica secretolítica e expectorante nas afecções broncopulmonares agudas e crônicas, associadas à secreção mucosa anormal e a transtornos do transporte mucoso. O produto é contra-indicado aos pacientes com hipersensibilidade à Bromexina. Os relatos de lesões graves na pele como a síndrome de Stevens Johnson e síndrome de Lyell em associação temporária com a administração de substâncias mucolíticas como a Bromexina tem sido muito raros. Muitos deles poderiam ser explicados pela gravidade da doença subjacente ou medicação concomitante.

▪ N-acetilcisteina

Mecanismo de ação: grupos sulfidrílas rompem pontes dissulfetos das mucoproteinas

Vias de administração: oral, inalatória e injetável

Efeito antioxidante

Indicações:

  • intoxicação pelo paracetamol
  • prevenção da nefrotoxidade de contrastes radiológicos
  • Tratamento preventivo e curativo de complicações resultantes do resfriado comum e da gripe, tais como rinofaringites, sinusites e otites catarrais. - Traqueítes, traqueobronquites, bronquites agudas, broncopneumonias, pneumonias e outros processos infecciosos do aparelho respiratório. - Bronquite crônica asmática ou tabágica. - Prevenção das exacerbações da bronquite crônica. - Prevenção e tratamento do enfisema pulmonar.

O uso deste medicamento é contra-indicado em caso de hipersensibilidade conhecida a acetilcisteína. A tolerabilidade da acetilcisteína é muito boa, sendo praticamente isenta de efeitos colaterais. Seu uso sistêmico pode determinar a ocorrência de epigastralgia em pacientes predispostos, uma vez que, pela sua própria farmacologia, o produto provoca o aumento de fluidez do muco gástrico protetor.

  1. Discutir os fármacos usados no tratamento da rinite alérgica, estabelecendo protocolos de utilização e objetivos.

O objetivo do tratamento é reduzir ou evitar os sintomas sem causar muitos efeitos colaterais ou incorrer em despesas exorbitantes.

O tratamento:

▪ Evitar alergênicos

▪ Anti-histamínicos

Os anti-histamínicos são considerados drogas de primeira linha. Os anti-histamínicos competem com a histamina pelos receptores H1, que contribuem para os espirros, coceira, a rinorreia e a conjuntivite. Os anti-histamínicos orais melhoram estes sintomas, mas em geral não agem na congestão nasal. Eles também reduzem a ativação de mastócitos, o que diminui a secreção de histamina, cisteinil-leucotrienos e triptase por estas células. O anti-histamínicos intra-nasal azelastina pode não produzir efeito tão rápido quanto às drogas orais, mas ao contrário destas, possui efeito descongestionante e costuma ser usado nas formas não alérgicas da rinite. Drogas disponíveis: fexodenadina, descarboxiloratadina e a loratadina.

▪ Descongestionates

Os descongestionantes tópicos ou sistêmicos são agentes simpaticomiméticos que agem sobre os receptores adrenérgicos da mucosa nasal e induzem vasoconstricção, fazem encolher a

| |180mg 1x/dia | |

|Cetirizina (anti-histamínico 2ª geração) |5 a 10mg 1x/dia |Maior que 6 anos: 5mg 1 x/dia |

|Pseudo-efedrina simples |60mg a cada 4 a 6h | 6 a 12 anos: 30 mg a cada 4 a 6h |

| | |2 a 5 anos: 15mg a cada 4 a 6h |

|Pseudo-efedrina de liberação prolongada |120mg a cada 12h |Não é recomendado |

|Nome Genérico |Dose (por aplicação) |Idade Mínima Aprovada |Dosagem Habitual |

|Flunisolida |25μg |6 anos |2x dia |

|Triancinolona |55μg |6 anos |1x dia |

|Budesonida |32μg |6 anos |2x dia |

|Fluticasona |50μg |4 anos |1x dia |

|Mometasona |50μg |12 anos |1x dia |

  1. A fibrose cística é uma doença rara, com importa tente comprometimento pulmonar. Qual o tratamento das complicações pulmonares?

A terapia atual para a fibrose cística visa à prevenção e o tratamento de várias disfunções orgânicas e sintomas.

▪ Antibióticos

Tanto nas fases iniciais da doença quanto depois que as infecções se tornam intratáveis, antibióticos permanecem o sustentáculo do tratamento. Antes de a infecção pulmonar se tornar crônica, pode haver uma janela de oportunidades na qual tratamento antibiótico agressivo pode eliminar as bactérias e desse modo retardar o inicio da doença pulmonar progressiva.

Entretanto, uma vez a infecção se tornando persistente, as exarcebações da doença pulmonar usualmente exigem um tratamento intensivo com antibióticos parenterais por 2 a 3 semanas. A escolha dos antibióticos é baseado em culturas de escarro para identificar e testar a susceptibilidade dos organismos. P. aeruginosa é um patógeno particularmente comum.

▪ Tratamento da Doença Pulmonar

Hiper-reatividade brônquica ocorre freqüentemente em pacientes com fibrose cística e, por essa razão os agentes anticolinérgicos e os agonistas β2 adrenérgicos se tornaram uma parte do padrão da terapia.