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Estudo do campo Palanca, Trabalhos de Engenharia de Petróleo

Características do campo palanca de Angola, sua geologia e dados de produção

Tipologia: Trabalhos

2021

Compartilhado em 02/06/2021

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Viana, de 2020
Campus Universidade de Viana
Universidade Jean Piaget
(Criado pelo decreto n. 44-A/01 de 6 de julho de 2001)
Faculdade de Ciência e Tecnologias
Trabalho De Avaliação Integrada De Campos De Petróleo E s
Natural
Estudo Da Bacia Do Congo Bloco 3 Campo Palanca
Engenharia De Pesquisa E Produção De Petróleos
Viana, Dezembro de 2020
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Campus Universidade de Viana Universidade Jean Piaget (Criado pelo decreto n. 44-A/01 de 6 de julho de 2001)

Faculdade de Ciência e Tecnologias

Trabalho De Avaliação Integrada De Campos De Petróleo E Gás

Natural

Estudo Da Bacia Do Congo Bloco 3 Campo Palanca

Engenharia De Pesquisa E Produção De Petróleos

Viana, Dezembro de 2020

Campus Universidade de Viana Universidade Jean Piaget (Criado pelo decreto n. 44-A/01 de 6 de julho de 2001)

Faculdade de Ciência e Tecnologias

Trabalho De Avaliação Integrada De Campos De Petróleo E Gás

Natural

Estudo Da Bacia Do Congo Bloco 3 Campo Palanca

Engenharia De Pesquisa E Produção De Petróleos

Autor: Carlos Queirós Mascarenhas Fortuna

ÍNDICE

DEDICATÓRIA.............................................................................................................................V

  • 1- INTRODUÇÃO......................................................................................................................... AGRADECIMENTOS..................................................................................................................VI
    • 1.1- OBJECTIVO GERAL.....................................................................................................
    • 1.1.1- OBJECTIVOS ESPECÍFICOS....................................................................................
  • 2- História Da Exploração petrolífera De Angola..........................................................................
  • 3- GEOLOGIA DA REGIÃO........................................................................................................
    • 3.1- GEOLOGIA DA BACIA................................................................................................
      • 3.1.1- A Bacia Do Congo...............................................................................................
      • 3.1.2- Bloco 3.................................................................................................................
  • 4- ESTRATIGRAFIA....................................................................................................................
  • 5- CAMPO PALANCA..................................................................................................................
    • 5.1- Geologia..........................................................................................................................
    • 5.2- Reservatório....................................................................................................................
  • 6- CONCLUSÃO.........................................................................................................................

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família especialmente aos meus pais pelo suporte incondicional que me têm dado. Dedico também aos meus colegas e amigos que de forma directa ou indirectamente me dão força de querer continuar e seguir em frente, dedico também aos meus professores que têm contribuído muito na minha formação.

1- INTRODUÇÃO

O presente trabalho vem abordando sobre a bacia do Congo, fazendo um estudo directo sobre a sua formação, seus blocos em operação, seus campos e companhias em exploração.

Bacias sedimentares são depressões da crosta terrestre, onde se acumularam rochas sedimentares que podem conter petróleo ou gás, associados ou não.

Um bloco é uma área da bacia sedimentar, que corresponde a um prisma vertical, com a superfície poligonal definida pelas coordenadas geográficas dos seus vértices ou acidentes naturais de profundidade indeterminada.

Um campo é uma área produtora de petróleo ou gás a partir de um reservatório contínuo ou mais do que um reservatório a diferentes profundidades.

1.1- OBJECTIVO GERAL

 Fazer um estudo prévio sobre o Palanca.

1.1.1- OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

 Fazer um estudo sobre o Bloco 3;

 Conhecer os principais potenciais do campo Palanca.

2- História Da Exploração petrolífera De Angola

Na algumas zonas de Angola, o alcatrão e o petróleo bruto são conhecidos e utilizados como combustíveis, há já vários séculos. Na região do Dande, onde foi levado a cabo o primeiro furo para a exploração de hidrocarbonetos, existe uma zona chamada “ Matudi-Mahuse” que significa pedra betuminosa.

