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documento de exercícios de contabilidade
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Introdução
A presente acção de formação visa dotar os formandos de conhecimentos em Contabilidade Geral, o que irá permitir dar respostas as questões vitais da empresa, possibilitará acima de tudo a tomada de decisões. Ou a Contabilidade é uma técnica de comunicação e de informação fundamental para a gestão de qualquer organização. Só assim é possível organizar o conhecimento para que a informação obtida seja útil quer no desempenho de tarefas, quer na tomada de decisões.
Toda esta aprendizagem promoverá competências ligadas à oralidade, a escrita, à leitura, a interpretação e ao domínio de vocabulário de natureza administrativa, contabilística e financeira.
Atendendo às características próprias desta formação, a sua lecionação deve revestir um caracter predominantemente prático, com abundante recurso a trabalhos e situações que proporcionam aos formandos esquemas de raciocínio estruturados, susceptíveis de aplicação em novas situações.
A contabilidade como instrumento de gestão
A contabilidade, é um instrumento que fornece um elevado número de informações úteis, para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. É bom lembrar que a contabilidade não deve ser feita unicamente para atender a exigência do fisco e sim, para que ela sirva de instrumento seguro e confiável para o administrador tomar decisões.
A contabilidade tem a incumbência de registar todas as operações da empresa, as quais, em certo momento, devem ser tabuladas e quantificadas monetariamente, para que em seguida, sejam elaborados os respectivos relatórios contabilísticos que são entregues aos interessados em conhecer a situação da empresa. Esses interessados, por meio dos relatórios contabilísticos, recordam os factos acontecidos, analisam os resultados obtidos, as causas que levaram aqueles resultados e tomam decisões em relação ao futuro. Portanto, a contabilidade é um instrumento retrospectivo para a tomada de decisões futuras.
Apreciar o resultado da actividade programada, relativamente à origem e à aplicação dos recursos da entidade económica, possibilitando novo planeamento, orçamento e o respectivo controlo.
Como é evidente, todas estas informações interessam principalmente a própria entidade económica, mas não só, pois poderão interessar-se também eventuais financiadores (no caso da entidade económica solicitar ou ter obtido um empréstimo) e, até, ao Estado na medida em que os rendimentos da entidade económica estejam sujeitos a impostos.
Podemos concluir que a finalidade da contabilidade é a obtenção de informações úteis para todos os possíveis interessados.
Essas informações poder-se-ão classificar em dois tipos distintos:
Tipos de informação
Os tipos de informação produzido por um sistema contabilístico pode ser classificado em:
Informação acumulada, sendo esta subdividida em:
Informação histórica: informação acumulada durante a vida da empresa;
Informação pontual: informação sobre o estado da empresa e o sumário de actividades num dado ponto em tempo ou determinado período de exercício, e
Informação gerada ou derivada: sendo esta todo tipo de informação que pode ser gerada da informação acumulada (Estimativas, orçamentos e projecções).
Os requisitos da informação contabilística são:
1. Relevância: é a qualidade que a informação contabilística tem para influenciar as decisões dos seus utentes, ao ajuda-los a avaliar os acontecimentos passados, presentes e futuros ou a confirmar ou corrigir as suas avaliações.
Para que esta condição se cumpra, são então essenciais os seguintes requisitos:
Oportunidade: é o requisito que impõe que a informação esteja disponível no prazo mais curto possível; isto porque a informação pode perder a sua importância se houver atrasos na sua apresentação.
2. Fiabilidade: é a qualidade que se traduz no facto de informação transmitir apropriada e correctamente os dados que tem por finalidade apresentar, ou seja, a posição e alterações financeiras e os resultados das operações.
Para que esta qualidade (fiabilidade) se concretize, são indispensáveis os seguintes requisitos:
Credibilidade: a informação tem de estar liberta de erros, isto é, o registo das operações e acontecimentos deve ser feito de acordo com o que efectivamente sucedeu.
Neutralidade: a informação tem de estar isenta de juízos prévios, ou seja, deve ser independente de quem a elabora.
Comparabilidade: é o requisito que impõe que o registo das operações seja feito de forma consistente e normalizada.
