Baixe Exame neurológico- somestesia e propiocepção e outras Resumos em PDF para Semiologia, somente na Docsity!
Habilidades Técnicas- Exame Neurológico
Somestesia
está relacionado com a sensibilidade, ou seja, modificações do meio, tanto externas como internas, percebidas pelo organismo e que são captadas através dos receptores que as levam direto ao sistema nervoso para serem recodificadas/reconhecidas. Essas informações são – tato, pressão, temperatura, objetos, movimentação e postura. Estímulo/sensação Resposta Corporal/Sentido Percepção
- Há 2 tipos de modalidades sensoriais Sentidos Especiais – visão, audição, olfato, paladar) Somestesia – tátil, térmica, dolorosa, proprioceptiva) →Receptores:
- Tato – mecanoceptores
- Temperatura – termoceptores
- Dor – nociceptores
- Propriocepção – mecanoceptores → Existem 3 tipos de sensibilidade: Superficial – térmica, tátil e dolorosa. Profunda – proprioceptiva – artrestesia (noção de posição), palestesia (vibratória) e barestesia (pressão). Sensibilidade de Integração Cortical – grafestesia, estereognosia e discriminação tátil ou discriminação de 2 pontos.
- Hipoestesia → Diminuição da sensibilidade
- Hiperestesia → Aumento da sensibilidade
- Anestesia → Sem sensibilidade Obs: Realizar os exames sempre com o paciente com os olhos fechados visando evitar o controle visual.
*Superficial Dolorosa→ deve-se utilizar agulha/alfinete/tampa de caneta para a realização do exame. Com o paciente de olhos fechados e perguntar se ele sente dor/algo no local da preensão. ➔ Manobra de Estiramento da Raiz Nervosa (pacientes em decúbito dorsal e não há a necessidade de estar de olhos fechados): 1 ) Sinal de Lasegue
- pesquisa de lombociatalgia
- Manobra: paciente em DD, consiste na elevação passiva do MMII (até 45°), com o joelho completamente estendido. O teste é positivo quando o paciente referir dor na face posterior do membro.
- https://www.youtube.com/watch?v=3lJA8wCoFXM ➔ Sinais da Sd. De Irritação Meníngea/ Rigidez da nuca (resistência à flexão passiva da cabeça):
- Sinal de Brudzinski – paciente em decúbito dorsal, realiza a tentativa de encostar o queixo na região torácica e ocorre simultaneamente uma leve flexão dos MMII, com fácies de dor.
- Sinal de Kernig – paciente em decúbito dorsal, realiza uma flexão do quadril e do joelho, quase há 90º, então realiza uma extensão da perna ainda com a flexão do quadril, e nesse momento ocorre uma flexão do pescoço e o paciente refere dor. https://www.youtube.com/watch?v=Zwmmqeg1HCI *Superficial Térmica →
- realizada com o paciente com os olhos fechados.
- Utiliza-se 2 tubos de ensaio, 1 possuindo água fria e o outro com água quente, deve-se encostar alternadamente na pele do paciente, de preferência em extremidades, para que o mesmo verifique a diferença de temperatura entre ambas.
- Caso não haja tubos de ensaio, pode-se utilizar gaze com álcool e até mesmo esquentar a mão e encostar no paciente. *Superficial Tátil →
- realizada com o paciente de olhos fechados.
- Utiliza-se as mãos, pinceis, gazes e/ou algodão, encostando estes objetos na pele do paciente, de preferência no rosto e nas mãos, verificando se o mesmo sente quando você os comunica com sua pele. *Profunda – Artrestesia →
- paciente com os olhos fechados.
- Este exame é feito com o paciente sentado, colocando alguma parte de seu corpo em determinada posição e perguntando ao mesmo se ele sabe que posição foi essa e/ou pedindo para que ele coloque a mesma parte do corpo do lado oposto nesta mesma posição.
- Avaliar: se o paciente localiza a posição e consegue descriminar a velocidade (se está mexendo ou está parado)
- Ex: o examinador coloca a mão direita do paciente para cima e pede para que ele faça o mesmo com a mão esquerda com os olhos fechados. *Profunda – Palestesica →
- paciente com os olhos fechados e deve ser realizada utilizando o diapasão.
- Primeiramente deve-se “ativar” o diapasão e em seguida colocá-lo em contato com alguma extremidade do corpo do paciente e o mesmo deve sentir a vibração. *Profunda – Barestesia →
- paciente com os olhos fechados.
- O exame é realizado comprimindo alguma região do corpo do paciente e/ou utilizando 2 objetos com pesos diferentes e pergunta ao paciente qual o mais pesado. *Sensibilidade de Integração Cortical – Discriminação tátil/ de 2 pontos →
- paciente com os olhos fechados.
