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Características do campo palanca de Angola, sua geologia e dados de produção
Tipologia: Trabalhos
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Campus Universidade de Viana Universidade Jean Piaget (Criado pelo decreto n. 44-A/01 de 6 de julho de 2001)
Campus Universidade de Viana Universidade Jean Piaget (Criado pelo decreto n. 44-A/01 de 6 de julho de 2001)
DEDICATÓRIA.............................................................................................................................V
Dedico este trabalho a minha família especialmente aos meus pais pelo suporte incondicional que me têm dado. Dedico também aos meus colegas e amigos que de forma directa ou indirectamente me dão força de querer continuar e seguir em frente, dedico também aos meus professores que têm contribuído muito na minha formação.
O presente trabalho vem abordando sobre a bacia do Congo, fazendo um estudo directo sobre a sua formação, seus blocos em operação, seus campos e companhias em exploração.
Bacias sedimentares são depressões da crosta terrestre, onde se acumularam rochas sedimentares que podem conter petróleo ou gás, associados ou não.
Um bloco é uma área da bacia sedimentar, que corresponde a um prisma vertical, com a superfície poligonal definida pelas coordenadas geográficas dos seus vértices ou acidentes naturais de profundidade indeterminada.
Um campo é uma área produtora de petróleo ou gás a partir de um reservatório contínuo ou mais do que um reservatório a diferentes profundidades.
Fazer um estudo prévio sobre o Palanca.
Fazer um estudo sobre o Bloco 3;
Conhecer os principais potenciais do campo Palanca.
Na algumas zonas de Angola, o alcatrão e o petróleo bruto são conhecidos e utilizados como combustíveis, há já vários séculos. Na região do Dande, onde foi levado a cabo o primeiro furo para a exploração de hidrocarbonetos, existe uma zona chamada “ Matudi-Mahuse” que significa pedra betuminosa.
Porém, a verdadeira exploração de hidrocarbonetos começou apenas em 1910 quando a primeira licença para a exploração do petróleo foi concedida. Cobrindo uma área de 114. km^2 de terreno, nas bacias do Congo e do Kwanza, ela foi atribuída a canha e formigal que tinha como operador a PEMA- Companhia De Pesquisas Minerais De Angola. O primeiro poço chamou-se Dande 1 e foi iniciado em 1915. Em 1919 foi formada uma associação entre a COPA- Companhia do petróleo de Angola e a Sinclair Consolidated Oil Corporation, esta associação passou a tomar conta da concessão, e embora tivesse executado vinte e um poços entre 1922 e 1933, alguns deles com importantes vestígios de petróleo e gás, nenhum deles teve interesse comercial. Por esse motivo, em 1937 foram interrompidas as perfurações. Entretanto com o advento da segunda gerra mundial a industria paralisou em Angola, tal como aconteceu em muitas outras partes do mundo, e as concessões existentes expiraram.
No entanto, o interesse pelo potencial dos hidrocarbonetos de Angola reviveu, e por volta de 1953 uma nova concessão é outorgada à Companhia de combustíveis do Lobito(Purfina), uma subsidiaria da Petrofina. A primeira descoberta comercial deu-se dois anos e meio depois em Benfica, na Bacia do Kwanza, logo seguida de várias outras nos cinco anos que se lhe seguiram. É o caso dos campos de: Luanda, Cacuaco, Galinda e Tobias. Com estes sucessos Angola tornou-se um grande produtor e explorador de petróleo, tendo construído a sua refinaria de Luanda em 1957 para satisfazer as necessidades do mercado nacional.
De acordo com os termos do contrato de 1953, os direitos e obrigações da Purfina foram transferidos para uma nova companhia que se passou a designar Companhia de Petróleos de Angola(Petrangol), a partir de 1957, quando houve a confirmação da comercialidade da sua produção petrolífera. Nesse mesmo ano a Cabinda Gulf Oil Company assinou um contrato para concessões em Cabinda, tanto em terra como no mar, levando a cabo a primeira pesquisa sísmica maritma em 1962.
Em 1966 a Petrangol e a Sociedade Portuguesa de combustíveis(Angol), formaram uma associação para a exploração das bacias do Congo e do Kwanza Ocidental, tanto no mar como em terra, tendo descoberto em terra a Cabeça de Cobra no ano de 1968. Foi nesse mesmo ano que se iniciaram também as actividades no mar, na Bacia do Kwanza.
As Bacias Angolanas ocupam uma estreita faixa sedimentária que vai do Mesozóico aos recentes depósitos costeiros adjacentes ao Precâmbrico. Elas são limitadas a este pelo escudo Africano e estendem-se sob o declive continental. Porém, a plataforma tem apenas 30 a 50 km de largura e a profundidade das águas aumenta rapidamente para mais de 5000 metros para além da sua extremidade.
As três bacias principais são a Bacia do Congo ao norte, a Bacia do Kwanza ao centro e a Bacial do Namibe ao sul. As duas primeiras estendem-se pela Bacia do Sal na província Ocidental Africana, aí, a reorganização da espessa camada de sal do Apciano- Albino afectou grandemente a subsequente evolução da bacia. Com a excepção da parte norte, a Bacia do Namibe é destituída de depósitos de sal, resultando numa simples configuração. A Bacia do Congo é declivada pela zona de fracturas do Zaire que se estende para este do estuário do rio do mesmo nome. É limitada a sul pela ponta precâmbrica do Ambrizete, que se estende até à costa formando um afloramento do manto, exposto entre o Ambriz e Ambrizete.