Isto significa que, se considera que a empresa não altera os seus princípios e orientações contabilísticas de um exercício para outro, afim-de se conseguir a comparabilidade da situação da empresa relativamente a diferentes momentos.
Contabilidade analítica ou de custo
Também chamada de contabilidade interna, utiliza os dados da contabilidade geral, tem como objectivo o apuramento dos custos ou resultados por áreas da empresa, por produtos ou por mercado. Regista todo o movimento interno da produção, descrevendo a totalidade do processo de transformação dos bens e serviços.
Contabilidade orçamental ou previsional
Tem como objectivo organizar e quantificar as previsões dos directores de serviço da empresa, elaborando o orçamento geral, assim como o orçamento das vendas, compras, tesouraria, etc. permite o planeamento e o controlo.
Património: noção e classificação
Noção
Património: é o conjunto de bens, direitos e obrigações afectos à empresa. Também é definido como conjunto de valores pertencente a determinada unidade económica e administrado com certo fim.
Este conjunto é bastante heterogéneo na sua composição:
Bens: edifícios, viaturas, maquinas, dinheiro, mercadorias, utensílios diversos. Direito: credito da empresa ou divida a receber. Obrigações: débito da empresa ou divida a pagar.
Cada um destes elementos que constitui o património, por exemplo: edifícios, créditos, dividas a pagar aos fornecedores, Estado, bancos etc., é designado por elemento patrimonial.
Todos os elementos patrimoniais obedecem a dois requisitos fundamentais:
Serem redutíveis, a valor pecuniário (serem convertidos em dinheiro) Estarem afectos à mesma gestão.
Finalmente os elementos patrimoniais são agrupáveis em classes para efeitos de registo: activo, passivo e capital próprio.
Activo: é o conjunto de elementos patrimoniais da empresa relativos aos bens e aos direitos e o seu respectivo valor. Por outras palavras Activo constitui o valor de todos os bens que a companhia possui.
Os grupos e elementos patrimoniais que fazem parte do activo dispõem-se por ordem crescente de liquidez, da seguinte forma:
Activo não corrente Activo corrente
Activo não corrente: recebe este nome porque os elementos patrimoniais que a compõem não participam no ciclo de exploração e permanecem na empresa por períodos superior a um ano. Este grupo subdivide-se em três distintos:
Imobilizações Corpóreas: aqui se agrupam as contas que representam as aplicações de recursos financeiros que visam a manutenção da catividade objecto da empresa. Ex: Edifícios, Equipamentos, Viaturas, Mobiliário de escritório, etc.
Imobilizações Incorpóreas : regista-se nesta conta todas as despesas inerente a constituição ou de instalação, despesas de investigação e estudos, etc. Ex: Aquisição de um Software, Alvará, Marcas e Patentes.
Investimento: agrupa as contas que representam as aplicações de recursos financeiros em outras empresas ou em bens que não mantenham relação com actividade objecto da empresa.
Activo corrente: recebe este nome porque inclui o conjunto de bens físicos e financeiros que participam no ciclo de exploração. Deste grupo, fazem parte as seguintes contas:
Existência: representa os estoques da empresa, ou seja é o conjunto de elementos patrimoniais que são comprados para a revenda ( mercadoria ) e os que soa incorporados no processo produtivo ( matérias primas e materiais ) para obtenção de um novo produto ( produto acabado )
prazo Ex: divida resultante na compra de mercadoria a um fornecedor, imposto a pagar ao Estado.
Geralmente, o passivo não corrente representa os débitos de financiamento, enquanto o passivo corrente representa débitos de funcionamento.
A situação Liquida é o valor do património da empresa e o seu valor é determinado pela diferença entre o Activo e o Passivo ( A – P = SL ). Assim sendo o Activo é igual ao Passivo mais a Situação Liquida ( A = P+SL ). Esta igualdade é conhecida por Equação do Balanço.
Activo = Capital Próprio + Passivo
Capital Próprio = Activo – Passivo
Onde: Activo são valores concretos, Capital próprio são valores abstratos e Passivo são valores concretos.