Porém, a verdadeira exploração de hidrocarbonetos começou apenas em 1910 quando a primeira licença para a exploração do petróleo foi concedida. Cobrindo uma área de 114. km^2 de terreno, nas bacias do Congo e do Kwanza, ela foi atribuída a canha e formigal que tinha como operador a PEMA- Companhia De Pesquisas Minerais De Angola. O primeiro poço chamou-se Dande 1 e foi iniciado em 1915. Em 1919 foi formada uma associação entre a COPA- Companhia do petróleo de Angola e a Sinclair Consolidated Oil Corporation, esta associação passou a tomar conta da concessão, e embora tivesse executado vinte e um poços entre 1922 e 1933, alguns deles com importantes vestígios de petróleo e gás, nenhum deles teve interesse comercial. Por esse motivo, em 1937 foram interrompidas as perfurações. Entretanto com o advento da segunda gerra mundial a industria paralisou em Angola, tal como aconteceu em muitas outras partes do mundo, e as concessões existentes expiraram.

No entanto, o interesse pelo potencial dos hidrocarbonetos de Angola reviveu, e por volta de 1953 uma nova concessão é outorgada à Companhia de combustíveis do Lobito(Purfina), uma subsidiaria da Petrofina. A primeira descoberta comercial deu-se dois anos e meio depois em Benfica, na Bacia do Kwanza, logo seguida de várias outras nos cinco anos que se lhe seguiram. É o caso dos campos de: Luanda, Cacuaco, Galinda e Tobias. Com estes sucessos Angola tornou-se um grande produtor e explorador de petróleo, tendo construído a sua refinaria de Luanda em 1957 para satisfazer as necessidades do mercado nacional.

De acordo com os termos do contrato de 1953, os direitos e obrigações da Purfina foram transferidos para uma nova companhia que se passou a designar Companhia de Petróleos de Angola(Petrangol), a partir de 1957, quando houve a confirmação da comercialidade da sua produção petrolífera. Nesse mesmo ano a Cabinda Gulf Oil Company assinou um contrato para concessões em Cabinda, tanto em terra como no mar, levando a cabo a primeira pesquisa sísmica maritma em 1962.

Em 1966 a Petrangol e a Sociedade Portuguesa de combustíveis(Angol), formaram uma associação para a exploração das bacias do Congo e do Kwanza Ocidental, tanto no mar como em terra, tendo descoberto em terra a Cabeça de Cobra no ano de 1968. Foi nesse mesmo ano que se iniciaram também as actividades no mar, na Bacia do Kwanza.

3- GEOLOGIA DA REGIÃO

As Bacias Angolanas ocupam uma estreita faixa sedimentária que vai do Mesozóico aos recentes depósitos costeiros adjacentes ao Precâmbrico. Elas são limitadas a este pelo escudo Africano e estendem-se sob o declive continental. Porém, a plataforma tem apenas 30 a 50 km de largura e a profundidade das águas aumenta rapidamente para mais de 5000 metros para além da sua extremidade.

As três bacias principais são a Bacia do Congo ao norte, a Bacia do Kwanza ao centro e a Bacial do Namibe ao sul. As duas primeiras estendem-se pela Bacia do Sal na província Ocidental Africana, aí, a reorganização da espessa camada de sal do Apciano- Albino afectou grandemente a subsequente evolução da bacia. Com a excepção da parte norte, a Bacia do Namibe é destituída de depósitos de sal, resultando numa simples configuração. A Bacia do Congo é declivada pela zona de fracturas do Zaire que se estende para este do estuário do rio do mesmo nome. É limitada a sul pela ponta precâmbrica do Ambrizete, que se estende até à costa formando um afloramento do manto, exposto entre o Ambriz e Ambrizete.

A Bacia do Kwanza situa-se entre a Ponta do Ambrizete, ao norte e o Planalto de Luanda, também do Precâmbrico, ao sul. Dois rios principais desaguam nessa bacia, o Bengo em Luanda e o Kwanza a cerca de 60 km ao sul. Para sul do Planalto de Luanda fica a Bacia do Namibe. A sua margem sul é limitada pela cordilheira walvis, adjacente à fronteira entre Angola e a Namíbia.

3.1- GEOLOGIA DA BACIA

3.1.1- A Bacia Do Congo A bacia do Congo estende-se sobre aproximadamente 600km de comprimento, entre 3^0 e 7^0 de latitude sul. A porção angolana corresponde à sua parte meridional. Cordilheiras transversais do soco Précâmbrico, de direcção aproximada E-W ou NE-SW separam a Bacia do Congo da Bacia do Gabão a norte e a Bacia do Kwanza a sul.