A Bacia do Kwanza situa-se entre a Ponta do Ambrizete, ao norte e o Planalto de Luanda, também do Precâmbrico, ao sul. Dois rios principais desaguam nessa bacia, o Bengo em Luanda e o Kwanza a cerca de 60 km ao sul. Para sul do Planalto de Luanda fica a Bacia do Namibe. A sua margem sul é limitada pela cordilheira walvis, adjacente à fronteira entre Angola e a Namíbia.
3.1.1- A Bacia Do Congo A bacia do Congo estende-se sobre aproximadamente 600km de comprimento, entre 3^0 e 7^0 de latitude sul. A porção angolana corresponde à sua parte meridional. Cordilheiras transversais do soco Précâmbrico, de direcção aproximada E-W ou NE-SW separam a Bacia do Congo da Bacia do Gabão a norte e a Bacia do Kwanza a sul.
Em Cabinda, a série sedimentar( do Jurássico supeior ao Neogénico) repousa sobre o soco Précâmbrico, tem uma espessura da ordem dos 2500 m em terra(região do Soyo), passa aproximadamente para 4000 m na plataforma continental, e torna-se ainda
mais espessa para oeste. Dois factores principais condicionam a evolução técnico- sedimentar da bacia:
A Bacia do Congo é uma bacia composta por vários blacos e que por sua vez são constituídos por vários campos.
3.1.2- Bloco 3 Sob o ponto de vista geológico o Bloco 3 está situado no ssector sul da bacia sedimentar do Congo. Os depósitos sedimentares são essencialmente de idade cretácica e terciária, repousando em discordância sobre um soco cristalino de idade Précâmbrica ou mais raramente Câmbrica. A fracturação do Atlântico Sul e a posterior fase de subsidência regional são os principais factores tectónicos que condicionaram em grande parde a deposição e a estruturação dos sedimentos.
Figura 1. Localização do Bloco 3 da Bacia do Congo.
Pinda(Albiano) O Pinda é constituído por carbonatos micríticos e granulares, em grande parte dolomitisados, por vezes anidritisados, à excepção da parte superior que é constituída por argilas calcárias siltosas, por siltes e por passagens de carbonatos muito argilosos. A parte mediana e inferior contém detritos terrígenos cada vez mais abundantes no sentido descendente, alternando com carbonatos.
Loeme(Albo-Apciano)
O Loeme é constituído por anidrites brancas, mais ou menos fibrosas, alternando com algumas passagens de grés.
Ante Salífero(Apciano e ante-Apciano)
Esta formação é constituída por grés médios a grosseiros, com cimento feldspático e argiloso. Na parte superior, argilas negras siltosas e “siltstones” argilo- dolomíticos e micáceos constituem a formação Chela.
O campo Palanca está situado no Bloco 3, dentro dos limites offshore da parte mais baixa da Bacia do Congo, a aproximadamente 45km da costa.
Figura 3. O Campo Palanca O poço descoberto foi perfurado em 1981 numa profundidade de 45m. a descoberta declaradamente comercial data de 1982, tendo começado a produzir em Fevereiro de 1985. A peça podutiva é a plataforma carbonatada do período Albiano de Pinda. Esta baixa e aberta plataforma carbonatada está situada no topo de uma situação limitada por depósitos de evaporites(Loeme), ligadas através da abertura do Oceano Atlântico.
O reservatório é totalmente composto de pedras granulosas dolomíticas, rochas retentoras carbonatadas, altamente afectadas pela dissolução. As melhores camadas de reservatório são caracterizadas por uma porosidade vacuolar “oolmilidic” e uma espessura útil, fracturada e intercristalina porosa, que mantém as ligações entre os vacúolos, melhorando assim as zonas macoças não granuladas. A transgressão marinha albiana permite que o reservatório seja estanque, através de um manto de carbonetos micriticos marinho abertos, passando a siltites magmáticas, durante a Albiano Superior.
Deste reservatório sai um óleo parafinado de 40^0 API com um GOR inicial de 200 m^3 /m^3 e com 0.29cp de viscosidade. A pressão inicial deste campo foi de 303bar. A média de porosidade é de 11% enquanto que a de permeabilidade varia entre 0.5md e 500md.
Este campo de produção envolve cerca de 15 poços produtores e 8 injectores para ser feita a manutenção da injecção artificial de água na formação. Estes poços injectores estão colocados numa posição periférica.
Figura 4. Sismica e estratigrafia do campo Palanca.
Depois de feitas as pesquisa sobre o Bloco 3 do campo Palanca, chegou-se a conclusão de que o Campo Palanca é uma área muito promissora com boa acumulação de hidrocarbonetos, apresentando uma boa área geológica com elementos favoravéis para a acumulação, elementos estes tais como a rocha geradora portadora de uma boa quantidadede materia organica, uma boa rocha reservatório com boa permeabilidade e porosidade que nos garantem uma boa produção de hidrocarbonetos.