Exemplo: A companhia, Bartolomeu, Lda. Apresentou os seguintes valores nas suas contas:
Activo Passivo Equação fundamental da contabilidade
Composição Valor Composição Valor Edifício 5.000,00 Empréstimo obtido 3.000, Mobiliário 70,00^ Divida a um fornecedor 200, Máquina 1.000,00 Imposto ao Estado 400, Viatura 200, Mercadoria 4.000, Divida de um cliente 400, D. O no banco BAI 500, Dinheiro em cofre 100, Total do Activo 11.270,00 Total do Passivo 3.600,
Pedido: Calcular o Valor do Capital Próprio da Empresa Bartolomeu, Lda
Activo = Passivo + Capital próprio
Capital próprio = Activo – Passivo
Capital Próprio = 11.270, 00 – 3.600,
Capital próprio = 7.670,
Resposta: O capital próprio da empresa Bartolomeu, Lda é de 7.670,
Exercício de aplicação nº 1.
Tendo em atenção as seguintes informações determine o valor do activo capital próprio e passivo da empresa António Silva, Lda.
Elementos Valores Activo Passivo Divida de clientes 250, Equipamentos administrativas 1.500, Divida a fornecedores de mercadorias 250, Divida de fornecedores de imobilizado 630, Empréstimo bancário 250, Mercadorias em armazém 90, Deposito à ordem 256, Divida ao Estado 150, Divida aos sócios 69, Equipamentos de transporte 58, 1500 Acções do BIC 1.450, Dinheiro em caixa 1.200, Quota na sociedade Alfa, lda 500,
Tendo em atenção a seguinte informação fornecida pela Confecções Rute, Lda, agregue em classes patrimoniais do activo, passivo e determine a situação liquida
A empresa Herança Comercial que se dedica ao comércio de produtos alimentares deseja um património constituído pelos seguintes elementos: Elementos patrimoniais da empresa Herança Comercial, aos 31 de Dezembro de 2019. Elementos patrimoniais Valores B, D, O Activos Passivos
Notas e moedas em cofre 75.000,
Débitos de João Lopes 10.000,
Uma calculadora 6.350,
Divida a Santos & Filhos, Lda 7.500,
1.500 Litros de azeite a 20Kz/itro
2.800 Litros de óleo a 550Kz/litro
Deposito a ordem no BFA 180.700,
Aceite nº1 sobre Jorge Gomes 51.000,
Três cadeiras com mesa a 7. cada Um camião de marca Volvo 35.000.
Factura nº 23 da ENDE 102.000,
Saque nº 07 a Formosa & Cª 400.
Dois estantes a 28.000kz cada
Talão de depósito a prazo do BCI 90.3000,
Crédito do sócio Gil a 18 meses 46.000,
70 Sacos de arroz de 50kg a 550Kz cada Kg Um edifício administrativo e loja 1.200.000,
Empréstimo a 4 anos do BNI 298.000,
Total
Pretende-se: a) Que preenche os espaços vazios. b) Que determine o valor do Capital Próprio?
Inventário e Balanço
Inventário: é a relação escrita dos elementos patrimoniais concretos, com indicação das suas quantidades, preços e valores.
O inventário e o património são noções completamente distintos: o património é o conjunto de valores, o inventário é o documento em que esses valores são descritos. Ninguém poderá confundir os alunos de uma turma com a respectiva pauta.
Como é evidente, haverá a considerar duas ordens de elementos patrimoniais: corpóreos, que se contam, pesam ou medem, e cujo valor é determinado pela multiplicação da quantidade pelo respectivo preço unitário; e os elementos incorpóreos, cujo valor já deve constar de registos adequados.