- Realizar a compressão com objetos pontiagudos. Realiza-se o exame fazendo compressões em 2 dermátomos distintos, a fim de que o paciente reconheça os pontos que estão sendo comprimidos.
- Ocorre a disdiadococinesia quando há uma incapacidade de movimentos alternados rápidos (lesão de cerebelo, lesão periférica será com o olho fechado)
- https://www.youtube.com/watch?v=Bhl_jW3YWmU
- PROVA DE STEWART HOLMES (OU DO RECHAÇO):
- Paciente sentado, faz uma flexão do antebraço contra a resistência oposta realizada pelo examinador que bruscamente para o movimento contrário.
- Lesão cerebelar: antebraço não pode frear seu movimento, indo se chocar coma região peitoral do paciente.
- https://www.youtube.com/watch?v=CdMTpekABKI
- MARCHA:
- Fases → 1 – Apoio do calcanhar – verifica a perna esquerda, quando o calcanhar toca ao chão. 2 – Aplanamento do pé – verifica como é o apoio do pé no chão. 3 – Impulso – verifica o balanço do paciente para a realização do passo. Podem ser realizados inúmeros exames, mas os mais indicados são: 1 – Pedir ao paciente para sentar, em seguida levantar e andar normalmente, verificando se há o processo ou não de deambulação e se utiliza ou não algum auxílio para realizar o movimento. 2 – Pedir ao paciente para caminhar na ponta dos pés (verificando em qual fase da marcha ele possui alteração). 3 – Pedir ao paciente para caminhar com os calcanhares (para verificar em qual fase da marcha ele possui alterações). Pode-se realizar os exames dificultando a marcha, como por exemplo para o paciente dar um passo-pulo ou pedindo para ele realizar a elevação dos pés e depois encostá-los no chão, sem sair do lugar, verificando sempre em qual fase da marcha o paciente possui alterações. ➔ Alguns tipos de marchas anormais – vem de determinadas patologias: 1 – Marcha curta/pequenos passos – Parkinson (patológica) e idosos (fisiológica) ➔ Marcha Parkinsoniana → marcha mais rápida e curta, ocorre uma tremor para iniciar a marcha junto à pescoço, tronco e joelhos flexionados. 2 – Espástica – por conta de hemiplegia/AVC, não ocorre flexão do joelho e/ou quadril. 3 – Marcha de Trendelemburg – ocorre uma inclinação lateral excessiva do tronco por conta de deficiência no glúteo médio. ➔ Teste de Trendelemburg →
- examinador de frente para as costas do paciente, eleva-se uma perna por vez, o lado que está suspenso sofre uma queda, indicando que possui alteração no glúteo médio.
- https://www.youtube.com/watch?v=_KQUwW-3gdU 4 – Marcha escavante/ pé caído – ocorre uma elevação anormal do joelho por conta da diminuição da força muscular e da fraqueza/paralisia dos dorsiflexores junto a uma marcha com o pé arrastado. 5 – Marcha Hemiplégica/ Hemiparética/Ceifante – geralmente ocasionada por lesões neurológicas. Há uma flexão/extensão dos membros superiores para dar o passo, sem flexão do joelho (hemiparética). Quando o membro inferior sofre de alguma plegia, o membro acometido realiza um movimento para fora e para frente em círculo/circundação (ceifante/hemiplegia)
Trofismo
Conceito: é a variação da secção transversa do músculo ou é a variação do número de sarcômeros no músculo em paralelo. Há duas variáveis:
- Hipertrofia: é o aumento da secção transversa do músculo acima de um padrão referencial inicial.
- Hipotrofia: é a diminuição da secção transversa do músculo abaixo de um padrão referencial inicial.
Inspeção: olhar locais de maior comprometimento como os interósseos, adutor do polegar, deltoide, panturrilhas, coxas, entre outros. Avaliação: Medir com fita métrica a circunferência dos braços, antebraços, coxas e pernas.
Tônus
Conceito: é a resistência de um músculo ao alongamento passivo ou estiramento. As alterações do tônus: Hipertonia: é o aumento do tônus; há uma maior resistência ao movimento; há hipoextensibilidade. Hipotonia : é a diminuição do tônus; há pouca ou nenhuma resistência ao movimento; há hiperextensibilidade; Palpação da consistência muscular: verifica se há flacidez ou enrijecimento anormal de cada músculo. Passividade: examina por meio do balanço do segmento distal, através do proximal, sendo que a amplitude dos movimentos será proporcional ao grau de hipo ou hipertonia. Manobras: examina por meio da flexão do antebraço sobre o braço, se o punho alcançar o ombro (hipotonia), e da perna sobre a coxa, se o calcanhar alcançar os glúteos (hipotonia). Sinal do canivete - há uma resistência somente do início do movimento. Sinal da rosa denteada- há uma resistência durante todo o movimento.