Em Cabinda, a série sedimentar( do Jurássico supeior ao Neogénico) repousa sobre o soco Précâmbrico, tem uma espessura da ordem dos 2500 m em terra(região do Soyo), passa aproximadamente para 4000 m na plataforma continental, e torna-se ainda

mais espessa para oeste. Dois factores principais condicionam a evolução técnico- sedimentar da bacia:

  • uma importante fracturação do soco que teve lugar quando do estalar do Cretácico inferior,
  • a tectónica salífera devida á mobilização do salgema apciano, em resposta à subsidência a ao basculamento para oeste da margem.

A Bacia do Congo é uma bacia composta por vários blacos e que por sua vez são constituídos por vários campos.

3.1.2- Bloco 3 Sob o ponto de vista geológico o Bloco 3 está situado no ssector sul da bacia sedimentar do Congo. Os depósitos sedimentares são essencialmente de idade cretácica e terciária, repousando em discordância sobre um soco cristalino de idade Précâmbrica ou mais raramente Câmbrica. A fracturação do Atlântico Sul e a posterior fase de subsidência regional são os principais factores tectónicos que condicionaram em grande parde a deposição e a estruturação dos sedimentos.

Figura 1. Localização do Bloco 3 da Bacia do Congo.

  • Um conjunto inferior de idade Turoniano-Cenomaniana constituído por argilas negras, média a fortemente siltosas, localmente silicificadas; por “siltstones” mais ou menos argilosos, mais ou menos carbonatados, localmente com cimento silicioso; por passagens de calcário “mudstone”, mais ou menos argiloso, por vezes arenoso, a margas muito siltosas, com sílex abundante; várias lacunas de erosão.

Pinda(Albiano) O Pinda é constituído por carbonatos micríticos e granulares, em grande parte dolomitisados, por vezes anidritisados, à excepção da parte superior que é constituída por argilas calcárias siltosas, por siltes e por passagens de carbonatos muito argilosos. A parte mediana e inferior contém detritos terrígenos cada vez mais abundantes no sentido descendente, alternando com carbonatos.

Loeme(Albo-Apciano)

O Loeme é constituído por anidrites brancas, mais ou menos fibrosas, alternando com algumas passagens de grés.

Ante Salífero(Apciano e ante-Apciano)

Esta formação é constituída por grés médios a grosseiros, com cimento feldspático e argiloso. Na parte superior, argilas negras siltosas e “siltstones” argilo- dolomíticos e micáceos constituem a formação Chela.

5- CAMPO PALANCA

5.1- Geologia

O campo Palanca está situado no Bloco 3, dentro dos limites offshore da parte mais baixa da Bacia do Congo, a aproximadamente 45km da costa.

Figura 3. O Campo Palanca O poço descoberto foi perfurado em 1981 numa profundidade de 45m. a descoberta declaradamente comercial data de 1982, tendo começado a produzir em Fevereiro de 1985. A peça podutiva é a plataforma carbonatada do período Albiano de Pinda. Esta baixa e aberta plataforma carbonatada está situada no topo de uma situação limitada por depósitos de evaporites(Loeme), ligadas através da abertura do Oceano Atlântico.

O reservatório é totalmente composto de pedras granulosas dolomíticas, rochas retentoras carbonatadas, altamente afectadas pela dissolução. As melhores camadas de reservatório são caracterizadas por uma porosidade vacuolar “oolmilidic” e uma espessura útil, fracturada e intercristalina porosa, que mantém as ligações entre os vacúolos, melhorando assim as zonas macoças não granuladas. A transgressão marinha albiana permite que o reservatório seja estanque, através de um manto de carbonetos micriticos marinho abertos, passando a siltites magmáticas, durante a Albiano Superior.

Deste reservatório sai um óleo parafinado de 40^0 API com um GOR inicial de 200 m^3 /m^3 e com 0.29cp de viscosidade. A pressão inicial deste campo foi de 303bar. A média de porosidade é de 11% enquanto que a de permeabilidade varia entre 0.5md e 500md.

Este campo de produção envolve cerca de 15 poços produtores e 8 injectores para ser feita a manutenção da injecção artificial de água na formação. Estes poços injectores estão colocados numa posição periférica.

Figura 4. Sismica e estratigrafia do campo Palanca.

6- CONCLUSÃO

Depois de feitas as pesquisa sobre o Bloco 3 do campo Palanca, chegou-se a conclusão de que o Campo Palanca é uma área muito promissora com boa acumulação de hidrocarbonetos, apresentando uma boa área geológica com elementos favoravéis para a acumulação, elementos estes tais como a rocha geradora portadora de uma boa quantidadede materia organica, uma boa rocha reservatório com boa permeabilidade e porosidade que nos garantem uma boa produção de hidrocarbonetos.

Viana, de 2020 XIII