Classificação de inventário
O inventário pode classificar-se da seguinte forma:
a) Quanto a sua Ordenação:
1. Inventário corrido, simples ou empírico: é quando não existe preocupação de ordenar devidamente os elementos patrimoniais; ou seja os elementos patrimoniais na sua apresentação não obedecem regras de ordenação. 2. Inventário classificado ou selectivo: é quando os elementos patrimoniais são ordenados em devidas categorias ou classes que pertencem.
b) Quanto a sua extensão
1. Inventário geral: quando contém todos os elementos do património de uma empresa. Ex: Todos os activos e passivos. 2. Inventário parcial: quando o inventário contém apenas alguns dos elementos do património de uma empresa. Ex: Inventário de Existência em armazém, Inventário das Imobilizações.
c) Quanto a sua realização
1. Inventário inicial: realiza-se no início da actividade da empresa.
2. Inventário periódico, Anual ou ordinário: é aquele que se realiza anualmente, obrigatório e referido a 31 de Dezembro de cada exercício económico. Este inventário é imprescindível para elaboração de outro documento obrigatório de grande importância – Balanço. 3. Inventário Extraordinário ou Eventual: é realizado devido o ocorrências anormais e inesperado tais como: incêndio nas instalações ou substituição do responsável pelo património da empresa.
d) Quanto a sua representação gráfica
1. Inventário vertical: quando os elementos patrimoniais se encontra dispostos verticalmente, enumerando primeiro todos elementos do activo depois segue-se a descrição dos passivos.
Factos patrimoniais e sua classificação
Factos patrimoniais: são todas as operações que imprime qualquer variação na composição e valor do património.
Também pode se definir como património de uma empresa que ano se mantém estático ao longo do tempo, mas esta sujeita a uma contínua transformação.
Ou ainda método das partidas dobradas ou digráfico
Esse método, desenvolvido pelo Frade Franciscano Lucas Pacioli em 1494, hoje universalmente aceite, dá início a uma nova fase para a contabilidade como disciplina adulta, além de desabrochar a escola Italiana, que iria dominar o cenário contabilístico até o início do século XX.
Esse método consiste no facto de que para qualquer operação sempre haverá um débito e um crédito de igual valor ou um débito (ou mais débitos) de valor idêntico a um crédito (ou mais créditos). Portanto, não há débitos sem créditos correspondentes, de forma que a soma dos débitos será sempre igual à soma dos créditos.
Classificação dos factos patrimoniais
Os factos patrimoniais classificam em:
Assim, compreenderemos:
a) Quando variam apenas elementos activos e / ou passivo, o facto será necessariamente qualitativo.
São factos qualitativos, por exemplo, os depósitos em bancos, pois apenas alteram a composição das disponibilidades (diminuição do dinheiro em cofre e aumento do
dinheiro no banco), e os pagamentos a fornecedores pois apenas alteram as disponibilidades (diminuição do dinheiro no cofre ou em banco) e os débitos (diminuição da divida a pagar).
b) Quando variam apenas elementos activo e / ou passivo, e elemento da situação liquida, o facto será necessariamente quantitativo.
São factos quantitativos, por exemplo, os pagamentos de ordenados, pois alteram disponibilidades (diminuição de dinheiro em cofre ou em banco) e a situação líquida adquirida no exercício (diminuição dos resultados), e os aumentos do capital inicial pela entrega de numerário pelos sócios, pois alteram a situação líquida inicial (aumento) e as disponibilidade (aumento do dinheiro em cofre)
c) Quando apenas variam elementos situação liquida, o facto será necessariamente qualitativos.
É um facto patrimonial qualitativo, por exemplo, o aumento do capital inicial pela incorporação de lucros retidos, pois apenas altera a situação líquida inicial (aumento) e a situação liquida retida ou reserva (diminuição) mantendo-se invariável o valor global da situação líquida.
Raciocínio contabilístico
Para se efectuar um lançamento, há que proceder ao seguinte raciocínio contabilístico:
1º Passo: Quais são as contas afectadas?
2º Passo: as contas são do activo, capital próprio ou do passivo?
3º Passo: quais as contas que sofrem aumentos e as que sofrem diminuições?
4º Passo: Quais as contas a debitar e a creditar?
Vejamos a aplicação do princípio das partidas dobradas e o raciocínio contabilístico, sem esquecemos as regras de movimentação de contas anteriormente estudado.
Compra de dois computadores em numerário para a Confecções Kina, LDA no valor de 200.000,00Kz
1º Passo: Quais são as contas afectadas?