Vídeo- https://www.youtube.com/watch?v=Lauc1m-aVws
Força
Solicita-se ao paciente que execute um movimento contra a resistência oferecida pelo examinador. Deve ser testados os diversos grupos musculares. No caso de déficit motor deve quantificar usando a escala: Manobra dos braços estendidos: O paciente, na posição sentada ou de pé, deve manter seus membros superiores na posição de juramento, com os dedos afastados uns dos outros. Depois de alguns segundos ou de meio a um minuto, segundo o grau de déficit motor, o membro parético apresenta oscilações e tende a abaixar-se lenta e progressivamente. Manobra de Mingazzini ( p/ MMII ): O paciente em decúbito dorsal flete as pernas em ângulo reto sobre as coxas e estas sobre a bacia. Em caso de déficit esta posição não se mantém por muito tempo, surgindo oscilações ou queda progressiva da perna (déficit do quadríceps), da coxa (déficit do psoas) ou de ambos segmentos (déficit do quadríceps e do psoas). Manobra de Barré: Paciente em decúbito ventral, com as pernas fletidas formando ângulo reto com as coxas. Em caso de déficit surgem oscilações ou queda imediata ou progressiva de uma ou de ambas as pernas. Esta manobra serve para evidenciar déficits dos músculos flexores da perna sobre a coxa.
Vídeo- https://www.youtube.com/watch?v=5DAJd9fBiNM
3 - Prova do desvio do índex: com os braços estendidos, manter os dedos indicadores na mesma posição dos indicadores do examinador, após fechar os olhos. 4 - Pesquisa do Nistagmo: Pode ser classificado por tremor associado dos globos oculares. Distúrbios decorrentes do comprometimento do sistema vestibular periférico. No nistagmo ocorrem movimentos involuntários dos olhos, ou seja, os olhos fazem movimentos repetitivos, não controlados. Estes movimentos incontroláveis ou descontrolados dos olhos podem ser mais ou menos fortes ou bruscos e podem assumir várias direções. ✓ Nistagmo: ‘‘olhos que saltam’’, ‘‘olhos dançantes’’. ✓ Pede-se ao paciente para que siga o seu dedo com ambos os olhos. Mova o dedo para cima, para baixo e para os lados. Mantenha o dedo brevemente em cada posição, num ponto onde ele possa ser visto facilmente por ambos os olhos. Como fazer o teste? https://www.youtube.com/watch?v=gzy4XC6RGXg 5 – Reflexos (são respostas motoras e de recepção dos estímulos)
- A integridade da via onde foi realizado o reflexo, dita o “estado” do arco reflexo à nível medular, buscando alguma alteração/lesão que possa ter acontecido.
- Os reflexos são realizados através do martelo neurológico e são divididos em superficiais ou profundos.
- PROFUNDOS → 1 – Membros Inferiores → Deve-se realizar o exame sempre dos dois lados do membro.
- Reflexo patelar, realizado com o paciente com a perna pendente no tendão infra-patelar/nervo femoral entre a patela e a tuberosidade da tíbia. Realiza uma percussão com o martelo neurológico para verificar a extensão do membro. Caso não ocorra na primeira percussão, realizar até que o reflexo apareça ou seja diagnosticada alguma alteração.
- Reflexo Aquileu, realizado no tendão de aquiles/nervo tibial, do mesmo modo do reflexo patelar. O examinador coloca uma mão na planta do pé do paciente e o põe em ângulo reto em relação à perna e percute o tendão. A resposta é a flexão plantar do pé.
- pode ser feita com o paciente em decúbito ventral. 2 – Membros Superiores → Deve-se realizar sempre dos dois lados do membro.
- Reflexo bicipital, realizado no tendão do bíceps/ nervo músculo-cutâneo, ocorrendo contração muscular/flexão do antebraço.
- Reflexo tricipital, realizado no tendão do tríceps/nervo radial, ocorrendo uma retração/extensão do cotovelo/antebraço. → Manobra de Jendrassik – auxilia no relaxamento para verificar os reflexos dos membros inferiores. Quando não há reflexo dos membros inferiores com o paciente em repouso, solicita-se que ele tracione as mãos em sentidos opostos com os dedos enganchados, incrementando as respostas dos membros inferiores.